• hospital-de-olhos.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

dengueInstituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) acaba de obter registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para um novo kit diagnóstico. Trata-se do teste molecular ZDC (zika, dengue e chikungunya), com diferenciação na mesma reação sobre o tipo da dengue (1, 2, 3 ou 4). O teste inovador foi desenvolvido e produzido pelo IBMP - associação civil sem fins lucrativos, instituída mediante parceria entre a Fiocruz e o governo do Estado do Paraná. O teste molecular é realizado por meio da técnica PCR em tempo real, que possibilita o diagnóstico na fase inicial da infecção e poderá ser ofertado diretamente pela Fiocruz ao Ministério da Saúde.

O novo kit representa um avanço na capacidade diagnóstica, incorporando num mesmo teste a diferenciação entre os quatro tipos de dengue, além do zika e chikungunya, sendo fruto de pesquisa e desenvolvimento internos ao IBMP. Vários outros testes encontram-se em fase final para obtenção de registro - como malária, tracoma, febre amarela e hanseníase. Todos moleculares. Assim como este kit recém registrado, todos os desenvolvimentos de novos kits e produtos para a saúde alcançados pelo IBMP são disponibilizados à Fiocruz, através do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), com quem mantém estreita relação de cooperação tecnológica e produtiva, permitindo, mediante entendimentos com o Ministério da Saúde, que os novos produtos sejam fornecidos ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Trata-se de um avanço importante para enfrentar o desafio de buscar um diagnóstico mais preciso para essas arboviroses. O uso de métodos moleculares tem sido apontado como uma das principais ferramentas para esse tipo de diagnóstico devido a sua alta sensibilidade e especificidade, além de sua importância nos estudos epidemiológicos destinados as ações de vigilância e controle dessas doenças. O Kit ZDC Bemol tem como principais especificidades, além do diagnóstico diferencial dos vírus da zika, dengue (1, 2, 3 e 4) e chikungunya, a alta sensibilidade para a detecção de patógenos, metodologia confiável para o diagnóstico, precisão, especificidade e alto desempenho.

“Estamos entregando para a sociedade brasileira os testes mais avançados e completos disponíveis com a incorporação de tecnologia de ponta. A Fiocruz e o Ministério da Saúde têm se esforçado continuamente na oferta de soluções e tecnologias para o enfrentamento das arboviroses no Brasil”, ressaltou o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS/Fiocruz), Marco Krieger. Ele observou ainda que esta atuação integrada ocorre tanto com a utilização de novas e, em alguns casos, disruptivas tecnologias para o combate à transmissão vetorial, como também nos casos das soluções de diagnóstico. Nesse último campo, a instituição tem buscado de forma contínua ofertar e aprimorar produtos que estão sendo disponibilizados ao SUS.

“No campo do diagnóstico, temos desde os testes rápidos sorológicos discriminatórios para zika dengue e chikungunya, capazes de diferenciar infecções recentes de infecções mais antigas, assim como os testes moleculares, indicados para o diagnóstico na fase ativa da infecção através da identificação do RNA viral. Esse aprimoramento obtido permite incorporar aos testes já disponibilizados pela Fiocruz à capacidade de distinção dos sorotipos de dengue. Vale ainda salientar que outros importantes avanços estão sendo obtidos, como é o caso da otimização de processo de automação dos testes moleculares da Fiocruz na rede de laboratórios oficiais”, afirmou Krieger.

Kit

O diretor-presidente do IBMP, Pedro Barbosa, informou que se trata do primeiro registro totalmente do IBMP. Ele ressaltou que o Kit ZDC Biomol é fruto de muito aprendizado. Não apenas do trabalho das equipes de pesquisa e desenvolvimento, mas do conjunto da organização. “Esse kit seguramente é o primeiro de muitas soluções novas que seguiremos entregando à sociedade. Existimos para entregar soluções em saúde e contribuir com o aumento do acesso da população a serviços e produtos de saúde de qualidade. Seja na produção e no desenvolvimento, temos aperfeiçoado nossa contribuição ao SUS e a saúde do país”, comemora Pedro Barbosa.

O IBMP investe sua capacidade científica no desenvolvimento de kits moleculares para diagnóstico e vem sendo reconhecido pelo trabalho que desenvolve para atender as demandas da área da saúde e para nacionalizar insumos utilizados no país, disponibilizando produtos nos mercados brasileiro e internacional. “Esse kit seguramente é o primeiro de muitas soluções novas que seguiremos entregando à sociedade. Muito em breve, novos serão submetidos a registro, como febre amarela, tracoma, malária e hanseníase, todos já concluídos pelas equipes de Desenvolvimento Tecnológico e entregues para a produção de lotes de consistência e entrega dos dossiês a Anvisa para registro”, conclui Pedro.

 

Portal Fiocruz

Foto: divulgação

A nicotina pode contribuir para o desenvolvimento de diabetes, segundo pesquisa desenvolvida na Escola de Medicina de Icahn no Monte Sinai, nos Estados Unidos, e publicada recentemente na revista científica Nature.

cigarro

Os pesquisadores verificaram que a substância interferia na comunicação entre o cérebro e o pâncreas de ratos, causando altos níveis de glicose.

A nicotina ativa o mecanismo que prepara o animal para lutar ou fugir, isso gera uma liberação desnecessária de glicose, que em situações normais, seria usada como energia para essas atividades.

Ao longo dos anos essas descargas de glicose desgastam as vias de sinalização de insulina nas células, o que causa a diabetes.

O principal responsável por esse processo é uma proteína chamada TCF7L2. Ela influencia a vontade de consumir nicotina e a comunicação entre o cérebro e o pâncreas, órgão responsável pela liberação de insulina, hormônio que controla a glicose no sangue.

Os pesquisadores estudaram a parte do cérebro encarregada das respostas ao estresse, a habenula, que é cheia de receptores de nicotina. Eles relataram que pessoas com dependência em nicotina, frequentemente possuem mutações nesses receptores.

A proteína TCF7L2 funciona como um interruptor de liga e desliga, acionando vários genes. Os ratos que perderam essa função consumiam, segundo os pesquisadores, quantidades gigantescas de nicotina.

Essa proteína também está presente em outras partes do corpo e está associada à diabetes, não só pelo consumo de nicotina, mas por predisposição genética. Os pesquisadores descobriram que após a exposição à nicotina, os receptores de nicotina em ratos sem TCF7L2 eram menos sensíveis do que os de ratos normais.

Em condições normais, após a nicotina “ligar” os receptores, as proteínas entram em um estado de sono e os receptores ficam inativos por um tempo. Os receptores de ratos com TCF7L2 se recuperam mais rapidamente do que os dos ratos que não possuem. Os cérebros deles não respondiam da mesma maneira à nicotina.

Além disso, os pesquisadores descobriram que os neurônios do pâncreas levavam a habenula. Grande parte dos genes presentes nessa parte do cérebro controlados pela TCF7L2 estão envolvidos na regulação do metabolismo da glicose.

Uma vez que a nicotina é conhecida por causar aumento nos níveis de glicose, a equipe se perguntou se essa proteína poderia influenciar na ação da nicotina. Eles descobriram que a redução dos níveis de TCF7L2 reduziu a capacidade da nicotina de aumentar o açúcar no sangue.

Uma das suspeitas é que a ligação entre a função de resposta ao estresse da habênula e a substituição da nicotina pode levar ao diabetes.

Os pesquisadores tentam agora descobrir medicamentos que modulem a atividade da TCF7L2 de forma direta ou indireta. Um deles é o sitagliptina, vendido como Januvia. É um medicamento para diabetes que impede a quebra da proteína a GLP-1, que está associada ao TCF7L2.

Os ratos medicados consumiram menos nicotina. Existem indícios de que pessoas que tomam Januvia têm mais facilidade para parar de fumar.

Existem outros medicamentos deste tipo. Os pesquisadores acreditam que podem ser uma boa alternativa para diabéticos fumantes.

 

R7

Foto: Pixabay

 

O Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA, realizou na manhã desta sexta-feira (18), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, uma ação que busca prevenir e combater os casos de sífilis, uma doença sexualmente transmissível (IST) e curável, mediante tratamento adequado. O vice-prefeito Antônio Reis esteve presente no evento. 

cta

Cerca de 300 testes gratuitos estão sendo oferecidos durante a ação “Sífilis Não”, que recebeu os visitantes logo cedo com um belíssimo café da manhã. 

A coordenadora do CTA, Hérica Amarante, disse que a ação busca sensibilizar a população e incentivar a testagem, principalmente em mulheres grávidas. “A intenção é compartilhar informações e atrair o maior número de pessoas para a realização do teste que traz o diagnóstico da doença”, finalizou.

 

site pmf

nenemEssa semana, em que foi comemorado o Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) divulgou um novo relatório dedicado à saúde alimentar e à nutrição das crianças em todo o mundo. O documento Situação Mundial da Infância 2019: Crianças, alimentação e nutrição traz dados preocupantes, como por exemplo, que há 250 milhões de crianças sofrendo de desnutrição ou sobrepeso no mundo.

Dados de 2018 do Unicef mostram que 149 milhões de crianças menores de 5 anos sofrem de déficit de crescimento ou estão muito baixas para a idade. E 50 milhões delas estão com baixo peso para a sua altura.

Além disso, metade das crianças com menos de 5 anos (340 milhões) sofrem de fome oculta, caracterizada pela falta de nutrientes essenciais, como vitamina A e ferro, o que prejudica a capacidade de crescerem e desenvolverem todo o seu potencial. O levantamento também aponta que 40 milhões delas estão obesas ou com sobrepeso.

Atualmente, a má alimentação é o principal fator de risco para doenças. Uma dieta pobre em nutrientes mas alta em calorias é a realidade de milhões de pessoas em todo o mundo e afeta, principalmente, as populações mais pobres. De acordo com as Nações Unidas, é preciso que as crianças tenham acesso a alimentos nutritivos, seguros, acessíveis e sustentáveis.

Dados Mundiais

Entre 2000 e 2016, a proporção de crianças de 5 a 19 anos com excesso de peso aumentou de 10% para quase 20%. O sobrepeso pode levar ao aparecimento precoce de diabetes tipo 2 e depressão.

O número de crianças com crescimento atrofiado diminuiu em todas as regiões, exceto na África, enquanto o número de crianças com excesso de peso aumentou em todas as regiões, incluindo a África.

Nas áreas rurais e entre as famílias mais pobres, apenas uma em cada 5 crianças de até 2 anos de idade recebe o mínimo de nutrientes para um desenvolvimento cerebral adequado. Cerca de 45% das crianças entre 6 meses e 2 anos não consomem frutas ou legumes e 60% não consomem ovos, leite, peixe ou carne.

Apenas 40% das crianças com menos de 6 meses são alimentadas exclusivamente com leite materno. A amamentação pode salvar a vida de 820 mil crianças por ano ao redor do planeta.

Um número crescente de bebês é alimentado com fórmulas infantis. As vendas de fórmula à base de leite cresceram 72% entre 2008 e 2013 em países de renda média-alta, como Brasil, China e Turquia, em grande parte devido a propagandas inadequadas e políticas ineficientes para estimular e apoiar a amamentação.

Muitos adolescentes consomem regularmente alimentos processados: 42% bebem refrigerante pelo menos uma vez por dia e 46% consomem fast food pelo menos uma vez por semana. Essas taxas sobem para 62% e 49%, respectivamente, para adolescentes em países de renda alta.

Brasil

De acordo com o Unicef, o Brasil reduziu a taxa de desnutrição crônica entre menores de 5 anos de 19%, em 1990, para 7%, em 2006. No entanto, ainda é um sério problema para indígenas, quilombolas e ribeirinhos. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, a prevalência de desnutrição crônica entre crianças indígenas menores de 5 anos era de 28,6%. Os números variam entre etnias, alcançando 79,3% das crianças ianomâmis.

No Brasil, o consumo de alimentos ultraprocessados (com baixo valor nutricional e ricos em gorduras, sódio e açúcares) vem crescendo, assim como as taxas de sobrepeso e obesidade. Uma em cada três crianças de 5 a 9 anos possui excesso de peso. Entre os adolescentes, 17% estão com sobrepeso e 8,4% são obesos.

Na América Latina e no Caribe, 4,8 milhões de crianças menores de 5 anos têm desnutrição crônica (baixo crescimento para a idade), 0,7 milhão têm desnutrição aguda (baixo peso para a altura) e 4 milhões têm excesso de peso, incluindo obesidade.

 

Agência Brasil

Foto: Yahya Arhab/EFE/direitos reservados