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As hepatites são doenças virais que, com frequência, não apresentam sinais aparentes. Elas provocam inflamação no fígado e podem causar danos de leves a graves. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, entre 2000 e 2024, foram confirmados 826.292 casos de hepatites virais.

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Destes, 174.977 (21,2%) foram de hepatite A; 302.351 (36,6%) do tipo B; 342.328 (41,5%) de hepatite C; 4.722 (0,6%) do tipo D e 1.914 (0,1%) de hepatite E.

As hepatites podem ser causadas por diversos fatores, incluindo infecções virais, uso de medicamentos, consumo excessivo de álcool e outras substâncias.

Especialmente as dos tipos B e C podem evoluir silenciosamente, sem sintomas perceptíveis, o que torna o diagnóstico precoce mais difícil.

Muitas vezes, essas infecções só são identificadas em estágios avançados, o que aumenta o risco de complicações graves, como cirrose e câncer de fígado. Por isso, especialistas buscam a conscientização e a realização de exames periódicos.

Sintomas As hepatites virais têm diferentes formas de transmissão. A hepatite A e a E são transmitidas principalmente por água e alimentos contaminados. Já as dos tipos B, C e D, por meio do contato com sangue contaminado, relações sexuais desprotegidas e compartilhamento de objetos cortantes ou seringas.

Alguns sinais que podem indicar a presença da doença são icterícia — caracterizada pela coloração amarelada da pele e olhos —, perda de peso inexplicável e cansaço excessivo.

É comum, porém, que a pessoa doente não sinta nenhum incômodo. “Às vezes a doença é assintomática e o indivíduo só vai perceber em fase avançada, já com cirrose ou mesmo câncer de fígado. Por isso a testagem é tão importante”, salienta Daniela Carvalho, hepatologista da clínica Gastrocentro.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda fazer testes ao menos uma vez na vida. Existem testes sanguíneos para as hepatites crônicas (B e C) e vacinas contra as dos tipos A e B, que são preveníveis.

A médica também explica que o tratamento das hepatites varia de acordo com as causas. “Algumas têm cura, como a C, as medicamentosas e as causadas por alguns vírus, como o da hepatite A. Outras, como as hepatites autoimunes, a hemocromatose e a hepatite viral B, podem ser controladas com medicamentos específicos, como imunossupressores, antivirais, ácidos biliares sintéticos e quelantes”, explica.

Prevenção e estigmas Daniela Carvalho lembra a necessidade da adoção de medidas para evitar a doença.“É muito importante usar preservativos, não compartilhar objetos cortantes, como seringas, alicates de unha e barbeadores. Além disso, as pessoas devem fazer testes regularmente”, orienta.

O infectologista Henrique Lacerda, do Hospital Brasília, ressalta que, apesar do avanço na testagem e na vacinação, ainda existem desafios. “Há desigualdades regionais, especialmente no Norte e em áreas rurais ou indígenas, além de barreiras sociais que dificultam o acesso de populações-chave. Investir em busca ativa e descentralização do cuidado é essencial”, acredita.

Segundo o profissional, muitas pessoas ainda acreditam que a hepatite é sempre leve ou que só afeta usuários de drogas. “Outro mito é o medo de transmissão por contato cotidiano, o que gera estigma e isolamento. Combater a desinformação é fundamental para ampliar a testagem, o tratamento e reduzir o preconceito”, conclui.

R7

*Sob supervisão de Leonardo Meireles

Um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorre quando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro é interrompido, geralmente devido a um coágulo sanguíneo ou ao rompimento de um vaso sanguíneo. Poucos sabem, porém, que sinais de alerta podem surgir até uma semana antes do evento.

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Estudo revela sintomas precoces do AVC De acordo com uma pesquisa publicada na revista Neurology, 23% dos pacientes com AVC isquêmico, causado por coágulos sanguíneos, apresentam sintomas de um ataque isquêmico transitório (AIT) – também conhecido como miniAVC – na semana anterior ao derrame.

A vertigem foi identificada como um dos sinais que podem ocorrer dias antes do AVC. Outros sintomas incluem dores de cabeça, dormência ou formigamento, que podem surgir vários dias antes do derrame. Reconhecer esses sinais pode ser crucial para buscar atendimento médico precoce, aumentando as chances de sobrevivência.

Fatores de risco associados ao AVC Diversos fatores podem aumentar a probabilidade de ocorrência de um AVC, seja hemorrágico ou isquêmico. Os principais incluem:

Hipertensão;

Diabetes tipo 2;

Colesterol alto;

Sobrepeso e obesidade;

Tabagismo;

Consumo excessivo de álcool;

Idade avançada;

Sedentarismo;

Uso de drogas ilícitas;

Histórico familiar de AVC;

Ser do sexo masculino.

Catraca Livre

Foto: © stockdevil_666/DepositPhotos

No início dos anos 2000, trabalhadores de uma fábrica de pipocas para micro-ondas adoeceram após inalarem diacetil, uma substância química com sabor amanteigado.

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Segundo a American Lung Association (Associação Americana do Pulmão), apesar do aroma agradável, o diacetil pode causar sérios danos à saúde quando inalado. Um desses danos é conhecido como “pulmão de pipoca”, nome popular para a bronquiolite obliterante, uma doença pulmonar grave e irreversível.

“O diacetil causa bronquiolite obliterante — mais comumente chamada de ‘pulmão de pipoca’ — uma cicatrização dos pequenos sacos de ar nos pulmões, resultando no espessamento e estreitamento das vias aéreas”, afirmou a instituição.

A pneumologista Yáskara Duarte Assis, do hospital Moriah, explica que a doença provoca cicatrização nos minúsculos sacos de ar dos pulmões, resultando no espessamento e estreitamento das vias aéreas, associada à exposição a vapores de aromatizantes artificiais.

Entre os sintomas estão a piora na respiração e tosse seca, como ressalta a pneumologista Gilda Elizabeth, do Hospital Brasília Águas Claras, da Rede Américas.

“A pessoa sente dificuldade para respirar, uma piora progressiva da respiração, tosse seca e uma sensação real de falta de ar. Geralmente, não há melhora com o uso de broncodilatadores inalatórios”, disse.

Atualmente, especialistas investigam uma possível relação entre o uso de cigarros eletrônicos e o desenvolvimento da doença.

Segundo Yáskara, alguns componentes do cigarro eletrônico podem desencadear esse tipo de lesão pulmonar, especialmente aromatizantes como o diacetil, já reconhecido como agente causal.

“Além do diacetil, outros compostos presentes nos líquidos de cigarro eletrônico, como 2,3-pentanodiona, vanilina e cinamaldeído, também apresentam potencial tóxico para o epitélio brônquico e podem contribuir para o desenvolvimento de lesões das vias aéreas”, afirma.

Segundo a imprensa norte-americana, uma adolescente de 17 anos, que utilizava os vapes escondido dos pais, foi diagnosticada com a condição após passar mal durante um treino de líderes de torcida.

Em entrevista à mídia dos EUA, a mãe da jovem afirmou que o prognóstico foi positivo porque a doença foi diagnosticada precocemente.

O caso da líder de torcida não é o único. Nas redes sociais, relatos semelhantes se multiplicam, e médicos ao redor do mundo têm alertado sobre a gravidade do problema.

Muitos jovens também têm usado suas plataformas para compartilhar experiências e chamar atenção para os riscos associados ao uso do cigarro eletrônico.

Outro caso da doença em jovens foi divulgado pela imprensa do Canadá em 2019. Um menino, também de 17 anos, também apresentou um quadro semelhante ao observado em pacientes com “pulmão de pipoca”, após utilizar cigarros eletrônicos comprados pela internet.

Foi internado em um hospital após semanas com tosse persistente, febre e dificuldade para respirar. Além disso, jornais estrangeiros relataram que o adolescente precisou de suporte de vida temporariamente.

Yáskara ressalta que a doença não tem cura e é considerada grave, principalmente em pacientes mais jovens. “A bronquiolite obliterante é uma doença pulmonar grave, irreversível e progressiva, caracterizada por inflamação e cicatrização nos minúsculos sacos de ar dos pulmões, levando à obstrução irreversível das vias aéreas”

Comércio proibido Gilda também chamou atenção para o fato de o comércio de cigarros eletrônicos no Brasil ser ilegal. Ou seja, os produtos comercializados não passam por nenhum tipo de fiscalização quanto à qualidade e ao conteúdo.

R7

Foto: Editoria de Arte/R7

Quase metade das pessoas, em algum ponto da vida – geralmente após os 30 anos – pode vir a sofrer de hemorroidas. Fatores genéticos desempenham um papel, mas o estilo de vida é a causa principal.

hemorroidas

Constipação, esforço ao evacuar, longos períodos no banheiro e higiene inadequada são hábitos que frequentemente agravam a condição.

Sinais e sintomas das hemorroidas: De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas incluem:

Coceira, devido ao inchaço das veias Sangramento, causado pelo rompimento das veias anais Dor ou sensação de ardência durante e após a evacuação Nódulos ou saliências palpáveis na região anal Quais alimentos ajudam a piorar as hemorroidas Certos alimentos, como a pimenta, possuem capsaicina, substância que dilata as veias e músculos lisos do reto, aumentando a dor e a inflamação. Alimentos inflamatórios também merecem atenção.

Crustáceos, como camarão e lagosta, contêm quitosana, um composto que pode desencadear crises, enquanto carnes gordurosas e embutidos agravam a inflamação.

Outros itens a serem evitados: Pimenta

Pimentão

Embutidos (como salsicha e salame)

Picles

Bebidas alcoólicas

Molho de tomate

Vinagre

Limão

Chocolate

O que incluir na dieta para aliviar os sintomas Uma alimentação rica em fibras e líquidos facilita a evacuação e ajuda a prevenir crises. Opções como cereais integrais, sementes, frutas com casca, oleaginosas e verduras favorecem o funcionamento do intestino. Alimentos com ação anti-inflamatória, como a abóbora, também são recomendados. A castanha-da-índia, com efeito vasoconstritor, é uma aliada para o alívio dos sintomas.

Beber água em quantidade adequada é fundamental para evitar fezes ressecadas e manter o intestino em equilíbrio, o que contribui para a redução dos sintomas e melhora da qualidade de vida.

Como aliviar as crises? Banhos de assento: sentar-se em água morna por 10 a 15 minutos, várias vezes ao dia, reduz o inchaço e traz alívio imediato. Pomadas e cremes específicos: produtos que contêm hidrocortisona ou lidocaína são eficazes para reduzir a inflamação e o desconforto. Analgésicos: medicamentos como paracetamol ou ibuprofeno ajudam no controle da dor.
Suplementos de fibra: caso a ingestão de fibras pela alimentação seja insuficiente, suplementos podem ser úteis.

Evitar o esforço ao evacuar: não forçar ou passar muito tempo no banheiro é essencial para evitar agravamento dos sintomas.

Compressas frias: aplicar compressas frias na região anal ajuda a diminuir o inchaço. Por fim, é fundamental buscar orientação médica para acompanhamento e tratamento adequado. Em alguns casos, procedimentos médicos, como cirurgia, podem ser necessários para um alívio definitivo.

 Catraca Livre