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cirurgiabariatricaA cirurgia bariátrica, que consiste em restringir a absorção de alimentos, é de longe o método mais eficaz para controlar o diabetes tipo 2 em pessoas obesas ou com sobrepeso - é o que mostra um estudo divulgado nesta segunda-feira, que acompanhou pacientes durante três anos.

 

Cerca de 80% dos 23 milhões de norte-americanos com diabetes também têm sobrepeso ou são obesos, segundo os autores da pesquisa. O estudo clínico foi o mais amplo e de maior duração já realizado, e foi apresentado nesta segunda-feira, 31, durante a conferência anual do Colégio Norte-Americano de Cardiologia (ACC), em Washington.

 

Os 150 participantes, com idades entre 41 e 57 anos no momento do recrutamento, sofriam de diabetes adulta (tipo 2) não controlada. O grupo, composto por 66% de mulheres, foi dividido aleatoriamente em três sub-categorias.

 

O primeiro foi submetido a um tratamento médico intenso, que combinava exercícios, dieta e medicação. O segundo recebeu tratamento anti-diabetes e foi submetido à cirurgia de de bypass gástrico, que reduz o estômago em 2 a 3% de seu volume original mediante a criação de uma derivação no trato digestivo para reduzir a absorção de nutrientes pelo intestino delgado.

 

Por último, o terceiro grupo - além do tratamento com medicamentos - sofreu uma gastrectomia, que consiste numa incisão no estômago para reduzir seu volume. O objetivo do estudo, batizado "Stampede", era comparar a eficácia dos três enfoques para o controle do diabetes mantendo uma taxa de açúcar no sangue superior a 6% em média, durante três meses.

 

 

Os participantes tinham uma taxa média de glicose de 9,2% antes de começar o estudo.

 

'Diabesidade', uma verdadeira epidemia

Três anos após as intervenções, somente 5% dos integrantes do primeiro grupo - tratado apenas com medicamentos - foram capazes de controlar o diabetes, contra 37,5% dos que se submeteram à cirurgia de bypass gástrico e 24,5% daqueles que fizeram a diminuição de estômago.

 

"Vemos pessoas que tinham a vida devastada pelo diabetes, e três anos mais tarde este estudo mostrou que a cirurgia bariátrica é o tratamento mais eficaz, com maiores efeitos positivos duradouros para pessoas com obesidade de grau II e III", disse Sangeeta Kashyap, endocrinologista da Clínica Cleveland (Ohio, norte dos Estados Unidos), um dos principais autores da pesquisa.

 

"Mais de 90% dos pacientes submetidos a uma das cirurgias bariátricas conseguiram perder 25% de seu peso e controlar o diabetes sem necessidade de recorrer à insulina ou a múltiplos anti-diabéticos", explicou.

 

Em comparação, os participantes do primeiro grupo, tratados apenas com uma terapia convencional, reduziram somente 4% de seu peso. O estudo mostra também que a cirurgia permite melhorar a qualidade de vida dos pacientes e diminuir a necessidade de tomar medicamentos para controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol se comparados aos tratados com a terapia convencional.

 

 

Assim, os participantes submetidos a um procedimento bariátrico tomavam significativamente menos remédios cardiovasculares e contra o diabetes. O estado mental dos voluntários também apresentou uma notável melhora. Os médicos ressaltam que, apesar dos grandes benefícios, a cirurgia bariátrica não está isenta de riscos, já que pode acarretar em complicações como sangramento, infecção e embolia.

 

Nenhuma complicação importante foi observada entre as 100 pessoas que foram submetidas a uma intervenção durante o estudo, segundo os autores da pesquisa. Após um ano, os problemas mais frequentes foram sangramentos e desidratação.

 

A obesidade, que afeta mais de um terço dos adultos nos Estados Unidos, é o principal fator desencadeador do diabetes tipo 2. As autoridades sanitárias falam de uma verdadeira epidemia, à qual deram o nome de "diabesidade". Segundo a Associação Norte-Americana de Diabetes, caso a tendência atual continue, um em cada três adultos norte-americanos será diabético em 2050. O estudo também foi publicado na versão online da revista "New England Journal of Medicine".

 

AFP

 

obesidadeinfantilA obesidade infantil segue crescendo no Brasil – atualmente, 3 em cada 10 crianças estão acima do peso. Isso acontece principalmente por causa da mudança de padrão alimentar, do aumento do consumo de gordura e açúcar e também do sedentarismo. No Bem Estar desta segunda-feira, 31, o endocrinologista Alfredo Halpern e a pediatra Ana Escobar deram dicas e mostraram como os pais podem ajudar os filhos a combater a obesidade infantil.

 

Um dos grandes problemas atualmente na alimentação das crianças é a grande oferta de alimentos como bolos, refrigerante, pipoca, hambúrguer, batata frita, salsicha, macarrão instantâneo, brigadeiro, chocolate, balas, pirulitos, pastel e coxinha, por exemplo.

 

Além disso, até mesmo na escola a oferta de alimentos é sempre um risco, como mostrou a reportagem da Natália Ariede. O ideal, segundo os médicos, seria que os pequenos ingerissem mais legumes, verduras, arroz, feijão, carnes, frutas, água e sucos naturais.

 

Outro problema frequente é o comportamento dos pais, que quase forçam o filho a comer para “não fazer desfeita”. Porém, nesse caso, a comida como forma de manifestação de carinho nem sempre é o melhor para a criança – vale ressaltar que o estômago dos pequenos é menor do que o estômago dos adolescentes e adultos e se eles comerem mais do que aguentam, vão engordar.

 

Os médicos ressaltam ainda que o problema da obesidade começa na educação dos pais e também na escola - ou seja, pais que comem bem e fazem atividade física regularmente também incentivam os filhos a serem assim.

 

Segundo a pediatra Ana Escobar, a criança que come escondido, deixa de fazer atividades por causa do peso ou sofre bullying, exige atenção dos pais já que esses são possíveis sinais de obesidade.

 

Outros fatores como desvio de perna, manchas atrás do pescoço, joelhos ou axilas, barriga muito grande ou puberdade alterada são ainda mais preocupantes e podem indicar que o excesso de peso está evoluindo para um quadro mais sério.

 

Para mostrar o que os pais devem fazer para os filhos perderem peso, os médicos montaram uma linha do tempo – até 1 ano de idade, o ideal é dar leite materno e a partir dos 6 meses, papinhas saudáveis; a partir de 1 ano, já pode introduzir alimentação saudável; depois dos 2 anos de idade, eles podem incentivar esportes leves como natação; depois dos 4 anos, já podem avançar e praticar esportes como balé e judô. A partir dos 12 ou 16 anos, os pais já podem incentivar a alimentação saudável e a atividade física, como lembraram os médicos.

 

Existe ainda a opção do balão intragástrico, que segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, pode ser uma opção. O médico explica que é importante que a criança obesa emagreça, de alguma maneira, para não ter complicações e doenças no futuro. O balão intragástrico é a opção para ser usada se o uso de medicamentos não funcionou e antes de precisar recorrer à cirurgia bariátrica. Em relação ao uso dos remédios, o médico alerta que eles podem ser eficazes na perda de peso dos jovens, aliado a bons hábitos de vida, como fez a Amanda, mostrada na reportagem da Renata Cafardo.

 

 

G1

 

Indústrias farmacêuticas e distribuidoras podem, a partir de hoje, 31, adotar o reajuste de até 5,68% nos preços de medicamentos regulados pelo governo. A resolução da Câmara de Regulação de Medicamentos (Cmed) que autoriza o reajuste foi publicada na última quinta-feira, 27, no Diário Oficial da União.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, a regulação é válida para mais de 9 mil medicamentos, sendo que mais de 40% deles estão na categoria nível três – de menor concorrência, cujas fábricas só poderão ajustar o preço-teto em 1,02%.

 

“O ajuste autorizado pode alterar o preço máximo de fábrica, porém não impacta diretamente no valor pago pelo consumidor, uma vez que muitas empresas adotam descontos na comercialização dos produtos”, informou a pasta.

 

A Cmed fixa o valor do reajuste anualmente, com base em critérios técnicos definidos na Lei 10.742 de 2003. São considerados no cálculo a inflação do período (de março de 2013 até fevereiro de 2014), produtividade da indústria, variação de custos dos insumos e concorrência dentro do setor.

 

 

Agência Brasil

dilmamaismedicosA presidenta Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira, 31, que o programa Mais Médicos beneficia 33 milhões de pessoas nas periferias das grandes e médias cidades e no interior do País. Já são 9.490 profissionais atuando em 3.025 municípios e em 31 distritos indígenas.

 

— Agora em abril estão chegando mais 3.745 médicos. Aí, nós estaremos atendendo 100% do que foi pedido pelos municípios quando iniciamos o programa Mais Médicos.

 

Dilma informou, no programa semanal Café com a Presidenta, que, em abril, serão 13.235 médicos atuando em 4.040 cidades.

 

— Não teremos mais aquela situação, que é inaceitável, de municípios sem nenhum médico. Deixará de ser comum aquilo que ocorria em vários municípios, de só ter médico no posto um ou dois dias da semana, ou até, imagine só, um ou dois dias por mês. Serão, a partir de abril, cerca de 46 milhões de pessoas mais bem atendidas e com médicos perto das casas.

 

Segundo a presidenta, é importante ter médicos no posto de saúde todos os dias porque esse atendimento pode resolver 80% dos problemas de saúde das pessoas e diminui a pressão sobre as unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e sobre as emergências dos hospitais.

 

Governo aumenta repasse e cubanos do Mais Médicos irão receber R$ 2.900 no Brasil

 

Dilma ressaltou que uma das ações do Mais Médicos é aumentar o número de cursos de medicina no Brasil e, assim, aumentar o número de vagas.

 

— Vamos abrir 11,5 mil novas vagas de graduação até 2017. Somente no meu governo já ampliamos em 3.445 o total de vagas dos cursos de medicina no Brasil.

 

Além disso, Dilma acrescentou que, para formar os médicos especialistas, haverá mais 12,4 mil vagas em residência médica, das quais 2.403 já foram abertas. Ela destacou que as novas vagas estão sendo abertas pelo interior do País.

 

 

AgenciaBrasil

 

 

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