sapinhoUma mancha branca aparece no céu da boca dos bebês e as mães esfregam, esfregam, mas ela não sai. O que parece ser um resquício de leite é confundido por muitos pais e responsáveis, que não imaginam se tratar de uma infecção, causada pelo fungo Candida albicans, popularmente chamada de “sapinho”.

 

Este tipo de infecção ocorre geralmente na cavidade oral, perineal (região das fraldas) e dobras da pele, que caracteristicamente são regiões quentes, escuras e úmidas. “Em bebês abaixo de um ano, o sapinho pode ocorrer por uma imaturidade do sistema imunológico do bebê. Em outras situações pode ser desencadeado por alguns fatores como infecções, uso de antibióticos ou corticoides”, explica a infectopediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria, Cristina Rodrigues da Cruz.

 

Segundo ela, os pais devem alertar somente quando o sapinho ocorre com muita frequência, ou é de difícil tratamento. “Esse fungo faz parte da flora habitual do homem e os bebês adquirem pelo contato íntimo com seus familiares, especialmente a mãe”, salienta. Na maioria das vezes, o contágio se dá pelas mãos contaminadas das pessoas que manuseiam as crianças, ou ainda por objetos infectados com o fungo, como chupetas e mamadeiras.

 

Por isso, a especialista aponta que, para a prevenção é necessária a lavagem frequente das mãos, higienização e fervura adequada de mamadeiras e chupetas após cada uso, além da troca frequente de fraldas.

 

Outra situação que pode justificar o sapinho é o fato de que cada vez mais as crianças entram em escolas e creches precocemente, quando ainda têm um sistema imunológico imaturo, o que pode facilitar o desenvolvimento de infecções. “Além disso, nem sempre nessas situações, os cuidados com relação à limpeza das mãos, da cavidade oral do bebê e dos utensílios, como mamadeiras e chupetas, podem ser feitos da maneira ideal”, salienta Cristina.

 

Adicionalmente, os bebês têm o habito de levar objetos à boca, e muitas vezes esses objetos estão contaminados por bactérias ou fungos, o que pode contribuir para o desenvolvimento de infecções. O tratamento é feito com medicamentos antifúngicos, como a nistatina ou o miconazol, em formulação adequada para o local da lesão (boca ou região de fraldas). Quanto às lesões das áreas de fralda, além do uso do antifúngico, deve-se trocar as fraldas com maior frequência para reduzir a umidade, proceder à limpeza da região com cuidado para não lesar mais a pele, evitando utilizar lenços umedecidos.

 

Alertas

Como os pais podem identificar o sapinho

- Se ocorre na cavidade oral, tem aparência semelhante a resto de leite que não sai, podendo ficar aderido na língua, gengiva, parte interna das bochechas e até nos lábios.

- Quando ocorre na região das fraldas, a pele fica avermelhada e com pequenas pápulas (“bolinhas”) de coloração vermelha.

 

Em geral o sapinho não traz desconforto para as crianças, mas se a lesão for muito extensa pode causar dor e recusa alimentar. As mães que amamentam devem observar se existem lesões nas mamas, que também precisarão ser tratadas.

 

 

Terra

cursoetsusA Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), através da diretoria de Unidade de Gestão de Pessoas (GUGP) e da Escola Técnica do Sistema Único de Saúde (SUS), torna público o edital de seleção para a contratação de instrutores de aula presencial para o curso técnico em Agente Comunitário de Saúde, que deverão atuar nos Territórios Entre Rios (exceto Teresina), Vale do Canindé, Tabuleiros dos Rios Piauí e Itaueira, Cocais e Chapada das Mangabeiras.

 

 

As inscrições poderão ser feitas a partir de amanhã, 4, e se estendem até a terça-feira, 10, nos locais mencionados no edital.   Os candidatos à seleção deste certame deverão ter disponibilidade para participar da Capacitação Técnico-Pedagógica a ser realizada em Teresina, no período de 09 a 11 de Outubro de 2013.

 

Para outros esclarecimentos basta entrar em contato com a coordenação da Escola Técnica do SUS / Centro Estadual de Educação Profissional de Saúde “Monsenhor José Luiz Barbosa Cortêz”, pelos telefones (86) 3216-6406 e 3216-2668.

 

BAIXE O EDITAL

 

 

Sesapi

cria adolescOs coordenadores regionais de saúde do Piauí reuniram-se, na manhã desta quarta-feira, 29, para discutir as linhas de cuidados para atenção à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias, no que diz respeito à violência. O encontro aconteceu no auditório do Centro de Saúde do Trabalhador (Cerest) e foi promovido pela coordenação estadual de Atenção à Saúde da Criança e Adolescente.

 

O objetivo do encontro foi apresentar e reforçar as linhas de cuidados apoiadas pelo Ministério da Saúde, que abrange o acolhimento, atendimento, notificação e seguimento na rede de cuidado e de proteção social. Segundo a coordenadora estadual de atenção à saúde da criança e adolescente, Rosa Laura, essas linhas abrangem todos os tipos de violências “Não somente a violência sexual, que costumamos dar ênfase devido aos traumas, mas trabalhamos para que seja combatido todos os tipos de violência”, afirma a coordenadora.

 

A nova proposta do Ministério da Saúde apresenta um material informativo com formato circular, sugerindo que a “bola” deve ser segurada por todos os cidadãos brasileiros. “A bola está comigo, com você e com qualquer um que perceba um ato de violência contra nossas crianças e adolescentes”, explica Rosa Laura. 

 

Além da exploração sexual e da violência, a proposta também inclui o tráfico de pessoas. As denúncias podem ser feitas para o disque direito do mundo através do número 100. A ligação é gratuita.

 

 

Sesapi

alergiasJá pensou se você fosse proibido de tomar aquela cerveja com os amigos no happy hour e de dar um mergulho na piscina ou na praia num dia quente porque tem alergia? Parece estranho, mas existem pessoas que passam por isso.

 

O educador físico Fernando Chaves é uma dessas pessoas. Ele tem alergia à cerveja e ao vinho e descobriu o problema só depois de ter passado mal e consultado um médico. "Estava em um bar tomando cerveja e meu nariz começou com uma coriza muito forte. Estranhei esse sintoma tão repentino e fui ao médico, foi quando ele pediu os exames e ao fazê-los constatou alergia a bebidas fermentadas".

 

Chaves também tem alergia a batatas fritas e a salada de frutas. O mais curioso é que nada acontece caso ele coma qualquer tipo de fruta, desde que sozinha. "Comer a fruta não é problema, mas quando como salada de frutas meu rosto fica avermelhado e coçando. O mesmo acontece com as batatas fritas", afirma o educador físico.

Água gelada

 

Já a estudante Thaís Beluco, 21, não pode ter contato com água gelada. "Descobri minha alergia em uma viagem, ainda quando criança. Entrei no mar e fiquei toda 'empipocada'. Minha mãe achou que poderia ser uma reação alérgica ao sal ou iodo do mar e me deu um banho de água doce. Mas como a água também era fria, minha alergia não passava e os sintomas pioravam", conta Thaís.

 

A estudante constatou o real motivo de sua alergia anos depois, ao consultar uma dermatologista. "Ela encostou gelo na minha pele e a reação naquela área foi instantânea. O esclarecimento veio na hora e a doutora disse que a alergia pode ser também a temperaturas baixas".

 

Alguns casos de alergias respiratórias também podem ser peculiares, como a hipersensibilidade a pássaros. A pneumologista do laboratório Delboni Auriemo, Silvia Carla, explica que se trata de uma reação pulmonar à inalação de partículas orgânicas e inorgânicas e as mais reconhecidas são a pássaros e mofo. A doença, na sua forma aguda, apresenta sintomas que muitas vezes é confundida com pneumonia. Na forma crônica, pode ocorrer fibrose (pulmões endurecidos e diminuídos de volume).

 

Cuidados sérios

 

Conviver com a alergia requer sérios cuidados por se tratar de um desvio na regulação do sistema imunológico. Essas reações, na maioria das vezes, causam apenas um desconforto ou irritação; mas também pode acarretar quadros mais graves. "Nas reações extremas de hipersensibilidade, podemos ter reações que comprometam os rins, as articulações e até mesmo as células do sangue", comenta Clóvis Eduardo Galvão, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai-SP).

 

Apesar de inusitadas, alergias incomuns como essas podem ocorrer com qualquer pessoa que tenha em seus genes a predisposição em desenvolver tal hipersensibilidade. "Normalmente, as alergias têm um fator hereditário muito grande. Se um dos pais é alérgico, as chances de uma criança desenvolver alergia são de 30 a 50%. Se os dois pais são alérgicos, as chances sobem para 70%. E não são necessariamente as mesmas alergias", afirma a bióloga e diretora da rede Alergoshop Julinha Lazaretti.

 

Prevenção é a palavra de ordem para um alérgico, mas há tratamentos que propõe justamente o contrário. "Sob a maioria das circunstâncias, há condições onde a exposição gradativa previne a alergia e, aliás, é usada terapeuticamente no caso da imunoterapia, também conhecida como vacina para a alergia", afirma o infectologista do Hospital Albert Einstein Luiz Vicente Rizzo.

 

Alergias cruzadas

 

Da mesma forma que é difícil precisar a gravidade de uma alergia e a resistência do organismo sobre ela, o fator alérgeno, ou seja, o elemento que causa a alergia pode estar embutido em outras coisas que tenham esse mesmo elemento ou semelhante. "Lembro-me de um caso que a alergia só aparecia quando o rapaz comia pão e fazia exercícios em seguida. As duas coisas isoladamente não causavam nada", diz Julinha.

 

Uma relação simples entre esses cruzamentos é látex e frutas. "Os profissionais da saúde, que são expostos durante sua vida profissional a componentes da borracha (luvas, equipamentos, estetoscópios e outros), podem ficar sensíveis às proteínas do látex natural que, por sua vez, podem ter reação cruzada com frutas (banana, abacaxi, maracujá) e legumes (mandioca, batata)", confirma o diretor do Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital do Servidor Público Estadual João de Mello.

 

Outros tipos de cruzamentos mais incidentes são: grupos de medicamentos (Dipirona com AAS e outros anti-inflamatórios), sementes (amendoim, avelã, castanhas, nozes e outras), frutas e pólens, entre tantas outras associações que podem ser comuns ou não.

 

Não há uma regra que determine como essa condição ocorre e como combatê-la, pois depende basicamente da predisposição genética. Até então, a recomendação principal é o afastamento do agente que cause a alergia e um acompanhamento médico detalhado.

 

 

 

Uol