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giulianoO forte calor a que os piauienses estão tendo que conviver, principalmente nestes meses de B-r-o-bro que começam agora, é ideal para o aparecimento de doenças não só respiratórias, mas também infecções no trato urinário. Os problemas mais comuns são o cálculo renal e a cistite, como adverte o urologista Giuliano Aita.

 

O vilão, na verdade, não é a temperatura em si, mas o fato de mesmo com o calor forte muitas pessoas não ingerirem a quantidade adequada de líquidos, principalmente água, diariamente. E ainda com o excesso de transpiração, quando se perde líquido, se não houver uma reposição boa, o corpo 'reclama'. “A urina contém sais minerais. Esses podem se tornar indissolúveis e virem a formar 'cristais', que crescem e se agrupam, sendo denominados de cálculos. Em muitos casos, eles são eliminados naturalmente pelo fluxo urinário, mas em outros, podem provocar fortes dores ou obstrução urinária, o que exigirá tratamento específico, clínico ou cirúrgico. Isso acontece geralmente quando os cálculos migram para o ureter, porção do trato urinário que une o rim a bexiga", explica o urologista.

 

Segundo as estimativas atuais, aproximadamente 12% dos homens e 5% das mulheres apresentam cálculos urinários. Quem já teve o problema uma vez, tem mais chances de apresentá-lo novamente. “Por isso, é importante um acompanhamento médico regular e medidas preventivas”, complementa Giuliano.

 

Mas não só a ingestão de líquidos tem que ser observada. Há de se ter uma atenção especial também ao que se come, como explicita Aita.

 

Ele diz que uma dieta rica em sal e proteína animal pode precipitar a recorrência do problema nos indivíduos predispostos. “Para alguns pacientes as infecções urinárias podem ser o fator causal, uma vez que existem bactérias que alteram a composição da urina e favorecem a formação dos cálculos”.

 

Com relação ao tratamento, o médico diz que cada caso tem que ser analisado através de exames específicos." O diagnóstico é confirmado com o auxílio de exames de imagem e a conduta é particularizada em cada caso, levando-se em conta as condições clínicas do paciente, o tamanho e a localização da pedra", comenta Aita.

 

"Em boa parte dos casos há a eliminação espontânea do cálculo e o tamanho do mesmo é um forte preditor do sucesso do tratamento clínico. Assim, raramente um cálculo que mede até 5 milímetros vai necessitar de cirurgia. Para os demais, dispomos das cirurgias endoscópicas ( sem cortes, ou seja, pela própria via urinária) com o uso do laser que permitem uma rápida recuperação e um retorno às atividades habituais em curto prazo", reforça Aita.

 

 

Saiba como prevenir o cálculo renal:

 

- Tome pelo menos dois litros de água durante o dia. A ingestão abundante de líquidos aumenta o volume de diurese, diminuindo a possibilidade de precipitação de sais minerais na urina

 

- Trate a infecção urinária, ela pode criar condições favoráveis à formação do cálculo

 

-  Faça uma investigação cuidadosa para avaliar as eventuais causas metabólicas que contribuem para a formação dos cálculos e tome as medidas terapêuticas necessárias

 

- O chá de quebra-pedras não tem o poder de destruir cálculos, o importante é o volume de líquido ingerido (especialmente água ou suco de laranja ou limão), que pode evitar a precipitação de cristais na urina

 

- Apenas uma parcela muito pequena ( < 10%) da população que sofre de cálculos renais beneficia-se da restrição ao consumo de cálcio e derivados. Portanto, antes de adotar tal medida, discuta isso com o seu urologista

 

- Faça uma visita anual ao urologista

 

 

cidadeverde

autismoUm simples suplemento alimentar poderia ajudar a tratar um tipo raro de autismo que está vinculado à epilepsia e, ao que tudo indica a uma deficiência de aminoácidos, segundo um estudo publicado na revista Science esta semana.

Cerca de 25% das pessoas que sofrem de autismo são também epilépticos, ou seja, possuem um problema nas conexões elétricas cerebrais caracterizado por convulsões cujas causas são em sua maior parte desconhecidas.

 

Pesquisadores americanos da Universidade da Califórnia em San Diego e de Yale (Connecticut, nordeste dos Estados Unidos) foram capazes de isolar uma mutação genética em alguns pacientes autistas epilépticos que acelera o metabolismo de certos aminoácidos, o que gera uma carência.

 

Esta descoberta poderia ajudar os médicos a diagnosticar este tipo de autismo mais rapidamente, o que permitiria também começar um tratamento mais cedo.

 

Segundo os autores deste trabalho, seria possível também tratar esta forma de autismo com suplementos alimentares que contêm os chamados aminoácidos ramificados, como mostram experimentos realizados com camundongos geneticamente modificados para ter a mesma mutação genética.

 

"Foi muito surpreendente encontrar mutações genéticas que afetam o metabolismo e que são específicas do autismo e podem ser potencialmente tratadas", afirmou o coautor do estudo Joseph Gleeson, professor de neurociência da Universidade da Califórnia, em San Diego.

 

“ O que é mais excitante é que o potencial tratamento é óbvio e simples: trata-se de dar aos pacientes afetados os aminoácidos que faltam a seu organismo”.

 

O professor Gleeson e seus colegas sequenciaram uma parte do genoma de crianças autistas em duas famílias que sofriam epilepsia e que contavam com a mutação do gene que regula o metabolismo dos aminoácidos ramificados.

 

A equipe de Gleeson realizou testes com suplementos alimentares comuns disponíveis em herbários em camundongos modificados geneticamente.

 

Os camundongos com a mutação genética específica mostraram sintomas de autismo, incluindo ataques de epilepsia, mas ao serem tratados com suplementos alimentares, a condição deles melhorou.

 

"Estudar os animais foi essencial para nossa descoberta", afirmou Gaia Novarino, do laboratório Gleeson, e principal autor do estudo.

 

— Uma vez que descobrimos que podemos tratar a condição em camundongos, a questão era se funcionaria de forma eficaz em nossos pacientes.

 

Os pesquisadores forneceram o suplemento a pacientes humanos, mas ainda não há dados suficientes para determinar se o tratamento serviu para melhorar os sintomas do autismo.

 

 

AFP

A Superintendência de Vigilância Epidemiológica do Estado do Maranhão (Suvisa-MA) confirmou que há um surto de meningite bacteriana no município de Sambaíba,meningite892012 distante cerca de 900 km de São Luís. Segundo dados divulgados pela Vigilância, foram registrados 13 casos com uma morte. Outros dois óbitos estão sob suspeita. A Suvisa-MA também confirmou que há seis casos em outras duas cidades vizinhas, São Raimundo das Mangabeiras e Loreto. O surto começou a ser investigado pela Suvisa-MA depois que uma mulher gestante morreu em virtude da doença.

 

O primeiro alerta foi dado pela Coordenação do Programa de Saúde de Sambaíba, que chegou a divulgar um relatório informando que a cidade, que tem cerca de 5 mil habitantes, tinha registrado 15 casos e confirmando três mortes em virtude da doença.

 

O coordenador Dorgival Pereira afirmou, quando divulgou o relatório, que já foram tomadas algumas providências.

 

— Estamos acompanhando a situação com relatórios diários. As aulas nas escolas da cidade já foram suspensas para evitar um maior contágio. Já descobrimos que a origem é bacteriana, mas o Ministério da Saúde é quem vai decidir se haverá o envio de vacinas para imunizar toda a população.

 

Em nota divulgada nesta quinta-feira, 6, a Vigilância Epidemiológica informou que todos os pacientes já estão sendo tratados no Hospital de Urgência da cidade de Balsas, a 88 km de Sambaíba. Além disso, informou que, uma vez a doença sendo de origem bacteriana, não existe vacina apropriada para esse tipo de meningite.

 

Contudo, o órgão estadual afirmou que já está enviando os medicamentos adequados para tratar a meningite bacteriana e profissionais irão vacinar a população contra o tipo viral da doença.

 

Agência Estado

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu nesta sexta-feira, 7, uma consulta pública com novas regras para cosméticos e produtos de higiene destinados às crianças. Entre os 33 itens previstos, cujas indicações e proibições podem ser avaliadas pela população em geral nos próximos 60 dias, estão desodorantes, esmaltes e maquiagens. Na opinião da dermatologista Márcia Purceli, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, crianças não são adultos em miniatura e, por isso, devem usar produtos específicos, que causem menos reação alérgica e levem em conta o peso e a área corporal delas.

 

"Essa consulta serve para as pessoas entenderem o que está proposto, antes de isso chegar ao mercado. Existe uma demanda das empresas, que querem mais uma fatia de consumidores; das crianças, que se espelham na mãe, nas irmãs e amigas; e dos pais, que incentivam esse comportamento precoce", avalia a médica.

 

O foco da indústria de cosméticos, que até então eram os adolescentes, com várias linhas "teen" nas prateleiras de farmácias e supermercados, agora parece estar se voltando para os pequenos. Prova disso é que, segundo a proposta da Anvisa, uma sombra para os olhos poderá ser usada por crianças a partir de 3 anos, desde que aplicadas por um responsável, e desodorantes para axilas e pés serão destinados ao público a partir dos 8 anos – desde que não sejam em aerossol, para não atingir os olhos, não tenham ação antitranspirante e apresentem sabor amargo, para evitar que os menores ingiram os produtos.

 

"O desodorante só tira o odor, não bloqueia o suor. Mas em geral, até os 12 anos, a criança não tem cheiro embaixo do braço ou chulé. Se tem, é preciso pensar em puberdade precoce, que é uma doença. Os fungos gostam de outro tipo de suor, que é produzido por glândulas ativadas na adolescência", explica a dermatologista.

 

Em caso de uma puberdade antes do tempo, também pode aparecer acne e descer a menstruação das meninas. Para ter certeza do diagnóstico, é feito um exame no punho, que estabelece a idade óssea do paciente.

 

Outras regras

A Anvisa também prevê que os produtos próprios para crianças não contenham apelo que incentive a compra, como desenhos, imagens de artistas, nomes e cores. Além disso, a remoção deles precisa ser fácil, com uma simples lavagem com água, sabonete ou xampu. De acordo com a pediatra Ana Escobar, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (HC) em São Paulo, os produtos precisam sair rápido, sem a necessidade de usar outro cosmético para retirar o primeiro. "E não se deve friccionar a pele, pois isso pode tirar as defesas do corpo", destaca.

 

Já o gosto amargo dos produtos não adianta muito, na opinião da médica, pois até senti-lo os pequenos já engoliram o conteúdo. O que pode acontecer, segundo Márcia Purceli, é essa ação de levar o cosmético à boca não se repetir depois disso.

 

Esmalte, protetor solar e itens sem álcool

A dermatologista diz que, cada vez mais cedo, as meninas têm passado esmalte, mas usam os de adulto porque têm maior duração – não saem na água – e são mais baratos.

 

"As crianças reclamam que o esmalte infantil é removido no banho e as mães também não querem ficar passando todo dia, desejam algo que dure uma semana. Mas o produto para adultos é uma exposição muito precoce a substâncias tóxicas, que podem causar coceira e alergias no futuro, pois essa é uma fase em que o sistema imunológico ainda está se formando", explica.

 

No caso de protetores solares, Márcia esclarece que a linha infantil cria uma barreira maior contra o sol e sai menos na água. Já os repelentes de insetos contêm menos elementos químicos.

 

"Além disso, nada que seja ingerido por crianças deve ter álcool, para não incentivar o alcoolismo nem prejudicar o fígado", cita Márcia. Foi por essa razão que a fórmula do fortificante Biotônico Fontoura foi proibida pela Anvisa em 2001, já que continha 9,5% de álcool etílico.

 

Reparador de pontas é 'forçação'

Na opinião da dermatologista, a ideia da Anvisa de regulamentar um reparador de pontas específico para os cabelos das crianças já é "forçar a barra", pois os fios são iguais na infância e na vida adulta.

 

"O cabelo é uma proteína morta, só a raiz é viva. Por isso que, quando a gente corta, não sente dor. Então pessoas de qualquer idade podem usar um óleo de silicone, de argan", comenta Márcia.

 

Segundo a médica, muitas mulheres estão expondo as filhas ainda muito jovens a esmaltes, maquiagens e alisantes de cabelo, porque o medo do bullying é na verdade da mãe, que se preocupa e se incomoda demais com o que os outros vão pensar.

 

A pediatra Ana Escobar complementa: "Acho que não tem nada a ver incentivar uma criança a usar sombra aos 3 anos. Ela tem que brincar com coisas que estimulem a imaginação e a criatividade, não a vaidade".

 

G1