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O artigo a seguir publicado no piauinoticias, foi enviado pela Danielle Gomes, pós-graduando em Odontologia.

 

 

Veja

A hipomineralização molar-incisivo (MIH) é um tipo de defeito de desenvolvimento do esmalte dentário que envolve de 1 a 4dentes primeiros molares permanentes, podendo afetar também incisivos permanentes. A MIH é caracterizada por manchas bem demarcadas com colorações que podem variar de brancas, amarelas ou amarronzadas O dente erupciona com o esmalte manchado e com o passar do tempo tende a desintegrar-se com as forças da mastigação.

 

Essa condição é considerada um desafio para os dentistas, pois as crianças/adolescentes com MIH apresentam maior chance de desenvolverem cárie dentária e as lesões progridem rapidamente, podendo levar a perdas dentárias em idades muito precoces. Outros problemas comuns apresentados por individuos que apresentam MIH são: hipersensibilidade dentinária e dificuldade de ser anestesiado e com isso apresentam problemas comportamentais, medo e ansiedade durante o atendimento odontológico.

 

Além disso, o esmalte é poroso e dificulta adesividade dos materiais restauradores, sendo fator de risco para falhas nas restaurações e consequentes substituições frequentes. Quando as manchas afetam os incisivos, a estética é comprometida e os tratamentos mais conservadores não solucionam o problema. Estudos têm afirmado que essas implicações clínicas geram impacto negativo na qualidade de vida de crianças e adolescentes que possuem MIH. 

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A prevalência da condição em Teresina é estimada em 18,4% (ou seja, um em cada cinco crianças/adolescentes possui a condição), segundo estudo realizado pelo programa de Pós-graduação em Odontologia da UFPI.

 

 

No entanto, as causas dessa condição são pouco conhecidas e por isso a instalação não pode ser prevenida. Muitos fatores têm sido associados como: genética, problemas durante a gestação, parto prematuro, uso frequente de antibióticos, febre alta e doenças da infância, como catapora e pneumonia, além de fatores socioeconômicos desfavoráveis que podem ocorrer desde o período pré-natal, até os três primeiros anos de vida da criança, período em que ocorre a formação do grupo de dentes afetados. É importante que as crianças com MIH sejam diagnosticadas precocemente, para que medidas preventivas e interceptativas de destruição dentária possam ser adotadas. Nesses pacientes, os cuidados com alimentação e higiene devem ser redobrados para evitar danos maiores aos dentes afetados.

Danielle Gomes Dourado – Aluna do Programa de Pós-graduação em Odontologia da UFPI (PPGO-UFPI);

Lúcia de Fátima Almeida de Deus Moura e Marina de Deus Moura de Lima – Professoras do Programa de Pós-graduação em Odontologia da UFPI (PPGO-UFPI)

 

 

 

Da redação

A dieta ocidental rica em gordura promove a metástase no câncer de próstata, diz estudo em cobaias publicado na "Nature Genetics" e na "Nature Communications" nesta quarta-feira (16).

 

Cientistas do Centro Médico Beth, em Israel, decidiram testar em camundongos uma hipótese já conhecida pela ciência: que pessoas obesas têm mais chance de desenvolver alguns tipos de câncer, como o de mama e o de próstata.

 

O que os levaram à desconfiar da gordura foi o seguinte dado estatístico: enquanto o câncer de próstata afeta 10% dos homens nas nações asiáticas, essa taxa sobe para cerca de 40% quando eles imigram para os EUA, onde a dieta é mais gordurosa.

 

O dado, assim, indica que a doença está relacionada a outros fatores -- e não somente os genéticos.

 

Para chegar aos resultados, primeiro, pesquisadores identificaram em cobaias que um gene (PML) que inibe o crescimento do tumor, estava ausente em cerca de 1/3 dos pacientes metastáticos.

 

Eles também verificaram que cerca de 20% dos tumores metastáticos não possuem um outro gene inibidor de crescimento tumoral, o PTEN.

 

Em cobaias, eles compararam os dois tipos de tumores - os que apresentam ausência apenas do gene PTEN versus tumores metastáticos com ausência de ambos os genes.

 

Pesquisadores descobriram que ambos os tumores metastáticos produziram grandes quantidades de lipídios ou gorduras.

 

Medicamento já descoberto inibe metástase

 

Com os dados em mãos, pesquisadores testaram uma molécula chamada "fatostatin", investigada para a obesidade.

 

Em cobaias, a molécula bloquearam a produção de gordura, regrediram e não mais apresentaram metástase.

 

O estudo abriu, assim, a porta para que testes sejam conduzidos com a droga.

 

 

G1

avcQual a relação entre a pressão alta e o AVC hemorrágico, conhecido como derrame? O Bem Estar desta terça-feira (16) mostrou como a saúde do coração protege o cérebro. Como a arritmia – problema que faz o coração bater fora do ritmo – pode causar AVC isquêmico? Convidamos o consultor e cardiologista Roberto Kalil e a neurologista Gisele Sampaio Silva para falar sobre o assunto.

 

AVC: causas, riscos e prevenção

O AVC pode ser de dois tipos: isquêmico (a artéria se fecha, impedindo a chegada de sangue oxigenado para o cérebro) e o hemorrágico (uma artéria se rompe dentro do cérebro e o sangue extravasa, comprometendo a área inundada.

 

Os principais fatores de risco do AVC são a hipertensão, obesidade, diabetes e colesterol alto. Álcool, fumo, sedentarismo também são fatores. Tratar os fatores de risco pode prevenir até 90% dos casos de AVC.

 

Segundo a neurologista, não há muita diferença entre os sintomas do AVC isquêmico e do hemorrágico. Por isso, é preciso ficar atento se você sentir paralisia de um só lado do corpo (ocorre em até 80% dos casos), adormecimento, perda do campo de visão, tontura com visão dupla, dor de cabeça muito forte e abrupta e dificuldade para falar ou de compreensão.

 

O socorro rápido é essencial para evitar sequelas!

 

AVC entre jovens

 

Um estudo inédito no Brasil, realizado em Joinville (SC), comprovou o que já é considerado um fenômeno mundial: o aumento do número de casos de AVC entre jovens. De 2005 a 2015, os casos aumentaram 62% em pessoas com menos de 45 anos. O grupo de pesquisadores registrou quase 2.500 ocorrências nesse período e 7,5% dos pacientes estavam nessa faixa etária. O neurologista que liderou a pesquisa diz que esse crescimento deve estar ligado principalmente à alimentação.

 

G1

Foto: Augusto Carlos/TV Globo

O artigo que trata sob Paralisia Cerebral foi enviado ao piauinoticias pela graduanda em Odontologia Básia Rabelo Nogueira.boca

 

Paralisia Cerebral (PC) é o conjunto de desordens do desenvolvimento, movimento e postura que trazem limitações motoras para a pessoa afetada. Assim como qualquer indivíduo, o paciente com paralisia cerebral precisa de cuidados essenciais para ter uma boa saúde oral e uma melhor qualidade de vida. O consumo frequente de medicamentos açucarados, dieta rica em carboidratos e retenção prolongada dos alimentos na boca devido a movimentação anormal da musculatura facial faz com que esses pacientes tenham um maior risco de desenvolver cárie e doença periodontal.


Como são pacientes geralmente dependentes de uma terceira pessoa para realizar atividades diárias, o cuidador deve ser motivado a realizar a escovação de uma maneira efetiva. Um estudo feito pelo Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFPI (PPGO – UFPI), mostrou que aqueles pacientes com paralisia cerebral que tinham seus dentes escovados 3 vezes ao dia tinham melhor condição de saúde bucal do que aqueles que escovavam 2 vezes ao dia, ou seja, esse grupo de pacientes apresentou menores índices de cárie e uma melhor saúde periodontal.


A escovação é o principal meio para remover placa bacteriana e restos de alimentos que ficam nos dentes e, assim, prevenir doenças bucais. A escova de dentes utilizada deve ser adequada para a idade da criança ou do adolescente, preferencialmente com cerdas macias, cabeça pequena para alcançar os dentes mais posteriores e deve ser trocada sempre que as cerdas se abrirem. Devem ser realizados movimentos circulares e suaves para remover a placa dentária de todas as partes dos dentes. Assim como o consumo racional de açucares, o flúor é essencial na prevenção contra cáries. Portanto, o creme dental de escolha é aquele com flúor na concentração recomendada pelo dentista.

Sem título
As desordens neuromusculares presentes nesses pacientes podem tornar difícil o simples fato de abrir ou manter a boca aberta o que dificulta a escovação. Abridores de boca confeccionados com palitos de picolé enrolados com uma fita adesiva podem ser essenciais para contornar essa situação e permitir que o cuidador faça a higiene bucal adequada da criança ou do adolescente.


O cuidador também pode sentir uma dificuldade de estabilizar a cabeça da criança, para isso ele deve se posicionar por trás dela e utilizar a mão esquerda para segurar a mandíbula da criança e encostar a cabeça contra a sua barriga para assim estabiliza-la. Após a escovação é de extrema importância o uso do fio dental para limpar as regiões entre os dentes onde a escova não consegue alcançar. Por fim, a língua deve ser limpa com a própria escova, gaze ou fralda limpa.


Além do cuidado diário dentro de casa, a criança deve visitar regularmente o dentista e cabe a esse profissional se preparar para atender de forma adequada esse paciente fornecendo orientações para os pais ou cuidadores. O dentista deve estar ciente que a sua forma de atender deve ser adaptada às necessidades especiais do paciente com paralisia cerebral e buscar a maneira mais confortável e segura de realizar os procedimentos necessários.


Básia Rabelo Nogueira – Aluna do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFPI (PPGO- UFPI)
Raimundo Rosendo Prado Júnior – Professor do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFPI (PPGO- UFPI)