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Comemorado no dia 19 de maio, o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, popularmente conhecida como dor de cabeça, foi criado pela Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE) para conscientizar a população sobre os diferentes tipos de dores de cabeça. E entre os tipos mais comuns do problema está a Migrânea, conhecida popularmente como Enxaqueca, que afeta cerca de 15% da população brasileira, principalmente aqueles entre os 20 aos 45 anos, e é caracterizada por uma dor intensa e pulsátil em um ou nos dois lados da cabeça que pode durar até 72 horas, aparecer mais de 15 dias por mês e ser acompanhada de sintomas como náuseas, vômitos e sensibilidade à luz ou ao som. Felizmente, a enxaqueca, por ser um problema tão recorrente na população, é alvo de constantes pesquisas para descobrir novas maneiras de prevenir e tratar a condição de forma a devolver bem-estar e qualidade de vida para os pacientes afetados. Cirurgias e injeções de gordura, por exemplo, são algumas das estratégias mais recentes que vêm ganhando destaque no controle e combate dessa condição. Abaixo, entenda melhor como esses mecanismos inovadores agem no tratamento do problema:

Exame de genotipagem – Como ainda não há uma medicação específica para a doença e o tratamento é feito com medicamentos anti-hipertensivos, antidepressivos e antipsicóticos, além da toxina botulínica, o exame genético é uma excelente maneira de descobrir e, assim, prevenir alguns gatilhos da enxaqueca. Existem alimentos e bebidas, ou ingredientes contidos nesses produtos, que podem desencadear as crises de enxaqueca. Mas existem também alguns alimentos que desempenham uma função protetora, ajudando a prevenir essas crises dependendo da sensibilidade genética. Os recentes avanços biotecnológicos melhoraram a identificação de alguns biomarcadores genéticos responsáveis pela sensibilidade individual à dor de cabeça e enxaqueca. Então, é possível estimar o risco, adotar medidas preventivas e, quando for o caso, atenuar os sintomas e otimizar o tratamento. De acordo com a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), alguns dos fortes sintomas da enxaqueca também podem ser amenizados com uma alimentação equilibrada, principalmente com a inclusão de castanha-do-pará, atum, canela, vegetais verde escuros e grão de bico. “Alimentos ricos em selênio e magnésio são importantes para diminuir o estresse, enquanto anti-histamínicos (presentes na canela e gengibre) inibem a produção de prostaglandina, responsável pela sensação de dor”, afirma a médica. “Evitar fast-foods, frituras e alimentos gordurosos, que têm perfil mais inflamatório e liberam prostaglandina, também é fundamental, assim como diminuir o consumo de cafeinados, substâncias que alteram a circulação sanguínea e de bebidas alcoólicas, ligadas à vasodilatação”, explica a médica.

Cirurgia da enxaqueca – Um estudo da edição de agosto de 2020 do Journal of the American Society of Plastic Surgeons, maior revista científica de Cirurgia Plástica do mundo, afirma que as crises de enxaqueca podem ter um fim de forma segura por meio da cirurgia. O artigo “A Comprehensive Review of Surgical Treatment of Migraine Surgery Safety and Efficacy”, feito em conjunto com o Comitê de Segurança do Paciente da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica, avaliou o procedimento como seguro e eficaz. “Além disso, o artigo reforça a importância do tratamento a ser incorporado pelos cirurgiões plásticos e pelas sociedades de neurologia, como um tratamento padrão para a enxaqueca”, diz o cirurgião plástico Dr. Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca. O médico é um dos poucos no Brasil a realizar o procedimento. “A Cirurgia de Enxaqueca é hoje realizada por diversos grupos de cirurgiões plásticos ao redor do mundo e em mais de uma dezena das principais universidades americanas, como Harvard. Os resultados positivos e semelhantes das publicações dos diferentes grupos comprovam a eficácia e a reprodutibilidade do tratamento”, afirma o médico.

A cirurgia para enxaqueca, disponível recentemente no Brasil e embasada cientificamente por uma série de estudos, promete ser um divisor de águas para quem sofre com o problema. O artigo foi uma revisão abrangente da literatura relevante publicada sobre o tema. Segundo o estudo, a experiência clínica recente com cirurgia de enxaqueca demonstrou a segurança e a eficácia da descompressão operatória dos nervos periféricos na face, cabeça e pescoço para aliviar os sintomas da enxaqueca. A cirurgia é pouco invasiva e tem o objetivo de descomprimir e liberar os ramos dos nervos trigêmeo e occipital envolvidos nos pontos de dor. “Os ramos periféricos destes nervos, responsáveis pela sensibilidade da face, pescoço e couro cabeludo, podem sofrer compressões das estruturas ao seu redor, como músculos, vasos, ossos e fáscias. Isto gera a liberação de substâncias (neurotoxinas) que desencadeiam uma cascata de eventos responsável pela inflamação dos nervos e membranas ao redor do cérebro, que irão causar os sintomas de dor intensa, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som”, diz o médico. Lipoenxertia – Vários benefícios dos tratamentos com enxerto de gordura já foram publicados, sendo que muitos deles estão relacionados com o controle da dor. Por exemplo, um estudo, de março de 2019 (Therapeutic Role of Fat Injection in the Treatment of Recalcitrant Migraine Headaches), publicado no Plastic and Reconstructive Surgery Journal, concluiu que os sintomas da enxaqueca foram reduzidos com sucesso na maioria dos casos com injeção de gordura. O tratamento foi realizado em pacientes que persistiam com alguma dor após a cirurgia de descompressão de nervos. “Diferentes moléculas secretadas por células-tronco do tecido adiposo expressam um efeito anti-inflamatório, melhorando a regeneração dos nervos e, consequentemente, levando ao sucesso do resultado clínico. A dor foi melhorada em 7 de 9 pacientes nos 3 meses seguintes, segundo estudos”, diz o Dr. Paolo Rubez. O cirurgião destaca que a lipoenxertia, que é minimamente invasiva, tem se mostrado um procedimento seguro, tolerável e eficaz na redução ou eliminação completa da neuropatia persistente. “Esta técnica demonstrou melhora significativa dos sintomas da enxaqueca, permitindo uma melhora importante da qualidade de vida dos pacientes com menos efeitos colaterais de medicamentos”, explica o médico.

Por fim, o Dr. Paolo Rubez enfatiza que as cirurgias são realizadas em ambiente hospitalar e sob anestesia geral ou, em alguns casos, anestesia local. “A duração da cirurgia, para cada nervo, é de cerca de uma a duas horas e o paciente tem alta no mesmo dia para casa”, finaliza.

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Nos dias de hoje, algumas pessoas deixam a desejar quando se trata de buscar um profissional especializado para planejar uma boa alimentação e também exercícios físicos. Sabendo disso aproximadamente 35% da popuação brasileira sofre com a chamada hipertensão arterial, popularmente conhecida como “pressão alta” que é uma doença silenciosa e nem todos sabem que estão com isso podendo ocasionar alguns riscos cardiovasculares como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, entre outros. Das pessoas que têm ciência da doença, cerca de 50% fazem uso de medicamentos e apenas 45% conseguem manter a pressão sob controle.

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A hipertensão arterial caracteriza-se como uma doença que tem como os níveis elevados a pressão no sangue nas artérias e é crônica e degenerativa. No quadro abaixo existe algumas recomendações de como a pessoa pode se cuidar. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) a pessoa hipertensa tem sua pressão sistólica (contração do coração) maior que 140 milímetros de mercúrio(mmHG) e/ou diastólica (relaxamento entre os batimentos cardíacos) igual ou superior a 90 mmHg.

Enquanto os homens podem sofrer com a pressão alta até os 50 anos, quando ultrapassa essa idade a preocupação maior fica entre as mulheres, tendo em vista um número muito grande e é a doença que mais mata elas no mundo, um dos fatores que pode fazer accontecer é a menopausa causadora da queda do hormônio feminino ocasionando muitas percas de proteção nas artérias contra o envelhecimento, enrijecimento e obstrução das placas de gordura. Veja o vídeo abaixo da especialista Drª Juliana Gil falando principalmente no caso de hipertensão arterial causada nas mulheres.

É aconselhavel por especialistas durante a vida adulta fazer aferições da pressão arterial periodicamente tanto em casa quanto na farmácia. Caso sinta palpitações, dores de cabeça, inchaço nas pernas ou sensação estranha no peito, a melhor opção é ir ao hospital e contar com ajuda de um médico.

Antes de acontecer o pior, a pessoa tem que ter o costume na sua vida cotidiana colocar no seu cronograma maneiras saudáveis tais como alimentação, práticas de esportes, consumir bebidas alcoólicas moderadamente, não fumar e ter um peso compatível com seu ideal.

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Um estudo publicado na revista científica BMC Pregnancy and Childbirth constatou que gestantes que tiveram SRAG (BMC Pregnancy and Childbirth) em decorrência de infecção por Covid-19 apresentaram quatro vezes mais chances de ter morte fetal.

A investigação foi realizada por pesquisadores Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, da UFBA (universidade Federal da Bahia), do Cidacs/Fiocruz Bahia (Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz da Bahia), da UFRB (Universidade do Recôncavo da Bahia) e da London School of Hygiene and Tropical Medicine. Para tal, os pesquisadores analisaram dados de gestantes que foram internadas com sintomas respiratórios a partir do Sinasc (Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos), do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade) e do Sivep (Sistema de Vigilância Epidemiológica da Síndrome Respiratória Aguda Grave) entre janeiro de 2019 a junho de 2021.

Neste período, foram registrados 479.038 nascimentos, 333 mortes de gestantes, 6.841 mortes fetais, além de 13.077 mulheres em idade reprodutiva que tiveram SRAG.

Durante o estudo, as mulheres foram classificadas em dois grupos: exposto e não exposto. No primeiro, foram registradas 765 mulheres com SRAG na gestação durante a pandemia de Covid-19. Já o segundo grupo foi formado por mulheres que estiveram grávidas no período anterior à pandemia e não registraram SRAG - um total de 200.214 gestantes. Das 765 gestantes que foram internadas com SRAG, 37,38% (286) foram encaminhadas para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 16,6% (127) precisaram de ventilação mecânica. Além de quadruplicar as chances de morte fetal, os pesquisadores observaram um risco maior quando o parto foi vaginal (7,06 vezes maior), quando houve internação na UTI (8,79 vezes maior) e quando houve a necessidade de ventilação mecânica, quando o risco saltou para 21,22 vezes mais.

Os pesquisadores concluíram que, quanto maior a gravidade do quadro, maior era a chance de morte do bebê. Isso porque, devido à maior demanda metabólica da gestação, menor é a tolerância das mulheres grávidas à falta da oxigenação no sangue.

“Se o funcionamento pulmonar da gestante está prejudicado pela síndrome respiratória aguda grave, a oxigenação do feto pode ficar deficiente, levando ao sofrimento fetal e até o óbito”, explica Rita Sauer, pesquisadora principal do estudo.

Ela continua, afirmando que "o parto vaginal em mulheres com síndrome respiratória aguda grave também elevou a chance de morte do feto, provavelmente porque o trabalho de parto demanda um grande gasto energético do organismo materno”.

Assim, os médicos devem ter um monitoramento rigoroso em tais casos, além de adotar medidas preventivas. “A Covid-19 pode ser perigosa em qualquer momento da gestação, mas esse estudo mostrou que a maioria dos casos de síndrome respiratória aguda grave ocorreu no terceiro trimestre da gravidez. Este achado alerta para a necessidade de maiores cuidados, principalmente a partir das 27 semanas de gestação”, completa a pesquisadora.

Ela finaliza, alegando que, caso as gestantes apresentem quaisquer sintomas respiratórios, é imprescindível que busquem auxílio médico, sendo tratadas e monitoras até o fim dos sintomas.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS), está pedindo cuidado no manuseio das plataformas geradas por inteligência artificial (IA), como Bard, ChatGPT, entre várias outras. Essa tecnologia de ponta tem se expandido e crescido no mercado rapidamente. O uso dessa ferramenta, sem dúvidas traz benefícios em diversas áreas profissionais. Mas tem sido motivo de preocupação nos órgãos da saúde.

A OMS emitiu um comunicado pedindo cautela no uso desses aparelhos que estão sendo usados frequentemente, e salientou a necessidade de analisar os perigos do uso indevido desta tecnologia. De acordo com a agência das Nações Unidas (ONU), informou que na área da saúde a ferramenta não está tendo o cuidado que normalmente é realizado no uso da tecnologia. Os novos modelos de linguagem precisam ser usados de forma consciente, assim como os seus mecanismos de controle. O que preocupa os órgãos responsáveis, é a adoção precipitada dessa tecnologia. Um sistema não testado pode levar a erros irreparáveis cometidos pelos profissionais da área da saúde.

De acordo com a OMS, as informações presentes na inteligência artificial podem ser tendenciosas, e propícias a gerar informações falsas ou imprecisas. O que gera risco à saúde dos pacientes. O alerta foi dado, pois a ferramenta apresentada é capaz de responder perguntas de forma fácil, mas não é confiável. Visto que, pode haver erros graves, especialmente no contexto da saúde.

A instituição afirma que a ferramenta pode gerar e disseminar informações falsas. Mas reconhece que com o uso adequado, a inteligência artificial pode auxiliar os pacientes, profissionais da área da saúde, cientistas e pesquisadores. A tecnologia pode ajudar a medicina em ambientes de pouco recursos e aumentar a capacidade de diagnóstico. Entretanto, a organização finaliza que a base de perigos e benefícios precisa ser estudada e que o uso generalizado na área da saúde pode gerar riscos aos envolvidos. A ferramenta deve ser usada de forma transparente e inclusiva e essa tecnologia precisa ser supervisionada e passada por uma avaliação rigorosa.

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