A adoção de hábitos saudáveis pode aumentar a expectativa de vida em até 24 anos, mostra um novo estudo conduzido por cientistas de Harvard e do Carle Illinois College of Medicine, da Universidade de Illinois, entre outras instituições. Os resultados foram divulgados no Nutrition 2023, o congresso da Sociedade Americana de Nutrição, que ocorreu em Boston, nos Estados Unidos, no fim de julho.

Os pesquisadores avaliaram o impacto de oito hábitos de vida na mortalidade e na longevidade: praticar atividade física, manter uma dieta saudável, não fumar, não consumir álcool em excesso, controlar o estresse, adotar uma boa higiene do sono, cultivar relacionamentos saudáveis e evitar o vício em opioides — medicamentos que estão associados a muitos casos de dependência nos EUA. Para isso, eles analisaram informações de mais de 700 mil pacientes entre 2011 e 2019, que faziam parte do Million Veteran Program, um amplo estudo americano que abrange adultos com idade entre 40 e 99 anos.

Os dados mostraram que homens que incorporavam os oito hábitos em suas rotinas por volta dos 40 anos tinham uma expectativa de vida até 24 anos maior em comparação àqueles que não adotavam nenhum desses costumes. No caso das mulheres, o ganho foi de 21 anos. De forma geral, a adoção desse estilo de vida saudável resultou em uma redução de 13% na mortalidade por qualquer causa.

Os impactos negativos mais significativos estavam associados ao sedentarismo, uso de opioides e tabagismo, fatores que aumentavam o risco de morte entre 30% e 45%. Estresse exagerado, consumo excessivo de álcool, dieta inadequada e maus hábitos de sono elevavam a taxa de mortalidade em 20%.

É bem estabelecido que as doenças crônicas representam cerca de 80% dos custos em saúde e constituem a principal causa de morbimortalidade nos Estados Unidos. "Nas últimas décadas, temos observado um aumento na expectativa de vida em todo o mundo, mas isso nem sempre vem acompanhado de qualidade de vida. Por isso, é tão importante estudar quais são os fatores protetores e como eles contribuem para garantir uma melhor qualidade de vida", afirma a nutricionista Simone Fiebrantz Pinto, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

“Os dados do estudo mostram que as pessoas devem fazer uma autoavaliação para saber o que devem continuar fazendo e o que podem modificar, estabelecendo metas de curto, médio e longo prazo, reais e possíveis, até que isso se torne um hábito”, completa a especialista.

Quanto mais hábitos saudáveis uma pessoa adotar e quanto mais cedo ela começar, melhores serão os resultados. "Mas nunca é tarde", enfatiza Fiebrantz Pinto. De fato, o estudo demonstra que mesmo a incorporação de um único hábito saudável é capaz de aumentar a expectativa de vida em cinco anos. Esse benefício, embora menor, também é observado em indivíduos mais idosos.

Para garantir a saúde, a atividade física deve incluir exercícios de força, além dos aeróbicos. A musculação ajuda a manter a força e o tônus, que vai se perdendo com a idade. “Em relação à dieta, vale lembrar a importância de consumir a quantidade adequada de proteínas, que vai ajudar a manter os músculos”, lembra a nutricionista.

No entanto, o estresse é um parâmetro mais subjetivo. É importante aprender a identificar se a pessoa está se sentindo mais cansada, desanimada ou irritada, se o estresse é algo momentâneo ou se está se prolongando com o passar do tempo. Sabe-se que o excesso do problema impacta todos os aspectos da vida.

“A pessoa acaba comendo mal, dormindo mal e deixando de se exercitar", avalia a especialista. Além disso, a qualidade do sono deficiente está associada a uma série de problemas de saúde, que vão desde a obesidade até a demência. “Cada um deve encontrar uma estratégia para lidar com a tensão, como, por exemplo, usar técnicas de respiração, meditação, atividade física, higiene do sono. E, também, cultivar bons relacionamentos sempre”, orienta Fiebrantz Pinto.

Agência Einstein

Muita gente torce o nariz para a sardinha enlatada, mas ela que fornece uma série de nutrientes importantes (e em boas quantidades) e pode ser um coringa na dieta.

sardinha

Cada porção de sardinha, equivalente a cerca de 85 g, contém aproximadamente 2 g de ácidos graxos ômega-3. Além disso, é importante destacar que as sardinhas apresentam níveis bastante reduzidos de mercúrio em comparação com outros tipos de peixe.

Veja a seguir os benefícios desse alimento para a saúde

Faz bem para o coração

Dentre os ácidos graxos ômega-3 presentes na sardinha estão o EPA (ácido eicosapentaenoico) e o DHA (ácido docosahexaenoico). Ambos ajudam a reduzir os níveis de colesterol LDL (ruim) e aumentar o colesterol HDL (bom). Eles também contribuem para a redução da inflamação, que pode danificar as artérias e aumentar o risco de doenças cardíacas. Outro componente presente nesse peixe é a coenzima Q10 (CoQ10), que desempenha um papel na produção de energia necessária para o bom funcionamento do músculo cardíaco Faz bem para a memória.

Os benefícios do ômega-3 presente na sardinha também se estendem à saúde cerebral, já que esses ácidos graxos são associados a uma melhora da função cognitiva (aprendizado, comunicação e memória) e na redução do risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Estudos sugerem que CoQ10 pode ajudar a proteger as células cerebrais contra o estresse oxidativo Ajuda na imunidade e nos ossos.

Consumir 100 g de sardinha fornece ao organismo cerca de 250 UI de vitamina D, nutriente importante para o bom funcionamento do sistema imunológico e para a absorção de cálcio, contribuindo para a saúde óssea.

Boa fonte de proteína

Uma porção de 100 g de sardinha enlatada possui cerca de 25 g de proteína, quase a metade da ingestão diária recomendada. Uma dieta rica em proteína ajuda na preservação da massa muscular, controle da saciedade e do apetite, estabilização dos níveis de açúcar no sangue, suporte à saúde óssea, produção de hormônios e enzimas essenciais, recuperação pós-exercício mais eficaz e fortalecimento do sistema imunológico. Além disso, a ingestão adequada de proteína pode contribuir para o metabolismo, a perda de peso saudável e a manutenção de um equilíbrio nutricional geral Contribui para a saúde da pele.

Os ácidos graxos ômega-3 presentes na sardinha enlatada também podem ter um papel positivo na manutenção da hidratação da pele e na redução da inflamação, ajudando a minimizar problemas como ressecamento, irritação e acne. Os antioxidantes, como a vitamina D e o selênio, presentes nesse peixe protegem contra os danos causados pelos radicais livres, que causam o envelhecimento precoce.

R7

Foto: Karen Laårk Boshoff/Pexels

O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen) detectou, na última quinta-feira (24), a nova subvariante da Covid-19 apelidada internacionalmente de Éris. A paciente é uma bebê de menos de dois anos de idade que foi internada no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) no dia 11 deste mês com sintomas respiratórios. Ela recebeu tratamento e foi liberada no dia 14.

O subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Divino Valero Martins, afirma que os brasilienses não precisam se preocupar com a nova cepa. "Não há motivos para a população se exasperar, porque a Secretaria de Saúde está atenta a essas questões das variantes da Ômicron", ressalta.

Segundo a Secretaria de Saúde, embora seja altamente contagiosa, a mutação não demonstrou sinais de grande risco para a maior parte da população. Até o momento, os relatos são de sintomas muito parecidos com os que são causados pela Ômicron original: febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor de garganta e nariz escorrendo.

De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, o crescimento dos casos nos próximos meses é esperado porque as mutações da subvariante Éris permitem a reinfecção pela doença. “É importante que a população esteja com o esquema vacinal completo, principalmente os grupos de risco, como idosos e portadores de comorbidades, pois a imunização diminui a probabilidade de casos graves e mortes”, disse.

Variante Éris

Derivada da Ômicron, a subvariante já circula pelo menos desde fevereiro, tendo sido confirmada em mais de 50 países. No Brasil, o primeiro caso reportado foi no estado de São Paulo no dia 17 deste mês. O apelido Éris, ainda que disseminado internacionalmente, não é um nome oficial dado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Não há indicativo de que a subvariante seja mais letal ou mais contagiosa que a Ômicron, variante identificada no Distrito Federal pela primeira vez em dezembro de 2021.

Casos de Covid no DF

Entre 12 e 19 de agosto, foram registrados 312 novos casos da doença, contra 239 na semana anterior. Desde o início da pandemia, o DF já registrou mais de 911 mil casos confirmados de Covid-19 — 98,6% evoluíram para recuperação e 1,3% (11.886) resultaram em morte, dos quais 1.033 foram de de residentes de outras unidades da Federação. Em 2023, foram 33 óbitos.

R7

Pesquisadores americanos fizeram um estudo que contradiz o que por muitos anos se difundiu: beber álcool pode fazer você ver uma pessoa de forma mais atraente. São os chamados "óculos de cerveja", mas que não funcionam exatamente dessa forma, segundo um artigo publicado nesta quarta-feira (30) na revista científica Journal of Studies on Alcohol and Drugs. O estudo foi conduzido com a participação de 18 pares de amigos do sexo masculino na casa dos 20 anos.

Todos foram convidados a avaliar a atratividade de pessoas mostradas em fotos e vídeos. Eles foram informados de que poderiam ter a oportunidade de interagir com uma dessas pessoas em um experimento futuro.

Os homens foram divididos em dois grupos: em uma ocasião, os participantes de ambos os grupos receberam álcool para beber (até cerca de 0,08% de concentração de álcool no sangue, que é o limite legal para dirigir nos EUA); em outro momento, receberam uma bebida não alcoólica.

Depois de fornecerem as classificações de atratividade, eles foram solicitados a escolher com quais pessoas eles mais gostariam de interagir.

Os resultados mostraram que o álcool não afetou a percepção da atratividade, mas aumentou a probabilidade de os homens quererem interagir com pessoas que já achavam atraentes quando estavam sóbrios.

Isso levou os pesquisadores a sugerir que o álcool não altera a percepção, mas aumenta a confiança nas interações sociais.

"O conhecido efeito dos óculos de cerveja causado pelo álcool às vezes aparece na literatura, mas não de forma tão consistente quanto se poderia esperar", diz Michael Sayette, um dos autores do trabalho, que é membro do Stanford Prevention Research Center, em Palo Alto, Califórnia.

O que os cientistas encontraram foi mais definido como "coragem líquida", devido ao papel desinibidor de bebidas alcoólicas na maioria das pessoas, acrescenta a investigadora principal do estudo, Molly Bowdring.

"As pessoas que bebem álcool podem se beneficiar ao reconhecer que as motivações e intenções sociais valorizadas mudam ao beber, de maneiras que podem ser atraentes a curto prazo, mas possivelmente prejudiciais a longo prazo."

A abordagem do estudo não visa estimular o consumo de álcool — muito pelo contrário. Os resultados da pesquisa podem ter implicações para terapeutas e pacientes a fim de evitar que o álcool seja uma válvula de escape para pessoas inibidas, por exemplo.

R7