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alzheimerO Alzheimer normalmente se desenvolve aos poucos, ao longo dos anos. Especialistas dizem que nem sempre a doença é óbvia, porque os sintomas se parecem com o de outras enfermidades.

Estima-se que 850 mil pessoas no Reino Unido tenham Alzheimer. No Brasil, o número ultrapassa 1,2 milhão, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer.

Os sintomas são um reflexo da morte de células do cérebro. A doença é neurodegenerativa, o que significa que uma pessoa com Alzheimer passa a ter cada vez menos células e conexões nervosas.

Como identificar os sintomas?

É mais sério do que esquecer a chave do carro

Os sintomas de alerta costumam ser mais sérios do que simplesmente esquecer coisas ocasionalmente.

Todos nós podemos esquecer onde deixamos a chave do carro ou ter dificuldade para lembrar o nome de algumas pessoas. Esquecer coisas é uma consequência natural do envelhecimento - não é, necessariamente, sinal de Alzheimer ou de outro tipo de demência.

Já a perda de memória é algo mais sério e costuma ser um dos principais sinais da doença. E a memória recente costuma ser a mais afetada. Pessoas nos primeiros estágios do Alzheimer podem esquecer conversas que acabaram de ter ou até o que fizeram 10 minutos antes.

Problemas de memória podem levar a repetições de falas e ações, ou dificuldade em lembrar de acontecimentos recentes. Esses sintomas acabam prejudicando tarefas de rotina, como seguir uma receita ou usar um cartão bancário.

Como que se faz um chá ou café?

Atividades do dia a dia podem se tornar desafiadoras nos primeiros estágios do Alzheimer. Fazer um café ou chá obviamente não são tarefas complicadas ou que requeiram raciocínio complexo.

Mas quem tem Alzheimer, muitas vezes, sofre para saber qual o próximo passo em atividades como essas. No começo, as alterações podem ser pequenas demais para serem notadas, mas vão piorando ao longo do tempo, a ponto de afetar a rotina.

Podem surgir problemas na fala e mudança na linguagem, com o esquecimento frequente de palavras.

Até a aparência de quem tem Alzheimer pode acabar mudando com o tempo, se a doença afetar a rotina de tomar banho e se vestir todo dia de manhã, por exemplo.

O que eu vim fazer aqui?

Não saber bem onde você está ou o motivo de estar ali é outro sintoma comum. As pessoas diagnosticadas com Alzheimer podem se perder, especialmente em lugares com os quais não são familiarizados. Mas a desorientação pode ocorrer em casa também.

Elas podem se confundir de quartos e ambientes, e não reconhecer esses espaços. A confusão também pode significar não saber que dia é hoje ou até em que mês estamos.

Mudanças de humor

Alguém que esteja experimentando todos os sintomas listados acima possivelmente também está demonstrando sinais de mudança de humor e personalidade.

Uma pessoa com Alzheimer pode ficar facilmente chateada ou irritada, se frustrar com mais frequência ou perder a confiança em si mesma.

Isso pode provocar a perda de interesse em atividades diárias. O paciente pode ficar menos flexível e mais hesitante a experimentar coisas novas. Ansiedade e agitação normalmente acompanham essas mudanças.

A maioria das pessoas sabe que algo está errado

Kathryin Smith, da Alzheimer's Society, no Reino Unido, destaca que esse tipo de demência "não é uma característica natural do envelhecimento, é uma doença do cérebro".

E o Alzheimer não afeta apenas pessoas idosas. Mais de 40 mil pessoas com menos de 65 anos têm a doença no Reino Unido.

Segundo Smith, a maioria das pessoas com Alzheimer percebe que algo está errado. Ela destaca que é importante procurar um médico para um diagnóstico preciso, e lembra que é possível ter qualidade de vida com a doença durante vários anos.

 

BBCBrasil

Getty Images

coraçaoO Brasil comemora 50 anos do primeiro transplante de coração no dia 26 de maio – meio século de vidas salvas pela medicina e por doadores! Hoje, mais de 280 pessoas esperam um coração, segundo o Sistema Nacional de Transplantes.

O coração é o terceiro órgão mais transplantado no Brasil, perdendo para o rim e para o fígado, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos.

O coração é um órgão sensível e não é simples de ser transplantado, como explicou o cirurgião cardíaco Fábio Jatene, no Bem Estar desta terça-feira (22). Ele precisa ser retirado e implantado em até quatro horas e depende de uma morte específica do doador.

E quando transplantar? De acordo com o cardiologista Roberto Kalil, o transplante é necessário quando a falência do órgão é irreversível. Isso pode ocorrer por doença das coronárias, problemas na válvula ou problema do músculo.

Para receber o coração, a pessoa precisa estar inscrita em uma lista de espera monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes. O que determina a compatibilidade é o tipo sanguíneo, a dosagem de algumas substâncias colhidas no exame de sangue e características físicas.

Quem pode doar? Todos nós podemos ser doadores de órgãos. Pessoas menores de 21 anos precisam de autorização dos responsáveis. O mais importante é comunicar a família.

O transplante não é cura, é um tratamento que pode prolongar a vida com melhor qualidade. Depois do transplante, o paciente continuará tomando remédios e visitando o médico constantemente para acompanhamento.

Espera por um coração

Desde janeiro, o Bem Estar acompanha a história da Lorena, um bebê que veio para São Paulo em busca de tratamento. Com uma semana de vida, ela começou a mostrar um certo cansaço. Depois de alguns exames, veio o diagnóstico: ela nasceu com um problema grave no coração.

Lorena nasceu com uma doença rara, chamada miocardiopatia não compactada. Isso quer dizer que o músculo do coração não se desenvolveu. Isso traz cansaço e falta de ar.

Os remédios não fizeram efeito e a criança precisava de um transplante, mas não podia esperar muito. Foi então que a família mudou de Maceió para São Paulo. “Ela chegou no Instituto do Coração numa situação muito debilitada. No momento que ela internou, ela precisou ser entubada”, relata a médica supervisora da UTI cirúrgica do Incor/HC Filomena Dalas.

Depois de um mês de internação, Lorena teve quatro paradas cardíacas. “A espera por um coração é demorada. Não tem um tempo. Ele pode demorar semanas, meses, ainda mais nessa faixa etária”, explica a supervisora.

A primeira ajuda batia fora do peito – um coração artificial. Depois de cinco meses, a boa notícia: um coração compatível!

O Bem Estar acompanhou o transplante. Antes da cirurgia, os médicos precisam retirar os aparelhos que ajudaram a manter Lorena viva durante todo o tempo. Foram nove horas de cirurgia ao todo. Um mês depois, a primeira biopsia e nenhuma rejeição! Agora é continuar monitorando!

 

G1

Foto: Augusto Carlos/TV Globo

germesÉ comum na vida moderna as crianças serem mantidas "isoladas" de qualquer tipo de contato com germes - mas isso pode não ser tão bom para elas quanto se pensa.

Segundo uma pesquisa recentemente divulgada no Reino Unido, essa vida "livre de germes e micróbios" pode acabar sendo a causa de um dos tipos de câncer mais comuns na infância.

A leucemia linfoblástica (ou linfoide) aguda afeta cerca de 300 mil crianças por ano no mundo todo, segundo a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, que faz parte da Organização Mundial da Saúde (OMS) e coordena pesquisas sobre causas de câncer.

De acordo com Mel Greaves, do renomado Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres, o sistema imunológico pode se tornar canceroso se não tiver contato com uma quantidade razoável de micróbios no início da vida.

Sua conclusão está baseada em evidências de 30 anos de pesquisa e indica que talvez seja possível prevenir a ocorrência da leucemia linfoblástica aguda expondo crianças a algumas bactérias.

Combinação de eventos

A leucemia infantil é mais comum em sociedades mais desenvolvidas e ricas, o que sugere uma relação entre a doença e um estilo moderno de vida, mais estruturado.

Estudos anteriores sugeriram que elementos presentes na vida moderna, como fios a alta tensão, ondas eletromagnéticas e produtos químicos, poderiam estar ligados à ocorrência desse tipo de câncer.

Mas todas elas foram possibilidades descartadas por esse estudo divulgado na publicação científica Nature Reviews Cancer.

O líder da pesquisa, Mel Greaves, que contou com a colaboração de outros pesquisadores ao redor do mundo, afirma que há três estágios para essa doença.

- O primeiro é uma mutação genética - aparentemente impossível de ser contida - que ocorre dentro do útero da mãe;

- Depois disso, a falta de exposição a micróbios no primeiro ano de vida acaba não ensinando ao sistema imunológico como lidar corretamente com algumas ameaças;

- Isso "prepara o terreno" para que uma infecção surgida durante a infância cause um mau funcionamento do sistema imunológico e permita o surgimento da leucemia.

Essa teoria não é resultado de apenas um estudo, mas de um grande quebra-cabeça com inúmeras evidências que indicaram a causa da doença.

"A pesquisa sugere fortemente que a leucemia linfoblástica aguda tem uma causa biológica clara e é desencadeada por uma variedade de infecções em crianças predispostas cujos sistemas imunológicos não foram adequadamente preparados para elas", afirmou Greaves.

As evidências que ajudaram os pesquisadores a chegar a essa conclusão incluíram:

- Um surto de gripe suína em Milão que levou sete crianças a ficarem com leucemia;

- Estudos mostrando que crianças que frequentavam creches ou tinham irmãos mais velhos (e consequentemente estavam mais expostas a bactérias) apresentavam taxas menores de leucemia;

- A amamentação, que leva boas bactérias ao intestino da criança, protege contra a leucemia;

- Taxas de leucemia entre crianças que nasceram de parto normal, e não por cesárias (a cirurgia é um processo que transfere menos micróbios ao bebê);

- Animais criados completamente livres de micróbios desenvolveram leucemia quando expostos a uma infecção;

Longe de querer culpar os pais pelo excesso de zelo higiênico, o estudo queria mostrar que há um preço a ser pago pelo progresso na sociedade e na medicina.

É complicado querer contato com bactérias benéficas, não se trata de simplesmente "abraçar" a sujeira. "A implicação mais importante disso é que a maioria dos casos de leucemia na infância podem ser prevenidos", diz Greaves.

Na visão dele, se as crianças receberem uma espécie de "coquetel de bactérias" - como é um iogurte, por exemplo -, isso poderia ajudá-las a treinar o sistema imune.

Essa ideia ainda precisa ser confirmada por mais pesquisas, segundo os autores do estudo.

Mas enquanto isso, Greaves alerta aos pais para serem "menos exigentes com relação a infecções comuns ou triviais e que estimulem o contato social com outras crianças, inclusive as mais velhas".

Para Alasdair Rankin, diretor de pesquisa da instituição beneficente do Reino Unido Bloodwise, porém, é importante ter cuidado para não alarmar os pais com esse estudo.

"Nós pedimos que os pais não se assustem com este estudo. Embora o desenvolvimento de um sistema imunológico forte no início da vida possa reduzir ainda mais o risco, não há nada que possa ser feito atualmente para impedir por completo o desenvolvimento da leucemia infantil", afirmou.

Micróbios bandidos?

Esse estudo faz parte de uma enorme mudança que está ocorrendo na medicina.

Até hoje, tratamos os micróbios como "bandidos". Apenas recentemente passamos a reconhecer seu papel importante para a nossa saúde e bem-estar e isso está revolucionando a compreensão de inúmeras doenças - desde simples alergias até o mal de Parkinson, passando por depressão e, agora, leucemia.

"A leucemia infantil é rara e atualmente ainda não se sabe se há algo que possa ser feito para preveni-la. Queremos garantir aos pais de uma criança que tem ou teve leucemia que não há nada que saibamos que poderíamos ter feito antes para evitar essa doença", afirmou Charles Swanton, chefe do Instituto de Pesquisa do Câncer em Londres.

A leucemia é um câncer que surge na medula óssea, onde são formadas as células sanguíneas. A doença provoca um acúmulo de células anormais e dificulta a produção de plaquetas e glóbulos brancos e vermelhos.

Segundo o Instituto Oncoguia, o principal tratamento para crianças com leucemia linfoblástica aguda é a quimioterapia.

"Quando a leucemia é diagnosticada, geralmente há cerca de 100 bilhões de células leucêmicas no corpo", diz o site da ONG brasileira.

"Destruir 99,9% dessas células, durante o tratamento de indução de 1 mês é suficiente para alcançar uma remissão, mas ainda deixa cerca de 100 milhões de células, que também devem ser destruídas. Um esquema de tratamento de consolidação intensivo de 1 a 2 meses e cerca de 2 anos de manutenção com quimioterapia ajuda a destruir as células cancerígenas remanescentes."

 

BBCBrasil

Foto: Science Photo Library

computFicar em frente a telas para navegar na internet, acessar redes sociais ou jogar videogame tem impacto negativo no bem-estar de adolescentes. A tese é de uma pesquisa conduzida por três acadêmicos das universidades da Georgia e de San Diego, nos Estados Unidos, publicada neste ano. Os investigadores analisaram dados de um levantamento anual feito no país com respostas de mais de 1 milhão de meninos e meninas.

Os pesquisadores observaram os índices de bem-estar, entendido como uma sensação a partir de diversos critérios, e identificaram uma queda brusca, desde 2012, em aspectos como autoestima, satisfação com a vida e felicidade. O estudo revelou também redução no sentimento de satisfação como um todo, menos entusiasmo dos jovens na relação com amigos e na diversão e queda da sensação de segurança.

Ao buscar as causas da redução, chegaram à conclusão que quanto maior o uso de computadores e dispositivos eletrônicos, menor o bem-estar relatado pelos adolescentes entrevistados. Aqueles que usam meios eletrônicos por seis horas ou mais tiveram índices de infelicidade quase o dobro da média.

As atividades de maior impacto negativo foram: navegar na internet, jogar videogame e acessar redes sociais. Os adolescentes que gastam muito tempo em redes sociais apresentaram índice 68% maior de infelicidade. O efeito negativo sobre o bem-estar foi maior entre os adolescentes de menor idade do que entre os mais próximos da vida adulta.

Já aqueles jovens que passam menos tempo em frente a telas e que realizam outras atividades se disseram mais felizes. Entre as atividades relacionadas estão estudos, passeios, prática de esportes e interações sociais presenciais com a família, amigos e conhecidos.

“A combinação de interações sociais presenciais menores (que estimulam o bem-estar) e o uso de comunicações eletrônicas mais constante (que impactam negativamente o bem-estar) podem ser duas causas possíveis e relacionadas do declínio do bem-estar psicológico”, afirmaram os autores no estudo.

Um dos fatores que estimularam o maior consumo de serviços eletrônicos, na avaliação dos autores é a disseminação de smartphones. Segundo o estudo, a presença de smartphones entre adolescentes pulou de 37% em 2012 para 73% em 2015. Além disso, o tempo crescente que os jovens gastam no uso de dispositivos eletrônicos tem impacto na qualidade do sono e pode, acrescentam os autores, levar ao vício.

 

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