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menorpausaROCHESTER, Minnesota.- A atenção plena pode estar associada a menos sintomas da menopausa para as mulheres, de acordo com um estudo da Mayo Clinic recentemente publicado em Climacteric: The Journal of the International Menopause Society. Os pesquisadores descobriram que a atenção pode auxiliar particularmente as mulheres com menopausa que enfrentam irritabilidade, ansiedade e depressão.

“Neste estudo, descobrimos que as mulheres de meia-idade com índices mais altos de atenção plena sofreram menos sintomas da menopausa,” afirma o internista geral da Mayo Clinic e especialista em saúde da mulher, Dr. Richa Sood, principal autor do estudo. “Essas descobertas sugerem que a atenção plena pode ser uma ferramenta promissora para ajudar as mulheres a diminuírem os sintomas da menopausa e o estresse em geral.”

Atenção plena envolve focar a atenção no momento presente e observar os pensamentos e sensações sem julgamento. Pesquisas anteriores mostraram que praticar a atenção plena pode reduzir o estresse e melhorar a qualidade de vida.

Todos os dias, cerca de 6.000 mulheres nos EUA atingem a menopausa. Em 2020, espera-se que o número de mulheres com 55 anos de idade ou mais chegue a 46 milhões. Considera-se que uma mulher chegou à menopausa se ela tiver passado um ano sem menstruar. Os sintomas comumente apresentados na menopausa podem incluir ondas de calor, suores noturnos, secura vaginal e alterações de humor.

O estudo envolveu 1.744 mulheres com idades entre 40 a 65 anos que receberam cuidados na Clínica de Saúde da Mulher da Mayo Clinic em Rochester entre 1 de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2016. As participantes preencheram questionários que classificaram seus sintomas da menopausa, nível percebido de estresse e atenção plena. Os pesquisadores descobriram que as mulheres com pontuações mais altas de atenção plena tinham menos sintomas da menopausa. Quanto maior o nível de estresse percebido de uma mulher, maior o vínculo entre uma maior atenção plena e os sintomas da menopausa diminuídos.

Um resultado surpreendente do estudo é que as pontuações mais altas de atenção plena não estavam associadas às pontuações mais baixas dos sintomas de ondas de calor e de suor noturno, afirma o Dr. Sood. Uma teoria sobre a razão disso é que a quantidade de desconforto sofrido por suores noturnos e ondas de calor pode ter mais a ver com características individuais de personalidade do que com os próprios sintomas. Uma descoberta interessante no estudo, de acordo com o Dr. Sood, foi a associação das pontuações mais altas de atenção plena às pontuações mais baixas dos sintomas de irritabilidade, depressão e ansiedade em mulheres de meia-idade que atingiram a menopausa.

“Embora ainda haja a necessidade de mais estudos, os médicos podem considerar a atenção plena como uma potencial opção de tratamento para mulheres na menopausa”, diz Dr. Sood.

Felizmente, a atenção plena é uma habilidade que pode ser aprendida.

“Essencialmente, o primeiro passo para ficar atento é se conscientizar de que nossas mentes estão no piloto automático a maior parte do tempo”, afirma Sood. “O objetivo durante os momentos de atenção não é esvaziar a mente, mas tornar-se um observador da atividade da mente, sendo gentil consigo mesmo. O segundo passo é criar uma pausa. Respire fundo e preste a atenção ao próprio espaço, pensamentos e emoções sem julgar. A calma resultante ajuda a diminuir o estresse.”

Cria saude

arritmiaUma técnica diferente, que usa o frio, traz esperanças para pessoas que têm arritmia cardíaca. A crioablação traz qualidade de vida para pacientes como a contadora Nanci Ferreira. Por dez anos, ela sofreu com arritmia. Nas crises, que eram frequentes, o coração dela chegava a bater quase 200 vezes por minuto, mais que o dobro recomendado para uma pessoa jovem e saudável.

“Era uma aceleração muito intensa, sensação de morte. Automaticamente, eu precisava sentar, fazer os procedimentos que eram orientados, como tomar agua gelada, estirar as pernas, ficar sentada de forma bem imóvel, para tentar desacelerar”, conta.

A causa da arritmia da Nanci era uma doença congênita chamada Wolf Parkinson White. A pessoa nasce com uma via elétrica a mais no coração chamada via acessória, entre os átrios e os ventrículos. O normal é ter só uma. A presença de uma via a mais provoca a aceleração dos batimentos. Havia ainda um agravante: a via acessória estava colada com a normal.

Uma técnica cirúrgica muito usada em casos de arritmia é a ablação por radiofrequência, que cauteriza pelo calor. Entretanto, para quem tem Wolf Parkinson White, o procedimento pode ser arriscado. “Quando esses dois fios elétricos, o normal e o anômalo, estão juntos, você pode, através da ablação, lesionar os dois sistemas de condução, os dois fios”, explica a cardiologista Alessandre Rabello.

Há quatro anos, um método mais seguro começou a ser usado em pacientes com esse agravante, a crioablação. Os médicos introduzem um cateter pela virilha que chega até o coração. Na ponta, uma pedra de gelo formada por nitrogênio cauteriza a via acessória até que ela perca a capacidade de emitir impulsos elétricos. O cateter é resfriado a uma temperatura de 72 graus negativos. “Você tem mais segurança, consegue cauterizar o fio anômalo sem atingir o fio normal, e aí você consegue a cura do paciente”, completa a cardiologista.

O procedimento dura de uma hora e meia a três horas, dependendo do quadro de cada paciente. Nesse tipo de ablação, o risco de haver uma complicação que leve a um bloqueio do coração é muito baixo: 1,5%.

Antes da chegada desta técnica cirúrgica à frio, pacientes como Nanci tinham que conviver com a doença tomando remédios. Depois que ela passou pelo procedimento, nunca mais teve crises de arritmia. A qualidade de vida é outra. “Agora é sem medo, sem pânico de estar, inesperadamente, andando na rua e ter a aceleração. Hoje eu tô tranquila, sei que não vai acontecer”, finaliza a contadora.

 

G1

Foto: divulgação melhor com saude

Uma molécula desenvolvida no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) poderá aumentar a qualidade e a expectativa de vida das pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca – hoje em torno de cinco anos para grande parte deles. A nova molécula – feita pelo ICB em cooperação com a Universidade de Stanford, dos Estados Unidos – abre caminho para novos medicamentos capazes de frear a evolução da doença de maneira mais eficaz do que os já disponíveis.

A insuficiência cardíaca é o último estágio de diversas doenças cardiovasculares, enfermidades que mais matam no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que 17,7 milhões de pessoas tenham morrido por doenças cardiovasculares em 2015, representando 31% de todas as mortes em nível global. A insuficiência cardíaca pode ser causada por um infarto mal tradado, hipertensão, e problemas em alguma válvula do coração.

“A maioria dos medicamentos disponíveis hoje para tratar a insuficiência cardíaca foi desenvolvida da década de 1980 e atua fora da célula cardíaca. Precisamos de medicamentos mais efetivos que controlem processos críticos na célula cardíaca em sofrimento, capazes de aumentar o tempo e a qualidade de vida dos pacientes. Mas essa é uma tarefa árdua” disse o professor do ICB e coordenador do estudo, Julio Cesar Batista Ferreira.

Segundo o ICB, o tratamento com a nova molécula sintetizada, chamada Samba, freou a progressão da insuficiência cardíaca em animais. Ratos com quadro de insuficiência cardíaca tratados por seis semanas com a molécula apresentaram não só uma estabilização da doença – como ocorre com o uso dos medicamentos atuais – mas também tiveram regressão do quadro. Os animais tiveram melhora na capacidade de contração do músculo cardíaco.

A molécula também foi testada em células cardíacas humanas. Os resultados mostraram que, além de frear o avanço da doença, houve melhora da capacidade dessas células se contraírem. “As drogas atuais freiam a progressão da doença, mas nunca fazem com que ela regrida. O que mostramos é que, ao regular essa interação específica, diminui-se a progressão e ainda traz a doença para um estágio mais leve”, disse Ferreira.

A pesquisa e a nova molécula sintetizada foram descritas em artigo publicado na Nature Communications na última sexta-feira (18). A publicação sobre ciências naturais é uma das principais revistas acadêmicas do mundo e abrange assuntos relacionados à física, química, às ciências da Terra e biologia.

 

Agência Brasil

A complexidade que torna o veneno do escorpião tão perigoso ao homem é a mesma que possibilita que ele se torne útil para a cura de diversas doenças, segundo o biólogo Claudio Maurício Vieira, do Instituto Vital Brazil, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, referência na área de soros antipeçonhentos.


Apoiadas nesse princípio, pesquisas estão sendo desenvolvidas no Brasil para o tratamento de células tumorais, hipertensão e doenças parasitárias.
“As células têm membranas que atuam como proteção, filtrando ações de substâncias externas. Mas as toxinas presentes no veneno do escorpião são capazes de interferir no funcionamento das células”, explica o biólogo.

“Como os escorpiões têm um processo evolutivo muito longo, de 450 milhões de anos, seu veneno apresenta uma variabilidade enorme de toxinas, que sofreram seleção e se tornaram cada vez mais sofisticadas. É isso que faz com que algumas espécies sejam tão perigosas ao homem e por isso seu veneno é uma fonte rica para a área de pesquisa”, completa.


Uma das principais pesquisas que utiliza o veneno para cura é de um grupo de cientistas de Minas Gerais liderado por Evanguedes Kalapothakis, professor-titular do Departamento de Biologia Geral da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

O estudo, publicado na revista científica Scientific Reports, descreve pela primeira vez uma toxina presente no veneno do escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), considerado o mais venenoso da América Latina, capaz de penetrar no núcleo celular e conduzir medicamentos para o combate de células cancerígenas.

Chamada de CPP-Ts, a toxina está relacionada ao efeito cardíaco da picada de escorpião. Ela aumenta a contração em células de músculo cardíaco, uma das principais causas de morte das vítimas, segundo a pesquisa.

“Além disso, a CPP-Ts atravessa a membrana celular, o que destaca este peptídeo como uma ferramenta promissora e específica para a administração intranuclear às células cancerígenas”, afirma o estudo.


Depois de identificar essa toxina, os pesquisadores modificaram sua estrutura para que não provocasse mais a contração celular, porém mantivesse a capacidade de se comunicar com as células. A pesquisa mostra que a toxina modificada penetra exclusivamente em células tumorais, poupando células saudáveis.

O objetivo é ligar a CPP-Ts a medicamentos utilizados para o tratamento do câncer. Isso deve diminuir os efeitos colaterais dos quimioterápicos e tornar o tratamento mais eficaz.

Acidentes com escorpiões são um problema de saúde pública. Mais de 140 mil pessoas foram picadas no ano passado, o que representa 16 mil a mais que o ano anterior, segundo o Ministério da Saúde.

 

R7