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As uvas são frutas amplamente conhecidas por seu sabor doce e suculento, mas também oferecem um valioso composto chamado resveratrol. Essa substância, encontrada principalmente na casca das uvas tintas, é um antioxidante natural.

Faz bem para o coração

Estudos científicos sugerem que o resveratrol pode desempenhar um papel importante na promoção da saúde cardiovascular de várias maneiras, incluindo a redução da pressão arterial, a melhoria da função endotelial (a camada interna dos vasos sanguíneos) e a redução do risco de doenças cardíacas. O potássio, presente na uva, também contribui para a regulação da pressão arterial.

Ajuda a controlar a glicose

O resveratrol também pode ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina e a regular os níveis de glicose no sangue, o que é benéfico para pessoas com diabetes ou em risco de desenvolver a doença.

Benéfica para a pele

A uva é rica em vitamina C, um antioxidante importante para proteger a pele dos danos causados pelos raios UV e melhorar a aparência, combatendo os sinais de envelhecimento, como rugas e manchas.

Tem propriedades anti-inflamatórias

Componentes das uvas têm propriedades anti-inflamatórias, que podem ajudar a diminuir a inflamação crônica associada a várias condições de saúde. Além do resveratrol, a quercetina, o ácido gálico, o ácido elágico, as proantocianidinas e a vitamina C presentes nas uvas também desempenham papéis significativos na redução da inflamação.

Rica em vitamina K

Cerca de 100 g de uvas (uma xícara) possuem 16% do valor diário recomendado de vitamina K. Esse nutriente desempenha um papel fundamental na coagulação sanguínea, ajudando a prevenir hemorragias excessivas. Além disso, ajuda a saúde óssea, auxiliando na absorção de cálcio e na mineralização dos ossos. Estudos recentes também apontam uma relação entre a vitamina K e a prevenção da demência.

Evita a constipação

Uvas são uma excelente fonte de fibras, um componente dietético essencial para a saúde digestiva. As fibras presentes nessas frutas, tanto solúveis quanto insolúveis, promovem o trânsito intestinal saudável. Elas ajudam a prevenir a constipação, amolecendo as fezes e auxiliando na regularidade do sistema digestivo.

R7

Um novo estudo, publicado neste domingo (15) na revista científica Nature Medicine, mostrou que injeções semanais de tirzepatida, associadas a mudanças prévias no estilo de vida, resultaram em uma perda de peso de 24,3% após 84 semanas (19 meses). Os participantes da pesquisa que aderiram a esse esquema emagreceram, em média, 29 kg.

Os voluntários que integraram o estudo eram adultos com obesidade ou sobrepeso e comorbidades relacionadas ao peso, exceto diabetes tipo 2. Eles passaram por um período de 12 semanas de intervenções, como mudança na alimentação e atividade física.

Em seguida, uma parte iniciou o tratamento com as injeções de tirzepatida, e a outra recebeu placebo (substância sem efeito terapêutico). Nenhum integrante sabia realmente se estava ou não tomando o medicamento.

"Esses são achados extraordinários, que mostram que os participantes — que já haviam perdido 6,9% de seu peso corporal em relação à linha de base com aconselhamento dietético e atividade tradicionais — perderam mais 18,4% do peso corporal quando receberam a tirzepatida, em comparação com um ganho [de peso] de 2,5% nos participantes que receberam placebo", comentou o principal autor do estudo, o pesquisador Thomas Wadden, da Universidade da Pensilvânia.

Para a segunda autora do estudo, a professora Ariana Chao, da Universidade Johns Hopkins, chama atenção a perda de peso significativa dos participantes que estiveram no grupo que mudou hábitos e tomou a medicação.

"Desde o início da intervenção intensiva no estilo de vida, os participantes tratados com tirzepatida tiveram uma perda média de peso corporal de 64 libras [29 kg]. Há muito tempo profissionais de saúde procuram estratégias para ajudar pacientes com obesidade a alcançar perdas dessa dimensão, o que pode beneficiar a saúde e a qualidade de vida deles."

Wadden reiterou algo que já havia sido observado em outros estudos e também se repetiu neste.

"Os pacientes que receberam intervenção no estilo de vida e tirzepatida alcançaram uma perda média de peso consistente com a produzida pela gastrectomia em manga, um procedimento amplamente utilizado na cirurgia metabólica e bariátrica. A tirzepatida pode oferecer uma alternativa segura e altamente eficaz à cirurgia em algumas pessoas com obesidade severa."

A tirzepatida, cujo nome comercial é Mounjaro, foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em setembro deste ano e deve chegar ao mercado nos próximos meses.

Embora o registro tenha sido concedido somente para o tratamento de diabetes tipo 2, estudos como esse divulgado hoje fazem com que médicos em todo o mundo já prescrevam essa droga em caráter off label (sem indicação em bula) também para a perda de peso em pacientes com obesidade ou sobrepeso e comorbidades associadas.

A tirzepatida é um agonista dos receptores de GIP (peptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e receptor do GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon-1), combinados em uma única molécula, com aplicação por injeção subcutânea uma vez por semana.

O GIP é um hormônio secretado pelo intestino em resposta à ingestão de alimentos, enquanto o GLP-1 é secretado pelo intestino e pelo pâncreas em resposta à glicose.

Assim como a semaglutida (Ozempic), a tirzepatida promove redução da fome, aumento da saciedade e maior motilidade intestinal.

"Os efeitos colaterais mais comuns do Mounjaro incluem náusea, diarreia, diminuição do apetite, vômito, prisão de ventre, indigestão e dor de estômago (abdominal)", diz o laboratório fabricante, o americano Eli Lilly.

Efeitos colaterais mais graves podem incluir pancreatite, hipoglicemia, insuficiência renal, alterações na visão e problemas de vesícula biliar, entre outros.

É fundamental que o uso desse medicamento seja feito sob acompanhamento médico.

R7

Um grupo de pesquisadores da Dinamarca descobriu diferenças significativas nas microbiotas intestinais de pessoas que desenvolveram lesões que podem se transformar em câncer colorretal, quando comparadas às de indivíduos que não as tiveram.

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O estudo, apresentado neste domingo (15), na UEG Week 2023, evento da United European Gastroenterology, acompanhou mais de 700 participantes entre os anos 2000 e 2022.

Os participantes tiveram amostras de fezes coletadas de 2000 a 2015. As amostras de fezes dessa etapa foram coletadas antes que os participantes desenvolvessem lesões ou câncer colorretal.

As amostras de fezes de 2015 em diante foram coletadas após alguns participantes terem desenvolvido lesões ou câncer colorretal.

Os pesquisadores compararam os microbiotas intestinais dos participantes com base nas amostras de fezes coletadas nas duas fases do estudo.

Eles descobriram que os indivíduos que desenvolveram lesões ou câncer colorretal tinham microbiotas intestinais diferentes dos indivíduos que não desenvolveram nenhuma dessas condições.

Os cientistas também associaram bactérias da família Lachnospiraceae e dos gêneros Roseburia e Eubacterium ao desenvolvimento futuro de pólipos colorretais que podem se tornar cancerígenos.

"Embora não tenhamos investigado mecanismos neste estudo, é sabido de pesquisas anteriores que algumas das espécies bacterianas identificadas podem ter propriedades que poderiam contribuir para o desenvolvimento de lesões colônicas. Por exemplo, uma bactéria chamada Bacteroides fragilis é conhecida por produzir uma toxina que pode levar à inflamação crônica de baixo grau no intestino. A inflamação prolongada é considerada potencialmente genotóxica e cancerígena, o que significa que pode causar danos genéticos e promover o câncer", explica o autor principal do estudo, o pesquisador Ranko Gacesa, do Centro Médico da Universidade de Groningen.

O trabalho abre caminho para que bactérias intestinais possam ser usadas na criação de novos exames para a detecção precoce do câncer colorretal.

Os tumores colorretais de início precoce, que acometem pessoas com menos de 50 anos, devem se tornar em breve a principal causa de morte por câncer de indivíduos entre 29 e 50 anos nos Estados Unidos, segundo estimativas oficiais.

Desde o início da década de 1990, a incidência ajustada por idade desse tipo de câncer aumentou a um índice de 2% a 4% ao ano em muitos países, incluindo o Brasil, com crescimento ainda mais acentuado entre indivíduos com menos de 30 anos. O Inca (Instituto Nacional do Câncer) estima que anualmente surgirão 44 mil casos aqui.

A maioria dos cânceres colorretais tem origem em crescimentos chamados pólipos, localizados no revestimento interno do cólon ou reto. Embora nem todos os pólipos se transformem em câncer, alguns tipos podem sofrer essa mudança ao longo de muitos anos. A probabilidade de um pólipo evoluir para câncer varia conforme o tipo em questão.

R7

Foto: Freepik

Insônia, depressão e acontecimentos estressantes podem aumentar o risco de mulheres pós-menopausa desenvolverem fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca. Isso é o que mostra um novo estudo feito por cientistas americanos de várias instituições, publicado no Journal of the American Heart Association.

Estima-se que cerca de uma em cada quatro mulheres vai desenvolver essa condição. Segundo os médicos, fatores como a idade avançada elevam os riscos de apresentar essa arritmia. Mas a nova pesquisa mostra a influência de aspectos psicossociais nesses casos, assunto que ainda é pouco estudado.

“Mulheres na pós-menopausa são o grupo de maior risco de complicações da fibrilação, e justamente elas não tinham sido bem estudadas até então”, diz a cardiologista Sofia Lagudis, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Os autores revisaram dados de mais de 83 mil questionários do Women’s Health Initiative, um megaestudo americano em vigor desde a década de 1990, patrocinado pelo National Heart, Lung and Blood Institute.

Eles tiveram acesso a informações sobre histórico médico, hábitos de vida e de sono, estresse e eventos como luto, doenças e problemas financeiros das voluntárias. Nenhuma delas era portadora de arritmias no início do projeto.

Após uma década de acompanhamento, os pesquisadores observaram uma forte associação entre fatores como insônia, depressão e eventos estressantes e o desenvolvimento de fibrilação atrial.

Essa correlação se mostrou independente dos fatores de risco conhecidos, como idade, hipertensão, diabetes, insuficiência cardíaca e doenças das válvulas do coração.

Segundo Lagudis, essa associação provavelmente ocorre devido ao aumento dos níveis de inflamação no organismo e à ativação de vias neuro-hormonais que levam à liberação de hormônios do estresse, causando maior ativação e irritabilidade do coração.

Fatores psicossociais

“Os fatores psicossociais ainda não são estudados como deveriam, mas esse cenário deverá mudar nos próximos anos”, diz a médica. Ela lembra que eles são muito ligados entre si — por exemplo, insônia e apneia do sono, depressão e sedentarismo, depressão e abuso de álcool.

“É comum o cardiologista se deparar com um perfil de mulher com fibrilação atrial, idosa, hipertensa, depressiva. Essa mulher em geral se cuida menos, vai menos ao médico, não segue bem a medicação recomendada. Pode ter ficado viúva, pode ter o hábito de ingerir álcool em casa. Ela precisa ser mais bem identificada e ajudada”, diz.

A fibrilação atrial é o tipo mais comum de arritmia, apresentando alta prevalência e taxa de mortalidade. Afeta aproximadamente 10% dos idosos com mais de 80 anos, mas pode ocorrer em pessoas de qualquer idade.

Essa condição pode resultar na formação de coágulos sanguíneos e causar derrames e outras complicações cardiovasculares. Além disso, é importante destacar que, em mulheres, os desfechos geralmente tendem a ser menos favoráveis.

Além das causas genéticas, ela está associada a fatores ambientais e estilo de vida, como obesidade, tabagismo, sedentarismo, abuso do álcool e apneia do sono.

“A fibrilação é uma arritmia amplamente modificável pelo estilo de vida. Se queremos reduzir seu risco, precisamos melhorá-lo e, após esse estudo, dar também mais foco a questões de saúde mental”, finaliza.

Agência Einstein