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A Secretária Municipal de Saúde recebeu nesta sexta-feira (18), 6.910 doses da vacina contra Influenza, este valor somado as doses recebidas em lotes anteriores, corresponde a quantidade necessária para imunizar o público-alvo da campanha preventiva, que deve alcançar 17.290 pessoas. Dos 100% almejados pelo poder público municipal, 44,34%  já foi imunizado, mas este valor corresponde apenas a 34,34% no caso de imunização de 90% das pessoas que estão em zonas de maior risco. Fazem parte deste grupo: crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos, gestantes, idosos, puérperas, professores da rede pública e privada, profissionais da saúde e pessoas com doenças crônicas. 

saude

Até o momento 3.453 idosos foram imunizados, mas ainda restam 2.950 idosos receberem a dose da vacina. 1.922 crianças ainda precisam ser imunizadas, 2.015 já foram imunizadas. Os trabalhadores da área da saúde que ainda não procuraram atendimento, devem se dirigir a Unidade Básica de Saúde mais próxima, 1.287 profissionais já estão imunizados, restando ainda 252. Os professores da rede pública e privada de ensino também não devem deixar de receber a dose de vacinação. Até o momento, 619 educadores já receberam a vacina que protege contra a Influenza, restando ainda 62 professores à serem imunizados. A Secretaria de Saúde, atenta aos dados, informou que 53 puérperas receberam a vacina, restando ainda 62, além de 259 gestantes que já foram imunizadas, restando 443.

Na próxima segunda-feira (21) as UBS’s (com exceção da UBS Paulo Martins e Nossa Senhora Daguia) estarão à disposição da população, pertencente ao público-alvo da campanha, para ministrar as doses em quem ainda não foi imunizado. A Secretaria Municipal de Saúde informa que a falta de vacina nas UBS’s se dá pelo fato de que as doses haviam esgotado em Teresina, e a capital fornece a medicação para Floriano e região, ao mesmo tempo. Ainda de acordo com a Secretaria, a UBS Paulo Martins, situada no bairro Caixa D’agua, passa por um problema na rede elétrica, razão pela qual não pode armazenar os lotes de vacinação, que não podem ficar em locais de alta temperatura. É importante, no ato da vacina, apresentar o cartão de vacinação.

 

ascom

enxaquecaOs Estados Unidos aprovaram a primeira terapia de prevenção exclusiva para a enxaqueca. Trata-se de uma injeção mensal, que pode ser combinada com outros tratamentos existentes. O medicamento tem o nome comercial de Aimovig -- e é produzido pela Amgen, empresa americana com sede na Califórnia. O G1 entrou em contato com a empresa para saber sobre a eventual disponibilidade da injeção no Brasil.

Atualmente, médicos utilizam medicamentos "emprestados" de outras doenças para tratar a enxaqueca: por isso, pacientes tomam anticonvulsivantes, medicamentos para a pressão e até antidepressivos na tentativa de diminuir as crises; que, nos casos crônicos, podem passar de 15 episódios por mês.

De acordo com o FDA, a injeção pode ser administrada pelo próprio paciente -- sem a necessidade da presença em um serviço de sáude. Antes da aprovação, a eficácia da droga foi analisada em três ensaios clínicos, com resultados mais promissores para os que sofrem de enxaqueca crônica. Foram eles:

Primeiro, cientistas selecionaram 955 participantes com enxaqueca episódica (menos que 15 dias de crises por mês) . Eles foram divididos em dois grupos: um que tomou a injeção e outro que tomou placebo. Após seis meses, pacientes tratados com a injeção apresentaram, em média, dois dias a menos de crise por mês.

No segundo estudo, 577 pacientes receberam a injeção e placebo para enxaqueca episódica. Após três meses, os tratados tiveram menos um dia de enxaqueca por mês.

O terceiro estudo avaliou 667 pacientes com enxaqueca crônica (com mais de 15 dias de crise por mês). Após três meses, pacientes tratados tiveram 2 meses e meio a menos de crises que os não-tratados.

"Os resultados são uma média de todos os efeitos nos pacientes. Pode ser que uma pessoa tenha uma resposta completa e fique sem dor. Pode ser que para outras não funcione. Mas é uma estratégia nova, e isso é muito importante", diz o neurologista Mário Peres, que acompanha os ensaios clínicos com a molécula.

O neurologista aponta que a injeção poderá ser combinada com outras existentes para tentar diminuir a frequência de crises -- segundo ele, como a enxaqueca é uma condição multifatorial, a terapia tem a vantagem de cobrir uma das possíveis causas que não estava sendo "atacada" por terapias existentes.

"O interessante dessa injeção não é que ela é muito superior aos tratamentos existentes. É uma forma diferente de tratar, que não estava sendo coberta por outras terapias", diz o médico.

A enxaqueca afeta 10% de todas as pessoas do mundo, informa o FDA (Food And Drug Administration), órgão similar à Anvisa nos Estados Unidos. A condição também é três vezes mais comum em mulheres que em homens.

Exclusiva: terapia tem por alvo uma molécula específica

A terapia é a primeira de uma série de outras estratégias que tem por alvo a molécula "CGRP", algo como proteína relacionada ao gene da calcitocina. O neurologista Mário Peres explica que essa molécula está presente em todas as pessoas, mas fica aumentada em pacientes com enxaqueca.

Estudo de revisão do "Physiological Review" publicado em 2014 menciona a função vasodilatadora da molécula. Ela aumenta o diâmetro de vasos sanguíneos, mecanismo que também está associado à enxaqueca.

Esse alargamento do vaso sanguíneo, junto com outras substâncias químicas, deflagra o circuito de dor envolvido na enxaqueca. É também por esse motivo que hoje neurologistas utilizam tratamentos para o combate da pressão no tratamento da condição: o objetivo é dilatar os vasos para diminuir a dor.

A diferença da injeção, entretanto, é que ela tem por alvo a diminuição dessa molécula e vem se somar ao corpo de ferramentas úteis para o tratamento, informa Mário Peres.

 

G1

Foto: University Psychiatric Clinics Basel

demenciaExercícios físicos para pessoas com sintomas de demência leve ou moderada "não funcionam", de acordo com estudo publicado na revista acadêmica British Medical Journal.

Os cientistas queriam testar sugestões, feitas por estudos anteriores, de que exercícios poderiam prevenir o declínio de habilidades cognitivas, como no caso de pacientes com Alzheimer.

Os pesquisadores disseram que não identificaram melhora nas habilidades de raciocínio ou no comportamento da doença ao analisar os casos de mais de 300 pessoas na casa dos 70 anos que fizeram exercícios aeróbicos e de força durante quatro meses.

O lado positivo foi que o condicionamento físico dos que participaram da pesquisa melhorou. Mas foi constatado que, 12 meses depois, as habilidades cognitivas das pessoas que fizeram exercícios tiveram um declínio levemente maior do que pessoas que não fizeram.

Novos testes devem ser feitos para explorar outras formas de exercícios, dizem os pesquisadores, da Universidade de Oxford.

Mas, atualmente, a ideia de criar programas de atividades físicas para pacientes com demência, estudada pelo NHS, o sistema de saúde pública britânico, não parece ser um bom investimento, na avaliação dos pesquisadores.

Bicicleta e levantamento de peso

No estudo, 329 pacientes com demência fizeram exercícios em uma academia por 60 a 90 minutos duas vezes por semana, num período de quatro meses.

Eles fizeram pelo menos 20 minutos de bicicleta e também ergueram pesos leves enquanto se erguiam de uma cadeira.

Os pacientes que participaram do estudo também foram orientados a fazer exercício em casa por uma hora toda semana.

Esse grupo que fez exercício foi avaliado e comparado com um grupo de 165 pessoas - também com demência - que receberam cuidados convencionais.

Sallie Lamb, que comandou a pesquisa, disse que os resultados revelaram que apesar da nítida melhora na condição física, esses benefícios "não se traduzem em melhoras nas habilidades cognitivas, nas atividades da vida diária, comportamento ou na qualidade de vida relacionada à saúde", disse ela.

Após 12 meses, testes de comprometimento cognitivo mostraram declínio nos dois grupos - mas um declínio levemente maior no grupo dos que fizeram exercícios.

Martin Rossor, professor de neurologia clínica da University College London, diz que os resultados do estudo não surpreendem uma vez que a degeneração do cérebro começa muitos anos antes dos sintomas como, por exemplo, em casos de Alzheimer.

"Portanto, a mensagem é que o exercício é bom, mas iniciar um regime de exercícios uma vez que a doença esteja bem estabelecida pode ter valor limitado", acrescenta.

Sara Imarisio, que comanda o centro de pesquisas Alzheimer's Research UK, no Reino Unido, diz que outras formas de atividades físicas poderiam ter outros efeitos e que elas devem ser pesquisadas no futuro.

Ela afirma ainda que são muitos os benefícios dos exercícios físicos, além de fazer bem à saúde.

"Para muitas pessoas, o exercício pode ser uma fonte de prazer e proporcionar oportunidades valiosas para interação social", avalia. "Isso se aplica às pessoas que vivem com demência tanto quanto a qualquer outra pessoa", completa Imarisio.

Por isso, apesar dos resultados do estudo, especialistas ainda recomendam exercícios físicos, vistos como uma das melhores maneiras de reduzir o risco de contrair demência em idosos saudáveis. E avaliam que mais pesquisas são necessárias para elaborar um programa de exercícios que seja realmente eficiente para melhorar as condições de saúde do cérebro em quem já tem algum tipo de demência.

 

BBCBrasil

Foto: Getty Images

Um novo antibiótico vai ser disponibilizado no Brasil para o tratamento de infecções causadas por algumas bactérias resistentes. Com o nome comercial de Zerbaxa, o medicamento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no começo do ano para o tratamento de infecções intra-abdominais e infecções do trato urinário mais complicadas. Ele estará disponível para uso ainda esta semana. De acordo com a agência, 25%  dos casos de infecção no país são causados por organismos multirresistentes.

Uma das indicações dessa medicação é para tratamento de doenças causadas pela bactéria Pseudomonas aeruginosa, considerada uma das três bactérias mais resistentes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para tratar infecções bacterianas, os médicos normalmente optam por utilizar meropeném – classe de antibióticos considerada mais forte e de amplo espectro -, mas o uso indiscriminado pode elevar ainda mais os índices de resistência bacteriana. O objetivo agora é usar o novo tratamento como uma opção anterior aos meropeném para que ele seja utilizado apenas casos extremos.

Superbactérias

As bactérias super resistentes têm sido cada vez mais discutidas por organizações de saúde internacionais devido ao crescimento no número de casos reportados. Estima-se que 700.000 pessoas morram anualmente em todo o mundo por causa desse tipo micro-organismo Recentemente, dados revelam que até 2050 as infecções provocadas por superbactérias devem causar, anualmente, a morte de 10 milhões de pessoas em todo o mundo, número superior às previsões de mortes por câncer.

De acordo com Lessandra Michelin, infectologista na Universidade de Caxias do Sul (UCS), a utilização indiscriminada de antibióticos na medicina e na veterinária, assim como na agricultura e na pecuária, têm resultado em pressão seletiva de bactérias, o que significa dizer que elas morrem ou desenvolvem genes de resistência que serão passados para as próximas geração.

remdioPor causa disso, antibióticos eficientes contra superbactérias são imprescindíveis já que, sem eles, muitos procedimentos médicos, como cirurgias e quimioterapia para pacientes com câncer, por exemplo, poderiam ser suspensos ou postergados. “Nós utilizamos antibióticos em complicações infecciosas de diversos procedimentos hospitalares, o que possibilitou inúmeros avanços em várias áreas da saúde, incluindo os transplantes, por exemplo. Se as bactérias se tornarem resistentes aos antibióticos que temos disponíveis hoje, poderemos voltar à era pré-antibióticos, onde um simples ferimento infectado poderá causar graves danos”, alerta Clóvis Arns, infectologista e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Funcionalidade do Zerbaxa

O ceftolozana-tazobactam, comercialmente conhecido como Zerbaxa, foi desenvolvido pela farmacêutica MSD e é de uso hospitalar para tratar pacientes com infecções intra-abdominais e infecções do trato urinário, ambas de maior complexidade. De acordo com estudos clínicos, o novo antibiótico demonstrou 87% de eficácia no tratamento de infecções intra-abdominais quando comparado ao tratamento padrão com meropeném (83%). Já para o tratamento de infecções do trato urinário causadas pelas P. aeruginosa, os números foram ainda mais expressivos, com aproveitamento de 75%, se comparados aos do levofloxacino (47%), que é um dos tratamentos contra esse tipo de infecção.

Pseudomonas aeruginosa

Cerca de 40% dos casos da P. aeruginosa detectados no país apresentam resistência aos carbapenêmicos, como o meropeném. O novo antibiótico será importante no tratamento de bactérias gram-negativas (bactérias de estrutura complexa), principalmente pseudomonas, que são resistentes a vários antibióticos.”O ceftolozana-tazobactam é uma arma importante que está chegando ao mercado para auxiliar os médicos nessa luta, pois ainda perdemos pacientes com infecções por bactérias multirresistentes”, explicou Lessandra.

 

veja

Foto: ThinkStock/VEJA/VEJA