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sucoUm teste realizado pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) mostra que nem todo néctar de fruta de caixinha vendido nos supermercados possui a quantidade de polpa ou suco exigida por lei.

 

 

O instituto analisou 31 amostras de néctares de sete marcas: Activia, Camp, Dafruta, Dell Vale, Fruthos, Maguary e Sufresh, em diferentes sabores, para verificar se os produtos cumprem os principais requisitos exigidos pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

 

Todas as amostras foram aprovadas na maioria dos quesitos técnicos, como acidez total. Porém, no que diz respeito à quantidade de fruta, 10 produtos (ou 32% das amostras) foram reprovados em relação ao teor de polpa ou suco de fruta exigido pela legislação. Segundo a norma atualmente em vigor, o percentual mínimo de fruta varia de 20% a 40%, dependendo do sabor do néctar.

 

A Maguary teve o pior resultado: três dos cinco néctares da marca avaliados têm uma quantidade menor de fruta do que o esperado. As marcas Camp, Dafruta, Fruthos e Sufresh tiveram, cada uma, os sabores de manga e pêssego reprovados nesse quesito. Somente as bebidas da Activia e da Dell Vale foram aprovadas em todos os sabores.

 

Néctar ou suco

 

Para Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Idec, é importante que os consumidores entendam as diferenças entre o néctar e o suco. Para ser chamada de "suco", a bebida deve ser composta praticamente só de fruta (e de água, em alguns casos) e não pode conter substâncias "estranhas"; já o néctar, além de apresentar só uma parcela de fruta, ainda contém açúcar e aditivos químicos, como corantes e antioxidantes.

 

Os néctares com sabor de manga e pêssego da marca Camp foram reprovados, pois ambos precisam ter 40% de teor de fruta, mas tinham apenas 25%. As bebidas de manga e pêssego da Dafruta também foram reprovadas com apenas 25% e 30%, respectivamente.

 

A marca Sufresh também teve dois sabores reprovados no teste, manga e pêssego, pois deveriam ter 40% de teor de fruta, mas tinham 25% e 20% cada. O néctar de manga da Fruthos também tem teor de fruta menor que o recomendado, apenas 30%.

 

Três néctares da Maguary foram reprovados: o de manga, que deveria ter 40% do teor de fruta, mas só apresenta 30%, o misto de maçã e maracujá e de maça e pêssego, que deveriam ter 30%, mas só têm 20%.

 

Outro lado

 

Em nota, a General Brands, da marca Camp, informa que "todas as medidas necessárias à verificação dos produtos apontados na análise estão sendo tomadas para atender às exigências que lhe são impostas e que são de praxe frente aos cuidados  que tem para com seus consumidores".

 

A Ebba, responsável pelas marcas Maguary e Dafruta, afirma que todos os néctares que foram analisados apresentam o percentual de fruta correto, conforme estabelecido pela legislação em vigor. Em nota, a empresa afirma que a comprovação veio por meio de laudos de contraprova de testes feitos pelo laboratório independente da Unesp.

 

A WOW! Nutrition, da marca Sufresh, ressaltou em nota que preza pela qualidade de seus produtos e pelo respeito aos direitos dos consumidores, seguindo estritamente a legislação. "Sendo assim, a empresa informa que conduzirá novas análises nos néctares avaliados pelo IDEC e, caso sejam comprovadas as divergências apontadas pelo instituto, a empresa tomará as medidas necessárias para manter seus produtos adequados à legislação vigente".

 

Açúcar

 

O instituto também chama atenção para a grande quantidade de açúcar presente nessas bebidas. Atualmente, a legislação brasileira não obriga que os fabricantes declarem o teor de açúcar na tabela nutricional. "O tema tem sido discutido pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], mas ainda aguarda discussão e aprovação de todos os países que fazem parte do Mercosul para que alguma mudança aconteça", destaca a nutricionista do Instituto.

 

A quantidade de açúcar presente nos néctares foi um dos itens avaliados no teste. Como não existe um parâmetro nacional para a avaliação do teor desse ingrediente, o Idec utilizou como base o do semáforo nutricional, um esquema de rotulagem criado no Reino Unido que, por meio das cores vermelho, amarelo e verde, informa quais os teores de determinados nutrientes no alimento. No caso de açúcar, a presença de até 5 g/100 g é avaliado como verde (baixo teor); entre 5,1 e 12,4 g/100 é amarelo (médio teor) e 12,5 g/ 100 g é vermelho (alto teor).

 

O teste identificou a quantidade de "açúcares totais", o que inclui o açúcar da própria fruta e o adicionado pelo fabricante. Todas as bebidas avaliadas apresentam concentração média ou alta de açúcar, de acordo com os critérios do semáforo nutricional.

 

As únicas marcas que tiveram todos os sabores aprovados em relação à quantidade de fruta, a Activia e a Dell Vale, figuram entre as que têm os néctares mais açucarados. O Dell Vale sabor uva, por exemplo, tem 13,31 g desse ingrediente em cada 100 ml, e o Activia sabor uva, quase o mesmo: 13,04 g/100 ml. Ambos foram classificados como "vermelho".

 

A maior parte das amostras avaliadas (67%) receberia a cor amarela em relação ao açúcar, o que, tal qual no trânsito, significa "atenção" ou, no caso específico, "consuma com moderação". O néctar que apresentou a menor concentração de açúcar foi o Fruthos de laranja, com 7,11 g/100 ml, ainda assim classificado como amarelo.

 

 

Como o consumo excessivo de bebidas industrializadas açucaradas é um dos fatores responsáveis pelo aumento de casos de obesidade e de outras doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, a nutricionista sugere que os consumidores deem preferência ao bom e velho suco espremido em casa.

 

Uol

Foto: divulgação

A aspirina pode ajudar a diminuir o risco de câncer de ovário, um tumor agressivo, difícil de ser diagnosticado e com pouca chance de cura — na maioria das vezes, a doença é detectada já em estágio avançado. Segundo uma nova pesquisa do Instituo Nacional do Câncer dos Estados Unidos, mulheres que tomam o medicamento diariamente podem ser até 20% menos propensas a desenvolver esse câncer do que aquelas que fazem uso de aspirina menos do que uma vez por semana.

 

A conclusão foi obtida após os autores analisarem doze pesquisas feitas, ao todo, com cerca de 8 000 mulheres com câncer de ovário e outras 12 000 livres da doença. A equipe levou em consideração se essas participantes faziam uso de aspirina e, depois, estabeleceu uma relação entre o medicamento e a incidência do tumor. O estudo foi publicado na edição desta semana do periódico Journal of the National Cancer Institute.

 

A aspirina já se comprovou eficaz para inibir o acúmulo de plaquetas no sangue e, assim, é considerada uma forma de prevenir doenças cardiovasculares. Porém, pesquisas recentes mostram que o medicamento também pode diminuir o risco de outras condições. Um estudo da Universidade Stanford divulgado no ano passado, por exemplo, associou o uso regular do remédio à proteção contra o melanoma. Já um trabalho da Sociedade Americana do Câncer concluiu que a aspirina pede ser útil no combate à mortalidade provocada pelo câncer.

 

Os autores dessa nova pesquisa lembram, porém, que as conclusões foram obtidas a partir da análise de estudos observacionais. Ou seja, eles não sabem dizer os mecanismos que levam a esse possível benefício. As pessoas não devem, portanto, passar a tomar aspirina como forma de diminuir o risco de câncer de ovário. Além disso, o medicamento pode ser prejudicial para pessoas que sofrem de úlcera.

 

Doença — O câncer de ovário não é o tumor ginecológico mais frequente entre as mulheres, mas é o mais agressivo. Isso porque ele é muito difícil de ser diagnosticado e é aquele com a menor chance de cura — cerca de 3/4 dos casos desse tipo de câncer já estão em estágio avançado no momento do diagnóstico. Mesmo assim, as principais entidades médicas do mundo não recomendam exames de prevenção para a doença, que incluem uma análise de sangue e a ultrassonografia dos ovários, em mulheres saudáveis, pois, além de não reduzirem a mortalidade, podem levar a cirurgias desnecessárias.

 

 

Cerca de 5% dos casos desse câncer são hereditários. A incidência pode ter relação com o número de ovulações — por isso, tomar pílula e engravidar muitas vezes pode ajudar a reduzir o risco do problema. Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, o tumor causou 3 027 mortes no Brasil em 2011.

 

 

Veja

injetavel​Altas doses de vitamina C podem aumentar a eficácia dos tratamentos de quimioterapia em pacientes com câncer, sugerem pesquisadores da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos. O estudo, divulgado na publicação científica Science Translational Medicine, afirma que doses injetáveis de vitamina C podem ser um coadjuvante eficiente, seguro e barato no tratamento de mulheres com tumor nos ovários.

 

 

Na década de 70, o químico Linus Pauling defendeu que a administração intravenosa de vitamina C poderia ser eficiente contra o câncer. No entanto, testes clínicos em que a vitamina era ingerida pela boca falharam em replicar o mesmo efeito e as pesquisas foram abandonadas.

 

Hoje se sabe que o corpo humano expele rapidamente a vitamina C quando ingerida pela boca. Na pesquisa, os especialistas injetaram vitamina C em células cancerígenas do ovário em laboratório. Eles também repetiram o experimento em camundongos e em 22 pacientes com câncer de ovário.

 

Eles observaram que as células cancerígenas que receberam vitamina C em laboratório reagiram à substância, enquanto as células normais não foram afetadas.

Em camundongos, a vitamina C reduziu o crescimento do tumor e os pacientes com câncer que receberam injeções com a substância disseram ter sofrido menos dos efeitos colaterais da quimioterapia.

 

Sem patente

A pesquisadora Jeanne Drisko disse que há um interesse crescente entre oncologistas de testar o poder da vitamina C no tratamento contra o câncer. "Pacientes estão buscando opções eficientes e mais baratas de melhorar os efeitos do tratamento", disse ela à BBC News. "E a vitamina C intravenosa tem esse potencial, como indica nossa pesquisa científica e resultados dos primeiros testes".

 

Um possível obstáculo ao avanço das pesquisas é falta de disposição das empresas farmacêuticas em financiar testes, porque não há como patentear a vitamina C - um produto natural. "Como a vitamina C não tem potencial para patente, seu desenvolvimento não deverá ser apoiado pelas farmacêuticas", disse o pesquisador Qi Chen. "Mas acho que chegou a hora de as agências de pesquisa apoiarem de forma vigorosa os testes clínicos com essa vitamina".

 

 

A médica Kat Arney, da instituição Cancer Research UK, disse que há uma longa história de pesquisas sobre os efeitos da vitamina C sobre o tratamento contra o câncer.

 

 

"É difícil dizer com uma pesquisa tão pequena (com apenas 22 pacientes) se altas doses da vitamina podem aumentar os índices de sobreviência ao câncer. Mas já é interessante o fato de que diminuíram os efeitos colaterias da quimioterapia".

 

 

BBC Brasil

endometrioseA endometriose, doença na qual o tecido uterino se instala fora do órgão, afeta de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva. Pouco se conhece sobre as causas da moléstia, que é difícil de ser diagnosticada e pode causar cólicas severas e infertilidade.

 

É sabido que a doença tem componentes genéticos, inflamatórios e ambientais, mas os cientistas ainda não desvendaram o peso dos fatores nos sintomas de cada paciente. Em uma pesquisa publicada nesta quarta-feira no periódico Science Translational Medicine, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) identificaram um padrão de moléculas do sistema imunológico que se relaciona com alguns sintomas de endometriose. Eles também descobriram a atividade celular que produz esse padrão.

 

Os cientistas analisaram o líquido peritoneal de 77 pacientes que reportaram sintomas de diferentes intensidades. Para cada amostra, eles mediram cinquenta proteínas, incluindo componentes inflamatórios conhecidos como citocinas. As citocinas regulam a resposta do corpo a um agente infeccioso, mas podem também causar inflamações na falta de um agente patogênico, como na endometriose.

 

Os pesquisadores descobriram que a atividade das citocinas estava associada a alguns sintomas, especificamente ovarianos e retovaginais. Esse padrão, que incluía treze citocinas, também era relacionado à fertilidade da paciente. "A descoberta pode ajudar cientistas a desenvolver um sistema de divisão de pacientes semelhante ao utilizado em mulheres com câncer de mama, cujo tratamento é adaptado ao perfil molecular do tumor", afirma a engenheira biológica Linda Griffith, líder do estudo.

 

A pesquisa também revelou que muitas das moléculas que compõem esse padrão são secretadas pelos macrófagos, um tipo de célula que atua como sentinela — patrulhando tecidos e expulsando materiais instalados fora do lugar. Eles agora investigam qual é o gatilho que dispara o sistema imunológico, que deve variar de paciente para paciente.

 

 

"Esse artigo não é para dizer que descobrimos a resposta. Nós fizemos uma descoberta interessante, mas que é apenas a ponta do iceberg", afirma Linda.

 

 

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