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ataquepanicDe uma hora para outra, você começa a sentir um mal-estar generalizado, o coração acelera, tem palpitações, a respiração fica ofegante, com sensação de sufocamento, tontura, tremedeira, formigamento nas mãos e na boca e até com dor no peito.

Quem não sabe do que se trata pode achar que foi acometido por algo súbito e grave, e que o risco de morte é iminente. Mas esses são sintomas de um ataque de pânico.

Os episódios "podem ser espontâneos ou aparecer em uma situação de estresse agudo, como um assalto, por exemplo", explica o psiquiatra Luiz Vicente Figueira de Mello, do Programa de Transtornos de Ansiedade do IPq (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

"É o medo de morrer naquele momento. A pessoa sente que está tendo um infarto ou um problema agudo e corre para o pronto-socorro. A maioria das pessoas que têm transtorno de pânico já passou pelo pronto socorro."

Mello destaca que a crise de pânico dura entre 15 e 30 minutos, período em que existe uma forte descarga hormonal no organismo que provoca as sensações desagradáveis típicas desse quadro. Ele acrescenta que são sintomas automáticos e que aumentam se a pessoa fica mais desesperada.


"Os ataques de pânico são considerados uma situação de fuga ou luta, uma coisa que acontece com todos os animais. O cérebro manda a ordem e vai para as glândulas que injetam adrenalina para preparar a pessoa para fugir ou lutar. É a adrenalina que faz tudo isso... aumenta a pressão, os batimentos cardíacos, dá tremores porque prepara a musculatura para fugir."

Embora a crise de pânico seja aterrorizante para quem vive, Mello afirma que "não há risco clínico" para o paciente.

"Em alguns casos mais graves de pânico, o máximo que acontece é que as pessoas desmaiam."

Alarme que dispara sozinho
O psiquiatra compara o ataque de pânico a um alarme de uma casa que dispara quando não há um invasor e recomenda que se episódios desse tipo se repetirem, a pessoa deve procurar um médico.


"Um ataque só não caracteriza o transtorno de pânico. Quando esses ataques começam a ser mais frequentes, sem causa relacionada e levam a pessoa a mudar seus hábitos, como medo de ir ao trabalho, medo de pegar transporte público, começa a desenvolver o medo que se chama agorafobia, que é o medo de ter o ataque em situações em que ela não possa ser socorrida. Isso faz com que a pessoa se isole."

A constatação da síndrome do pânico é feita com base nos relatos do paciente. A partir daí, o médico vai prescrever o medicamento mais adequado. Porém, ressalta Mello, não são calmantes.

"Primeiro, é preciso fazer um diagnóstico específico. Nós não usamos de primeira mão os ansiolíticos. O que nós usamos para pânico são os antidepressivos, que vão atuar nos neurônios, diminuindo esses disparos que são os alarmes. Esses remédios levam até três, quatro meses para agir. Quando a pessoa está com muita crise, benzodiazepínicos são usados apenas como coadjuvantes no início do tratamento, que também pode incluir uma psicoterapia específica, a cognitivo-comportamental."

É preciso entender, acrescenta o médico, que o transtorno de pânico atinge entre 4% e 6% da população (sendo mais comum entre mulheres) e tem componentes genéticos.

"Tem níveis: leve, moderado e grave. O leve, passando o tratamento, pode ser que não retorne. O moderado e o grave, em 70% dos casos as pessoas poderão ter uma recaída cinco anos após parar com o medicamento. Em casos mais graves, o uso do medicamento é para sempre, como se fosse diabetes ou hipertensão."

Não há cura para os casos moderados e graves de pânico, já que se trata de uma disfunção na conexão entre os neurotransmissores. No entanto, é possível ter uma vida normal com o uso dos medicamentos.

"Não é dependência química, como drogas, é fisiológica. O remédio age fazendo com que as pessoas fiquem sem essas reações químicas anormais. Por enquanto, o nosso tratamento é assim. O futuro é célula-tronco, que talvez vá nessas regiões reconstruindo essas conexões de neurotransmissores. Você poderia fazer com que os neurônios dessas áreas fossem reconstruídos. Aí é cura. No momento há apenas controle."

Pânico x ansiedade
Crise de pânico e de ansiedade são ligeiramente diferentes, afirma o psiquiatra.

"A crise de ansiedade é muito mais relacionada com as circunstâncias, como uma prova, uma entrevista de emprego. É prolongada, pode ficar o dia todo ou até mais tempo. A pessoa tem um mal-estar, que pode ter sudorese, tremor, mas é normalmente mais leve e, o principal, ela não tem o medo de morrer característico do ataque de pânico."

Não é todo mundo que tem algum quadro de ansiedade excessiva que vai desenvolver o pânico.

"As pessoas confundem muito, acham que a ansiedade é provocada só pelo meio. Quem é suscetível, no aspecto biológico, é que pode ter o pânico", finaliza.

 

R7

Foto: Freepik

 

cigeletrnicO cigarro eletrônico está cada vez mais popular no Brasil. Entretanto, muita gente não sabe que ele quais os riscos que podem estar associado ao uso. Só nos Estados Unidos, são 48 mortes associadas ao uso do cigarro eletrônico e quase 2.300 internações.


No Brasil, três casos de EVALI, uma doença no pulmão, relacionada ao uso de cigarro eletrônico, foram confirmadas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), os pacientes usaram cigarro eletrônico com tetraidrocanabinol (THC) em dispositivos adquiridos nos EUA.

Os sintomas respiratórios da EVALI podem ser confundidos com uma gripe. São eles: tosse, falta de ar, dor no peito, dor abdominal, febre, calafrios.

Os médicos alertam que, se tiver estes sintomas, a pessoa precisa procurar ajuda e nunca esconder o uso de cigarro eletrônico.


Cigarro eletrônico e pulmão
O vapor do cigarro eletrônico e as substâncias tóxicas que ele contém queimam a membrana dos pulmões, prejudicando a troca gasosa de oxigênio por CO2. Essa troca é fundamental para manter as células vivas. Sem oxigênio, elas morrem.

Segundo a cardiologista Jaqueline Scholz, acredita-se que os danos do cigarro eletrônico sejam atualmente maiores devido à potência dos novos vaporizadores.

 

G1

Foto: arte TV Globo

gravidezUm novo exame realizado em partes da placenta promete identificar com mais precisão o zika vírus em grávidas. A notícia é animadora, já que o diagnóstico precoce é um desafio para a ciência.

Com 8 semanas de gravidez, Patrícia Campassi acordou com manchas vermelhas e muita coceira, mas no hospital foi diagnosticada com intoxicação alimentar. Só quando seu filho já tinha 2 meses é que os médicos descobriram a verdadeira causa da microcefalia da criança.


"O zika interrompeu completamente a vida do Lorenzo e nós temos que conviver com isso", conta a mãe Patrícia.


De lá para cá, a ciência avançou, mas um grande desafio continua sendo o diagnóstico precoce da doença.


Esse desafio acontece porque cerca de 70% dos infectados com o zika vírus não apresentam sintomas e os outros 30% quando têm apresentam sintomas leves, que podem ser confundidos com outras doenças, o que faz com que as vítimas demorem para procurar o serviço de saúde.


Os pesquisadores identificaram que a placenta funciona como um reservatório do vírus e mantém o registro da doença até o fim da doença


Nos 17 casos investigados no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da Unicamp, 14 deram positivo, enquanto que com o kit tradicional o vírus foi detectado em 10.


"Cada tubinho que eu coleto, eu coleto um pedacinho de regiões diversas, então eu amplio a possibilidade de encontrar tecido positivo", explica a coordenadora da pesquisa Maria Laura do Nascimento.


As mães que tiveram exame de placenta positivo serão chamadas no hospital para uma nova avaliação. Os pesquisadores querem observar se não surgiram outras complicações relacionadas ao zika.

 

 

 R7 Foto: Pixabay

 

ataquecardicDoenças cardiovasculares respondem por mais de 400 mil mortes anuais no Brasil. Muitas delas são vítimas de dois problemas que têm nomes parecidos, algo em comum, mas têm origens diferentes: a parada cardíaca e o ataque cardíaco.

Parada cardíaca
A parada cardíaca é uma falha "elétrica" no coração e, como o próprio nome diz, faz com que ele pare de bater inesperadamente.

Segundo a Associação Americana do Coração (AHA, em inglês), essa condição é desencadeada por um mau funcionamento elétrico do órgão que causa batimentos irregulares (arritmia). A função cardíaca fica comprometida e o coração pode não bombear sangue para partes importantes do corpo, como cérebro e pulmões.

Uma vítima de parada cardíaca desmaia e não responde a estímulos, pode parar de respirar (parada cardiorrespiratória) ou ficar ofegante. A pressão arterial cai bruscamente.

É provável haver dano cerebral, se a parada cardíaca durar mais de 5 minutos, e morte, se a parada cardíaca durar mais de 8 minutos, ressalta o manual Merck de Diagnóstico e Tratamento.

A AHA ressalta que a parada cardíaca pode ser reversível em algumas pessoas se o tratamento for feito dentro de poucos minutos. O primeiro passo é ligar para a emergência.

Em seguida, inicia-se o procedimento chamado de RCP (ressuscitação cardiopulmonar) — manobras feitas com as mãos para "forçar" o coração a retomar o bombeamento de sangue. Um desfibrilador (equipamento que dá choques) pode ser usado em locais públicos que disponham desses aparelhos.

Ataque cardíaco
A origem do ataque cardíaco é outra. Trata-se de um problema circulatório em pessoas com arteriosclerose (acúmulo de placas de colesterol nas paredes das artérias).

Essa artéria bloqueada vai impedir que parte do coração receba sangue, e consequentemente oxigênio, ocasionando morte dos tecidos em poucos minutos, ou até mesmo a morte do paciente.

Diferente da parada cardíaca, o infarto, como também é chamado, vem acompanhado de sintomas. Os sinais clássicos são desconforto e dor no peito, que irradia para a mandíbula, braços, falta de ar, suor frio, náusea e confusão mental.

"Mesmo se você não tiver certeza de que é um ataque cardíaco, ligue para a emergência local. Pacientes com dor no peito que chegam de ambulância geralmente também recebem tratamento mais rápido no hospital.", frisa a AHA.

O que há em comum?

Um ataque cardíaco pode provocar como consequência uma parada cardíaca. Isso corre devido às arritmias. Pacientes que tiveram danos cardíacos decorrente de infartos anteriores também estão sujeitos a ter parada cardíaca.

 

R7

Foto: Freepik