vacinaçaoO Piauí foi o terceiro estado do Nordeste a alcançar o melhor índice de cobertura vacinal. As informações foram dadas pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira, 05. Segundo o Governo Federal, o estado, com 82,25%, só ficou atrás do Maranhão (86,51 %) e de Alagoas com (84,82%). O Nordeste alcançou o índice de cobertura vacinal de 78,01%. Índice melhor que o brasileiro que ficou em torno de 76%.



Ainda segundo o MS, no Brasil, a maior adesão foi registrada entre os trabalhadores da área da saúde, com 92,44% de cobertura. Entre as crianças, o índice ficou em 83,24% e com a população idosa, a adesão foi de 74,54% de seu público alvo. A população indígena, que é vacinada na própria aldeia, atingiu 69,11% da sua meta.



O Piauí tinha como população alvo a ser imunizada cerca de 76.625 crianças de 6 meses a menores de 2 anos; 40.888 trabalhadores de saúde; 38.294 gestantes e 331.877 idosos. Já houve um óbito por influenza esse ano no sul do Brasil. A vítima foi uma criança. A cobertura vacinal em todo o país foi 74,65%.



Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e, de 39% a 75%, a mortalidade global. Entre os residentes em lares de idosos, a vacina reduz o risco de pneumonia em cerca de 60%, e o de hospitalização e morte em aproximadamente de 50% a 68%, respectivamente.



A vacina contra a gripe é a melhor estratégia de prevenção da influenza e consequências. A vacina é segura e a maioria das reações adversas é leve, como dor e sensibilidade no local da injeção. Só quem tem alergia a ovo não pode tomar a vacina. Tabus como contrair a gripe depois da vacina também são descartados pelos técnicos de saúde.




Governo do Estado

maldeparkinsonO primeiro teste em pacientes para elaborar uma vacina terapêutica contra o mal de Parkinson teve início na Áustria, uma novidade mundial, anunciou a empresa de biotecnologia austríaca Affiris.



"O primeiro estudo clínico no mundo para o desenvolvimento de uma vacina contra o mal de Parkinson foi lançado pela Affiris", afirma a empresa em um comunicado.



A vacina terapêutica, chamada PDO1A, ataca uma proteína, a alfa-sinucleína, que desempenha um papel importante no desenvolvimento e na progressão da doença. A PDO1A deve "educar o sistema imunológico para que este gere anticorpos dirigidos contra a alfa-sinucleína", explica a Affiris.



"A vacina oferece pela primeira vez a perspectiva de um tratamento das causas do mal de Parkinson, e não apenas dos sintomas", destaca a empresa.



Segundo o conhecimento atual, o mal de Parkinson é provocado por depósitos no cérebro de alfa-sinucleína de forma patológica. Uma redução dos depósitos desta proteína poderia ter efeitos benéficos na evolução da doença, de acordo com a Affiris.



"Pela primeira vez no mundo, a imunoterapia é aplicada ao tratamento do mal de Parkinson", afirmou o diretor geral da empresa, Walter Schmidt.



A vacina entrou na primeira etapa de seu teste clínico, efetuado em 32 pacientes em uma clínica de Viena. A primeira fase pretende determinar e a PDO1A é tolerável e segura para o ser humano.



Cada paciente é submetido a testes durante 12 meses e o estudo prosseguirá até o fim de 2012, segundo o diretor médico do estudo para a Affiris, Achim Schneeberger. O estudo recebeu apoio financeiro da fundação do ator americano Michael J. Fox, que sofre do mal de Parkinson, de 1,5 milhões de dólares.




AFP





testepezinhoA Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) realizará atividades em alusão ao Dia Nacional do Teste do Pezinho, comemorado no dia 06 de junho. A programação tem como principal objetivo informar a população sobre o Programa Nacional de Triagem Neonatal, uma ação preventiva, que permite fazer o diagnóstico de diversas doenças congênitas ou infecciosas, assintomáticas no período neonatal, a tempo de se interferir no curso da doença, permitindo, dessa forma, o tratamento precoce e específico.


Com o Teste do Pezinho é possível, ainda, a diminuição das sequelas associadas a cada doença, como a deficiência mental, por exemplo. O Teste foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 1992, tornando-se obrigatório em todos os recém-nascidos vivos, para identificação de duas patologias: a Fenilcetonúria e o Hipotireoidismo Congênito.

 

No Piauí, o Programa Nacional de Triagem Neonatal foi implantado em 2004, classificando o Hospital Infantil Lucídio Portela como Serviço de Referência em Triagem Neonatal. Hoje, porém, o Estado conta com 257 postos de coleta, em todos os 224 municípios. Em 2010, por exemplo, 73.3% das crianças nascidas vivas foram triadas; em 2011, 73,10%. De 2005 a dezembro do ano passado, 96 crianças com Hipotireoidismo Congênito e 15 com Fenilcetonúria foram acompanhadas.

 

Sesapi

 Foto: divulgação

 

 

Bebês nascidos prematuramente correm maiores riscos de desenvolver doenças mentais mais tarde em suas vidas, dizem pesquisadores da Suécia e da Grã-Bretanha.



Segundo um estudo publicado na revista científica "The Archives of General Psychiatry", há mais chances de que esses bebês sofram de doenças como distúrbio bipolar, depressão e psicose.



Os especialistas enfatizam, no entanto, que os riscos são baixos, ainda que sejam maiores em bebês prematuros. Eles lembram também que houve muitos avanços nos cuidados oferecidos a bebês prematuros nas últimas décadas e, portanto, os riscos devem ser menores para os nascidos hoje.

 

Uma gravidez normal dura cerca de 40 semanas. Um em cada 13 bebês, no entanto, nasce prematuro, antes de completar 36 semanas.



Os especialistas do Instituto de Psiquiatria do King's College London, na Grã-Bretanha, e do Karolinska Institute, na Suécia, analisaram dados de 1,3 milhões de pessoas nascidas na Suécia entre 1973 e 1985. Eles verificaram que 10.523 pessoas do grupo foram admitidas em hospitais com doenças psiquiátricas e que 580 destas tinham nascido prematuramente.



As análises estatísticas revelaram que duas em cada mil crianças nascidas após a gestação padrão desenvolveram doenças mentais. A incidência subiu para quatro em cada mil entre bebês nascidos antes de completar 36 semanas e seis em cada mil para bebês nascidos com menos de 32 semanas.



Entre bebês muito prematuros, a probabilidade de eles sofrerem de distúrbio bipolar foi sete vezes maior - em comparação a bebês nascidos após gestação normal. E a probabilidade de sofrerem de depressão foi quase três vezes maior.



Segundo uma das pesquisadoras envolvidas no estudo, Chiara Nosarti, os índices podem ser maiores, já que casos menos graves de doenças mentais muitas vezes não chegam ao hospital.



Mas ela disse à BBC que, de maneira geral, os riscos são relativamente baixos e que a vasta maioria de bebês prematuros é saudável.



'Não acho que os pais devam se preocupar, mas sabemos que nascimentos antes do tempo implicam em uma maior vulnerabilidade a várias doenças psiquiátricas', disse. 'Talvez os pais devam estar conscientes disso e monitorar sinais, logo cedo, de problemas mais sérios no futuro'.



Sobre as possíveis causas desses problemas, a especialista especula que 'perturbações no desenvolvimento' possam, talvez, afetar os cérebros dos bebês.



A presidente da entidade beneficente britânica de saúde mental SANE, Marjorie Wallace, disse: 'Já sabíamos que partos prematuros podem estar associados à esquizofrenia, mas obter evidências vinculando isso a uma gama de doenças psiquiátricas que resultaram em hospitalização é impressionante'.



Uma ONG britânica que aconselha pais sobre cuidados com bebês, a entidade beneficente Bliss, disse que já foi estabelecido que o nascimento prematuro afeta o desenvolvimento do cérebro.



Entretanto, o presidente da entidade, Andy Cole, ressaltou o fato de que algumas das pessoas incluídas no estudo nasceram 40 anos atrás. 'Práticas clínicas para limitar danos neurológicos a recém nascidos sofreram transformações nas últimas quatro décadas, com resultados melhores observados hoje', disse.



'Houve desenvolvimentos em técnicas de resfriamento do cérebro para evitar danos, assim como melhorias na ventilação para assegurar que chegue oxigênio suficiente ao cérebro', explicou.




BBC