A neuromodulação terapêutica, um procedimento que consiste na introdução de eletrodos no cérebro para modificar as funções das células que não funcionam corretamente, será tema de uma conferência, em Teresina, com o neurocirurgião Erich Fonoff, que atua no Hospital das Clínicas de São Paulo. O método tem demonstrado bons resultados para o tratamento de doenças como o mal de Parkinson, dor de cabeça e angina (um tipo de dor no peito), entre outras. A conferência será neste sábado, 16, no Instituto de Neurociências do Piauí.

 

O evento é voltado para estudantes de medicina e médicos. Erich Fonoff é coordenador do Grupo de Neurocirurgia Funcional do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, referência nacional no assunto. Durante a conferência ele vai falar sobre a neuromodulação terapêutica para tratar pacientes com mal de Parkinson, distonias, dor neuropática, angina, dor de cabeça e dor em membros ocasionada após isquemia.

 

Basicamente, a neuromodulação consiste na implantação de eletrodos no cérebro do paciente, controlados por uma espécie de marcapasso. A técnica vem sendo desenvolvida nas últimas três décadas e, no Brasil, já é considerada como uma intervenção de rotina. Aqui no Piauí, porém, nenhum paciente nunca teve um eletrodo implantado no cérebro.

 

“A ideia é mostrar aos médicos e à sociedade como um todo como funciona essa terapia e que ela, quando bem indicada, pode ajudar na recuperação de pacientes de várias doenças, inclusive algumas sem cura, como o Parkinson”, destaca o neurocirurgião do Instituto de Neurociências, Francisco Alencar, que vai coordenar a conferência.

 

As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser feitas na sede do Instituto de Neurociências do Piauí, que fica na Rua Bartolomeu Vasconcelos, nº 2440, bairro Ilhotas, zona Sul de Teresina. O número de vagas é limitado e os interessados podem ter mais informações através do telefone 3216 6656 e 9994 1714.

 

Ascom

bebe1622013Um estudo realizado por linguistas do Canadá e da França indica que os bebês de sete meses já conseguem perceber a diferença entre estruturas gramaticais de idiomas distintos ao crescerem em famílias bilíngues.

 

De acordo com a pesquisa, os bebês, ao prestarem atenção na duração e no tom das palavras, percebem a estrutura de uma frase, incluindo verbo e objeto, em idiomas distintos.

 

Para tanto, eles usam palavras auxiliares como preposições e artigos, de pouco ou nenhum significado "como uma âncora para segmentar o discurso em trechos sinteticamente relevantes, dos quais a ordem básica de palavras de uma língua pode ser deduzida", diz o estudo.

 

No teste foi estudada a compreensão que os bebês têm de línguas com estrutura verbo-objeto (como o inglês e línguas latinas) e línguas com estrutura objeto-verbo (como o japonês).

 

Preposições e artigos

As cientistas Judit Gervain, da Universidade Paris Descartes, da França, e Janet Werker, da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, aplicaram testes em 24 bebês de sete meses "bilíngues", expostos a duas línguas em casa, e 47 "monoglotas", expostos a apenas uma língua.

 

As crianças ouviram várias frases e tiveram o comportamento monitorado, para verificar se elas tinham algum tipo de compreensão do que ouviam. O estudo, divulgado pela publicação científica "Nature Communications", diz que os bebês monoglotas conseguem identificar a estrutura verbo-objeto ao identificar palavras auxiliares como preposições e artigos.

 

Crianças bilíngues foram submetidas a testes similares. O exame mostrou que há diferenças na forma como elas identificam os sons, mas os resultados finais foram parecidos. O estudo concluiu que elas conseguem identificar igualmente a estrutura das frases.

 

"Apreender a gramática em um ambiente bilíngue onde duas línguas tem a ordem das palavras de forma diferente, como o inglês e o japonês, é uma tarefa ainda mais desafiadora", diz o artigo. "Os mecanismos que crianças bilíngues usam para resolver esse problema ainda é desconhecido."

 

"Como a maioria da população mundial está exposta a várias línguas desde o nascimento, um melhor entendimento de seu desenvolvimento cognitivo pode ter impacto considerável nas políticas sociais e educativas no mundo", diz o artigo.

 

 

BBC

capaveteDois cientistas israelenses desenvolveram um capacete que emite ondas magnéticas para o cérebro e que, segundo pesquisas, tem efeitos significativos no combate a transtornos como a depressão e o vício do fumo.

 

O capacete, desenvolvido pelo neurocientista Abraham Zangen e pelo físico Yiftach Roth, emite ondas magnéticas em alta frequência para regiões mais profundas no cérebro, que até hoje podiam ser acessadas só com intervenções cirúrgicas ou choques elétricos.

 

Por intermédio dos estímulos, eles obtiveram resultados positivos tanto em casos de pacientes que sofrem de depressão profunda como em pessoas que já tinham tentado parar de fumar por outros meios e não conseguiram.

 

Entretanto, de acordo com Roth, o sistema, denominado Estimulação Transcraniana Magnética Profunda (Deep TMS em inglês) pode ser eficaz no tratamento de um leque 'muito amplo' de problemas, como o mal de Parkinson, distúrbio bipolar, mal de Alzheimer, autismo, distúrbio obsessivo-compulsivo, dependência de drogas e alcoolismo.

 

Diferentes capacetes

 

Mais de 3 mil pessoas, em Israel e no exterior, já participaram de experiências com o capacete, e recentemente a FDA - agência reguladora de medicamentos dos EUA - outorgou um certificado para utilização do sistema no combate à depressão.

 

A ideia de desenvolver o sistema surgiu em 2000. Abraham Zanger, chefe do laboratório de Neurociência da Universidade Ben Gurion, explicou à BBC Brasil que, para cada problema, é criado um capacete diferente, 'adaptado para transmitir as ondas magnéticas às áreas relevantes do cérebro'.

 

'No começo do tratamento houve alguns pacientes que se queixaram de leves dores de cabeça, mas com o tempo as dores passaram', disse.

 

O psiquiatra Hilik Lewkovitz, do hospital psiquiátrico Shalvata, no qual o sistema já está sendo usado, disse que 'o número de pacientes que reagiram de maneira positiva a esse tratamento é significativo'.

 

Ele chamou a tecnologia de 'revolucionária', pois 'não é invasiva e tem poucos efeitos colaterais e que apresenta resultados positivos no tratamento de vários distúrbios psiquiátricos'.

 

Remissão completa

 

Uma pesquisa feita no hospital Beer Yakov concluiu que 32,6% tratados com as ondas magnéticas apresentaram uma remissão completa da depressão e outros 38,4% demonstraram melhora substancial.

 

De acordo com a bióloga Limor Klein Dinur, que dirigiu uma pesquisa com 115 participantes sobre os efeitos do sistema em fumantes, 44% delas pararam de fumar após o tratamento.

 

'Não houve danos às capacidades cognitivas dos participantes, e em alguns casos até observamos uma melhora cognitiva', disse a cientista à BBC Brasil.

 

De acordo com ela, 80% dos participantes que não pararam de fumar diminuíram o número de cigarros fumados em mais de 50%.

 

G1

hospitaltiberio1522013Pelo segundo ano consecutivo os hospitais regionais estaduais de referência do Piauí registraram baixo número de transferências para Teresina durante o carnaval, em relação à quantidade de atendimentos no período. Foram atendidas 8.755 pessoas com apenas 100 remoções, o que representa 1% do total. O balanço foi divulgado nesta sexta-feira, 15, pela Secretaria de Estado da Saúde.

 

Cidades como Oeiras e Curimatá não transferiam nenhum paciente para a capital durante a folia de momo. As remoções que aconteceram no Hospital Julio Borges de Macedo, em Curimatá, foram direcionadas para o município de Bom Jesus. Em Floriano foram 1.867 atendimentos e nove transferências.

 

“Isso mostra, de forma inequívoca, que a resolutividade está acontecendo de forma consolidada e que o problema está sendo resolvido na própria região. Se o hospital não pode atender o caso, por ser de média ou alta complexidade, encaminha para a cidade mais próxima que possui recurso para isso. Foi o caso de Curimatá”, destacou o secretário Ernani Maia.

 

A unidade que mais transferiu paciente foi o Hospital Regional Chagas Rodrigues, em Piripiri. Entre os dias 8 e 13 de fevereiro, dos 692 atendimentos, 547 foram realizados no pronto-socorro e apenas 20 pacientes foram transferidos para a capital.

 

“Organizamos uma escala com dois médicos plantonistas no pronto-socorro, um para atender as urgências e outro os casos conforme a classificação de risco”, afirmou a diretora do Chagas Rodrigues, Luciana Silva.

 

Em Parnaíba, cidade que ao lado de Luis Correia forma o maior carnaval do estado, encaminhou para Teresina apenas dois pacientes. “No litoral e em Floriano demos suporte com ambulâncias para ajudar no atendimento, caso fosse preciso, além do SAMU”, disse o diretor de Unidade de Descentralização e Organização Hospitalar, Telmo Mesquita.

 

O diretor do hospital Gerson Castelo Branco, Arlen de Araújo Veras, de Luzilândia, comemorou o baixo índice de remoção no município. “As intercorrências decorrentes de acidentes e brigas aqui foram somente três, sendo somente uma remoção de extrema urgência decorrente de uma facada. No total, foram 101 atendimentos e 05 remoções”, afirmou, acrescentando que em Luzilândia houve uma redução de aproximadamente 50% nos acidentes de moto com traumatismo craniano. “Isso graças a uma campanha de conscientização do uso de capacetes, realizada por entidades governamentais e comércio”, comentou.

 

Em Teresina, o Hospital Getúlio Vargas (HGV) recebeu um paciente de Floriano, um de Campo Maior e 13 do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) durante o carnaval.

 

“Esses números mostram o avanço da saúde do Piauí. O Hospital de São Miguel do Tapuio, por exemplo, transferiu apenas um paciente. Isso é extremamente positivo”, ressalta o superintendente de assistência a Saúde da Sesapi, Pedro Leopoldino.

 

Ainda de acordo com o superintendente, a maioria das transferências é de pacientes que já estavam internados nas unidades de saúde. “Muitos deles são pacientes crônicos. Consequência mesmo do carnaval, foram poucas as transferências”, finalizou.

 

Veja os dados

 

 

govpi