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A paralisia do sono é um fenômeno que mistura sensação de imobilidade com possíveis alucinações visuais, auditivas ou táteis. Em geral, ocorre ao adormecer ou ao despertar, quando a pessoa está consciente, mas não consegue se mexer ou falar. Esses episódios duram poucos segundos ou alguns minutos e, apesar de serem impactantes, costumam ser considerados benignos pela medicina do sono.

O que é paralisia do sono e como ela se manifesta? A paralisia do sono é classificada como uma parasônia, isto é, um comportamento anormal que acontece durante o sono, principalmente na transição entre o sono REM (fase em que ocorrem os sonhos mais intensos) e o estado de vigília. Nessa fase, o cérebro está muito ativo, mas o corpo permanece “desligado”, para evitar que os movimentos dos sonhos sejam reproduzidos fisicamente.

Quando há descoordenação entre cérebro e musculatura, a mente retoma a consciência antes de o corpo sair desse bloqueio motor. A pessoa percebe o ambiente, mas permanece imóvel e pode relatar dificuldade para respirar, aperto no peito ou sensação de sufocamento, embora a respiração automática continue funcionando normalmente.

Confira um vídeo no Instagram de Drauzio Varella sobre o tema:

Por que o corpo fica travado durante a paralisia do sono? O “travamento” do corpo está ligado à atonia muscular do sono REM, mecanismo em que o sistema nervoso inibe a atividade da maior parte da musculatura esquelética. Essa atonia protege contra movimentos bruscos durante os sonhos, reduzindo risco de quedas e de se machucar na cama.

Na paralisia do sono, essa atonia persiste por alguns instantes após a consciência despertar, gerando a sensação de querer se mexer ou falar e não conseguir. Fatores como privação de sono, estresse, uso de álcool ou estimulantes e histórico familiar podem tornar o sono mais fragmentado e aumentar a chance de episódios isolados ou recorrentes.

Por que muitas pessoas veem vultos e sentem presenças? Os “vultos” ou figuras observadas na paralisia do sono têm relação com a sobreposição entre sonho e realidade. A pessoa está desperta o suficiente para perceber o quarto, mas ainda sob influência de imagens típicas do sono REM, o que favorece alucinações hipnopômpicas (ao despertar) ou hipnagógicas (ao adormecer).

Nesse contexto, o cérebro continua criando imagens e sensações como se estivesse sonhando, enquanto o corpo permanece imóvel. Isso dificulta testar o que é real, reforçando a impressão de algo externo no ambiente. Em muitas culturas, essas experiências já foram associadas a lendas, espíritos ou figuras sobrenaturais, influenciando o medo e a interpretação do episódio.

Como lidar com a paralisia do sono e quando buscar ajuda médica? A maioria das pessoas apresenta episódios esporádicos, que tendem a diminuir com o tempo. Adotar medidas simples de higiene do sono pode reduzir a frequência e a intensidade da paralisia, além de melhorar a qualidade global do descanso. Abaixo estão orientações práticas frequentemente recomendadas por especialistas:

Manter horários regulares para dormir e acordar, inclusive nos finais de semana. Evitar telas luminosas (celular, computador, TV) próximo da hora de dormir. Reduzir consumo de cafeína, nicotina e álcool no período noturno. Criar um ambiente confortável, escuro e silencioso no quarto. Praticar técnicas de relaxamento, como respiração profunda ou alongamentos leves.

É importante procurar um profissional especializado em medicina do sono ou neurologia quando houver episódios muito frequentes, medo intenso de dormir, sonolência excessiva diurna ou sintomas como ataques repentinos de sono e perda súbita de força ao sentir emoções fortes. Nesses casos, pode existir associação com quadros como narcolepsia ou outros distúrbios que exigem investigação e tratamento adequados.

Catraca Livre

 

O Brasil recebeu, nesta quinta-feira (18), a certificação da Organização Pan-Americana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) que reconhece a eliminação da transmissão vertical do HIV - quando o vírus passa da mãe para o bebê - como problema de saúde pública. A entrega do certificado foi feita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

certificação

Com isso, Brasil se consolida como o único país de dimensão continental a alcançar esse marco.

Critérios cumpridos para obtenção do selo Para obter a certificação, o país manteve a taxa de transmissão vertical abaixo de 2% e a incidência da infecção em crianças inferior a 0,5 caso por mil nascidos vivos, cumprindo os critérios estabelecidos pela OMS. O Brasil também alcançou mais de 95% de cobertura em pré-natal, testagem para HIV e oferta de tratamento às gestantes que vivem com o vírus.

De acordo com o Ministério da Saúde, esses indicadores demonstram que o país interrompeu de forma sustentada a infecção de bebês durante a gestação, o parto ou a amamentação.

O processo de certificação começou em junho de 2025, com o envio de um relatório técnico à OPAS/OMS. No documento, o Brasil apresentou avanços consistentes na redução da transmissão vertical do HIV e no fortalecimento da resposta materno-infantil à epidemia.

Mortes por aids caem e chegam ao menor patamar em décadas Além do reconhecimento internacional, os dados mais recentes mostram queda no número de mortes por aids. Entre 2023 e 2024, os óbitos diminuíram 13%, passando de mais de 10 mil para 9,1 mil — a menor taxa em mais de três décadas.

A redução é atribuída à ampliação da testagem, ao início precoce do tratamento antirretroviral e às estratégias de prevenção combinada, como PrEP, PEP, exames rápidos e autotestes.

Reconhecimento da OPAS/OMS destaca papel do SUS Para a OPAS/OMS, a certificação representa uma conquista para o Brasil e para a região das Américas. “O Brasil é o primeiro país continental a conquistar a interrupção da transmissão vertical do HIV. Esse reconhecimento é fruto de anos de trabalho dos estados e municípios, da liderança do Ministério da Saúde e da fortaleza do SUS”, afirmou o diretor da organização, Jarbas Barbosa.

O ministro da Saúde classificou o reconhecimento como um marco histórico, quatro décadas após o primeiro registro de aids no país. “O Brasil é o maior país do mundo a eliminar a transmissão vertical do HIV. Esse avanço reflete uma construção coletiva que consolidou o acesso gratuito à terapia antirretroviral e às estratégias modernas de prevenção”, disse Padilha.

Durante a cerimônia, o presidente Lula destacou o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) no enfrentamento da epidemia. Segundo ele, o sistema público brasileiro se fortaleceu ao longo dos anos e hoje é motivo de orgulho nacional e internacional.

A eliminação da transmissão vertical do HIV integra as metas do Programa Brasil Saudável, iniciativa do governo federal voltada à promoção da saúde, à redução das desigualdades e ao enfrentamento das principais causas de adoecimento no país.

De acordo com o Ministério da Saúde, o reconhecimento é resultado da ampliação do acesso gratuito às terapias antirretrovirais e da adoção de estratégias modernas, seguras e eficazes de prevenção.

G1

Foto: Adobe Stock

Mais de 20% dos adultos dos EUA têm dor crônica e, até recentemente, os opioides eram o principal tratamento. À medida que a prescrição desse tipo de medicamento atingiu seu ápice, os diagnósticos de transtorno por uso da droga e as overdoses aumentaram para níveis sem precedentes. Impulsionado pela necessidade urgente de alternativas seguras e eficazes, o interesse pela cannabis medicinal como um substituto tem crescido. Um estudo recém-publicado, conduzido com 204 pessoas com dor crônica que participavam de um programa do estado de Nova York, foi associado a uma redução significativa na utilização de opioides.

canabis

No Estado de Nova York, há dispensários de cannabis medicinal altamente regulamentados, que convivem com um mercado não regulamentado – e desprovido de orientação clínica ou padrões consistentes. Nos dispensários regulamentados, os farmacêuticos avaliam cada paciente e a receita emitida por um clínico, e só depois autorizam a entrega do produto, incluindo o número de dias de suprimento. A medida determina o intervalo de retorno dos pacientes ao local e todo o processo fica registrado no Programa de Monitoramento de Prescrições.

A pesquisa utilizou esses dados e monitorou os participantes, com idade média de 56 anos, por 18 meses. Eles relataram a gravidade da dor e como ela afetava suas atividades do dia a dia, assim como sintomas mentais relevantes, incluindo insônia, ansiedade, depressão, além de transtornos de estresse pós-traumático e de déficit de atenção. Houve uma redução de 3,53 MME diários. A sigla MME significa Equivalentes de Morfina em Miligramas (Morphine Milligram Equivalents).

Trata-se de uma unidade padronizada usada na área da saúde para quantificar a potência total de diferentes medicamentos opioides. O MME permite que médicos e pesquisadores comparem doses de vários tipos de drogas (como oxicodona, hidrocodona ou fentanil), expressando-as no seu equivalente em morfina. Em outras palavras, a exposição das pessoas que recebiam cannabis medicinal do dispensário diminuiu o equivalente a 3,53 miligramas de morfina por dia. O número pode parecer pequeno, mas representa um decréscimo clinicamente significativo.

G1 Por Mariza Tavares

Pesquisadores descobriram que os primeiros sinais da demência podem surgir até 20 anos antes dos sintomas clássicos, como perda de memória e dificuldades de linguagem. Entre os indícios mais precoces estão problemas de orientação espacial, como dificuldade para se localizar, interpretar mapas ou até manter distância adequada de outras pessoas.

De acordo com um estudo do Instituto Allen de Ciência do Cérebro, em Seattle, a demência se desenvolve em duas fases distintas. A primeira, conhecida como fase furtiva, provoca danos sutis e silenciosos em grupos específicos de neurônios, especialmente na região do cérebro responsável pela navegação e percepção espacial. Esse processo pode ocorrer décadas antes do surgimento dos sintomas tradicionais.

Segundo os pesquisadores, perder-se com frequência ou apresentar dificuldade em se orientar pode ser um dos primeiros sinais da doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência.

Ainda de acordo com os especialistas, o longo período silencioso da doença cria uma janela valiosa para diagnóstico precoce e intervenções preventivas.

Na segunda fase da doença, há um acúmulo das proteínas tau e amiloide, que formam placas e emaranhados no cérebro. Esse processo leva à degeneração neuronal generalizada, resultando nos sintomas cognitivos mais conhecidos, como:

Perda de memória Dificuldade de raciocínio Problemas de linguagem Déficits de atenção O estudo analisou cérebros de 84 doadores diagnosticados com Alzheimer e utilizou ferramentas de inteligência artificial para mapear a distribuição dessas proteínas. Mesmo em cérebros com níveis baixos de tau e amiloide, os cientistas já observaram a perda de neurônios cruciais.

Fatores de risco: síndrome metabólica e demência precoce Além dos fatores genéticos, um estudo recente da Coreia do Sul identificou uma ligação entre a síndrome metabólica e o risco elevado de demência de início precoce. Portadores dessa síndrome apresentam um risco 24% maior de desenvolver a doença. O risco aumenta ainda mais, até 70%, em pessoas que apresentam os cinco critérios da síndrome metabólica:

Gordura abdominal Pressão alta Glicemia elevada Triglicerídeos altos Baixos níveis de colesterol HDL (colesterol bom) Embora a explicação biológica ainda esteja em estudo, condições como obesidade, hipertensão e diabetes já são conhecidas por impactar negativamente a saúde cerebral.

Detecção precoce é essencial Os avanços científicos indicam que identificar os sinais precoces, especialmente os problemas de orientação espacial, pode ser fundamental para desenvolver tratamentos capazes de proteger os neurônios mais vulneráveis e retardar a progressão da doença.

A expectativa dos especialistas é que, com tecnologias de triagem mais acessíveis, seja possível oferecer intervenções preventivas e melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes antes que os sintomas mais graves se instalem.

Catraca Livre