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oleoabacateDepois de um fim semana com uma dieta rica em gorduras, não raro as pessoas sentem-se profundamente culpadas e prometem compensar o exagero consumindo folhas e legumes no decorrer da semana. Certamente lastimam-se pela falta de um antídoto para controle imediato de marcadores metabólicos como os dos colesteróis, dos triglicérides, da glicemia.

Mas ele existe, e é também uma gordura, por paradoxal que possa parecer. Trata-se do azeite de abacate extraído da polpa do fruto. Azeite, denominação adequada, porque o termo óleo refere-se aos extratos de sementes como soja, milho, algodão, canola.

Essa revelação encontra-se na tese de doutorado da nutricionista Cibele Priscila Busch Furlan, desenvolvida junto à Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp e concluída na Universidade de Lund, Lund, Suécia, que originou artigo publicado no final do ano passado, mesmo antes de sua defesa, no Journal of Functional Foods, de alto impacto.

Em sua primeira etapa realizada no Brasil com animais, o estudo permitiu concluir que vários parâmetros metabólicos podiam ser controlados e até conduzidos a níveis adequados quando à ração consumida por ratos Wistar adicionou-se, por cerca de três meses, azeite de abacate.

Na segunda fase, realizada na Suécia, o trabalho concentrou-se na verificação do que acontecia em humanos, em fase aguda, ou seja, quando submetidos a uma refeição hipercalórica e hiperlipídica. Isso ainda não havia sido feito. Avaliou-se então o efeito da ingestão dos alimentos nos principais parâmetros metabólicos imediatamente após sua ingestão, o que se denomina efeito pós-prandial.

Nesta etapa, foram determinados os índices metabólicos referentes à glicemia, aos colesteróis, aos triglicérides, às inflamações, entres outros, em 13 adultos saudáveis, não diabéticos, na faixa etária de 65 anos, que sofrem um processo inflamatório crônico e latente em decorrência do sobrepeso.

O estudo clínico cross-over, em que no desjejum manteiga foi substituída pelo azeite do abacate avocado Hass, mostrou redução significativa de glicemia, colesterol total, LDL-colesterol, triglicérides, inflamação pós-prandial, tendência à melhoria da insulina e da redução da endoxemia - que corresponde à passagem de determinadas substâncias, que provocam infecção, do intestino para a corrente sanguínea, além de diminuição de riscos de aterosclerose.

Para a pesquisadora, esses resultados reforçam a importância da escolha correta quanto à qualidade dos alimentos e principalmente das gorduras, independentemente das calorias dietéticas ingeridas, pois os alimentos com biocompostos – responsáveis por benefícios específicos ao organismo - são fundamentais para melhora dos marcadores biológicos, promoção e manutenção da saúde.

A pesquisa com humanos

Para que pudessem ser estabelecidas comparações, aos participantes, previamente selecionados e submetidos a exames padrões, foi oferecido em uma semana um desjejum constituído de pão, batatas fritas, bacon, ovos e manteiga. Na semana seguinte, o mesmo prato foi preparado substituindo a manteiga por azeite de abacate.

Todos tinham 30 minutos para a refeição e imediatamente depois foi realizada a primeira coleta de sangue, repetida em intervalos de 30 minutos, durante quatro horas. Em cada amostra foram determinados: os índices de glicose; todas as frações de gorduras mais comuns, como o colesterol total, o LDL - conhecido como colesterol ruim, o HDL - chamado de colesterol bom, os triglicérides - que também constituem uma fração de gorduras; os marcadores inflamatórios CRP e IL-6 - indicativos da propensão ao desenvolvimento do diabetes por provocar a degradação de receptores da sinalização de insulina e glicose nas membranas.

Os resultados surpreenderam, diz a pesquisadora: “Verificamos que, mesmo com o consumo de uma alimentação altamente lipídica, a substituição da manteiga pelo azeite de abacate no preparo do prato levou à redução imediata de todos os marcadores metabólicos mencionados, a menos da HDL cujos índices se mantiveram”.

Constatada, ainda, a forte ação do azeite de abacate na redução da inflação e como esta modula a parede intestinal, os pesquisadores decidiram-se por outra análise que permitiria determinar a migração de alguns compostos presentes nas bactérias do intestino, chamadas LPS, para a corrente sanguínea, porque elas também ativam a infamação que gera um bloqueio na captação da insulina, aumentando a tendência ao desenvolvimento do diabetes. Ainda aqui o azeite de abacate revelou-se de grande potencial, constituindo uma barreira imediata, pós-prandial, a essa migração.

A pesquisadora destaca o ineditismo dos achados: “Sabia-se que o fruto do abacate traz grandes benefícios, mas ainda eram desconhecidos os efeitos imediatos do azeite, mesmo porque seu consumo e comercialização em supermercados são muito recentes”.

Na fase brasileira do trabalho ela realizou análises para determinar a composição do azeite e seu efeito sobre os principais marcadores metabólicos dos animais, quando foi orientada pelo professor Mário Roberto Maróstica Junior, do Departamento de Alimentos e Nutrição da FEA, que mantém linha de pesquisa focada principalmente na obesidade e nos problemas que podem decorrer dela, como a ocorrência de um processo inflamatório subclínico, de manifestação silenciosa, decorrente da obesidade, que desencadeia o diabetes tipo 2.

A propósito, diz a pesquisadora: “O foco inicial do meu trabalho com animais foi o tratamento dessa inflamação usando o azeite do abacate para retardar o desenvolvimento da diabetes”.  Na Suécia, onde os trabalhos tiveram continuidade em decorrência dos resultados obtidos no Brasil, os orientadores foram os professores Elin Ösman e, mais sistematicamente, Juscelino Tovar, da Universidade de Lund, que dispõe de infraestrutura adequada para pesquisas em humanos.

Implicações sociais

Embora os efeitos mais imediatos ocorram com a ingestão do azeite, que se justifica quando os índices de colesterol são altos, Cibele considera que o consumo da fruta traz ainda o benefício das fibras, opções estas que dependem das condições de saúde. Mesmo porque o custo do azeite é ainda muito alto e os alimentos a que é adicionado são menos palatáveis. Resta ainda, para garantir que as propriedades do azeite não sejam alteradas, que o seu consumo ocorra preferencialmente à temperatura ambiente ou em refogadas muito rápidas.

Ela ressalta que se trata de um produto que apresenta em média duas vezes mais fitosteróis do que o azeite de oliva e importantíssimo para reduzir o colesterol alto. Embora as variedades de abacates sejam grandes, a pesquisadora optou pelo azeite proveniente da variedade Hass, de fruto pequeno, que além de mais rico em azeite é também muito saboroso para consumo in natura.

Para a nutricionista, o estudo possibilita a promoção da conscientização dos benefícios para a saúde que o consumo de gorduras boas pode trazer. Ela recomenda o abacate entre as principais refeições e avalia que um quarto do fruto grande ou mesmo metade da espécie avocado seriam importantes no dia-a-dia.

Sobre os alimentos fontes de gorduras saturadas (baixa recomendação), Cibele sugere que cada um se faça a pergunta: quanto saudável estou para consumir a deliciosa manteiga, por exemplo? E alerta: “A preocupação não deve ser apenas com a quantidade do que se come mas, principalmente, com a qualidade das gorduras ingeridas, de forma a garantir o equilíbrio dos marcadores de gorduras e anti-inflamatórios”. Lembra que as gorduras boas estão no abacate, nas nozes, castanhas, amêndoas, no azeite de oliva e no óleo de canola. E achou uma delicia nossa sugestão: “Muito abacate com açúcar e limão, mas sem abrir mão do pingado com pão com manteiga”.

 

R7

Antoninho Perri/Jornal da Unicamp

Uma substância isolada do veneno da cascavel -- a crotamina -- reduziu o peso e aumentou o metabolismo de ratos em um período de21 dias, diz estudo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) publicado recentemente no "Scientific Reports" (revista do grupo "Nature"). A terapia diminuiu a gordura branca e aumentou a chamada gordura marrom -- um tipo específico de tecido adiposo que ajuda a queimar calorias.

Não é a primeira vez que pesquisadores brasileiros realizam estudos com o veneno da cascavel. Uma outra pesquisa, feita no Instituto Butantan em São Paulo, mostrou o potencial da substância no tratamento do câncer de pele. Cientistas observaram que, na dose certa, a proteína consegue distinguir células cancerosas das saudáveis e funcionar como uma espécie de tratamento-alvo para esse tipo de câncer específicamente.

Dessa vez, no estudo que teve como primeiro autor Marcelo Marinovic, pesquisador do Departamento de Farmacologia da Unifesp, os pesquisadores viram que a crotamina acelera a produção da gordura marrom e induz a perda de peso.

Os pesquisadores decidiram estudar esse potencial da substância porque os estudos anteriores em câncer de pele relataram que os animais também haviam passado por emagrecimento.

O que eles viram dessa vez é que a crotamina atua diretamente em moléculas que vão formar a gordura (os préadipócitos) -- fazendo, de algum modo, com que essa molécula se transforme em gordura marrom em vez de branca.

A gordura marrom

O tecido adiposo marrom queima mais rapidamente que o branco porque sua principal função é produzir calor para esquentar o organismo. Já a gordura branca, é feita para ficar armazenada e só queimar em condições mais adversas -- como a ausência de alimento.

Os pesquisadores perceberam a perda de peso nas cobaias a partir do 14º dia de tratamento, diminuição que se manteve até o dia 21.

Outro ponto observado pelos cientistas é que o composto aumenta a sensibilidade à insulina, o que indica que a droga pode ter um impacto positivo em doenças como diabetes. O medicamento também diminuiu os níveis de gordura no sangue, fator que pode ser explorado em pesquisas com colesterol.

O próximo passo da pesquisa é estudar o efeito da cromatina em mais cobaias e, potencialmente, em humanos. Cientistas também planejam estudar mais detalhadamente os mecanismos fisiológicos pelos quais a cromatina transforma a gordura marrom em branca.

 

G1

Uma tecnologia de edição de genes que está sendo explorada por cientistas no mundo todo como uma maneira de remover e substituir defeitos genéticos pode acidentalmente aumentar o risco de câncer em células, advertiram cientistas nesta segunda-feira (11).

Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e do Instituto Karolinska, na Suécia, disseram que mais estudos precisam ser feitos para avaliar se o uso da CRISPR-Cas9 --um tipo de "tesoura" molecular que torna a edição genética possível-- pode levar ao desenvolvimento de tratamentos que têm risco adicional de câncer.

A equipe de pesquisadores, liderado por Jussi Taipale em Cambridge, descobriu que a CRISPR-Cas9 ativa um mecanismo que protege células contra danos no DNA, tornando a edição genética mais difícil.

Células que não contêm esse mecanismo são mais fáceis de serem editadas do que células normais, e isso pode levar a uma situação em que populações celulares com genoma editado tenham um número maior de células sem o importante mecanismo de proteção contra danos no DNA.

Em estudo publicado na revista científica Nature Medicine, os pesquisadores alertaram que a falta desse mecanismo de proteção aumenta o risco de as células se tornem tumorosas, uma vez que o dano no DNA não pode mais ser corrigido.

"Embora nós ainda não entendamos os mecanismos... nós acreditamos que os pesquisadores precisam estar cientes dos potenciais riscos quando desenvolvendo novos tratamentos", disse Taipale em comunicado quando o estudo foi publicado.

"É por isso que nós decidimos publicar nossas descobertas assim que descobrimos que células editadas com a CRISPR-Cas9 podem se tornar cancerígenas.

 

Reuters

Você anda calçado o tempo todo? Precisamos falar sobre isso!

Apesar de proteger os pés do frio ou de algum objeto que machuque, há prejuízos em andar calçado: não recebemos a energia da terra.

Para quem não sabe, precisamos absorver os elétrons negativos do solo, a fim de nos mantermos com o mesmo potencial elétrico da terra.

Estudos antigos já relataram a importância desse método, que é chamado de “aterramento”.

Segundo a ciência, pisar na terra ajuda a:

- Tratar muitas doenças degenerativas

16 curiosidades muito interessantes sobre as pessoas canhotas

Pais que sabem criar os filhos fazem estas 5 coisas

- Combater estresse crônico

- Acabar com insônia

- Aliviar dores

Os pesquisadores dizem que o aterramento é tão importante quanto beber água e tomar banho de sol. Isso tudo sem falar dos benefícios que esse método oferece ao corpo e a mente.

O motivo?

Muito simples!

O aterramento é um antioxidante muito poderoso.

Os hormônios do estresse começam a se normalizar quando pisamos no solo.

Tudo que você tem que fazer é sair e pisar na areia ou na grama.

Acredite: isso é algo que vai fazer você se sentir melhor.

Mas tem que fazer com frequência, e não uma vez perdida. 

 

curapelanatureza

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