Um componente na clara do ovo, já popular como substituto do ovo completo entre os consumidores preocupados com o colesterol da gema, pode ajudar na redução da pressão sanguínea, segundo informaram pesquisadores nesta terça-feira, 9.
"Temos provas de laboratório que um peptídeo - um dos elementos que constituem as proteínas - na clara do ovo reduz a pressão sanguínea tanto como uma dose baixa de Captopril, um remédio para a pressão alta", acrescentou. Zhipeng e seus colegas usaram um peptídeo chamado RVPSL. Um dos estudos, publicado na revista "Journal of Agricultural and Food Chemistry" da Sociedade Química, indica que a proteína do ovo frito a altas temperaturas mostrou uma capacidade maior para reduzir a pressão sanguínea que os ovos fervidos a 100 graus Celsius.
Zhipeng Yu, da Universidade Jilin, China, apresentou o estudo perante a Reunião Nacional da Sociedade Química Americana, a maior sociedade científica do mundo, que acontece em Nova Orleans, Louisiana.
"Nossa pesquisa indica que poderia haver outra razão para qualificar o ovo como comestível incrível", disse Zhipeng, segundo informou a Sociedade Química Americana.
Os cientistas já haviam descoberto antes que a substância, da mesma forma que o grupo de remédios que inclui Captopril, Vasotec e Monopril, é um inibidor da enzima de conversão da angiotensina e tem uma grande capacidade de inibir ou bloquear a ação de ACE, uma substância produzida no corpo que eleva a pressão sanguínea.
Os pesquisadores documentaram com mais detalhes os efeitos de RVPSL usando ratos de laboratório que desenvolveram alta pressão sanguínea.
Os resultados da administração da substância na dieta dos ratos foram positivos, o que indica que o RPSL não tem efeitos tóxicos aparentes e que baixou a pressão sanguínea em graus comparáveis às doses baixas de Captopril.
Zhipeng indicou que a pesquisa foi feita com uma versão do peptídeo aquecida a quase 93 graus Celsius durante a preparação, isto é, menos que a temperatura usada tipicamente no cozimento de ovos.
O investigador, no entanto, citou as referências de outros estudos segundo os quais a clara de ovo pode reter seus efeitos benéficos para a pressão sanguínea depois do cozimento.
De acordo com dados de 2011, do Ministério da Saúde, uma a cada três crianças está acima do peso ideal. Casos desse tipo podem ser detectados em dezenas de escolas públicas espalhadas pelo Estado, através do Programa Saúde na Escola (PSE).
Graças às realizações do PSE, pais de alunos contam com orientações dos profissionais, e passam a prevenir problemas de saúde relacionados à alimentação. No Piauí, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) cadastrou desde o inicio deste ano 175 municípios para receberem as ações do programa.
Segundo Márcia Alcioneide, coordenadora estadual do PSE, o objetivo do programa é prevenir os principais problemas de saúde das crianças. “Com o apoio do município e dos nossos técnicos da Sesapi, criamos estratégias através deste Programa a fim de prevenir em creches e escolas públicas do país doenças ao nosso alunado, além de orientar a família sobre alimentação saudável e a prática de atividade física”, destaca.
A coordenadora Estadual do PSE explica ainda que a escola tem papel fundamental na promoção de bons hábitos. "O papel da escola é fundamental no processo de projetos educativos sempre com educação alimentar e a incorporação da atividade física no cotidiano das crianças. Temos vários exemplos de cidades do interior, onde a melhora na sala de aula dos alunos que participam dessas atividades foram extraordinárias”, afirma Márcia Alcioneide.
Em Água Branca do Piauí, localizada a 94 quilômetros de Teresina, os efeitos do PSE aos alunos e às comunidades são os mais positivos possíveis. O município sai na frente em relação aos demais, porque antes mesmo do Ministério da Saúde promover a I Semana Nacional de Saúde na Escola, o município já estava na sua segunda edição.
A coordenadora municipal do PSE, Dorivânia Carvalho, relata que em Água Branca os alunos aguardam ansiosos as atividades do Programa desde o inicio do ano. “Aqui conseguimos realizar ações em 7 escolas e em breve iremos contar com mais 10, atingindo assim todo o município. É incrível como as crianças daqui passaram a escolher melhor suas atividades físicas e até selecionar aqueles alimentos mais saudáveis”, comemora a coordenadora municipal.
Além de Água Branca, as cidades de Cajueiro da Praia, Luís Correia, Parnaíba e Teresina também desempenham atividades, com êxito, voltadas ao PSE.
O PSE é um programa realizado através do Ministério da Saúde e tem suas atividades voltadas para todo o Brasil, principalmente na Semana Nacional de Saúde nas Escolas. A ideia é desenvolver, durante uma semana, ações para lembrar à população sobre a importância de hábitos saudáveis para evitar e combater problemas crônicos como obesidade, diabetes e hipertensão.
Dormir é o momento que o corpo e a mente têm para descansar. Porém, algumas pessoas têm insônia e esse momento acaba se tornando um transtorno – a dificuldade em iniciar ou manter o sono pode deixá-las ainda mais cansadas e sonolentas.
No caso das mulheres, isso é ainda mais comum por causa das alterações hormonais ao longo do dia a dia, seja na TPM, na gestação, na menopausa ou até mesmo na fase pós-parto, como explicou o ginecologista José Bento no Bem Estar desta terça-feira, 9.
Além disso, acredita-se que a mulher tenha também uma predisposição genética a esse distúrbio. De acordo com o médico, além das preocupações das mulheres com o trabalho, filhos e com a casa, outros problemas como estresse, ansiedade e até mesmo dores causadas pela enxaqueca ou pela fibromialgia também podem dificultar o relaxamento do cérebro e causar a insônia. Em longo prazo, essa privação do sono pode aumentar o risco de doenças, como hipertensão, diabetes, depressão e até mesmo obesidade, como explicou a neurologista Andrea Bacelar.
Para contornar o problema, a neurologista Andrea Bacelar deu algumas dicas, como mostra o infográfico acima. No caso da atividade física, no entanto, vale ressaltar que ela deve ser feita, mas não antes da hora de ir para a cama - nesse momento, é importante também evitar bebidas com cola, mate e cafeína, remédios tranquilizantes e alimentos muito pesados. Além disso, é importante também não ficar na cama esperando o sono chegar - segundo a médica, ler um livro ou assistir à televisão pode ajudar a dar vontade de dormir.
Como explicaram os médicos, a mulher que tem insônia costuma manter o cérebro em estado de alerta em momentos em que essa freqüência deveria ser menor – por isso, elas acabam despertando por causa de pequenos ruídos, como uma pessoa entrando no quarto, batendo na porta, ou até mesmo um simples latido de um cachorro ou a buzina de um carro. Por causa desses sons, ela pode ter um sono não reparador e acordar cansada - porém, como alertou a neurologista Andrea Bacelar, é importante se levantar mesmo assim para que o sono da próxima noite seja melhor já que estará "acumulado".
Além das desagradáveis olheiras, em curto prazo, os impactos desse distúrbio podem fazer a pessoa começar também a esquecer fatos recentes, ter comprometimento em sua criatividade, reduzir sua capacidade de planejar e executar, ficar desatenta, ter lentidão no raciocínio e também dificuldade de concentração.
Se a insônia se tornar crônica, pode desencadear envelhecimento precoce, diminuição do tônus muscular, comprometimento do sistema imunológico, doenças cardiovasculares e gastrointestinais e também perda crônica da memória.
No entanto, o problema é maior ainda se estiver associado a outra doença, como a depressão. Como explicou a neurologista Andrea Bacelar, os efeitos da insônia combinados com a depressão podem comprometer a saúde das mulheres, que ficam cada vez mais cansadas. Além do cansaço, a junção desses dois problemas pode também causar alterações de humor, falta de disposição, pressão alta, aumento de peso e até mesmo diabetes.
Pernas inquietas
Depois de um dia de trabalho e cheio de atividades, todo mundo quer chegar em casa e descansar. Porém, algumas pessoas começam a ter contrações musculares involuntárias nas pernas - uma síndrome que afeta até 11% da população. A repórter Daiana Garbin mostrou a história da Vanda que, por causa da doença, só consegue dormir se tomar remédios (veja no vídeo).
Segundo a neurologista Dalva Poyares, o tratamento é importante para controlar os sintomas e a evolução do problema. Porém, é importante prestar atenção a condições clínicas, como doenças nos rins ou fígado, que podem agravar a síndroma das pernas inquietas.
Um hábito higiênico, saudável e estético. Ou um padrão de beleza extremo, semelhante a antigas formas de tortura feminina, tais como espartilho para afinar a cintura ou pés atados para mantê-los pequenos e delicados. Com adeptas em todo o mundo, a depilação com cera também desperta reações animadas, que ganharam novo fôlego com a recente publicação de uma pesquisa francesa no periódico “Sexually Transmitted Infections”, apontando que a remoção de pelos pubianos, especialmente com cera, aumenta o risco de inflamações e doenças sexualmente transmissíveis.
Nos EUA, dois terços das jovens entre 18 e 24 anos fazem depilação, segundo a Universidade de Indiana, que entrevistou 2.451 mulheres em 2012. Não há números brasileiros, mas não seria de se espantar se eles fossem ainda maiores, já que o país é inclusive exportador da famosa brazilian wax. A pesquisa francesa relacionou esse método com a ocorrência do molusco contagioso, que pode ser transmitido sexualmente. Outros estudos vão pela mesma linha. Isso quer dizer que as mulheres não deveriam se depilar?
— Benéfico não é. Nossos mecanismos naturais estão prontos, ou seja, o pelo está ali para proteção do organismo. Se ele é retirado, a pele fica mais exposta, com microtraumas, o que facilita, não a higiene, mas a entrada de agentes infecciosos. Agora, ela é muito ruim? Também não. Mas temos que fazer sabendo que é cultural, não é pela saúde, e que temos que ter todos os cuidados possíveis — resume a professora de Ginecologia da Faculdade de Medicina da Uerj, Renata Aranha.
Por causa da popularização da depilação, o número de lesões na virilha quintuplicou entre 2002 e 2010, de acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, que apontou que 142.143 consultas médicas se deviam a machucados genitais.
— Todo os métodos clássicos de remoção do pelo, como pinça, cera, lâmina, podem causar irritação na pele, e a pessoa corre o risco de ter inflamação — complementa a dermatologista e professora da Unicamp, Luiza Pitassi.
Principal cuidado é nunca reutilizar a cera
Além de deixar a pele mais sensível às inflamações, a cera e os utensílios de depilação são um meio de contaminação.
— O mais comum é a foliculite, um processo inflamatório provocado por bactéria, que incomoda esteticamente e é dolorido — exemplifica a professora e dermatologista do Hospital Pedro Ernesto da Uerj, Roberta Teixeira, que também cita fungos, principalmente micoses, e vírus sexualmente transmissíveis, como verrugas vaginais, como outras possíveis consequências.
Entre especialistas, o consenso para evitar dores de cabeça é ter cuidados: o principal é nunca reutilizar a cera. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também informa que as espátulas devem ser de material liso, lavável e impermeável ou descartáveis; e recomenda evitar depilar quando há lesões na pele. A única exigência do órgão é que os produtos usados na depilação sejam registrados. Já a fiscalização, informa a agência, é feita pela vigilância local.
— Antes de abrir a minha rede, vi que o reuso da cera era bem frequente. Cobramos o preço de mercado, por isso a margem de lucro é menor. Poderia ter uma economia de uns 7% no faturamento bruto do mês se reutilizasse cera — diz a dona da Depyl Brasil, Solana Vasconcelos, que cita casos assustadores. — Uma cliente mostrou a foto do buço super inchado, que o dermatologista dela diagnosticou como restos de fezes no rosto. Outra teve uma infecção vaginal que subiu pelo canal urinário, e ela teve que ficar seis meses sem depilar.
Distribuir kits descartáveis, jogar a cera logo no lixo e colocar na panela apenas a quantidade que será utilizada na pele da cliente são também orientações de Solana às depiladoras.
Depilação como Cultura, estética ou saúde
Se há riscos, por que então depilar? No mesmo estudo da Universidade de Indiana, quem adotava o hábito tinha maior autoestima sexual. Além disso, a indicação médica existe, mas em raros casos: excesso de pelos ou no indivíduo com predisposição a desenvolver fungos, potencializados pelo calor e umidade provocado por pelos. De resto, é uma questão cultural:
— Vários hábitos culturais são justificados com base em utilidade e higiene. Na história da medicina, muito do que era considerado saudável, hoje não é: soltar gases é um exemplo. Fazer funções naturais em público também era natural — explica a professora de Antropologia da Uerj, Cláudia Barcellos.
Por isso, a médica Emily Gibson é taxativa contra a depilação: “É hora de declarar o fim da guerra aos pelos pubianos e de deixá-los no local a que pertencem”, escreveu em artigo republicado em diversos jornais ingleses. “A quantidade de tempo, energia, dinheiro e emoção gastos por ambos os sexos em abolir os pelos de órgãos genitais é astronômico”, criticou.