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Por que andar descalço faz bem para os pés das crianças? “Ele andava e desequilibrava muito. Ele tem o pé plano. Andar descalço fez a diferença, a curvinha começou a aparecer no pé dele”, conta a mãe do Benjamin, Larissa Lopes Araújo.

O pé plano – famoso pé chato – é uma característica da infância. “A importância dos pais trazerem para a gente é diferenciar. Porque existe o pé plano simples que a gente orienta correr, brincar em solo irregular, areia, grama. Isso ajuda a desenvolver a musculatura e a formar o arco plantar”, explica o ortopedista pediátrico Leonardo Cury.

Andar descalço pode trazer benefícios para o futuro. A pessoa pode ter menos dores no joelho, no quadril e nos pés, por exemplo.

O pé da criança é diferente do pé do adulto. Ela ainda não tem estruturas anatômicas maduras. Até os 4 ou 5 anos o pé é frouxo, laceado. É com essa idade que o pé deixa de ser chato e começa a formar o cavo plantar (curva do pé).

Pé do adulto

O pé do adulto pode apresentar alterações do alinhamento que são consideradas normais. É preciso ficar alerta quando elas causam dor ou limitação para fazer atividades. O pé pode ser:

Pronado – pé plano/chato, sem a curva, por isso tem a pisada mais para dentro.

Supinado – pé com arco alto, por isso tem a pisada mais para fora. De acordo com a fisioterapeuta Camila Pagluic, esse tipo de pé pode causar lesão da fáscia plantar, lesão do tendão do calcâneo e lesão do primeiro dedo.

Cada tipo de pé pede um exercício diferente. No pronado é importante fortalecer os músculos da panturrilha e músculos intrínsecos dos pés. Dependendo do caso, é preciso fortalecer também o quadril. Também é importante alongar a panturrilha e o tendão de calcâneo. Já no pé supinado é importante fazer exercício para perda de mobilidade no tornozelo, alongamentos estáticos e dinâmicos, uso de esparadrapo na articulação do tornozelo durante a marcha e o agachamento.

 

G1