Aquela xícara de café matinal é quase um ritual sagrado para muitos, capaz de espantar o sono e injetar ânimo para enfrentar o dia.
Contudo, o exagero pode transformar essa dose de energia em um desconforto inesperado: a ansiedade. A explicação está na cafeína, que, ao estimular o sistema nervoso simpático, acelera os batimentos cardíacos e dispara os níveis de adrenalina.
Mas e se existisse uma forma de aproveitar os benefícios do café, minimizando seus efeitos colaterais? É aqui que entra um ingrediente inusitado: o cacau.
Café e cacau: combinação de milhões O cacau, além de seu sabor marcante, é um aliado poderoso contra os picos de ansiedade que podem ser desencadeados pelo café puro. Ele contém substâncias que promovem o relaxamento e ajudam a neutralizar a hiperestimulação causada pela cafeína.
O segredo está na teobromina
Transforme seu WhatsApp em uma fonte de informação e cultura! Participe do canal da Catraca Livre!
No coração do cacau, encontra-se a teobromina, um composto irmão da cafeína, mas muito mais gentil. Em vez de acelerar o ritmo, ela estimula suavemente o humor e traz uma sensação acolhedora de bem-estar. Assim, enquanto a cafeína pode deixar o corpo em estado de alerta extremo, a teobromina ajuda a equilibrar as emoções e suavizar a experiência.
Mais do que um sabor, uma dose de saúde
Além disso, o cacau é uma mina de ouro para quem busca mais que energia. Rico em flavonoides, poderosos antioxidantes, ele atua protegendo o coração, o cérebro e até reduzindo inflamações. Esses compostos também favorecem a circulação sanguínea, aumentando o fluxo para o cérebro, o que melhora o foco e proporciona um estado de calma e clareza mental.
Triptofano: o toque final de serenidade
Outra preciosidade do cacau é o triptofano, um aminoácido essencial que serve de matéria-prima para a produção de serotonina – o neurotransmissor conhecido como o “hormônio da felicidade”. Ele ajuda a regular o humor, reduzir a ansiedade e criar um equilíbrio perfeito entre energia e tranquilidade.
Uma combinação transformadora
Ao misturar café e cacau, você não só potencializa o sabor, mas cria uma bebida que une o melhor dos dois mundos: a disposição do café e a serenidade do cacau. É o equilíbrio ideal para começar o dia com intensidade na medida certa.
Outras dicas de Saúde na Catraca Livre A má alimentação tem causado sérios impactos na saúde da população mundial. Além de contribuir para o ganho de peso e o aumento da taxa de obesidade, muitos dos alimentos de consumo diário, que a princípio parecem saudáveis, na verdade não são.
A ingestão de bebidas adulteradas com metanol pode parecer inofensiva nas primeiras horas, mas rapidamente evolui para um quadro grave, com risco de cegueira e morte. O processo é traiçoeiro porque o organismo interpreta o metanol de forma semelhante ao etanol — o álcool encontrado em bebidas comuns — e só revela sua toxicidade quando já está em plena ação.
O Brasil, principalmente o estado de São Paulo, tem registrado um aumento no número de casos de intoxicação por consumo de metanol misturado a bebidas alcoólicas.
Primeiras 12 horas: sintomas discretos e enganosos De início, a intoxicação por metanol se parece com a de uma bebedeira comum. O paciente pode sentir náuseas, dor abdominal, tontura e dor de cabeça. Muitas vezes, os sintomas são leves, o que retarda a procura por atendimento médico.
Segundo Luis Fernando Penna, gerente médico do Pronto Atendimento do Hospital Sírio-Libanês, mesmo nesse estágio inicial o fígado já está trabalhando. A substância começa a ser metabolizada pela enzima álcool desidrogenase — a mesma que atua sobre o etanol — em duas etapas: primeiro em formaldeído e depois em ácido fórmico — os verdadeiros agentes tóxicos.
“Nas primeiras horas ainda há muito metanol intacto circulando, mas a conversão já se inicia”, explica o médico. É justamente essa “falsa calmaria” que engana: enquanto a vítima sente apenas mal-estar inespecífico, os exames de sangue já podem indicar alterações, como aumento do chamado osmolar gap (um índice que denuncia a presença de álcool tóxico) e queda dos níveis de bicarbonato — sinais de que o organismo caminha para uma acidose metabólica.
“O metanol em si não é tão tóxico quanto seus metabólitos. A pessoa pode se sentir como numa embriaguez comum e até achar que melhorou. Mas, à medida que o fígado converte a substância, começam a se acumular os compostos tóxicos. É nesse momento que surgem os sintomas graves, como alterações visuais e confusão mental”, acrescenta Igor Mochiutti, infectologista do Hospital Metropolitano Lapa. Até 24 horas: o fígado fabrica o veneno e os olhos sofrem primeiro Com a progressão, surgem os sintomas mais característicos. “O fígado funciona como um laboratório: ele tenta transformar o metanol em água eliminável, mas nesse caso o resultado são produtos muito piores, como formaldeído e ácido fórmico”, explica Indianara Brandão, médica hematologista da Faculdade de Medicina do ABC e diretora da Clínica First.
O ácido fórmico é altamente tóxico porque inibe a produção de energia nas mitocôndrias das células. Tecidos que demandam mais energia — como os nervos e a retina — são os primeiros a sofrer. Entre 12 e 24 horas após a ingestão, é comum aparecer visão borrada, fotofobia e até a sensação de enxergar pontos luminosos, descrita como “chuva de pixels”.
“O nervo óptico sofre duplamente: pela falta de energia das mitocôndrias e também pela degeneração das fibras nervosas e da bainha protetora, o que pode levar à perda visual irreversível em pouco tempo”, afirma Igor Mochiutti, infectologista do Hospital Metropolitano Lapa.
Além disso, instala-se a acidose metabólica, uma condição em que o sangue fica excessivamente ácido. Isso leva a respiração acelerada, fraqueza, confusão mental e sobrecarga no coração e nos pulmões.
Até 48 horas: risco de cegueira e falência múltipla Se não tratado, o quadro evolui para complicações graves em até dois dias. O ácido fórmico atinge de forma agressiva o sistema nervoso central, podendo causar convulsões, rebaixamento de consciência, coma e arritmias cardíacas.
De acordo com Penna, esse é o ponto em que a perda visual pode se tornar irreversível. “Não há um relógio exato, mas a combinação de acidose profunda e lesão estabelecida do nervo óptico marca um limiar de pior prognóstico”, afirma.
Nesse estágio, os danos deixam de ser apenas metabólicos ou neurológicos e avançam para uma falência sistêmica. Coração, pulmões e rins entram em colapso progressivo, consequência direta da acidose metabólica severa e da sobrecarga tóxica. É nesse momento que o risco de morte se torna elevado e, mesmo com tratamento, as chances de reversão caem drasticamente.
Por que o metanol engana o corpo A confusão entre etanol e metanol acontece porque ambos são álcoois de cadeia curta e disputam a mesma enzima no fígado. O organismo “não distingue” entre eles na primeira etapa do metabolismo. A diferença é que o etanol gera acetaldeído, que depois vira ácido acético (um composto processável pelo corpo), enquanto o metanol gera ácido fórmico — muito mais tóxico.
“Esses casos mostram que o fígado não é só um filtro, ele é também uma biofábrica. Normalmente, ele nos protege. Mas, no caso do metanol, ele fabrica o próprio veneno”, resume Indianara Brandão. Os especialistas alertam que cada hora conta. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores as chances de reverter os danos neurológicos e visuais. Passadas 48 horas sem intervenção, as possibilidades de recuperar a visão diminuem drasticamente.
O tratamento para intoxicação por metanol inclui o uso de antídotos como o fomepizol — que bloqueia a enzima que inicia a metabolização tóxica — ou o próprio etanol, que compete pela mesma via enzimática. Em casos graves, é necessária a hemodiálise para remover rapidamente o metanol e seus metabólitos.
Tradicionalmente ligado a pessoas mais velhas, o infarto tem crescido entre brasileiros com menos de 40 anos. Entre 2022 e 2024, mais de 234 mil atendimentos nessa faixa etária foram registrados pelo Ministério da Saúde, resultando em 7,8 mil mortes. São Paulo concentrou o maior número de óbitos, seguido pelo Rio de Janeiro.
Especialistas apontam que grande parte dos casos poderia ser evitada. Fatores como tabagismo, colesterol alto, hipertensão, obesidade, diabetes, uso de drogas e anabolizantes estão entre os principais gatilhos. O cigarro continua sendo o mais crítico, mas o uso de esteroides e cigarros eletrônicos também aumenta significativamente os riscos, mesmo em jovens saudáveis.
Impactos da pandemia e estilo de vida A pandemia de Covid-19 agravou a situação. O isolamento reduziu a prática de exercícios, alterou a alimentação, piorou o sono e elevou os níveis de estresse, favorecendo o acúmulo de gordura visceral, ligada a infartos precoces.
Além disso, atrasos em exames e consultas dificultaram a detecção de fatores de risco. Estudos mostram que a infecção pelo coronavírus pode causar inflamações nos vasos e no coração, aumentando o risco de eventos cardíacos em pessoas jovens.
Diferenças por sexo e região Nos últimos três anos, homens até 40 anos tiveram mais de 156 mil procedimentos relacionados a infarto, enquanto mulheres somaram cerca de 77 mil. A maioria dos casos ocorre entre 31 e 40 anos, mas registros em adolescentes e crianças não são raros. O risco é maior em regiões com acesso limitado a serviços de saúde, como o Norte e o Nordeste, refletindo desigualdades socioeconômicas.
Especialistas enfatizam que identificar sintomas como dor no peito, formigamento nos braços e falta de ar é essencial. Outras doenças cardiovasculares, como AVC e cardiomiopatia, também representam ameaça, especialmente para quem tem histórico familiar. A prevenção inclui hábitos saudáveis desde a infância, combate ao tabagismo, drogas e anabolizantes, além de acompanhamento médico regular.
A ansiedade é frequentemente associada a pensamentos acelerados e inquietação, mas seus sinais físicos muitas vezes passam despercebidos. Entre os primeiros sintomas, a falta de ar — ou dispneia — é um dos mais comuns e também um dos menos reconhecidos como consequência de um transtorno emocional.
Muitas pessoas relatam uma sensação de sufocamento, como se o ar não chegasse aos pulmões corretamente, mesmo sem apresentar alterações físicas detectáveis. Essa manifestação pode ser o primeiro alerta de que algo está em desequilíbrio no campo emocional.
Como o corpo reage à ansiedade Quando o cérebro identifica uma ameaça — real ou imaginária — ele ativa o modo de luta ou fuga, liberando adrenalina e preparando o corpo para reagir. O coração acelera, os músculos ficam tensos e a respiração se torna curta e superficial. Embora o oxigênio continue presente, a percepção de sufocamento pode ser intensa.
Outros sintomas que acompanham a falta de ar em uma crise de ansiedade incluem: Aperto no peito Batimentos cardíacos acelerados Tontura ou sensação de desmaio Suor excessivo Tremores nas mãos Pensamentos negativos, como medo de morrer Essas sensações costumam levar pessoas ao pronto-socorro, temendo um problema cardíaco ou pulmonar, quando na verdade se trata de uma crise emocional.
Como identificar e tratar a dispneia causada pela ansiedade Diferenciar a falta de ar emocional de causas físicas nem sempre é simples, mas alguns indícios podem ajudar:
Aparece em momentos de estresse Surge mesmo em repouso Melhora com respiração controlada Não há alterações em exames médicos Vem acompanhada de outros sintomas ansiosos O tratamento da dispneia por ansiedade é eficaz e envolve uma abordagem multidisciplinar. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), exercícios de respiração, atividade física e, em alguns casos, medicamentos são aliados importantes.
Técnicas práticas para controlar a ansiedade Estratégias simples também ajudam a controlar a respiração e acalmar a mente. Uma delas é a técnica dos 5 sentidos (5-4-3-2-1):
Foque na respiração Observe 5 coisas que pode ver Toque 4 objetos Identifique 3 sons Perceba 2 aromas Reconheça 1 sabor Além disso, trocar cenários catastróficos por visualizações positivas pode reeducar o cérebro a responder de forma mais tranquila aos estímulos estressantes. Ao imaginar o melhor desfecho possível para uma situação, o corpo responde com mais serenidade — e a respiração acompanha.
Como reduzir os sintomas da ansiedade de forma natural e eficaz Práticas como meditação, exercícios físicos regulares, alimentação balanceada e sono de qualidade são estratégias comprovadas para aliviar a ansiedade. Técnicas de respiração profunda e o uso de fitoterápicos, como a camomila, também ajudam. Consultar um profissional é essencial para personalizar abordagens naturais de forma segura. Clique aqui para saber mais.