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Adultos jovens com obesidade já apresentam sinais biológicos de inflamação e alterações associadas a danos neuronais, apontou um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual do Arizona. Esses efeitos eram, até então, mais frequentemente observados em pessoas idosas com comprometimento cognitivo.

A pesquisa analisou marcadores no sangue de cerca de 30 participantes com idade entre 20 e 30 anos, metade deles com obesidade e metade com peso dentro da faixa considerada saudável.

Os resultados foram publicados na revista Aging and Disease. Eles revelaram níveis elevados de proteínas relacionadas à inflamação crônica, alterações hepáticas e aumento da cadeia leve de neurofilamento (NfL), uma proteína liberada quando ocorre dano aos neurônios. Esse marcador é reconhecido como um indicador precoce de neurodegeneração e costuma ser encontrado em indivíduos com comprometimento cognitivo leve ou doença de Alzheimer.

Níveis reduzidos de colina

Além disso, os participantes com obesidade apresentaram níveis significativamente mais baixos de colina, um nutriente essencial para o funcionamento do fígado, regulação da inflamação e manutenção da saúde cerebral. Os níveis reduzidos foram associados a maior inflamação, resistência à insulina, alterações metabólicas e níveis mais altos de NfL.

Impacto maior entre mulheres

Mulheres apresentaram concentrações ainda mais baixas do nutriente, o que chama atenção, já que as doenças neurodegenerativas afetam esse grupo de forma desproporcional ao longo da vida.

A colina é produzida em pequena quantidade pelo organismo e obtida principalmente pela alimentação, em alimentos como ovos, peixes, aves, feijões e vegetais crucíferos. Pesquisas citadas pelos autores indicam que grande parte da população, especialmente jovens e adolescentes, não atinge a ingestão diária recomendada.

Medicamentos de perda de peso podem afetar ingestão de nutrientes

Os pesquisadores destacam ainda que os novos medicamentos para perda de peso — como os agonistas do GLP-1 — podem reduzir de forma significativa a ingestão calórica e, como consequência, o consumo de nutrientes essenciais como a colina. Isso pode exigir acompanhamento nutricional e, possivelmente, suplementação para evitar prejuízos metabólicos e neurológicos.

Resultados se repetem em comparação com idosos

O estudo comparou também os resultados dos jovens com obesidade aos de adultos mais velhos com Alzheimer ou comprometimento cognitivo leve. Em ambos os grupos, o padrão se repetiu: menores níveis de colina e maiores índices de NfL. Para os pesquisadores, isso sugere que vias biológicas associadas à doença já podem estar ativas décadas antes do surgimento dos sintomas.

Apesar de não estabelecer relação de causa e efeito, o trabalho indica que alterações metabólicas precoce podem criar um ambiente propício ao declínio cognitivo no futuro.

Preservar a saúde cerebral desde cedo

Os autores defendem ainda que manter níveis adequados de colina e uma boa saúde metabólica na juventude pode ajudar a preservar a saúde cerebral a longo prazo.

Pesquisas futuras devem aprofundar como esse estresse metabólico inicial influencia o risco de doenças neurodegenerativas e apontar caminhos para intervenções preventivas.

G1

 

As primeiras doses da Butantan-DV, primeira vacina de dose única contra a dengue no mundo aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devem começar a ser aplicadas em dezembro, segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira (26).

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O imunizante, porém, só deve ser colocado no calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do início do ano que vem.

Já há 1 milhão de doses produzidas pelo Instituto Butantan, e espera-se ter mais 25 milhões até o segundo semestre de 2026. Em 2027, deverão ser mais 35 milhões. Os estudos apontaram que os voluntários que tomaram a vacina ficaram protegidos durante cinco anos.

A Anvisa assinou nesta quarta o termo de compromisso com o Instituto Butantan para estudos e monitoramento da vacina. Essa é a última etapa que faltava para o registro da vacina.

O anúncio foi realizado durante coletiva de imprensa pelo Ministério da Saúde, Butantan e governo de São Paulo com a presença de autoridades, incluindo o governador Tarcísio de Freitas.

Na próxima segunda-feira (1º), haverá uma reunião com comitê de especialistas e gestores do SUS para definir o grupo a ser vacinado. O imunizante protege contra os quatro tipos de vírus da doença (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) e será destinado a pessoas de 2 a 59 anos.

Segundo o diretor do Butantan, Esper Kallas, a eficácia da vacina é a seguinte:

Eficácia geral: 74,7% Proteção para dengue grave ou sinais de alerta: 91,6% (mesmo vacinada, se uma pessoa for infectada pelo vírus, a probabilidade de desenvolver sintomas graves é bem baixa) Proteção para hospitalização: 100% O instituto também fechou parceria com a empresa chinesa WuXi para ampliar a capacidade de produção.

secretária estadual de Saúde em exercício, Priscilla Perdicares, destacou as vantagens de ter uma vacina de dose única: facilita a logística, aumenta a adesão das pessoas e vai acelerar a imunização da população.

A vacina contra a dengue, com duas doses, foi incorporada ao PNI em dezembro de 2023, quando o Brasil se tornou o primeiro no mundo a oferecer o imunizante na rede pública. Até então, apenas a Qdenga, fabricada pela farmacêutica japonesa Takeda, estava disponível no SUS.

Como é produzida fora do país e exige duas doses, o imunizante do laboratório japonês ficou restrito a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos — público que concentra o maior número de hospitalizações depois dos idosos. A Qdenga não tem autorização da Anvisa para uso acima dos 60 anos.

A nova vacina do Butantan não substitui a japonesa. O contrato do Ministério da Saúde com a Takeda é de 18 milhões de doses.

Estudos A Butantan-DV vem sendo desenvolvida há mais de uma década em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIH). O pedido de registro foi apresentado à Anvisa em 16 de dezembro de 2023.

A aprovação ocorreu após cinco anos de acompanhamento dos voluntários na fase 3 dos ensaios clínicos.

Segundo o instituto, nos estudos de fase dois, a vacina demonstrou 79,6% de eficácia geral para prevenir casos de dengue sintomática.

Já na terceira fase de estudos, a eficácia chegou a uma proteção de 89% contra dengue grave e dengue com sinais de alarme, além de eficácia e segurança prolongadas por até cinco anos.

Cenário epidemiológico A ampliação da vacinação ocorre em meio ao aumento expressivo de casos de dengue no país.

O Brasil registrou 6,56 milhões de casos prováveis da doença e 6.321 mortes em 2024, segundo o painel de monitoramento da doença do Ministério da Saúde. O número é quatro vezes maior que o de 2023, quando houve 1,65 milhão de casos e 1.179 óbitos. Em 2025, já são 1,63 milhão de casos prováveis e 1.730 mortes. O estado de São Paulo concentra 55% das infecções, com 897 mil casos e 1.108 óbitos.

G1

Foto: Camilla Carvalho/Instituto Butantan

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) iniciar testes clínicos em humanos do GB221, um produto de terapia gênica avançada voltado ao tratamento da AME (Atrofia Muscular Espinhal) Tipo 1 (SMA1), a forma mais grave da doença.

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Aprovado de forma ágil pela Anvisa em processo de análise prioritária, o estudo posiciona o Brasil na liderança do tema na América Latina.

A terapia GB221 foi desenvolvida pela empresa norte-americana Gemma Biotherapeutics, Inc. (GEMMABio).

A Fiocruz, além de participar do desenvolvimento clínico da terapia, firmou um acordo de transferência de tecnologia junto à empresa, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), abrindo caminho para que a produção nacional de uma terapia gênica seja realizada pela primeira vez.

A estratégia Fiocruz para Terapias Avançadas tem o objetivo de dotar o país das bases científico-tecnológicas, de produção e assistenciais necessárias à disponibilização de produtos no âmbito do SUS (Sistema Ùnico de Saúde).

Com a iniciativa, o MS (Ministério da Saúde) avança no apoio nacional à pesquisa e o desenvolvimento de terapias gênicas, uma das fronteiras mais inovadoras da saúde pública de precisão, com foco no SUS.

Desde a produção da vacina para Covid-19, Bio-Manguinhos/Fiocruz domina a tecnologia de vetores virais, usada para esta terapia gênica.

O projeto integra as iniciativas do Ministério da Saúde para fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde e, ao mesmo tempo, é parte do esforço de ampliação da Política Nacional de Atenção às Pessoas com Doenças Raras.

Ao atuar nestas duas frentes, a iniciativa fortalece o SUS com um desenvolvimento tecnológico concreto, que pode superar os desafios impostos pelas novas tecnologias à sustentabilidade financeira da saúde pública.

“O estudo clínico que acaba de ser autorizado poderá transformar a vida de crianças com atrofia muscular espinhal de forma inédita a partir de técnicas de terapia gênica, um campo de ponta na ciência mundial”, afirmou o presidente da Fiocruz, Mario Moreira.

A diretora de Bio-Manguinhos, Rosane Cuber, avaliou que essa parceria simboliza um passo decisivo para o país.

Atuamos sempre alinhados ao rigor regulatório e científico, porque sabemos que cada avanço representa esperança real para milhares de famílias brasileiras”.

Testes clínicos Considerada rara e com manifestação ainda nos primeiros meses de vida, a AME Tipo 1 é causada por uma alteração no gene SMN1, responsável por produzir uma proteína essencial para o funcionamento dos neurônios relacionados ao movimento.

A ausência dessa proteína provoca a perda progressiva da força muscular e pode comprometer a sobrevivência das crianças nos primeiros anos de vida.

Agência Brasil

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil/Arquivo

Nesta sexta-feira (21), uma equipe da Secretaria de Saúde de Floriano, acompanhada por representantes da clínica Medical Center e do Hospital João Paulo II, realizou uma visita técnica ao Hospital Marcos Bastos (HMB), em Parnaíba, com o objetivo de conhecer de perto o serviço de oncologia de alta complexidade oferecido pela unidade. A comitiva foi recepcionada por Mirócles Veras Filho, administrador do HMB, que apresentou as instalações e detalhou o trabalho desenvolvido no hospital.

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A visita técnica foi para entender como esse atendimento especializado vem sendo desenvolvido no litoral piauiense, com a intenção de implantar esse importante serviço também na região de Floriano. Assim, os pacientes oncológicos de Floriano e região centro-sul do Estado poderão receber tratamento mais perto de casa, com mais conforto e dignidade.

A implantação desse protocolo de tratamento deve acontecer por meio de uma parceria com o HMB — hospital filantrópico de grande credibilidade no Estado — e com o Hospital João Paulo II, outro aliado essencial para tornar esse projeto uma realidade.

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A secretária municipal de Saúde, Caroline Reis, ressaltou a importância da iniciativa: “Estamos trabalhando para que Floriano possa oferecer atendimento oncológico, garantindo que nossos pacientes não precisem se deslocar por longas distâncias para receber tratamento. Essa visita reforça nosso compromisso em ampliar e qualificar a rede de cuidados em saúde, com foco na humanização e na proximidade com a população.”

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