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mosquitDuas novas pesquisas publicadas neste quinta-feira (8) usaram a nova técnica de edição de DNA, Crispr. Cientistas da Universidade Johns Hopkins conseguiram detectar um dos genes responsáveis pela malária em mosquitos e bloqueá-lo. Já o grupo do Laboratório Cold Spring Harbor identificou uma maneira de controlar uma proteína que leva a um tipo de leucemia mais agressivo.

 

A técnica Crispr é chamada de "revolução" por publicações de prestígio como a "Science". É revolucionária porque os cientistas podem "recortar" e mudar tudo o que desejam dentro do código genético, responsável por nossas características e doenças hereditárias, e de forma precisa e barata – tão acessível que escolas dos EUA já receberam kits de Crispr para editar DNA dentro da sala de aula.

 

No caso da pesquisa da Johns Hopkins, os autores conseguiram mostrar que a inativação do gene FREP1 reduzia as chances de infecção pelo Plasmodium, parasita da malária, nos mosquitos. Segundo o artigo, o micro-organismo passa por uma série de etapas antes de chegar até a glândula salivar do Anopheles gambiae e transmitir a doença para seres humanos em uma picada. Esse ciclo de infecção depende de uma série de proteínas, entre elas a FREP1.

 

O grupo de pesquisadores identificou e examinou várias destas proteínas envolvidas na infecção da malária. Uma vacina da FREP1 está sendo desenvolvida, inclusive, mas a pesquisa dos professores da Johns Hopkins queria testar a técnica Crispr.

 

Com a ajuda dessa edição genética precisa, eles conseguiram inativar o gene nos mosquitos. Eles descobriram que a infecção por malária foi reduzida de forma significativa em humanos e ratos. A doença mata 500 mil pessoa por ano no mundo.

 

Um ponto negativo demonstrado, no entanto, é que a inativação da FREP1 mudou algumas características dos mosquitos: reduziu a fertilidade, a taxa de incubação dos ovos, a longevidade. Isso poderia reduzir a capacidade de competição dos Anopheles gambiae modificados com os já existentes no ambiente, sem conseguir reproduzir o gene e bloquear a malária em uma população maior de mosquitos.

 

Contra a leucemia

O tratamento do câncer é uma das metas científicas mais almejadas com o Crispr. Os cientistas do Laboratório Cold Spring Harbor (CSHL, sigla em inglês), de Nova York, também usaram a detecção de uma proteína para controlar tipos agressivos de leucemia.

 

A MEF2F faz parte de uma classe de proteínas conhecida por dificilmente ser manipulada com o uso de medicamentos. A sua hiperatividade é responsável por 15% dos casos de leucemia mielogênica aguda (AML), câncer que progride de forma rápida e com alto índice de mortalidade.

 

Christopher Vakoc, cientista associado ao CSHL, escreveu o artigo desta quinta com outros colegas e diz que foi possível parar o crescimento das células deste tipo de câncer dirigidas pela MEF2F.

 

A descoberta faz parte de uma busca que começou em 2013, quando o sistema criado com base na técnica Crispr foi criado pelo laboratório. Eles usaram a edição genética para rastrear genes que tinham algum impacto na sobrevivência de células do câncer.

 

   "Nós deixamos as células cancerosas dizerem quais são os tipos de genes que elas precisavam para crescer", contou Vakoc.

 

Com essa identificação com a ajuda do Crispr, os pesquisadores acreditam que será possível desenvolver novos medicamentos contra a doença. Experimentos com animais já estão em andamento no mesmo laboratório.

 

G1

Foto: S. Dixon/F. Zhang/Divulgação

Ficar mais exposto ao sol, especificamente aos raios UV-B, pode ajudar na prevenção da esclerose múltipla mais tarde, diz estudo publicado na "Neurology", publicação da Academia Americana de Neurologia.

 

Segundo a pesquisa, pessoas que vivem em regiões muito ensolaradas tiveram 45% menos chance de desenvolver a doença.

 

Se houve uma alta exposição pessoal especificamente entre os 5 e 15 anos, e maior tempo ao ar livre, o risco pode ser reduzido em até 55%.

 

Para chegar à conclusão, pesquisadores selecionaram 151 mulheres com esclerose múltipla e 235 sem a doença. As idades eram similares: em torno de 40 anos e as participantes viviam em diferentes regiões dos Estados Unidos.

 

Primeiro, participantes preencheram questionários sobre o verão e sobre o inverno de onde moraram. Elas também relataram a exposição pessoal ao sol.

 

As mulheres foram divididas em três grupos: exposição solar alta, moderada e baixa. Foram consideradas a latitude e longitude de onde vivem, bem como a duração de raios solares no verão e no inverno.

 

Com os dados, os cientistas chegaram às seguintes conclusões:

 

   Indivíduos que vivem em climas mais ensolarados tiveram 45% menos chance de desenvolver esclerose múltipla, em comparação com aqueles que viviam em climas menos ensolarados;

 

   Em relação à idade, se a exposição ao sol foi intensa entre 5 e 15 anos, o risco de esclerose múltipla era reduzido em 51%;

 

   Pessoas que passaram mais tempo ao ar livre no verão, com idades entre 5 e 15, tiveram o risco reduzido em 55%;

 

   Participantes que desenvolveram esclerose múltipla também tomaram menos sol na vida adulta, tanto no inverno, quanto no verão.

 

   "Nós descobrimos que onde uma pessoa vive e as idades em que estão expostas aos raios UV-B do sol podem desempenhar papéis importantes na redução do risco da doença", explica Helen Tremllet, pesquisadora na Universidade de Columbia Britânica e autora do estudo, em nota.

 

Outros estudos já associaram níveis mais baixos de vitamina D (adquirida na exposição ao sol) a um risco aumentado para a esclerose múltipla.

 

O que o estudo da Universidade de Columbia Britânica (Canadá) fez foi olhar a exposição ao sol ao longo da vida de uma pessoa e estudar outras variáveis, como a idade em que a pessoa se expôs a luz solar.

 

Uma limitação do estudo foi que a exposição ao sol foi auto-relatada por meio de questionário. Por outro lado, a exposição aos raios UV-B foi medida pelo local de residência, o que traz mais acuidade ao estudo (já que o dado não depende da memória do participante).

 

No vídeo abaixo, confira mais informações sobre a exposição ao sol, o tempo necessário, o melhor horário e o uso do filtro solar.

 

G1

engasagarO engasgo ocorre quando algo bloqueia parcial ou totalmente a traqueia - um órgão em formato de tubo que leva o ar para os pulmões. De acordo com a Sociedade de Pediatria de São Paulo, em bebês isso ocorre principalmente por líquidos. Já em crianças maiores, por sólidos, como alimentos e pequenos objetos.

 

A Sociedade Brasileira de Pediatria alerta que uma criança de até três anos pode engasgar com a comida porque ainda não controla a mastigação e a deglutição de alimentos. Além disso, elas não possuem os dentes molares, que ajudam a triturar os alimentos. O que torna o engasgo mais comum é o fato de algumas crianças possuírem o hábito de levar objetos à boca, como pequenos brinquedos de plástico ou metal, normalmente de irmãos mais velhos.

 

Os meninos são os que mais engasgam ou engolem objetos. O problema também é mais comum entre 1 e 3 anos de idade. Mais de 50% das aspirações acontecem em crianças menores de quatro anos e, mais de 94%, antes dos sete anos, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria.

 

Os alimentos apresentam a principal causa de engasgos em crianças. Entre 2001 e 2009, um estudo realizado nos Estados Unidos, na Universidade de Ohio, avaliou dados obtidos em 112 mil prontuários de crianças de até 14 anos que deram entrada em uma emergência com queixa se engasgos. Em 25% dos casos, algum tipo de alimento foi a causa do acidente. Entre os mais comuns estão as balas e outras guloseimas.

 

No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, milho, feijão e amendoim são os grãos mais comumente aspirados por crianças. Por outro lado, o material mais relacionado à morte por engasgo é o sintético, como balões de borracha e estruturas esféricas, sólidas ou não, como bola de vidro e brinquedos.

 

Quem explica o que fazer no caso de uma criança engasgar é a pediatra Nathalia Altieri da Cunha: "Primeiramente e o mais difícil, é manter a calma". Para menores de 1 ano, coloque a criança deitada de barriga para baixo, no seu antebraço, mantenha a cabeça mais baixa que o tórax e então, bata no meio das costas, por 5 vezes, com a mão aberta. Vire a criança de barriga para cima e observe se desengasgou. Caso não tenha desengasgado, ligue para a emergência e vá repetindo esse procedimento.

 

Nas crianças maiores, abrace o tronco da criança, feche as mãos e coloque a parte do polegar na boca do estomago. Segure o punho com a outra mão e faça 5 compressões (apertando para dentro e para cima) e solicite que a criança tussa. Após a manobra, se o objeto não sair, ligue para a emergência. Enquanto o socorro não chega, continue repetindo o movimento.

 

Para evitar essa situação, a pediatra aconselha que a criança esteja sempre sob a supervisão de adultos, quer seja para comer, ingerir líquidos ou brincar. Além disso, a criança deve sempre estar sentada para comer ou beber qualquer tipo de líquido. Alimentos arredondados e lisos, principalmente para os pequenos de 1 e 2 anos que não têm os dentes pré-molares, deve ser fornecido cortado, para minimizar o risco de engasgos.

 

r7

Foto: Getty Images

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (7) ações relacionadas à saúde da mulher em entrevista à imprensa em virtude do Dia Internacional da Mulher, comemorado na quinta-feira (8).

 

As mulheres são as maiores usuárias do SUS (Sistema Único de Saúde). No ano passado, 619 milhões de mulheres receberam algum atendimento pela rede pública, segundo dados do governo.

 

Com o objetivo de “financiar a saúde e não a doença”, como enfatizou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, foram anunciadas algumas medidas para o planejamento familiar.

 

Uma delas é o serviço de aconselhamento genético para casais com risco de gerar filhos com doenças raras hereditárias. De acordo com o governo, R$ 965,3 milhões do orçamento foram gastos no ano passado para atender somente 1.334 pacientes com doenças raras.

 

O fornecimento de alguns medicamentos de alto custo para doenças raras pelo Ministério da Saúde está em atraso. Segundo Ricardo Barros, isso se deve a um “imbróglio jurídico”.

 

Saiba mais: Pacientes com doenças raras pedem liberação de medicamentos

 

“As empresas que venceram o edital para vender os remédios não têm o direito de importá-los, porque não detêm o registro. Só o detentor dos registros pode importar os medicamentos. Esse detentor disse que faz o preço mais barato, mas já havia sido realizado o edital”, afirmou.

 

“Não concordamos com essa manutenção do monopólio. Vai ter desabastecimento dos remédios se não conseguirmos isso”, completou.

 

Outra ação do governo anunciada, com enfoque nas mulheres, foi o projeto “Parto Cuidadoso”, que pretende “investir na capacitação de enfermeiras obstétricas e obstetrizes para atenção ao parto normal”. O objetivo é diminuir o índice de cesarianas no Brasil.

 

No entanto, segundo dados do próprio governo, no serviço público, o número de partos normais (58%) já supera o de cesarianas (41,9%).

 

O Ministério da Saúde ainda criou um sistema de monitoramento online para acompanhar a quantidade de partos cesáreas nos serviços do SUS. De acordo com o governo, a medida tem o intuito reduzir a realização do procedimento quando desnecessário.

 

As gestantes poderão acompanhar o monitoramento pelo site da Secretaria de Vigilância em Saúde a partir do dia 19.

 

Presente na entrevista, a secretária nacional de Políticas para as Mulheres, Fátima Pelaes, ressaltou que a mulher também tem o direito de “sair da maternidade já com o DIU”. “Porque quando ela retorna, já volta ao hospital com outra gravidez”.

 

Desde dezembro do ano passado, o DIU de cobre está disponível em maternidades e hospitais públicos do país, além das unidades básicas de saúde. O método contraceptivo é também oferecido após o parto e em casos de abortamento.

 

Até 2019, 852 serviços e 4.625 profissionais serão qualificados para implantação do DIU de cobre em todo o país, segundo o Ministério da Saúde.

 

R7