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cegueira1912A ingestão de aspirina por  cerca de 10 anos pode mais que dobrar o risco de perda de visão, de acordo com um estudo feito por cientistas da Universidade de Wisconsin. Os especialistas usaram dados do estudo Beaver Dam – sobre doenças oculares relacionadas à idade – e concluíram que a aspirina pode aumentar a chance de degeneração macular úmida, problema que pode levar à cegueira. As informações são do Daily Mail.

 

A degeneração macular afeta um quarto da população acima de 60 anos no  Reino Unido e mais da metade das pessoas com 75 anos ou mais. Exames oftalmológicos foram realizados a cada cinco anos ao longo de um período de 20 anos em cerca de 5 mil participantes. Os voluntários, de 43 a 86 anos, foram questionados sobre o uso regular – pelo menos duas vezes por semana - de aspirina. A duração média de acompanhamento foi de 14,8 anos.

 

Os resultados chegaram a 512 casos de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) seca e 117 casos de DMRI úmida ao longo do estudo. Os pesquisadores descobriram que aqueles que tomaram aspirina por cerca de 10 anos tinham um risco 1,4% de desenvolver DMRI úmida em comparação com 0,6% dos não-usuários. Não houve associação encontrada entre aspirina e a DMRI seca.A perda da visão causada pela doença não pode ser revertida.

 

Apesar da constatação, os cientistas afirmaram que os benefícios de tomar uma aspirina diariamente superam o pequeno risco de efeitos colaterais em pacientes com doença cardíaca, embora um médico deva sempre ser consultado.

 

Terra

Cientistas da Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, desenvolveram uma nova vacina mais eficiente e mais barata contra mosquito19122012a leishmaniose humana. A vacina, testada em hamsters, pode ser produzida a baixo custo utilizando as larvas dos insetos transmissores. A pesquisa representa um passo importante para a luta contra a doença que causa a morte de 70 mil pessoas a cada ano nos países em desenvolvimento e de cães, que também sofrem da doença e são reservatórios naturais do patógeno.

 

Os resultados foram apresentados na revista PloS ONE.

 

A leishmaniose é um dos principais problemas de saúde atuais em escala mundial. Em seres humanos é causada pelo protozoário parasita Leishmania infantum. A doença é transmitida por insetos Phlebotominae subfamily (flebótomos) que são muito semelhantes aos mosquitos.

 

Alguns 1,5 a 2 milhões de novos casos surgem a cada ano e, adicionalmente, 350 milhões de pessoas estão em risco de contrair a doença. A leishmaniose é considerada uma doença endêmica em partes da Ásia, África, sul da Europa, México, América Central e América do Sul, e é a segunda doença tropical parasitária mais mortal, depois da malária.

 

As manifestações clínicas aparecer na forma de feridas cutâneas menores a complicações nos órgãos e, no pior dos casos, a morte.

 

Os tratamentos atuais não são satisfatórios e, embora a via mais razoável para combater a doença seja a obtenção de uma vacina eficaz, as vacinas convencionais até agora falharam. A equipe comparou os resultados se aplicar estratégias vacinais diferentes no melhor modelo animal para o estudo da variante humana da doença: o hamster dourado.

 

Os resultados mostram que a estratégia mais eficaz é uma combinação de duas vacinas criadas pelos investigadores: três doses de DNA de genes de L. infantum e duas doses de proteínas codificadas por estes genes.

 

A vacina de proteína pode ser obtida a um baixo custo, graças à utilização de larvas de insetos. Para criar a vacina os cientistas isolaram os genes do protozoário, os inseriram em um vírus que afeta insetos (baculovírus) e infectaram larvas de um pequeno verme, a larva do repolho (Trichoplusia ni).

 

As larvas agem como biorreatores e produzem em grandes quantidades as proteínas que codificam estes genes, e que são responsáveis por uma resposta protetora em indivíduos vacinados.

 

Usando este método, uma vacina de DNA pode ser fabricada com genes codificadores de proteínas do protozoário e uma segunda vacina com proteínas associadas a estes genes (produzida a um baixo custo), com o objetivo de aumentar sua eficácia.

 

Esta estratégia de vacina pode ser utilizada tanto em uma forma preventiva quanto terapêutica, em humanos e em cães.

 

A equipe agora planeja novos testes com o objetivo de transferir o mais rapidamente possível o resultado da pesquisa para a prática clínica.

 

isaude.net

A obesidade sempre foi associada à má alimentação e sedentarismo, mas a causa do problema pode ser outra. De acordo com um estudo, excesso de peso pode ser consequência de um tipo de bactéria no intestino. As informações são do Daily Mail.

 

Chamada de Enterobacter, a bactéria faz parte do trato intestinal, mas foi associada a obesidade após ser encontrada em grande quantidade no intestino de um paciente com obesidade mórbida, de acordo com um relatório da Shanghai Jiaotong University.

 

Pesquisadores de Xangai, na China, fizeram um teste de 10 semanas com ratos criados para serem resistentes à obesidade. Apesar de seguirem uma dieta calórica e não se exercitarem, permaneceram magros. Em seguida, um desses animais recebeu uma injeção com a bactéria e ficou obeso em pouco tempo.

 

A experiência mostra que a bactéria pode contribuir significativamente para o desenvolvimento da obesidade em seres humanos, segundo um artigo publicado na  International Society for Microbial Ecology.

 

O estudo mostrou ainda que um paciente perdeu 25 kg em nove semanas após se submeter a uma dieta de grãos integrais, tradicionais na alimentação chinesa, e prebióticos, o que reduz a presença da bactéria no organismo.

 

Um dos autores do estudo, Zhao Liping, emagreceu quase 20 kg dois anos após adotar uma dieta com alimentos probióticos fermentados, que contribuem para o equilíbrio das bactérias no intestino.

 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde de 2008, há mais de 500 milhões de pessoas no mundo que sofrem com obesidade.

 

Terra

Antibióticos são ineficazes para tratar pacientes com tosse persistente causada por infecções pulmonares, segundo um estudo publicado pela revista especializada "Lancet".

 

O estudo, realizado com mais de 2 mil pacientes de 12 países europeus, verificou que a duração e a gravidade dos sintomas nos que foram tratados com antibióticos não foi diferente dos que foram tratados com placebos.

 

Mas especialistas advertem que em casos de suspeita de pneumonia, os antibióticos devem ainda assim ser usados, devido à gravidade da doença. A pesquisa, realizada entre novembro de 2007 e abril de 2010 em países como Bélgica, Grã-Bretanha, França e Alemanha, contou com a participação de 2.061 pacientes que apresentavam uma tosse persistente por mais de 28 dias, com suspeita de infecções pulmonares, como bronquite.

 

Os participantes preencheram um ''diário da doença'' ao longo do tratamento e classificaram a gravidade de seus sintomas, que incluíam tosse, falta de ar, dores no peito e narizes entupidos ou coriza.

 

Paul Little, da Universidade de Southampton, que comandou a pesquisa, afirmou: "a receita do antibiótico amoxicilina no tratamento de infecções respiratórias em pacientes em que não há suspeitas de pneumonia não deve contribuir para a melhora do paciente e pode até provocar danos".

 

De acordo com o pesquisador, "a prescrição médica excessiva de antibióticos, especialmente quando eles são ineficazes, pode fazer com que estes pacientes desenvolvam resistência e sofram efeitos colaterais, como diarreia, alergias e vômitos".

 

"Nossas conclusões mostram que as pessoas estão melhores quando não tomam nada. Mas como um pequeno número de pacientes irá se beneficiar dos efeitos dos antibióticos, nosso desafio permanece sendo identificar esses indivíduos", afirma.

 

Michael Moore, do Colégio Real de Clínicos Gerais da Grã-Bretanha e co-autor do estudo, afirmou que "é importante que clínicos gerais tenham conhecimento claro sobre quando podem ou não prescrever antibióticos para pacientes de modo a reduzir a aparição de resistência bacteriana".

 

BBC

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