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Numa parceria do município de Barão de Grajaú-MA com o estado, centenas de pessoas das mais variadas partes da cidade baronense passaram essa terça-feira recebendo atendimento nas mais variadas area da saúde.

fabricia

Uma estrutura foi montada num trecho da Avenida Mário Bezerra, centro, para receber as pessoas interessadas. Dezenas de profissionais das mais variadas áreas compareceram e iniciaram o atendimento no começo da manhã e foram até o fim da tarde.

 

As secretárias da Saúde, Fabrícia Fernandes, e da Assistência Social, Erineuda Perreira, estavam na coordenação e acompanhando tudo o que estava sendo feito. A Fabrícia concedeu uma entrevista ao Piauí Notícias destacou os trabalhos da Carreta da Mulher Maranhense.

Da redação

A boca é muito mais do que um local para alimentação e fala; ela atua como um espelho da saúde geral do corpo. Alterações sutis nas gengivas, dentes e mucosas podem servir de alerta precoce para problemas de saúde mais sérios, abrangendo desde diabetes até doenças cardíacas.

sinaisboca

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que uma parcela considerável da população global enfrenta desafios na área bucal, sendo a cárie um dos mais frequentes. No Brasil, é notável o número de adultos e idosos com perda dentária, o que evidencia a urgência de uma atenção integrada à saúde da boca.

A conexão boca-corpo: indicadores de doenças crônicas

O estado da sua boca pode oferecer as primeiras pistas de condições sistêmicas. Diabetes: Pacientes diabéticos demonstram uma vulnerabilidade maior a infecções, o que se manifesta frequentemente como inflamação nas gengivas. Além disso, o nível elevado de glicose no sangue prejudica a resposta imunológica e a capacidade de cicatrização após procedimentos odontológicos. Problemas Cardíacos: O surgimento de sangramento ou inchaço gengival pode estar ligado a medicações cardiovasculares ou, em alguns casos, indicar um risco de complicações, como a endocardite, que pode ser agravada por infecções bucais. Anemia: Condições como a anemia são, por vezes, detectadas pela observação da palidez da mucosa bucal e pela incidência de aftas recorrentes. Câncer Oral: O dentista é uma figura chave no rastreio, pois pode identificar lesões suspeitas que, se não tratadas, podem evoluir. O tabagismo é um acelerador notório deste risco, pois compromete a oxigenação e a recuperação dos tecidos.

Hábitos e a resiliência bucal

A saúde da boca está intimamente ligada às escolhas de estilo de vida:

Alimentação: O consumo desmedido de produtos com alta concentração de açúcar, como doces e refrigerantes, nutre as bactérias que danificam o esmalte dentário. Uma dieta balanceada é essencial para fortalecer a saúde de dentes e gengivas. Tabagismo: Fumar afeta diretamente a saúde dos tecidos, retardando o processo de cura e aumentando a propensão a doenças graves. Sono: A privação de sono enfraquece o sistema imunológico, o que pode facilitar o aparecimento de infecções na boca.

A importância da visita periódica ao odontologista

É fundamental abandonar o hábito de buscar o dentista apenas em situações de emergência ou dor. Exames de rotina permitem o diagnóstico precoce de cáries, inflamações e, principalmente, a detecção de lesões pré-cancerígenas.

Manter uma higiene bucal rigorosa – escovação após as refeições, uso do fio dental e moderação no consumo de açúcar – aliada a um estilo de vida saudável, garante não apenas um sorriso bonito, mas contribui para a saúde integral e o bem-estar duradouro.

Feed TV - Saúde|Do R7

Foto: Freepik

Restringir o açúcar na infância traz benefícios duradouros para o coração na vida adulta, sugere um novo estudo publicado no British Medical Journal.

Especialistas de nove países identificaram que adultos que foram expostos a uma dieta com pouco açúcar nos mil primeiros dias desde a concepção, ou seja, durante a gestação e nos dois primeiros anos de vida, têm menor probabilidade de sofrer doenças como ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e derrame.

Para tais conclusões, os pesquisadores analisaram dados sobre um período durante a Segunda Guerra Mundial em que houve racionamento de açúcar no Reino Unido.

Com informações obtidas no biobanco britânico UK Biobank, a equipe examinou informações de 63.433 pessoas nascidas entre outubro de 1951 e março de 1956, sem histórico de doenças cardíacas.

O estudo também incluiu 40.063 pessoas que foram expostas ao racionamento de açúcar (que durou de 1940 a 1953) e outras 23.370 que não foram. Os registros médicos foram revisados ​​em busca de casos de doenças cardíacas, infartos, insuficiência cardíaca, arritmias, derrames e mortes por essas causas.

Resultados: menor risco de problemas cardíacos Em comparação com as pessoas que nunca foram expostas ao racionamento, aquelas que tiveram restrições de açúcar enquanto estavam na barriga da mãe e durante os dois primeiros anos de vida apresentaram: 20% menos risco de doença cardíaca, 25% menos risco de infarto, 26% menos risco de insuficiência cardíaca, 24% menos risco de fibrilação auricular, 31% menos risco de acidente cerebrovascular e 27% menos risco de morte cardiovascular.

Quanto maior o período de racionamento, menores os riscos cardíacos, em parte devido à menor incidência de diabetes e pressão arterial mais baixa.

Estes adultos também registraram períodos mais longos sem problemas cardíacos, até dois anos e meio a mais, do que aqueles que não enfrentaram racionamento.

Durante esse período, a ingestão de açúcar para todos, incluindo gestantes e crianças, foi limitada a menos de 40 gramas por dia, e o açúcar adicionado não era permitido na dieta de bebês menores de dois anos.

"Os primeiros mil dias após a concepção são uma janela crítica na qual a nutrição molda o risco cardiometabólico ao longo da vida", concluiu a equipe, liderada por pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong e da Escola de Medicina de Boston (EUA). A equipe lembra que muitos bebês e crianças consomem açúcares adicionados em excesso por meio da dieta materna, fórmulas infantis e os primeiros alimentos sólidos. "A restrição precoce de açúcar foi associada a menores riscos de ataque cardíaco, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial, derrame e mortalidade cardiovascular", conclui.

Por Deutsche Welle

Você sabia que, mesmo com a venda proibida, um em cada quatro adolescentes brasileiros já experimentou bebidas alcoólicas?

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Os dados do III Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD) mostram que o álcool ainda está presente na vida de jovens entre 14 e 17 anos.

Beber faz da cultura brasileira e é socialmente aceito. Mas, quando o consumo começa cedo, ele deixa de ser um hábito e vira um problema de saúde pública. O início precoce traz efeitos sobre o desenvolvimento emocional, físico e social.

Quando o álcool entra cedo demais O LENAD revela que 27,6% dos adolescentes já beberam pelo menos uma vez na vida. Entre eles, 19,1% consumiram no último ano e 10,4% beberam no último mês.

Pode parecer pouco, mas o consumo nessa idade é perigoso. O cérebro ainda está em formação e o álcool afeta a memória, raciocínio e controle de impulsos. Esses impactos se refletem em baixo desempenho escolar, maior evasão e vulnerabilidade social.

Entre os adolescentes que bebem, o consumo médio é de 3,7 doses por ocasião, mas há jovens que relatam quantidades bem maiores também conhecido como “binge drinking”.

Usando o instrumento AUDIT, que mede padrões de consumo de risco, o levantamento mostra que 15,8% dos adolescentes apresentam algum de nível de uso nocivo ou possível dependência.

Mesmo considerando todos os jovens, 3% já têm consumo problemático e 5,7% se enquadram em critérios para Transtorno por Uso de Álcool. Isso representa mais de meio milhão de adolescentes brasileiros. O consumo precoce pode evoluir rapidamente e gerar consequências sérias para a saúde mental, no desempenho escolar e no convívio social.

E há diferenças marcantes entre as regiões do país. O consumo maior está no Sul (36,7%) e no Centro-Oeste (32,9%), e o menor no Norte (19,5%) e Nordeste (22%). Fatores culturais, acesso fácil e falhas na fiscalização ajudam a explicar essas variações. Regiões com maior oferta e menos controle tendem a registrar maiores taxas de consumo entre jovens.

Por que adolescentes ainda têm acesso ao álcool? Apesar das restrições legais, muitos adolescentes conseguem comprar bebidas sem comprovar a idade. Bares, restaurantes, supermercados e lojas de conveniência raramente seguem a exigência da lei.

A Organização Mundial da Saúde alerta que o consumo precoce de álcool é influenciado pela facilidade de acesso, preços baixos e pelas normas permissivas.

No Brasil, todos esses fatores atuam a favor do consumo. O álcool está presente em festas, comemorações e até em programas de TV. As campanhas de marketing reforçam a ideia de que beber significa liberdade e sucesso.

Bebidas doces e coloridas, como “ice”, atraem o público jovem. Festas “open bar” e “esquenta pré-balada” contribuem para o risco de intoxicação.

Tudo isso cria um ambiente que normaliza o uso e reforça a ideia de que beber é parte do processo de amadurecimento.

Mas o consumo precoce não é responsabilidade apenas dos jovens ou das famílias. É um problema coletivo, que inclui o Estado, a indústria e os meios de comunicação.

O que pode ser feito: informação, fiscalização e mudança cultural Para mudar esse cenário, é preciso informação, fiscalização e mudança cultural.

Cumprir a lei que proíbe a venda a menores é o primeiro passo. Hoje, essa fiscalização é rara. Bares, mercados e eventos precisam ter responsabilidades e punições claras.

Medidas como restringir a publicidade e aumentar o preço começam a ganhar espaço no país.

A recente aprovação do “imposto do pecado”, que prevê sobretaxas para produtos como bebidas alcoólicas, é um avanço.

Ainda assim, a regulação da publicidade digital de bebidas alcoólicas permanece limitada. Anúncios segmentados em redes sociais e plataformas online escapam à fiscalização.

As brechas legais e a influência da indústria, somadas à aceitação social do consumo, mantêm o tema praticamente estagnado.

Por isso, é essencial que o aumento de impostos venha acompanhado de políticas educativas permanentes e ações de fiscalização, para que o impacto vá além do preço e alcance o comportamento.

Além das medidas estruturais, é fundamental agir também no nível individual, ao identificar e apoiar jovens em risco. Ferramentas simples, como o questionário AUDIT, podem ser usadas para detectar precocemente padrões perigosos de consumo, uma iniciativa de baixo custo e alto impacto se implementada de forma contínua.

Beber na adolescência não é brincadeira. É um comportamento com consequências reais e duradouras.

Mais do que um ato individual, o consumo de álcool na adolescência reflete um ambiente social permissivo e falhas na regulação. Compreender esses mecanismos é essencial para orientar políticas baseadas em evidências.

*Mariana Guedes de Agostini Sóssio é doutora em Saúde Pública pela Liverpool John Moores University, no Reino Unido, e pesquisadora, Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EAESP).

*Elize Massard da Fonseca é doutora em Política Social e Professora, Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EAESP).

Por Mariana Guedes de Agostini Sóssio, Elize Massard da Fonseca

Foto: Amanda Xavier/ Agencia RBS