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Você sabia que alguns alimentos ajudam a combater a ansiedade? Alguns legumes e frutas contêm aminoácidos, vitaminas e nutrientes que atuam diretamente diminuindo o estresse, combatendo a ansiedade e aumentando os níveis de serotonina, responsável pelo bem-estar e pelo relaxamento.

 

- Espinafre: O espinafre contém folato (ácido fólico), que é uma potente vitamina antidepressiva natural. Segundo a nutricionista Rosana Farah, ele combate a ansiedade, pois quando está em baixas concentrações no organismo também diminui os níveis cerebrais de serotonina.

 

- Frutas cítricas: Estudos comprovaram que a vitamina C, presente nas frutas cítricas, diminui a secreção de cortisol, hormônio liberado pela glândula adrenal em resposta ao estresse e à ansiedade e responsável por transmitir a notícia de estresse para todas as partes do corpo. Seu consumo promove o bom funcionamento do sistema nervoso e aumenta a sensação de bem-estar.

 

- Banana: Um estudo feito por pesquisadores do Instituto de Pesquisas de Alimentos e Nutrição das Filipinas comprovou que esta fruta ajuda no combate da depressão e alivia os sintomas da ansiedade. Graças ao alto teor de triptofano qua a fruta carrega, ajudando na produção de serotonina.

 

- Chocolate: O chocolate é rico em flavonoides, um tipo de antioxidante que favorece a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e que melhora o humor, reduzindo a sensação de ansiedade.

 

catracalivre

O FDA (Food And Drug Administration), órgão que regulamenta medicamentos nos Estados Unidos, lançou um plano de ação para diminuir a quantidade de nicotina no cigarro a níveis muitos baixos ou com quantidade tão insignificante que o vício não poderia ser deflagrado.

 

A medida, segundo o FDA, vem na esteira do reconhecimento dos limites das medidas tentadas ao longo dos anos para diminuir o impacto do tabaco na saúde pública.

 

   "Apesar dos intensos esforços para administrar a principal causa de mortes prevenível nos Estados Unidos, o tabaco ainda mata mais de 480 mil americanos todo o ano", disse Scott Gottlieb, médico que comanda o FDA.

 

"O consumo do cigarro no mundo ainda custa US$ 300 bilhões ao ano à saúde pública e à produtividade", continuou.

 

O cigarro, diz o FDA, é o único produto legal que vai matar quase metade dos seus consumidores a longo prazo.

 

Gottlieb disse ainda que os Estados Unidos estão "em uma encruzilhada" quando se trata da tentativa de diminuir o impacto do cigarro e que novas ferramentas precisam ser pensadas.

 

Pesquisas embasam a iniciativa

 

A entidade revisou diversos estudos que demonstram o papel da nicotina em sustentar o vício. Uma dos principais levantamentos é de uma publicação recente do "New England Journal of Medicine".

 

De acordo com a pesquisa, aproximadamente 5 milhões de fumantes deixariam o cigarro após um ano da implementação de um produto com baixa nicotina. A pesquisa também estima que 33 milhões de pessoas deixariam de se tornar fumantes regulares até o ano de 2100. Por fim, a taxa de tabagismo cairia dos 15% atuais para 1,4% nesse período.

 

A medida americana cai numa categoria que os Estados Unidos chamam de "Advanced Note of Proposed Rulemaking" (ANPRM), algo como notificação prévia de proposta de regulamentação. Isso significa que o país vai montar um painel de especialistas com o intuito de construir uma proposta detalhada, bem como avaliar qual será o seu impacto.

 

Esse painel, segundo o FDA, deverá responder às seguintes perguntas:

 

   Qual a quantidade de nicotina apropriada para a proteção da saúde pública?

 

   Um produto com baixa nicotina deve ser implementado de uma vez só ou aos poucos?

 

   Há o risco de que, após a iniciativa, se comece um comércio ilegal para a venda de produtos com teor mais alto de nicotina? Como combatê-lo?

 

Também foi aberta uma consulta pública nesta sexta-feira (16), que ficará 90 dias à espera de contribuições.

 

   "Acreditamos que esta abordagem sem precedentes da regulamentação do tabaco não só faz sentido, mas também oferece a melhor oportunidade para obter ganhos de saúde pública significativos", disse Scott Gottlieb.

 

G1

infartoAs doenças cardiovasculares matam uma pessoa a cada 40 segundos e são a principal causa de morte no Brasil. Se somarmos todas as vítimas de todos os tipos de câncer, o número de pessoas mortas por doenças cardiovasculares ainda é o dobro.

 

Desde o início do ano até esta quinta-feira (15), mais de 70 mil pessoas morreram por causa de problemas cardiovasculares.

 

Todos esses números são da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

 

Normalmente, as vítimas costumam ter mais de 40 anos, mas embora não existam estudos recentes, é consenso entre os especialistas que o número de jovens que morrem por causa de problemas cardíacos está aumentando em todo o país.

 

Se levarmos em conta apenas o infarto, um dos problemas cardiovasculares mais comuns, dados do Ministério da Saúde indicam que o número vítimas com menos de 40 anos está subindo gradualmente desde 2010. Naquele ano, 2.288 pessoas com menos de 40 anos morreram por causa de um infarto. Em 2016 foram 2.746 pessoas e a maior parte, 1997 vítimas, tinham entre 30 e 39 anos.

 

Infarto em jovens é mais forte?

 

Primeiramente, é preciso entender o que são as doenças cardiovasculares. Elas englobam uma série de problemas que podem afetar o coração e os vasos sanguíneos, entre eles, pressão alta, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, arritmia e parada cardíaca. O infarto é uma das doenças cardíacas mais comuns.

 

A ideia de que o infarto em jovens é mais forte faz parte do entendimento popular. Muitas pessoas acreditam que nas pessoas mais jovens o infarto é mais forte e, portanto, mais mortal. Mas não é exatamente isso o que acontece, segundo os especialistas.

 

O cardiologista explica que o jovem costuma ter mais força física para suportar o infarto, por outro lado não tem uma proteção chamada circulação colateral, mais comum em pessoas acima dos 40 anos.

 

Circulação colateral são pequenos vasos sanguíneos que surgem no coração para compensar a falta de irrigação causada por uma artéria entupida.

 

O processo de entupimento de uma artéria pode levar alguns anos. Durante este tempo, o organismo começa a encontrar outras formas de fazer o sangue passar e chegar ao coração, por isso, cria esses pequenos vasos. Quando o indivíduo sofre um infarto, o organismo tem essa alternativa e ganha tempo para a chegada do socorro. “Nas pessoas mais jovens, o infarto é o mesmo, mas o organismo ainda não conseguiu criar esses novos vasos, por isso, o índice de mortalidade pode ser maior”, explica Costa.

 

Estima-se que 10% das vítimas morrem na primeira hora após o infarto, portanto, esta proteção extra é valiosa.

 

Qual é a idade de risco para o infarto?

 

O cardiologista Fernando Costa, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia, explica que já não se pode determinar uma idade de risco porque ela está diretamente ligada à exposição aos fatores de risco.

 

“Um jovem com uma vida desregrada, que ingere bebidas alcóolicas de forma exagerada e com frequência, está acima do peso, fuma e tem maus hábitos alimentares, ele tem mais chance de estar com entupimento de artérias, com arterioesclerose, o que pode levar a um infarto”, explica o médico.

 

Outro indicador de risco é a circunferência abdominal. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, o tamanho da cintura é o indicativo mais preciso para a avaliação dos riscos de doenças cardiovasculares e metabólicas. As medidas indicadas por especialistas são, no máximo, 88 centímetros para mulheres e 102 para os homens.

 

A gordura que se acumula no abdômem é perigosa porque é metabolicamente ativa, principalmente a que se concentra em volta do fígado. Ela é capaz de liberar mais de 80 substâncias químicas e hormonais consideradas agressivas para o aparelho circulatório e para o pâncreas. As consequências são índices altos de colesterol e glicose, entupimento de artérias, diabetes e hipertensão.

 

Existem alguns agravantes, como o histórico familiar. Filhos, netos ou sobrinhos de pessoas que tiveram um infarto com menos de 55 anos são potenciais vítimas de uma arterioesclerose precoce e podem sofrer um infarto ou uma parada cardíaca antes dos 40 anos, principalmente se levar uma vida desregrada.

 

R7

Foto: Thinkstock

Comerciais de água engarrafada costumam associá-la a pureza e vida saudável e, se vendas servem de referência, parece que funciona. A indústria global do produto movimenta cerca de 120 bilhões de euros por ano. Desde 2012, o consumo mundial passou de 288 bilhões de litros para 391 bilhões.

 

Mas um novo estudo da organização sem fins lucrativos "Orb Media" turva essa associação entre pureza e água engarrafada. O primeiro estudo do tipo em escala mundial testou a presença de microplásticos em 11 marcas, adquiridas em 19 locais de nove países. O poluente foi encontrado em 93% das amostras, em quantidades que variavam enormemente.

 

A pergunta que o estudo lança é: é seguro beber essas minúsculas partículas de plástico? A resposta não é simples. Apesar da grande presença de microplásticos no meio ambiente, toxicologistas ainda estão nos estágios iniciais da avaliação dos potenciais riscos à saúde humana.

 

Ainda não se sabe, por exemplo, quantas dessas partículas chegam à corrente sanguínea. Muitas delas são grandes demais para entrar de forma tão profunda no corpo humano. Mas, se algumas delas forem pequenas o suficiente para isso, haverá "preocupações quanto à invasão física de tecidos do corpo e a carga química associada aos plásticos", afirma o especialista Rolf Halden, da Universidade do Arizona.

 

Estudos em camundongos

Segundo a especialista da Universidade Livre de Amsterdã Heather Leslie, microplásticos são um poluente extremamente desafiador. Ela compara os plásticos e as substâncias químicas que os formam a um prato de espaguete, no qual a massa são as correntes de polímeros e o molho, os aditivos químicos.

 

   "Dependendo da receita, você pode ter algumas substâncias químicas no plástico que são tóxicas, e, de fato, muitas 'substâncias que suscitam elevada preocupação (SVHC, em inglês)' são ligadas aos produtos plásticos." Ela também menciona o que é conhecido como toxicidade de partículas.

 

   "Se partículas minúsculas, incluindo plásticos, entrarem dentro de um tecido do corpo humano, elas podem causar o que se chama de estresse oxidativo, o que pode levar a inflamações crônicas." Estas, por sua vez, são suspeitas de desempenhar um papel importante no surgimento de várias doenças crônicas, explica Leslie.

 

O toxicogenômaco Albert Braeuning, do Instituto Alemão de Evaluação de Riscos (BfR), está analisando os efeitos dos microplásticos em camundongos. Ele e sua equipe deram aos animais elevadas doses de diferentes pedaços de microplástico por 28 dias e estão agora estudando os efeitos dessas partículas nos tecidos dos camundongos.

 

   "No atual estágio de análise das amostras, não encontramos nada hostil", afirma Braeuning.

 

Porém, ele ressalta que é necessário avançar mais com as pesquisas para abordar a "situação humana".

 

Segundo Leslie, recolher um conjunto grande de evidências é um processo longo, assim como foi com o cigarro e as mudanças climáticas.

 

   "Às vezes leva décadas para entender tudo."

 

Variações extremas

 

O estudo da "Orb Media" foi supervisionado pela pesquisadora Sherri Mason, da Universidade de Nova York em Fredonia, que também conduziu uma pesquisa sobre a presença de microplásticos na água de torneira.

 

A equipe dela injetou o corante vermelho do Nilo em cada uma das 250 garrafas. Esse produto adere a materiais derivados do petróleo, como plásticos. Depois, eles filtraram a água por até 1,5 micron (0,0015 milímetro), o que é menor que a dimensão de uma célula vermelha do sangue humano.

 

Eles encontraram uma média de 10,4 partículas de plástico por litro na filtragem por 100 microns (0,10 milímetro, mais ou menos a espessura de um fio de cabelo). Usando uma técnica com raios laser para analisar essas partículas maiores, os cientistas foram capazes de ler as assinaturas moleculares e confirmar que se tratava de plásticos.

 

Mas eles também detectaram um número muito mais elevado de partículas ainda menores, que eles acreditam também serem plásticos. Com o auxílio de um software especialmente criado para contar essas partículas, eles descobriram que a presença variava muito de uma garrafa para a outra – mesmo naquelas que tinham a mesma fonte. Enquanto algumas apresentavam poucas ou mesmo nenhuma partícula, outras tinham centenas ou até milhares.

 

O maior número de partículas microplásticas que os pesquisadores encontraram em apenas um litro superava os 10 mil. Eles concluíram que os consumidores podem estar bebendo em média 314,6 dessas pequenas partículas por litro. Como eles não podem analisá-las da mesma maneira que as partículas maiores, eles não podem descartar totalmente que outros poluentes possam estar na mistura.

 

   "Como cientista, eu diria que há uma possibilidade. Ela é altamente provável? Não creio", afirma Mason.

 

   "Uma das questões seria: o que mais pode estar na água? Certamente não é água e nem minerais, pois estes não absorvem o vermelho do Nilo."

 

Beber a água e a garrafa

 

Os pesquisadores ainda não sabem de onde vem a contaminação. Entre os plásticos identificados por Mason está o nylon, o PET (usado em garrafas plásticas de bebidas) e uma incidência de 54% de polipropileno, usado para fabricar tampas de garrafas.

 

Microplásticos também foram encontrados em amostras de água engarrafada em vidro. Os resultados são similares aos da pesquisa conduzida pela cientista Darena Schymanski, do Instituto de Pesquisa Química e Veterinária de Münster, no início de 2018. Usando uma técnica diferente, ela analisou a presença de partículas microplásticas na água engarrafada da Alemanha. "Encontramos PET e polipropileno na água", relata Schymanski.

 

Ônus dos produtores

O pesquisador Andrew Mayes, da Universidade britânica de East Anglia, que é especializado em técnicas usando o vermelho do Nilo e que revisou os resultados da pesquisa da Orb, disse esperar que eles colaborem para o debate sobre o impacto ambiental das embalagens usadas no cotidiano.

 

   "Estudos como esse mostram que, apesar de o plástico ser um material maravilhoso, temos de usá-lo e descartá-lo com cuidado e bom senso", diz Mayes. "Acho que o estudo coloca o ônus nos produtores."

 

Questionada, a Nestlé afirmou que testou seis garrafas, e o resultado não revelou a presença de partículas microplásticas além do nível de traço. A multinacional suíça também afirmou que está "disposta a colaborar com outros para a evolução da robustez e da padronização dos métodos de teste."

 

A engarrafadora alemã Gerolsteiner afirmou que há muito tempo "presta especial atenção" a microplásticos e garantiu que sua água é "testada regularmente, tanto internamente como por laboratórios externos de renome". Segundo a empresa, os testes não revelaram a presença de microplásticos nas suas fontes.

 

Para Halden, resolver a questão dos microplásticos vai além de método e processo. "O consumidor tem um papel em comunicar que não quer continuar usando materiais que se sabe serem insuficientes com base no padrões atuais de como as coisas devem ser compatíveis com o meio ambiente e com a vida humana", afirma.

 

Por Deutsche Welle