• Hospital Clinicor
  • Vamol
  • Roma

tireoideO câncer de tireoide é mais frequente em mulheres? Sim. Segundo a endocrinologista Rosália Padovani, especialista em câncer de tireoide, esse tipo de tumor atinge três vezes mais mulheres do que homens, mas a razão disso ainda é desconhecida. Pessoas com histórico de exposição à radiação, histórico familiar de câncer de tireoide ou que apresentam deficiência de iodo são mais propensas a esse tipo de câncer. Alimentos ricos em iodo são peixe, frutos do mar e vagem. O sal também contém iodo.


Por que ele se desenvolve? A endocrinologista explica que o câncer de tireoide se desenvolve a partir de mutações nas células tiroidianas, que levam à proliferação de grupos celulares específicos e à formação de nódulos malignos.

 
Ter câncer de tireoide indica que a pessoa tem predisposição a câncer, de uma forma geral? Rosália afirma que depende da mutação celular que levou ao câncer. Existem algumas mutações que são comuns ao câncer de tireoide e ao câncer de mama. Nesse caso, mulheres que tiveram um dos tipos de câncer devem ficar atentas ao outro tipo.


No caso da remoção da tireoide por causa do câncer, como sua função é substituída? A glândula tireoide produz os chamados hormônios tireoidianos que são o T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina ou tetraiodotironina). Eles regulam o metabolismo, que é a maneira como o corpo usa e armazena energia. Quando essa glândula é removida, sua função é substituída pela reposição hormonal, de acordo com a médica.


É possível prevenir câncer de tireoide? Sim, evitando exposição à radiação, especialmente na infância, e a deficiência de iodo. Além disso, a endocrinologista ressalta que existem exames de sangue para detecção de mutações em genes específicos relacionados ao carcinoma medular de tireoide, um tumor raro e agressivo de tireoide, hereditário. Se o exame apontar a mutação, a prevenção é a retirada da tireoide.


Quais são os sintomas? Geralmente, a doença é assintomática, sendo descoberta por acaso ao olhar no espelho e perceber uma nodulação no pescoço, segundo Rosália. Os sintomas surgem apenas na fase avançada da doença, como rouquidão, dificuldade para engolir ou tosse.


Como é o diagnóstico? Além do exame clínico, podem ser feitos exames de imagem. Mas o principal meio de diagnóstico é a biopsia de aspiração com agulha fina, capaz de detectar a presença de células tumorais.

 
Como é o tratamento? A médica explica que o tratamento é cirúrgico, na maioria das vezes, com complementação de radioiodoterapia. O paciente recebe iodo radioativo via oral, em forma de líquido ou cápsula. Essa radiação tem o objetivo de destruir células cancerígenas microscópicas e células tireoidianas que possam ter permanecido no corpo.


Existe recidiva? Sim. Segundo Rosália, as recidivas podem ocorrer no leito tireoidiano, nos linfonodos cervicais ou em órgãos como pulmão e osso
Problemas da tireoide mexem mesmo com o peso e o humor? Dependendo do problema da tireoide podem haver alterações de peso e de humor, de acordo com a médica. Ela afirma que o hipotireoidismo pode causar ganho leve de peso devido ao inchaço e não ao aumento de gordura. Já o hipertireoidismo pode provocar perda de peso. "Em relação ao humor, o hipotireoidismo pode levar ao desânimo e, o hipertireoidismo, ao nervosismo, agitação e, algumas vezes, até quadros psicóticos", diz Rosália.

 

R7

Foto: Pixabay

sarampoA Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o número de casos de sarampo no mundo aumentou cerca de 300% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2018.

Dados preliminares divulgados pela OMS indicam que foram registrados mais de 112 mil casos de sarampo em 170 países nos três primeiros meses de 2019. A entidade informou que os recentes surtos da doença causaram muitas mortes, principalmente de crianças.

Os casos de sarampo na África aumentaram em aproximadamente 700%, em comparação ao mesmo período do ano passado. Na Europa, o crescimento foi de 300%, apesar do uso de vacinas na região ser mais difundido.

Segundo a OMS, o sarampo é quase totalmente evitável por meio de duas doses de uma vacina segura e eficaz. Mas a organização afirmou que somente 67% da população mundial tomaram a segunda dose.

A OMS aconselha que as pessoas tomem as duas doses da vacina. A organização também pede que os países garantam que todas as crianças sejam vacinadas, uma vez que o sarampo pode afetá-las mais duramente.

 

Agência Brasil

Foto: OMS/Opas

ativifisicaUm estudo publicado na revista científica Jama revelou que pessoas que começam a se exercitar na meia idade têm o risco de mortalidade reduzido nos mesmos níveis do que pessoas que se exercitam desde a adolescência.

O profissional de educação física e consultor do Bem Estar Marcio Atala lembra que nunca é tarde para começar. Mesmo após os 60 anos, quem começa a praticar exercício tem benefícios, principalmente no que se refere a ganho de massa muscular, equilíbrio, diminuição da perda de cognição e manutenção de laços sociais.

Contudo, não é porque os benefícios são iguais que a pessoa deve pensar em atividade física só após os 40 anos. A atividade física melhora a qualidade de vida e pode evitar doenças relacionadas ao sedentarismo.


O estudo foi feito com 315.059 pessoas. Quem fez exercício desde a adolescência teve redução de mortalidade de 29% a 36%. Já quem fez exercício após os 40 anos teve redução de mortalidade de 32% a 35%.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 150 minutos semanais de atividade física leve ou moderada (cerca de 20 minutos por dia) ou, pelo menos, 75 minutos de atividade física de maior intensidade por semana (cerca de 10 minutos por dia).

Veja a recomendação da OMS sobre níveis de atividade física para todas as faixas etárias:

ATIVIDADE FÍSICA

IDADE RECOMENDAÇÃO/SEMANA NÍVEL DA ATIVIDADE
5 a 17 anos Mais de 60 minutos de exercícios aeróbicos Moderada a vigorosa
18 a 64 anos No mínimo 150 minutos exercícios aeróbicos Moderada
  75 minutos de exercícios aeróbicos Vigorosa
Maiores de 64 anos 150 minutos exercícios aeróbicos Moderada
  75 minutos exercícios aeróbicos Vigorosa

Fonte: OMS (Organização Mundial da Saúde)


4 dicas para começar a prática de atividade física


Encontre um local adequado para praticar as atividades físicas, como parques, praças e similares.


Comece com uma atividade que não exige alto preparo físico.


Praticar atividade física perto de casa não exigindo grandes deslocamentos, o que ajuda na manutenção desse hábito.


Procure atividades realizadas por várias pessoas, inclusive do seu círculo de amizade, o que poderá ser um estímulo a mais.

 

G1

Foto: Google

 

sarampoAssim como o Brasil, os Estados Unidos estão sendo obrigados a lidar com um aumento muito grande dos casos de sarampo. Um levantamento feito pelo Unicef aponta o Brasil como o terceiro país no ranking dos que tiveram o maior aumento de casos de sarampo entre 2017 e 2018.

O sarampo é uma doença muito contagiosa, mais do que ebola, tuberculose e influenza. O vírus pode ser contraído por alguém até duas horas depois de a pessoa infectada ter saído do local. O Bem Estar conversou com a infectologista e diretora técnica da secretaria de saúde (SP) Helena Sato sobre a vacina do sarampo, cuidados e prevenção.

O sarampo é transmitido pelo ar e infecta o trato respiratório, podendo matar crianças malnutridas e bebês que ainda são muito novos para serem vacinados. Uma vez infectado, não há um tratamento específico, por isso a importância da vacinação.

A única forma de se proteger do sarampo é através da vacina. Ela é disponibilizada gratuitamente pelo SUS em duas doses – tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), aplicada nos bebês aos 12 meses de idade, e tetra viral (as três doenças, acrescida da catapora), aos 15 meses.

“A vacina é extremamente bem tolerada. Ela é injetável e faz parte do calendário de vacinação. A primeira dose é dada com um ano e a segunda dose é dada com um ano e três meses”, explica Sato.

Quem já teve sarampo deve tomar a vacina. “O sarampo pode se confundir com outras doenças. Não necessariamente a pessoa teve sarampo”. Entre os sintomas estão febre, tosse, conjuntivite, manchas avermelhadas. Contudo, a infectologista lembra que outras infecções virais têm os mesmos sintomas.

É fundamental que as pessoas que não tomaram a vacina ou que não sabem se tomaram a vacina procurarem os postos de saúde.


Veja quem pode tomar a vacina


Crianças de 12 meses a menores de 5 anos de idade: uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses de idade (tetra viral).


Crianças de 5 anos a 9 anos de idade que perderam a oportunidade de serem vacinadas anteriormente: duas doses da vacina tríplice


Pessoas de 10 a 29 anos: duas doses da vacina tríplice


Pessoas de 30 a 49 anos: uma dose da vacina tríplice viral


Quem não pode tomar a vacina? Casos suspeitos de sarampo, menores de seis meses, grávidas, pessoas imunodeprimidas e pessoas acima de 49 anos.

Sintomas
Febre alta com manchas vermelhas no corpo (normalmente as manchas começam atrás do pescoço e atrás da orelha. Depois aparecem no rosto e vão descendo para braços, tronco e pernas)


Tosse
Coriza
Conjuntivite
Complicações do sarampo
Infecções respiratórias
Otites
Doenças diarreicas
Doenças neurológicas
As complicações podem deixar sequelas como diminuição da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento.
Como evitar a transmissão
Lave as mãos com frequência
Quando espirrar, coloque o braço para tampar o nariz. Jamais use as mãos

 

G1

Foto: Cristine Rochol/PMPA