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hivO Ministério da Saúde estima que 135 mil pessoas vivem com HIV no Brasil e não sabem. Com base nessa estimativa, a campanha lançada em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids quer incentivar as pessoas que se colocaram em risco a procurar uma unidade de saúde para realizar o teste rápido.

Segundo o diretor do departamento de doenças crônicas e infecções sexualmente transmissíveis, Gerson Pereira, o país adotou a recomendação do início do tratamento para todas as pessoas após o diagnóstico de HIV, independente da condição clínica do paciente.

“Os últimos dados mostram que a pessoa diagnosticada com HIV tem praticamente o mesmo tempo de vida que uma pessoa que não vive com o vírus", afirmou.

"Se essa pessoa mantiver o tratamento regular, pode ter uma vida normal, assim como quem tem diabetes ou hipertensão. Mas para isso, é importante ter o diagnóstico cedo, tratar imediatamente e se manter em tratamento", disse Gerson Pereira.

Por causa do tratamento mais acessível, o governo informou ainda que os casos de Aids reduziram em 13,6% entre 2014 e 2018. O índice equivale a 12,3 mil casos evitados da doença.

Já a mortalidade por Aids caiu em 22,8%, nesse mesmo período, evitando 2,5 mil óbitos. Segundo o Ministério da Saúde, quando um paciente infectado com o vírus HIV recebe o tratamento adequado, sua carga viral pode chegar a ser indectável. Quando isso acontece, considera-se que não existe uma quantidade suficiente do vírus para que ele seja transmissível.


Campanha
Nesta sexta-feira (28), o Ministério da Saúde lançou uma campanha que celebra as conquistas dos 31 anos do Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Com o slogan “HIV/AIDS. Se a dúvida acaba, a vida continua”, a ação quer mudar, na população jovem brasileira, a atitude e a percepção da importância da prevenção, teste e tratamento contra o HIV.

A peça informa que, caso o teste de HIV dê positivo, com o tratamento adequado, o vírus pode ficar indetectável e a pessoa não desenvolve a doença. Todo o tratamento contra HIV e AIDS é oferecido pelo SUS, gratuitamente.

A campanha tem filme para TV, peças de mídia exterior como outdoor social, peças para internet e redes sociais, cartazes e spot para rádio.

Até dezembro de 2019, a previsão é distribuir 462 milhões de preservativos masculinos, e 7,3 milhões de unidades de preservativos femininos. Até o final de dezembro, está previsto a finalização da entrega de 12,1 milhões de testes rápidos de HIV, para diagnóstico de pessoas infectadas.

Segundo o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta, a campanha é para vencer desafios. “O maior desafio ainda é o medo”, afirma o ministro sobre o receio de muitos ao fazer o teste de HIV.


Transmissão vertical
No Brasil, entre os anos 2000 e 2019 foram notificadas 125.144 gestantes infectadas com HIV. A transmissão vertical do HIV ocorre quando a gestante que possui o vírus transmite o HIV para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Segundo o ministério, o maior número de mulheres grávidas que possuem o vírus está entre jovens de 20 a 24 anos (27,8%).

O Brasil é signatário do compromisso mundial de eliminar a transmissão do HIV de mãe para filho. Três municípios brasileiros receberam o Certificado de Eliminação da Transmissão Vertical de HIV: no Paraná, Curitiba e Umuarama receberam a certificação em 2017 e 2019.

A previsão é que São Paulo receba o título na próxima terça-feira (3). A certificação possibilita a verificação da qualidade da assistência ao pré-natal, do parto, puerpério e acompanhamento da criança e do fortalecimento das intervenções preventivas.

 

G1

Foto: reprodução Rede Amazônica

 

 

tiquesMuita gente, desde bem pequena, desenvolve manias. Roer unha, piscar os olhos, estalar o dedo, mexer no cabelo... Mas é preciso procurar ajuda? Os tiques são movimentos motores ou vocais rápidos, repetitivos e que a pessoa faz, muitas vezes, sem perceber.


Não existe uma explicação para o surgimento do tique. Ele começa devagar e vira um hábito. Os mais comuns são: pigarrear, tossir, grunhir, estalar a língua, repuxar a cabeça, entortar o pescoço (ou estalar), piscar, fazer caretas, estalar os dedos.

E quando tratar? Segundo o psiquiatra e consultor do Bem Estar, Daniel Barros, um tique precisa de atenção quando começa a prejudicar a vida de quem o tem. Crianças, por exemplo, podem começar a sofrer bullying. Daí é hora de acender o sinal de alerta e procurar ajuda.

O tratamento pode ser feito com terapia e/ou remédios. Há alguns tipos de neurolépticos que ajudam a diminuir a ocorrência dos tiques. Esses medicamentos bloqueiam os receptores de dopamina, que estão envolvidos as manifestações de tiques.

Tique e mania: quais as diferenças? “Estalar o dedo, roer unha, isso são manias. O tique é um comportamento que vem de repente, repetitivo, e a pessoa faz sem propósito, tipo um espasmo”.

 

G1

vacinaVocê sabe por que as grávidas têm prioridade na vacinação? Um dos motivos é que o sistema imunológico da mãe baixa um pouco a guarda durante a gravidez e, quando um vírus ou bactéria ataca, ela pode adoecer. Para evitar a doença, a melhor saída é a vacinação.
Toda grávida precisa fazer o pré-natal. O acompanhamento permite identificar e reduzir muitos problemas de saúde. E a vacinação é parte fundamental desse cuidado. A imunização durante a gestação protege não somente a mãe, mas também o bebê.

No primeiro ano de vida, o organismo do bebê se defende de infecções usando os anticorpos recebidos da mãe via placenta e/ou leite materno. Isso vai ajudar a protege-lo até que ele produza os próprios agentes de defesa, estimulados pela vacinação, explica a pediatra Bárbara Furtado.


Confira as vacinas que as grávidas precisam tomar e que ajudam a evitar problemas mais sérios:

Hepatite B: deve tomar a mulher que não foi vacinada ANTES de engravidar ou que não tenha tomado as três doses. No total são três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda, e de seis meses entre a primeira e a terceira.


Tríplice bacteriana (dTpa - Difteria, Tétano e Coqueluche): a vacina deve ser tomada a partir da 20ª semana de gestação e repetida a cada gravidez.


Gripe: protege contra os principais tipos de vírus influenza, que provocam a gripe. É preciso tomar uma dose anual, durante qualquer fase da gestação e a cada gestação, o mais cedo possível, inclusive no primeiro trimestre da gravidez.

 

G1

Foto: arte TV Globo

 

utiAlguns se referiram a ela como uma epidemia silenciosa em pacientes graves em hospitais de todos os lugares. Acontece que muitos pacientes que estão em coma ou estupor (podem ser acordados brevemente com estímulos vigorosos) estão tendo convulsões sem manifestações externas óbvias. Convulsões são alterações na função cerebral devido à atividade elétrica anormal do cérebro, onde muitas células disparam ao mesmo tempo.

Em uma pessoa acordada, isso geralmente se manifesta por não responder por alguns minutos; menos frequentemente, progride para uma convulsão mais dramática do tipo “grande mal”, com rigidez do corpo inteiro, tremor e queda.


Em pacientes críticos em unidades de terapia intensiva (UTIs), a atividade elétrica anormal pode não mostrar manifestações óbvias. Isso é chamado de “crises não-convulsivas” ou “crises eletrográficas”.

Segundo o Dr Larry Hirsch da Universidade de Yale, e responsável pela padronização das anormalidades cerebrais que podem ocorrer no eletroencefalograma de pacientes em UTI, pensava-se que essas crises não-convulsivas eram raras. No entanto, elas são realmente comuns, observadas em 10 a 20% dos pacientes nos quais as ondas cerebrais são registradas, e ainda mais frequentes se os pacientes estiverem em coma, tiveram crises anteriormente ou tiveram uma algum tipo de lesão cerebral aguda conhecida (derrame, trauma, tumor, etc.).


Como detectar a crise
Ainda segundo o Dr Hirsch, investigações demonstraram que a maioria das crises em pacientes de UTI são não-convulsivas. Para diagnosticá-las, eletroencefalograma (EEG) deve ser feito. Isso é realizado por um tecnólogo especialmente treinado, conectando eletrodos ao couro cabeludo (usando algum tipo de cola) para registrar as ondas cerebrais por horas ou dias. Isso é interpretado por um neurologista ou neurofisiologista com treinamento especial em análise de EEG.

Crises não convulsivas demonstraram correlação com pior resultado em uma variedade de populações de pacientes. As convulsões levam a uma demanda metabólica adicional por células cerebrais; quando o cérebro e o corpo já estão doentes, isso nem sempre é bem tolerado. Assim, acredita-se que o diagnóstico e o tratamento precoce dessas convulsões salvem as células cerebrais e conduzam a melhores resultados.

Hospitais de todo o mundo estão trabalhando em maneiras de obter o EEG rapidamente e interpretá-los em tempo hábil. Isso requer equipamentos, pessoal, conhecimentos especializados em tecnologia da informação (para poder ler os estudos remotamente em tempo real), tempo e dinheiro.

Estudos preliminares sugerem que o investimento em um serviço de monitoramento contínuo de EEG leva a melhores resultados (menos dias na UTI, melhor sobrevivência, melhores resultados cognitivos) e pode realmente economizar dinheiro a longo prazo.

 

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