Também chamada de cálculo renal, a pedra nos rins surge com acúmulo de cristais na urina, que pode ser o ácido úrico, cálcio, cistina e, na maioria dos casos, oxalato. Essas substâncias se aglomeram e se depositam nos rins ou nos canais urinários, formando algumas pedras, que podem gerar complicações para serem eliminadas
A principal causa para formação de pedras nos rins é a baixa ingestão de líquido, mas há outros fatores que podem agravar o problema. "Fatores metabólicos e falta ou excesso de algumas substâncias podem causar desequilíbrio na urina, o que contribui para a formação de cálculos", explica Daniel Rinaldi dos Santos, presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia
O cálculo renal pode se formar em homens ou mulheres, principalmente na fase adulta, mas segundo Hercilio Alexandre da Luz Filho, presidente da Fundação Pró-Rim, existe uma tendência maior do problema em pessoas do sexo masculino. "A diferença é de 60% dos casos em homens e 40% em mulheres", explica ele
Uma boa forma de prevenir o problema, é ficar atento a quantidade de urina liberada diariamente. "O volume urinário deve ser grande. O indicado é eliminar 30 ml de urina por quilo de peso corporal. Ou seja, se uma pessoa tem 65 kg, deve liberar, em média, 1.900 ml de urina diariamente", explica o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia
Quem já teve cálculo renal diz que é pior que a dor de parto. E, segundo os especialistas, esse é de fato o sintoma mais comum entre os pacientes. A dor forte que começa na região das costas pode vir acompanha de náuseas, vômitos, sangue na urina e infecções urinárias. Ainda assim, em alguns casos, há pacientes que mesmo com pedra nos rins, conseguem eliminar o cálculo espontaneamente, sem dor
É verdade que os casos de pedras nos rins são mais frequentes no verão. Segundo um levantamento do Centro de Referência da Saúde do Homem, em São Paulo, os casos de emergência por pedras nos rins aumentam 30% na estação mais quente do ano. No verão, quando a pessoa sua muito, ela libera líquido por outras vias que não a urinária. É a época do ano em que mais precisamos repor água. Quando isso não acontece, aumenta o risco de formação de cálculo, detalha Hercilio
Como é feito o tratamento
Se sentir cólica renal, o ideal é ir para o hospital, onde os médicos aplicam soro e medicamentos para aliviar a dor. Em 90% dos casos, as pedras são liberadas de forma espontânea. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, isso acontece quando o cálculo tem até 6mm, mas o tempo para eliminar varia de um paciente para o outro. Em casos mais graves é necessário retirá-lo cirurgicamente
O paciente pode voltar a ter cálculo renal
É muito comum que pacientes tenham pedra nos rins mais de uma vez na vida. "Por isso, assim que o cálculo for eliminado, é importante que ele faça uma avaliação metabólica para saber porque está tendo cálculo", aconselha Daniel. Isso diminui as chances de o problema reaparecer
A pedra nos rins pode gerar outras complicações
O cálculo renal pode gerar lesão nos rins, hipertensão e infecção urinária "O grande problema são as infecções associadas. Cada episódio de infecção tem chance de deixar uma sequela no rim, como se fosse uma ferida. E com repetição das infecções, o paciente pode ter perda da função renal", alerta o presidente da Fundação Pró-Rim
Como evitar
O primeiro passo é ingerir, no mínimo, 2 litros de água por dia. "À noite é mais comum formar o cálculo porque as pessoas seguram mais a urina e aumenta o acúmulo de cristais. Então é importante beber água também neste período", indica Daniel.
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