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Um estudo realizado por uma bióloga do IBB-Unesp (Instituto de Biociências de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista), mostrou que 500mg (miligramas) diários de própolis para pessoas que vivem com o vírus HIV, resultaram em uma redução significativa na concentração de um marcador de estresse oxidativo. Nesse mesmo grupo foi observado um ligeiro aumento na capacidade antioxidante total, refletindo no combate aos radicais.

Segundo a bióloga Karen Ingrid Tasca, um dos problemas enfrentados pela população que convive com o vírus causador da Aids é o envelhecimento precoce, que pode ser de dez a 20 anos, por conta da deterioração da imunidade mais acelerada, além do desenvolvimento precoce de comorbidades, como diabete, hipertensão e tumores. Esse processo de envelhecimento precoce ocorre porque, além de o sistema imunológico ser ativado constantemente, esses pacientes tem inflação crônica.

“O estresse oxidativo causado pelo vírus e pelos próprios antirretrovirais possui grande impacto nesses pacientes. Na tentativa de reduzir esses processos patológicos e melhorar a qualidade de vida e a sobrevida, há necessidade de intervenções que minimizem esses efeitos. Entre os diversos produtos naturais existentes, a própolis, que é uma resina, possui esse potencial, pois apresenta propriedades antioxidante, antiviral e anti-inflamatória reconhecidas.”

Um estudo anterior mostrou que os parâmetros inflamatórios de portadores do HIV diminuíra, as células que são consideradas alvo principal do vírus aumentaram, assim como também aumentou o marcador de células responsáveis por regular a inflamação.

Segundo uma das autoras do estudo, a biomédica Fernanda Lopes Conte, a própolis pode ser uma alternativa para melhorar a resposta imune e reduzir a inflamação nos pacientes assintomáticos: “A infecção pelo HIV induz intensa desregulação do sistema imunológico, gerando perda da função celular e inflamação crônica.”

Dados gerais

Ambos os estudos foram desenvolvidos com apoio da FAPESP (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo). Segundo o Ministério da Saúde, em 2021, foram notificados 40,8 mil casos de HIV e 35,2 mil casos, de acordo com dados do ano passado.

De acordo com o mais recente Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, desde o primeiro caso informado em território nacional, em 1980, até junho de 2022, já foram detectados 1.088.536 casos de Aids. Somente em 2021, mais de 11 mil óbitos foram registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) em decorrência da doença. A taxa de mortalidade padronizada é de 4,2 óbitos por 100 mil habitantes, índice que sofreu caiu 26,4% entre 2014 e 2021.

Dados do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids) reforçam que a epidemia ainda precisa ser combatida. No ano de 2021, mais de 750 mil homens em todo o mundo adquiriram HIV. Naquele ano, eles representaram 51% das novas infecções pelo vírus. Pelo menos 1,5 milhão de pessoas se tornaram recém-infectadas por HIV no mesmo ano de 2021. No total, esse número já passa de 84 milhões de pessoas infectadas desde o início da epidemia.

Agência Brasil

Foto: Pixabay

O medicamento para diabetes da Pfizer resultou em perda de peso semelhante a do Ozempic, da Novo Nordisk, em um estudo de fase intermediária realizado em pacientes com diabetes tipo 2, segundo dados publicados em revista médica.

ozempic

As ações da Pfizer subiam cerca de 4,5% após a notícia, em um momento de maior interesse por parte dos investidores no mercado de tratamentos para perda de peso, que deve chegar a 100 bilhões de dólares (mais de R$ 490 bilhões) até o final da década. O danuglipron da Pfizer, quando administrado duas vezes ao dia, reduziu os níveis de açúcar no sangue em pacientes em todas as doses e reduziu o peso corporal na dose mais alta após dezesseis semanas em comparação com o placebo, de acordo com dados de fase intermediária publicados no ano passado pela farmacêutica norte-americana.

O estudo avaliou 411 adultos com diabetes tipo 2, que receberam o medicamento ou um placebo.

A perda de peso com o danuglipron é de magnitude semelhante à observada nos dados de fase intermediária para a semaglutida da Novo Nordisk, conhecida como Ozempic, quando utilizada para diabetes (perda de peso média, em um ano e quatro meses, de 15,3 kg), e Wegovy, para obesidade. O Ozempic foi aprovado pela primeira vez em 2017 para diabetes e o Wegovy em 2021 nos Estados Unidos para perda de peso.

Os tratamentos, incluindo o danuglipron, da Pfizer, fazem parte de uma classe de medicamentos que imitam o hormônio intestinal peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1), que funciona suprimindo o apetite e foi inicialmente desenvolvido para tratar diabetes tipo 2.

Reuters

Foto: Freepik

Um usuário do Twitter teve grande repercussão em uma postagem após afirmar que dormir sete horas por noite (em detrimento de oito horas), durante dez dias, teria um efeito tão disfuncional no cérebro quanto o de alguém que passa 24 horas sem dormir. Segundo o autor, o efeito se daria pelo acúmulo da privação de uma hora de sono.

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Para tal, o homem se baseou em citações do livro Por Que Nós Dormimos, de Matthew Walker.

O buraco é ainda mais fundo: mesmo dormindo horas a mais no final de semana, o seu cérebro não volta para o desempenho normal de quem dorme 8h por dia Fonte: livro “Por Que Nós Dormimos”, do Matthew Walker. Estou curtindo!

Afinal, dormir sete horas por noite teria, então, o efeito prejudicial ao cérebro? A resposta é: depende.

De acordo com Monica Andersen, biomédica e diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono, cada pessoa tem uma quantidade ideal de horas de sono, e a maior parte da população dorme de sete a oito horas. No entanto, a biomédica explica que existem tipos de "dormidores", sendo eles:

  • pequenos dormidores: aqueles que dormem menos de seis horas por noite;
  • dormidores intermediários: aqueles que dormem de sete a oito horas por noite;
  • grandes dormidores: aqueles que dormem mais de nove horas por noite.

Danilo Sguillar, médico otorrinolaringologista e especialista em medicina do sono da BP — A Beneficência Portuguesa de São Paulo, afirma que pessoas que têm a necessidade de oito horas de sono já podem ser prejudicadas caso durmam uma hora a menos.

"Basta uma hora de sono a menos do que a pessoa necessita para que possa ser considerada uma privação de sono", explica o médico da BP.

Assim, a recomendação de oito horas de sono não é uma verdade, podendo variar de acordo com cada metabolismo.

Sguillar alega que os prejuízos da privação podem vir a curto prazo e a pessoa mostra alterações de memória, de humor e maior irritabilidade. A médio prazo, ela pode apresentar dificuldade na tomada de decisões e de concentração.

Já a longo prazo, os indivíduos que sofrem da privação de sono podem vir a apresentar alterações cardiovasculares e no sistema nervoso simpático, que é o "sistema de alerta" do corpo, e surgirem arritmias; alterações metabólicas, com mudanças no peso; e maiores riscos de acidente automobilístico.

Monica afirma que a privação de sono aumenta também os riscos de desenvolver diabetes, apresentar maior sensibilidade à dor, disfunções sexuais e elevação dos níveis de ansiedade.

"A privação de sono crônica agrava ainda mais os riscos de o indivíduo não ter condições de saúde plena", ressalta a especialista do Instituto do Sono.

Os médicos dizem que não existe uma adaptação das pessoas às necessidades de sono, mas que a população leva sua rotina em situação de débito, estando suscetível a todas as possibilidades de risco associadas à privação.

Sguillar argumenta que as necessidades de sono são definidas geneticamente.

"Quando estamos despreocupados, sem questões na cabeça, quando não temos atividades, nas férias ou no fim de semana, e estamos descansados, fazemos as nossas horas de sono. É dessa maneira que descobrimos de quantas horas de sono necessitamos para nos satisfazer e estarmos descansados."

O otorrinolaringologista completa dizendo que, além da necessidade de horas de sono, existe o cronotipo, que é a determinação genética do horário em que se costuma dormir.

"Existem pessoas que tendem a dormir mais cedo, chamadas de matutinas, e consequentemente acordam mais cedo; e pessoas que tendem a ir para a cama mais tarde, chamadas de vespertinas, com tendência a acordar mais tarde também. O padrão intermediário engloba pessoas que costumam dormir por volta das 23h e levantar às 7h. O ideal é sempre respeitar o tempo de sono necessário e o padrão de horário para se deitar", finaliza Sguillar.

R7

Foto: Freepik

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