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Cientistas das universidades espanholas de Granada e Jaén demonstraram pela primeira vez que as células-tronco retiradas do joelho de pacientes com osteoartrite são capazes de regenerar a cartilagem danificada, informou a Universidade de Granada em comunicado nesta terça-feira, 11.

 

A osteoartrite -- ou artrite degenerativa -- é uma doença comum em pessoas de meia idade que leva à perda da cartilagem que recobre as articulações e cuja função é proteger e amortecer o contato dos ossos. A equipe de cientistas, coordenada pelo professor Juan Antonio Marchal Currais e através de um projeto de excelência, pesquisa como as células-tronco podem reparar a cartilagem danificada em pacientes que têm a doença.

 

Para isso, em colaboração com o Hospital Clínico Universitário de Granada e o Banco Setorial de Tecidos de Málaga, ambos na Andaluzia, isolaram as células-tronco da gordura localizada na articulação do joelho de pacientes submetidos à intervenção cirúrgica para a implantação de próteses de joelho.

 

Uma mostra de cartilagem foi colhida do mesmo paciente, e isolaram-se os condrócitos, como são chamadas as células de cartilagem. As células-tronco adultas têm a capacidade de se converter em células de cartilagem, osso e músculo e, com o uso desta capacidade, os pesquisadores conseguiram a conversão das células-tronco em condrócitos.

 

A técnica usada consistiu na abertura de pequenos buracos nas células-tronco e sua exposição ao extrato celular realizado com os condrócitos dos joelhos afetados.

 

Para regenerar um tecido são necessárias as células que o compõem, mas estas não podem ser distribuídas com ordem aleatória, já que se dispõem com uma determinada forma, que não é plana, mas em 3D.

 

Assim, os cientistas foram além e cultivaram essas células convertidas em suportes 3D, chamados "andaimes", a fim de atuar como suporte para a manutenção e a formação de tecido cartilaginoso.

 

EFE

Um medicamento diurético poderia aliviar os sintomas de certos distúrbios do autismo, segundo um estudo realizado por cientistas do Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica francês Inserm, divulgado esta terça-feira, 11. O ensaio foi realizado pelo método duplo-cego aleatório, que permite analisar a eficácia de um novo medicamento, evitando que o cientista e o indivíduo testado tenham conhecimento se a substância usada é experimental ou uma substância inócua.

 

Participaram do estudo 60 crianças com idades entre 3 e 11 anos, portadoras de várias formas de autismo, que tomaram, aleatoriamente, durante três meses, ora o diurético bumetanida -- na proporção de 1 mg por dia -- para "reduzir os níveis de cloro" nas células, ora um placebo.

 

As crianças foram acompanhadas durante quatro meses, o último deles sem terem ingerido o medicamento. A severidade dos distúrbios autísticos das crianças foi avaliada no início do estudo e ao final do tratamento, ou seja, ao cabo de 90 dias e um mês depois deste prazo.

 

Embora não seja uma cura, o tratamento permitiu a três quartos das crianças tratadas uma diminuição da severidade dos distúrbios autísticos, segundo pesquisadores do instituto francês cujo trabalho foi publicado esta semana no periódico "Translational Psychiatry".

 

Com a suspensão do tratamento, alguns problemas reaparecem.

 

"Mesmo que não possa curar a doença, o diurético diminui a severidade dos distúrbios autísticos da maioria das crianças. Segundo os pais destas crianças, eles são menos presentes", segundo Yhezkel Ben-Ari, pesquisador do Inserm em Marselha, na França, um dos co-autores do estudo. A título de exemplo, os profissionais notaram melhora na atenção e na interação.

 

Para determinar a população abrangida por este tratamento, os cientistas apresentaram um pedido de permissão para fazer um estudo em vários centros em escala europeia e, no futuro, obter uma autorização para esta indicação.

 

Os cientistas reforçaram a necessidade de se avaliar o efeito a longo prazo deste tipo de tratamento e aprofundar a pesquisa sobre seus mecanismos de ação.

 

Em um comentário divulgado pelo periódico, um especialista, o professor emérito Uta Frith, do Instituto de Neurociência Cognitiva da University College, de Londres, na Inglaterra, disse ser "cético" por ver vários tratamentos do autismo surgir e depois desaparecer.

 

AFP

chocolate copiarNovo estudo britânico aponta o chocolate como um aliado na luta contra a tosse. Isso porque um componente do cacau se mostrou eficiente para aliviar os sintomas das tosses aguda e crônica. Os dados são do Daily Mail.

 

Cerca de 300 pessoas participam da pesquisa, todos com tosses frequentes. Duas vezes por dia elas recebem 1 mg de teobromina, uma substância do cacau, e 60% deles tiveram a tosse aliviada. Os pesquisadores afirmam que uma barra de chocolate por dia contém a quantidade suficiente para o composto fazer efeito no organismo.

 

No entanto, não seria uma cura, já que os sintomas voltam após a interrupção do tratamento. Um estudo mais antigo do Instituto Nacional do Coração e Pulmão mostra que a teobromina bloqueia a ação dos sensores nervosos, que ativam a tosse.

 

Mas os pesquisadores alertam que o alto consumo de chocolate leva a outros problemas, como ganho de peso.

 

Terra

celulas10122012Cientistas chineses afirmam ter conseguido reprogramar células de urina humana em células cerebrais (progenitoras neurais), em uma pesquisa que pode contribuir para futuros avanços no tratamento de males degenerativos como Alzheimer e Parkinson.

 

A pesquisa, publicada na mais recente edição do periódico Nature Methods, afirma que células de urina foram isoladas de três doadores, de 37, 10 e 22 anos, e reprogramadas para gerar células progenitoras neurais (NPCs), que são precursoras das células cerebrais. Estas NPCs, por sua vez, foram capazes de se subdividir e "gerar com eficiência neurônios funcionais" distintos in vitro.

 

Os mesmos cientistas haviam identificado no ano passado que a urina humana contém células do rim "que podem ser reprogramadas em células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs)". Agora, dizem ter avançado neste método.

 

"Ainda faltam análises, mas reportamos que as células sobrevivem e se dividem quando transplantadas ao cérebro de um rato recém-nascido", diz o estudo, liderado por Duanquing Pei, da Academia Chinesa de Ciências. Células progenitoras neurais são potenciais fontes de neurônios para pesquisa, com a vantagem de se dividirem e, por conta disso, poderem ser "expandidas" em laboratório antes que sejam divididas em neurônios.

 

Pesquisa e teste de medicamentos

"Há um grande interesse em gerar progenitoras neurais de indivíduos com doenças degenerativas", diz comunicado da Nature Methods. "E como as células a serem reprogramadas são derivadas de (processos) não invasivos, da urina de doadores, os autores da pesquisa propõem que o procedimento deve ser praticável para gerar progenitoras neurais específicas para determinadas doenças", acrescenta a publicação.

 

"Neurônios derivados dessas células podem ser úteis para pesquisas em males neurodegenerativos e para o teste de novos medicamentos", conclui o comunicado. A pesquisa de Duanquing Pei lembra que ainda não há medicamentos eficientes para combater diversas doenças neurológicas. Há importantes avanços no campo de células-tronco, mas o método é alvo de questionamentos por alas mais conservadoras porque as células são obtidas de embriões humanos. Além disso, existe o risco de rejeição do sistema imunológico. A vantagem da pesquisa chinesa é evitar esses dilemas.

 

Além disso, reportagem da revista Nature aponta que o estudo pode ajudar pesquisadores a produzir mais rapidamente células específicas para cada paciente, em número maior. "Progenitoras neurais proliferam em cultura, então os pesquisadores podem produzir diversas células para seus experimentos", diz a reportagem. Um geneticista consultado pela revista afirma que outra vantagem de obter células dessa forma é que a urina pode ser coletada de quase qualquer paciente.

 

BBCBrasil

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