• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • SITE_BANNER.png
  • TV_ASSEMBLEIA.png
  • vamol.jpg

reinfecçaocoronaUma porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou, nesta terça-feira (25), que os casos de reinfecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) não parecem ser comuns. O primeiro caso no mundo foi confirmado na segunda-feira (24) em Hong Kong, e mais dois nesta terça na Holanda e na Bélgica.

"É um caso documentado em mais de 23 milhões", afirmou a porta-voz, Margaret Harris, sobre o caso em Hong Kong. "E provavelmente veremos mais casos, mas parece não ser um evento regular. [Ou] teríamos visto muito mais casos", disse.


Harris frisou, ainda, que a proteção que seria gerada por uma vacina é diferente daquela que ocorre quando a pessoa se infecta naturalmente com o novo coronavírus. A expectativa é que a vacina dê mais imunidade do que a infecção natural – como foi o caso dos pacientes reinfectados até agora.

ESPECIAL: Conheça as candidatas a vacina para a Covid-19
"Você quer que [a resposta imune com a vacina] seja mais forte. Então, depende do vírus. Cada vírus tem perfis diferentes ou tipos de imunidade diferentes que ele estimula – o que chamamos de imunidade natural: o que o seu corpo faz se você for infectado", explicou Harris.

"E, com uma vacina, o ideal que se quer é uma imunidade mais forte. É uma das coisas que se procura quando se estuda que tipo de imunidade a vacina gera", acrescentou.


"Quando você estimula a proteção imune com uma vacina, está fazendo um estímulo muito específico de imunidade, e muito da avaliação de uma vacina é para assegurar que a imunidade que você estimulou realmente protege. Anos e anos e anos de seguimento dizem por quanto tempo a imunidade dura", explicou Harris.

Na segunda-feira, a OMS também pediu cautela ao considerar as informações sobre a reinfecção com o novo coronavírus.

"Acho que é importante colocar isso em contexto", ponderou a líder técnica da organização, Maria van Kerkhove. Ela lembrou que, segundo o que se sabe até agora, todos que são infectados pelo Sars-CoV-2 desenvolvem algum nível de imunidade contra ele – a questão é saber o quão protetora ela é e por quanto tempo dura.

"Houve mais de 24 milhões de casos relatados até agora, e precisamos olhar para isso a nível de população. É muito importante que documentemos isso, e, em países que podem fazer isso, que o sequenciamento seja feito. Isso ajudaria muito. Mas não podemos pular para nenhuma conclusão, mesmo que esse seja o primeiro caso documentado de reinfecção", disse van Kerkhove.

Em Hong Kong, os cientistas sequenciaram o genoma do vírus para determinar que o que houve foi, de fato, uma reinfecção. Isso é importante porque, só assim, os cientistas conseguem excluir a possibilidade de que o segundo vírus seja, na verdade, um "reaparecimento" do primeiro, que havia ficado escondido no corpo.


Confirmar reinfecções tem sido difícil porque, na maioria das vezes, os cientistas não sabem o código genético do vírus que contaminou a pessoa pela primeira vez, para, então, compará-lo com o código do segundo vírus.

Casos em Hong Kong e na Europa
Na segunda, pesquisadores da Universidade de Hong Kong anunciaram que um homem de 33 anos, aparentemente saudável, foi infectado duas vezes pelo novo coronavírus em um intervalo de 4 meses e meio.

Ao ser contaminado pela 1ª vez, o paciente teve apenas sintomas leves; na segunda vez, nenhum sintoma. A análise do código genético do vírus mostrou que o vírus da segunda infecção pertencia a uma linhagem diferente da primeira.

Na Holanda, o paciente era um idoso com sistema imunológico enfraquecido, relatou a emissora holandesa NOS, citando a virologista Marion Koopmans. E, na Bélgica, o virologista Marc Van Ranst explicou à emissora holandesa que os anticorpos que o paciente desenvolveu na primeira infecção não eram fortes o suficiente para evitar uma nova contaminação, por uma variante ligeiramente diferente, do novo coronavírus.

 

G1

Foto: Joe Raedle/Getty Images/AFP

 

 

reinfecçaoUm paciente foi diagnosticado novamente com covid-19 mais de quatro meses após ter contraído a doença, afirmaram cientistas da Universidade de Hong Kong. O estudo foi publicado no Clinical Infectious Diseases, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

“Um paciente aparentemente jovem e saudável teve um segundo caso de infecção por covid-19, que foi diagnosticado 4 a 5 meses após o primeiro episódio”, afirmaram os pesquisadores em um comunicado nesta segunda-feira (24), divulgado pelo jornal norte-americano The New York Times.


Os pesquisadores sequenciaram o vírus de ambas infecções e encontraram diferenças nos dois conjuntos de vírus, sugerindo que o paciente foi infectado pela segunda vez.

O caso registrado é de um homem de 33 anos que apresentou sintomas leves na primeira vez que teve a doença e nenhum sintoma da segunda, segundo o jornal. A reinfecção foi descoberta quando ele voltou de uma viagem à Espanha, segundo os pesquisadores. O vírus sequenciado era muito parecido com a cepa que circulou na Europa em julho e agosto.

“Nossos resultados provam que a segunda infecção é causada por um novo vírus que ele adquiriu recentemente, em vez de uma disseminação viral prolongada”, explicou Kelvin Kai-Wang To, microbiologista clínico da Universidade de Hong Kong, ao The New York Times.

O relatório gera preocupação, pois sugere que a imunidade ao novo coronavírus é temporária - pode durar apenas alguns meses em algumas pessoas - e compromete as vacinas que estão sendo desenvolvidas.

Já foram relatados outros casos de reinfecção presumida nos Estados Unidos e em outros lugares, inclusive no Brasil, mas nenhum desses casos havia sido confirmado cientificamente. O que se sabia até o momento é que pacientes recuperados são capazes de liberar fragmentos virais por semanas, o que pode resultar em testes positivos mesmo com a ausência de vírus vivos, ressalta o jornal

Especialistas acreditavam que o novo coronavírus pudesse se comportar mais como seus "primos" SARS e MERS, que pareciam produzir imunidade mais duradoura que os coronavíorus do resfriado comum, que duram menos de um ano.

A líder técnica da OMS (Organização Mundial de Saúde) Maria van Kerkhove, afirmou que é possível que esse seja o primeiro caso confirmado de reinfecção da covid-19.
No Brasil, uma técnica em enfermagem de 24 anos voltou a apresentar sintomas da covid-19 pouco mais de um mês após ter testado positivo em um exame RT-PCR, que identificou o Sars-Cov-2 no seu organismo em 13 de maio e, depois, em 27 de junho.

A informação foi confirmada pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, por meio de estudo conduzido pela Faculdade de Medicina da USP, e afirma que "a reinfecção e o adoecimento em mais de uma ocasião são eventos possíveis".

 

R7

Foto: undefined

omsA Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira (21) que entrou em contato com um grupo de pacientes da Covid-19 que estão sofrendo com efeitos de longo prazo da infecção.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que os pacientes pediram por reconhecimento, reabilitação e pesquisa.

"[Estes pacientes precisam de] Reconhecimento da sua doença, serviços de reabilitação apropriados e mais pesquisas a serem feitas sobre os efeitos a longo prazo dessa nova doença", disse Tedros.


"Embora tenhamos aprendido muito sobre esta doença, temos menos de 8 meses de experiência para recorrer. Ainda sabemos relativamente pouco sobre os efeitos de longo prazo", apontou o diretor-geral.


Outro ponto que a OMS pediu que a ciência compreenda melhor é a transmissão e os efeitos da Covid-19 entre crianças pequenas.

"As crianças podem se infectar independente da faixa etária. A maioria delas tem a doença mais leve, mas elas também podem desenvolver a forma mais grave. Algumas morreram, inclusive", lembrou a líder técnica da OMS, Maria van Kerkhove.

Para a líder técnica, entender como a Covid-19 se comporta em crianças, assim como controlar as transmissões comunitárias, são as principais questões para reabrir as escolas durante a pandemia.

"As escolas não operam isoladamente, operam em comunidade. Se o vírus estiver circulando na comunidade, ele poderá circular nas escolas", alertou.
A OMS informou que está conduzindo uma pesquisa com crianças em diferentes faixas etárias.

"Sabemos que há uma transmissão diferente de acordo com a faixa etária [infantil]", afirmou Kerkhove. "Mas precisamos de mais pesquisas."

 

Em relação a busca por uma vacina segura contra o coronavírus, o diretor-geral disse que a vacina sem dúvida será uma ferramenta vital, "mas não há garantia que isso ocorrerá". "E mesmo que tenhamos uma vacina, ela não vai acabar com a pandemia por si só", disse Tedros.

 

G1

Foto: Denis Balibouse/Reuters

 

 

mutaçãoUma mutação do novo coronavírus cada vez mais comum em toda a Europa e detectada recentemente na Malásia pode ser mais infecciosa, mas parece menos fatal, de acordo como um importante especialista em doenças infecciosas.

Paul Tambyah, consultor-sênior da Universidade Nacional de Cingapura e presidente-eleito da Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas, que tem sede nos Estados Unidos, disse que a mutação D614G também foi encontrada em Cingapura.
Ministério da Saúde da Cidade-Estado não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

Tambyah disse haver indícios de que a proliferação da mutação na Europa coincidiu com uma queda nos índices de mortalidade, o que sugere que ela é menos letal.

A mutação dificilmente impactará a eficiência de uma vacina em potencial, apesar dos alertas contrários de outros especialistas de saúde, acrescentou.

"Talvez seja uma coisa boa ter um vírus que é mais infeccioso, mas menos fatal", disse Tambyah à Reuters.

Ele ainda disse que a maioria dos vírus tende a se tornar menos virulenta ao passar por mutações.

"É do interesse do vírus infectar mais pessoas, mas não matá-las, porque o vírus depende do hospedeiro para ter alimento e abrigo", explicou.

Cientistas descobriram a mutação ainda em fevereiro, e ela circula na Europa e nas Américas, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS), que também informou que não existem sinais de que a mutação causa uma doença mais grave.

No domingo, o diretor-geral de Saúde da Malásia, Noor Hisham Abdullah, pediu uma vigilância pública maior porque as autoridades detectaram o que acreditam ser a mutação D614G do coronavírus em dois focos recentes.

Noor Hisham disse que a nova linhagem é dez vezes mais infecciosa e que as vacinas atualmente em desenvolvimento podem não ser eficientes contra esta mutação.

Mas Tambyah disse que tais mutações provavelmente não mudarão o vírus a ponto de tornar vacinas em potencial menos eficazes.

"O mutante afeta o elo do peplômero, e não necessariamente o reconhecimento da proteína por parte do sistema imunológico, o que seria preparado pela vacina."

 

Reuters

Foto: Divulgação/National Institute of Allergy and Infectious Diseases