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sufosbuvirPublicados em revistas científicas internacionais, dois estudos liderados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) demonstram ação do antiviral sofosbuvir – medicamento usado no tratamento da hepatite C – em infecções por febre amarela e chikungunya. Os dados inéditos foram obtidos em testes com camundongos, considerados modelos para estudo dos agravos. Na infecção por febre amarela, o antiviral diminuiu a mortalidade e as lesões no fígado dos animais. Já nos casos de chikungunya, o sofosbuvir reduziu a mortalidade, a inflamação articular e as sequelas neurológicas.

Os estudos foram liderados pelo grupo de cientistas que apontou, de foram pioneira, a ação do sofosbuvir sobre o vírus zika, em 2016. O artigo referente ao vírus da febre amarela foi divulgado no dia 30 de janeiro na revista científica Plos Neglected Infectious Diseases, enquanto o estudo sobre chikungunya foi publicado no dia 29 de janeiro na edição do periódico Antimicrobial Agentes and Chemotehrapy.

 

 

fiocruz

Foto: reprodução

bichosPor que o bem-estar dos bichos é tão importante para a nossa saúde? Estudos mostram que a convivência com os animais impacta de forma direta na saúde humana, reduz níveis de estresse e de pressão, traz menor chances de desenvolver problemas cardíacos e reduz o tempo de adoecimento.

Grande parte dos estudos envolve cães e mostra que eles induzem a atividade física humana, o contato social e organização do tempo, por trazerem a necessidade de caminhadas diárias, por exemplo, e de horários para alimentação.

Consequentemente, com mais exercícios, organização e contato social, diminuem a ansiedade e a pressão arterial. Por outro lado, cães têm grande benefício com exercícios, pois faz parte de seu comportamento natural andar.

G1

Foto: Mariana Garcia/G1

comerApós o aleitamento materno exclusivo até os seis meses, segundo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde, os pais começam aos poucos a introduzir os alimentos sólidos na dieta das crianças.

Primeiro em forma de papinhas, com purês e alimentos amassados com garfo, seguido por pratos saudáveis e com ingredientes essenciais para o desenvolvimento dos pequenos. O ideal é que esta alimentação seja complementar à amamentação até os dois anos de idade e, se a criança já estiver desmamada, a recomendação é oferecer até 5 refeições por dia.

Alimentos saudáveis para o bebê

Ao apresentar os primeiros alimentos sólidos aos bebês, os pais devem começar com ingredientes ricos em ferro, como feijão, lentilhas, vegetais escuros, ovos, carnes e peixes. A carência deste nutriente pode prejudicar o desenvolvimento dos pequenos.

A dica é deixar os alimentos separados no prato para que a criança comece a conhecer os sabores e texturas de cada um deles. Na hora do preparo, os pais precisam ficar atentos para usar quase nada de sal e temperos saudáveis como cebola, alho, salsinha e cebolinha por exemplo.
A recomendação é oferecer uma variedade maior de alimentos, sempre apresentados de maneira atraente para incentivar o bebê a evoluir em sua capacidade de mastigar, engolir e comer. Além de formar bons hábitos alimentares desde cedo. Abaixo, veja 4 grupos de alimentos essenciais para as crianças dos seis meses aos 2 anos de idade:


Cereais e tubérculos: neste grupo entram alimentos como arroz, aipim, batata-doce, inhame, mandioquinha e farinhas integrais ou enriquecidas com ferro e vitamina A;

Frutas e legumes: a variedade é grande e o bebê pode começar experimentando as frutas mais molinhas como banana, mamão, abacate, melancia, manga, laranja, entre outros. No caso das hortaliças, a cenoura, abóbora, beterraba, folhas verdes (couve, espinafre, brócolis, entre outros) estão entre os mais indicados.

Grãos: além do feijão, estão nesta categoria ervilhas, lentilhas e grão de bico.

Origem animal: frango, carnes magras, peixe, ovos, leite e derivados.
Dicas para uma alimentação saudável
O Guia Alimentar para Crianças Menores de Dois Anos do Ministério da Saúde oferece dicas bem práticas para os pais em 10 passos, confira:

Passo 1: Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.

 

Passo 2: A partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.

Passo 3: A partir dos seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, frutas e legumes) três vezes ao dia se a criança receber leite materno e cinco vezes ao dia se estiver desmamada.

Passo 4: A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança.

Passo 5: A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas/purês), e gradativamente aumentar a sua consistência até chegar à alimentação da família.
Passo 6: Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.

Passo 7: Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.

Passo 8: Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.

Passo 9: Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados.

Passo 10: Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.

 

Vix

Foto: ELROI/SHUTTERSTOCK

cinturaO acúmulo excessivo de gordura na região abdominal já é um conhecido indicador de risco para doenças cardiovasculares. A medida, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não deve ultrapassar 94 centímetros (cm) nos homens e 90 cm nas mulheres. Um novo estudo, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no entanto, identificou que pessoas fisicamente ativas e sem sobrepeso, mas com valores de relação cintura-estatura (RCE) próximos ao limite do risco também têm maior probabilidade de desenvolver distúrbios no coração.

O RCE é obtido pela divisão da circunferência da cintura pela estatura. “Até então, os valores acima de 0.5 indicavam alto risco de desenvolver alguma doença cardiovascular ou metabólica. Os valores abaixo de 0.5 indicavam que a pessoa tinha aparentemente menor risco”, explicou Vitor Engrácia Valenti, professor da Unesp de Marília e coordenador da pesquisa. Para o estudo foram selecionados 52 homens saudáveis e fisicamente ativos, com idade entre 18 e 30 anos.

Segundo Valenti, estudos recentes sugerem que a RCE fornece informações mais precisas de riscos cardiovasculares do que o Índice de Massa Corporal (IMC), que avalia a distribuição de gordura pelo corpo. “O resultado que encontramos chama a atenção daquelas pessoas que acham que [estão fora dos grupos de risco] por não ter barriga, mas não fazem atividade física ou mantêm hábito alimentar saudável. Mesmo sem barriga, pode ser um risco”, alertou o professor com base no trabalho.

O estudo, que tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi feito em colaboração com a Oxford Brookes University, na Inglaterra, e publicada na revista Scientific Reports.

Avaliação

Os participantes do trabalho foram divididos em três grupos: o primeiro, composto por homens com menor percentual de gordura corporal e com RCE entre 0,40 e 0,449; o segundo, formado por homens com RCE entre 0,45 e 0,50, próximo ao limiar de risco; e o terceiro, por homens com RCE acima do limite de risco, entre 0,5 e 0,56. “Nós avaliamos parâmetros fisiológicos do sistema nervoso autônomo, por meio do ritmo do coração, antes e durante uma hora após a recuperação do exercício”, explicou Valenti.

Eles foram avaliados durante dois dias. No primeiro exercício, os participantes tiveram que permanecer 15 minutos sentados e em repouso e, em seguida, fizeram uma corrida com esforço máximo em uma esteira ergométrica. O objetivo era constatar que todos eram fisicamente ativos. Embora não fossem atletas, mantinham atividades regulares. Em seguida, teriam que ficar em repouso por 60 minutos.

No segundo dia, foram submetidos a um exercício físico moderado: uma caminhada de 30 minutos em uma esteira. A intensidade seria de aproximadamente 60% do esforço máximo. A intenção era observar, durante o repouso e a primeira hora após os exercícios, a velocidade de recuperação cardíaca autonômica. “Quanto mais tempo o organismo demora para se recuperar após o exercício, isso é indicativo de que essa pessoa tem probabilidade maior de desenvolver doença cardiovascular, como hipertensão, infarto, AVC”, disse o pesquisador.

Os resultados mostraram que os grupos com RCE próximo e acima do limite de risco para o desenvolvimento de doenças cardíacas apresentaram recuperação cardíaca autonômica mais lenta, tanto no esforço máximo quanto no moderado. “Mesmo aqueles saudáveis e fisicamente ativos, que não tinham sobrepeso e nem obesidade, mas que tinham valores de normalidade mais próximos dos valores de risco, tinham risco maior do que aquele grupo que era composto por indivíduos com menor tamanho de cintura e estatura”, destacou Valenti.

O pesquisador explicou que este é um estudo inicial, mas com “fortes evidências” da necessidade de rever os valores de referência. “Vamos sugerir agora que ele seja feito em outros países, com outra população, em outras condições. Aqui verificamos na população brasileira. Se pensarmos na população da China, do Japão, que tem cultura diferente, costumes diferentes, não podemos generalizar com base nos resultados apenas dos brasileiros”, advertiu.

Obesidade

A obesidade é considerada uma epidemia global pela OMS. Estima-se que 1,9 bilhão de adultos tenham sobrepeso, dos quais 600 milhões estão obesos. No Brasil, a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2017, do Ministério da Saúde, mostrou que 18,9% dos brasileiros estão obesos. Além disso, mais da metade da população das capitais brasileiras (54%) têm excesso de peso.