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A inserção da tecnologia no cotidiano da saúde tem levantado debates acalorados sobre o futuro da profissão médica. Diante do avanço rápido de ferramentas digitais, a dúvida sobre a substituição do fator humano por máquinas é frequente. Para o Dr. Gustavo Kroger, ginecologista, nutrólogo e diretor da rede de clínicas AMAE, a resposta é clara: a tecnologia não veio para substituir, mas para servir.

​Segundo o especialista, o cenário atual exige uma compreensão da tecnologia como um canal de acesso e aprimoramento, e não como um concorrente. Ele cita a telemedicina como um exemplo prático dessa evolução. “A telemedicina representa uma abordagem distinta? Não. Ela constitui um canal de acesso, comparável à diferença entre cirurgia aberta e laparoscopia. Cada modalidade apresenta suas vantagens e indicações específicas”, explica Dr. Gustavo Kroger, reforçando que a acessibilidade e a praticidade são os grandes ganhos desse modelo.

​O papel da IA: Preditores estatísticos e supervisão humana

​Quando o assunto é Inteligência Artificial (IA), especialmente os Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLMs), o médico destaca a importância de entender como essas ferramentas funcionam. Elas atuam como preditores estatísticos que, quando treinados com termos médicos, sugerem informações prováveis para casos clínicos. No entanto, Dr. Gustavo Kroger é enfático sobre a necessidade da validação profissional.

​“A avaliação médica permanece indispensável. Esses modelos podem apresentar imprecisões. Portanto, devem ser empregados como ferramentas sob a supervisão de um profissional qualificado”, alerta.

​A IA já é uma realidade em diagnósticos, como na análise de eletrocardiogramas, onde algoritmos sugerem alterações que são posteriormente verificadas por médicos, garantindo dupla checagem e maior segurança. Essa simbiose entre homem e máquina permite decisões mais precisas e personalizadas, reduzindo a probabilidade de erros ao cruzar dados com um vasto banco de informações científicas.

​O Médico como Gestor da Saúde

​Para o futuro, a visão de Dr. Gustavo Kroger é de que o médico assuma cada vez mais o papel de “gestor da saúde”. Não será necessário deter todo o conhecimento do mundo na memória, mas sim possuir uma formação sólida para interpretar as informações estruturadas pela tecnologia.

​Ele finaliza com uma reflexão poderosa sobre a competitividade no mercado: “A IA não substituirá os médicos, mas os médicos que a utilizam se sobressairão àqueles que não a empregam”.

R7

Manter uma rotina consistente para dormir pode trazer benefícios diretos à saúde cardiovascular. Evidências recentes indicam que adotar um horário fixo para ir para a cama ajuda a reduzir os níveis de pressão arterial em pessoas com hipertensão, inclusive durante o período noturno.

dormir

Uma análise publicada recentemente avaliou a regularidade do sono como estratégia complementar no controle da pressão arterial. Os resultados apontaram que a constância no horário de dormir exerce influência positiva sobre o organismo, independentemente do uso de medicamentos para hipertensão.

O trabalho acompanhou adultos de meia-idade diagnosticados com pressão alta. Durante a primeira semana, os padrões habituais de sono foram monitorados. Na etapa seguinte, cada participante escolheu um horário específico para dormir e manteve essa rotina por duas semanas, sem cochilos ao longo do dia.

Não houve orientação para aumentar ou reduzir a quantidade total de sono. A única exigência envolveu a regularidade. Antes da intervenção, a variação média do horário de dormir chegava a cerca de 30 minutos entre uma noite e outra. Após o ajuste, essa diferença caiu para aproximadamente sete minutos.

A mudança refletiu diretamente nos indicadores de saúde. Todos os participantes apresentaram redução da pressão arterial, com queda média de 4 mmHg na pressão sistólica e 3 mmHg na diastólica. Durante a noite, os números foram ainda mais expressivos, alcançando diminuição de 5 mmHg na sistólica e 4 mmHg na diastólica. Esses resultados se mostraram comparáveis aos efeitos obtidos com prática regular de atividade física ou redução do consumo de sal.

Uma diminuição de 5 mmHg na pressão arterial noturna está associada a uma redução superior a 10% no risco de eventos cardiovasculares. Metade dos participantes apresentou queda suficiente para indicar uma mudança fisiológica positiva.

A explicação sugerida aponta para o impacto da irregularidade do sono sobre o sistema circadiano, responsável por regular tanto o ciclo sono-vigília quanto funções cardiovasculares. Alterações frequentes no horário de dormir podem desorganizar esse sistema e favorecer o aumento da pressão arterial.

Dados adicionais indicam que atrasos recorrentes no início do sono elevam de forma significativa o risco de hipertensão. Pequenas variações diárias já se mostram suficientes para influenciar negativamente a saúde do coração.

Próximos passos

Apesar do número reduzido de participantes, os resultados foram considerados promissores. A regularização do horário de dormir representa uma intervenção simples, de baixo custo e baixo risco, com potencial para complementar tratamentos já existentes contra a hipertensão.

Outras análises ampliaram a discussão ao avaliar a relação entre distúrbios do sono e pressão alta. Evidências indicam maior probabilidade de hipertensão entre pessoas que convivem simultaneamente com apneia do sono e insônia.

A pressão arterial elevada pode estar associada a diferentes fatores, como obesidade, estresse, doenças renais e padrões irregulares de sono. Entre esses elementos, a combinação de apneia do sono com insônia apareceu como o fator de risco mais relevante para hipertensão não controlada.

A apneia do sono envolve interrupções repetidas da respiração durante a noite, com redução de oxigênio e fragmentação do sono. A insônia, por outro lado, se caracteriza por dificuldade persistente para adormecer, despertares frequentes ou acordar antes do horário desejado.

Uma pesquisa com quase 4.000 adultos de meia-idade avaliou pressão arterial e padrões de sono por meio de exames domiciliares. Os participantes foram divididos entre pessoas sem distúrbios do sono, com insônia, com apneia do sono e com ambas as condições.

Entre os resultados, 4,5% das pessoas com insônia isolada apresentaram pressão alta. O índice subiu para 7,9% no grupo com apneia do sono e alcançou 10,2% entre quem convivia com as duas condições.

Feed TV Saude R7

Foto: Freepik

Pesquisadores descobriram que os primeiros sinais da demência podem surgir até 20 anos antes dos sintomas clássicos, como perda de memória e dificuldades de linguagem. Entre os indícios mais precoces estão problemas de orientação espacial, como dificuldade para se localizar, interpretar mapas ou até manter distância adequada de outras pessoas.

De acordo com um estudo do Instituto Allen de Ciência do Cérebro, em Seattle, a demência se desenvolve em duas fases distintas. A primeira, conhecida como fase furtiva, provoca danos sutis e silenciosos em grupos específicos de neurônios, especialmente na região do cérebro responsável pela navegação e percepção espacial. Esse processo pode ocorrer décadas antes do surgimento dos sintomas tradicionais.

Segundo os pesquisadores, perder-se com frequência ou apresentar dificuldade em se orientar pode ser um dos primeiros sinais da doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência.

Ainda de acordo com os especialistas, o longo período silencioso da doença cria uma janela valiosa para diagnóstico precoce e intervenções preventivas.

Na segunda fase da doença, há um acúmulo das proteínas tau e amiloide, que formam placas e emaranhados no cérebro. Esse processo leva à degeneração neuronal generalizada, resultando nos sintomas cognitivos mais conhecidos, como:

Perda de memória Dificuldade de raciocínio Problemas de linguagem Déficits de atenção O estudo analisou cérebros de 84 doadores diagnosticados com Alzheimer e utilizou ferramentas de inteligência artificial para mapear a distribuição dessas proteínas. Mesmo em cérebros com níveis baixos de tau e amiloide, os cientistas já observaram a perda de neurônios cruciais.

Fatores de risco: síndrome metabólica e demência precoce Além dos fatores genéticos, um estudo recente da Coreia do Sul identificou uma ligação entre a síndrome metabólica e o risco elevado de demência de início precoce. Portadores dessa síndrome apresentam um risco 24% maior de desenvolver a doença. O risco aumenta ainda mais, até 70%, em pessoas que apresentam os cinco critérios da síndrome metabólica:

Gordura abdominal Pressão alta Glicemia elevada Triglicerídeos altos Baixos níveis de colesterol HDL (colesterol bom) Embora a explicação biológica ainda esteja em estudo, condições como obesidade, hipertensão e diabetes já são conhecidas por impactar negativamente a saúde cerebral.

Detecção precoce é essencial Os avanços científicos indicam que identificar os sinais precoces, especialmente os problemas de orientação espacial, pode ser fundamental para desenvolver tratamentos capazes de proteger os neurônios mais vulneráveis e retardar a progressão da doença.

A expectativa dos especialistas é que, com tecnologias de triagem mais acessíveis, seja possível oferecer intervenções preventivas e melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes antes que os sintomas mais graves se instalem.

Catraca Livre

Em períodos de calor, é comum sentir o corpo mais lento, cansado e até tonto. Mas os efeitos das altas temperaturas vão muito além do desconforto. Quando o termômetro sobe demais, o corpo precisa trabalhar intensamente para manter sua temperatura estável — e isso pode gerar consequências sérias para a saúde.

Como o corpo regula a temperatura O corpo humano opera, em média, a 36,5°C. Quando a temperatura ambiente sobe muito, o organismo ativa mecanismos de resfriamento, como a transpiração. O suor ajuda a eliminar calor, mas esse processo exige muita água e sais minerais, o que pode levar à desidratação.

O que é a hipertermia e por que ela é perigosa Se a regulação falha, a temperatura interna pode ultrapassar os 40°C — o que caracteriza um quadro de hipertermia. Isso afeta o funcionamento de órgãos vitais, provoca desequilíbrio no metabolismo e pode levar à morte. O processo descrito por médicos como uma espécie de “cozimento interno” do corpo — uma metáfora para o colapso dos mecanismos de resfriamento e o superaquecimento dos órgãos internos.

Existem três tipos principais de hipertermia:

Clássica: Ligada à exposição excessiva ao calor e ao sol. Geralmente afeta pessoas de regiões com clima ameno que passam por ondas de calor intensas. De esforço físico: Acontece quando o paciente faz atividade física em calor intenso e o corpo não consegue voltar à temperatura normal. Maligna: condição genética rara, geralmente desencadeada por certos anestésicos usados em cirurgias, como halotano ou succinilcolina.

Sintomas de alerta para insolação e exaustão pelo calor Fique atento a sinais como:

Pele quente e seca (sem suor) Dor de cabeça intensa Fraqueza ou tontura Náusea e vômito Confusão mental Batimentos cardíacos acelerados Esses sintomas indicam que o corpo está em perigo e pode estar entrando em colapso por calor.

Quem corre mais risco? Crianças, idosos e pessoas com doenças cardiovasculares são os mais vulneráveis. Também correm riscos trabalhadores expostos ao sol e pessoas que praticam atividade física em ambientes mal ventilados.

O que fazer em caso de exaustão pelo calor Leve a pessoa para um local fresco e arejado. Retire o excesso de roupa. Ofereça água em pequenas quantidades. Aplique compressas frias na testa, axilas e virilhas. Procure atendimento médico se os sintomas forem graves. Sensação térmica: por que o corpo sente mais calor do que o termômetro indica A sensação térmica depende não só da temperatura, mas também da umidade do ar e da velocidade do vento. Em dias muito úmidos, por exemplo, o suor não evapora com eficiência, dificultando o resfriamento do corpo e aumentando o desconforto térmico.

G1