• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

baconComer bacon e salsicha com frequência pode aumentar o risco de câncer de mama, conclui estudo publicado recentemente no International Journal of Cancer.

Em uma revisão sistemática de 15 pesquisas, cientistas de diversos países - entre eles Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Itália -, apontaram no levantamento que mulheres que consomem altos níveis de carne processada apresentam um risco 9% maior de desenvolver a doença, em comparação com aquelas que comem pouco.

Os achados confirmam descobertas anteriores da Organização Mundial de Saúde (OMS), que coloca as carnes processadas na lista de alimentos que considera cancerígenos.

Especialistas recomendam, no entanto, cautela em relação aos resultados do estudo, já que as pesquisas avaliadas têm definições diferentes do que seria "consumo elevado" e, muitas vezes, têm caráter observacional - ou seja, levam em consideração informações fornecidas pelos pacientes, não sendo suficientes para estabelecer relação direta de causa e efeito.

Qual é o risco?

No Reino Unido, cerca de 14 em cada 100 mulheres terão câncer de mama em algum momento de suas vidas.

O aumento de 9% no risco sinalizado pelo estudo poderia se traduzir em aproximadamente um caso "extra" a cada 100.

A ONG britânica Cancer Research UK, dedicada a combater a doença, estima que cerca de 23% dos cânceres de mama podem ser prevenidos.
Estima-se que cerca de 8% dos casos sejam motivados ​​por excesso de peso e obesidade, enquanto outros 8% pelo consumo de álcool.

Os autores do estudo, publicado no International Journal of Cancer, afirmam que a relação que eles encontraram se refere apenas à carne processada, e não à carne vermelha.

A OMS lista a carne processada como cancerígena, principalmente devido a evidências que a associam a um risco elevado de câncer de intestino, enquanto a carne vermelha é classificada como "provavelmente cancerígena".

O que é carne processada?

A carne processada é modificada para estender o prazo de validade ou alterar o sabor - é geralmente defumada, curada, salgada ou contém conservantes.

Entre elas, estão o bacon, linguiça, salsicha, salame, carne enlatada, carne seca e presunto.

Existem diferentes teorias de por que esse tipo de alimento pode aumentar o risco de câncer - uma delas diz que o conservante pode reagir com a proteína da carne, tornando-a cancerígena.

Até que ponto as descobertas são confiáveis?

O estudo, que inclui dados sobre mais de um milhão de mulheres, mostra uma ligação entre o consumo de carne processada e o risco de câncer de mama, mas não está claro se esse tipo de alimento realmente causa a doença.

Há outras questões a serem consideradas.

Os 15 estudos analisados têm diferentes definições para o que seria uma taxa de consumo elevada.

Por exemplo, uma pesquisa do Reino Unido classifica o alto consumo em mais de 9 gramas por dia - o equivalente a apenas duas ou três fatias por semana, enquanto outros estudos consideram uma quantidade muito maior.

Além disso, a maioria das pesquisas analisadas é observacional, então não conseguem provar relação de causa e efeito, se baseando na memória das participantes sobre o que e quanto comeram.

Os pesquisadores registraram o relato das mulheres e as acompanharam para ver se desenvolveriam câncer de mama.

Mas o problema desta metodologia é que quem consome mais ou menos carne processada também pode ter outros hábitos diferentes, que podem explicar as diferenças no risco de desenvolver a doença.

Devemos cortar a carne processada?

A principal autora do estudo, Maryam Farvid, da Escola T.H. Chan de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, recomenda reduzir o consumo de carne, em vez de eliminá-la por completo.

Atualmente, o sistema público de saúde britânico (NHS, na sigla em inglês) recomenda não ingerir mais de 70g de carne vermelha e processada por dia.

Gunter Kuhnle, professor associado de nutrição e saúde da Universidade de Reading, no Reino Unido, que não participou do estudo, disse que era "questionável" se as pessoas deveriam reduzir seu consumo de carne vermelha e processada por causa desta pesquisa.

Segundo ele, o risco real representado pelas carnes processadas é "muito pequeno" para o indivíduo e mais relevante para a população em geral.

Ele diz, no entanto, que os resultados do estudo devem ser acompanhados para investigar a relação entre carne processada e câncer - e verificar se o risco associado pode ser reduzido, por exemplo, por meio de novos métodos de produção de alimentos.

 

BBC News

Foto: Getty Images /BBC NEWS BRASIL

O Brasil tem 1935 casos de sarampo confirmados em 2018, informou o Ministério da Saúde em atualização divulgada nesta quarta-feira (3). O país enfrenta atualmente dois surtos da doença nos estados do Amazonas e Roraima e mais de 7 mil casos ainda são investigados.
No Amazonas são 1.525 casos e 7.873 em investigação, e em Roraima são 330 casos da doença, sendo que 101 continuam em investigação.

Sergipe e Distrito Federal, que ainda não tinham registrado casos da doença, aparecem na nova lista do ministério. O Rio Grande do Sul teve um aumento de 15 casos no último mês.

Casos confirmados de sarampo até o dia 1º de outubro

Estado Casos confirmados
Amazonas 1525
Roraima 330
Rio Grande do Sul 33
Rio de Janeiro 18
Pará 14
Sergipe 4
Pernambuco 4
Rondônia 3
São Paulo 3
Distrito Federal 1
Fonte: Ministério da Saúde
Número de mortes
Até o momento, foram confirmados dez mortes por sarampo, sendo quatro no estado de Roraima (3 em estrangeiros e 1 em brasileiro), 4 no Amazonas (todos brasileiros, sendo 2 do município de Manaus e 2 do município de Autazes) e 2 no Pará (indígena venezuelano).

País atinge meta de vacinação
O Brasil atingiu a meta geral de vacinação de crianças contra sarampo e poliomelite estabelecida pelo Ministério da Saúde. A meta do governo era vacinar 95% do público-alvo (crianças de 1 a cinco anos).

 

Segundo o balanço final, a cobertura vacinal ficou em 95,4% para a pólio e 95,3% para sarampo, totalizando 10,7 milhões de crianças vacinadas.

Porém, 516 mil crianças não receberam as doses recomendadas. A única faixa etária que não chegou ao índice de 95% foi a de um ano de idade, cuja cobertura está em 88%. Apesar do fim da campanha, a vacina continua disponível o ano inteiro nos postos de saúde.

 

G1

regianeQuando a agente de saúde Regiane Costa, 40, descobriu que tinha câncer de mama, o tumor já havia se espalhado para o pulmão e os ossos. O motivo: erro de diagnóstico. “Aos 35 anos, notei uma bolinha na base do seio e fui à ginecologista. Ele pediu um ultrassom e constatou que era nódulo de gordura”, conta.

Mais de um ano depois, a bolinha havia se tornado uma ferida. No entanto, mais uma vez, a ginecologista não cogitou câncer. “Ela afirmou ser bactéria e me prescreveu corticoide”.
Encaminhada para uma microcirurgia, uma mamografia pré-operatória revelou que a “ferida” era um tumor maligno em estágio avançado. Foram 12 sessões de quimioterapia, a retirada e reconstrução da mama e um tratamento que se prolonga até hoje.

Regiane não está sozinha. Assim como ela, mais de 35% das mulheres descobriram o câncer de mama já em estágio avançado, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira (2), pelo Instituto Oncoguia, que dá apoio a pacientes com câncer.

A média de idade para o primeiro diagnóstico é aos 37 anos, e do diagnóstico da metástase, aos 40, sendo a idade média para o câncer de mama, de maneira geral, aos 44 anos. “Ficamos impressionados ao observar, neste levantamento, a presença de doença metastática em mulheres muito novas”, afirma Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia.
A pesquisa foi realizada com mais de 250 pacientes com câncer de mama metastático – que já espalhou para outros órgãos. O Instituto ressalta que o câncer metastático é um estágio avançado da doença. Controlar a doença e manter a qualidade de vida são as prioridades desta fase.

A maioria das mulheres que participaram do estudo não tinha histórico de câncer na família, o que poderia explicar a pouca idade no momento do diagnóstico, segundo Luciana.

Metástase é descoberta por acaso

Cerca de 36% delas descobriram a metástase por acaso, sem ter conhecimento do câncer no organismo. Mais de 60% das pacientes disseram ter metástases no osso, seguido de pulmão, fígado e cérebro, ainda de acordo com o estudo.

A pesquisa demonstrou ainda que 20% não sabe qual o seu tipo de câncer de mama. O Instituto destaca que os tumores de mama diferem entre si e isso influencia no tipo de tratamento que será realizado.

“O tumor pode variar de acordo com o tipo de receptor que ele tem. Receptores são como fechaduras específicas e somente a chave certa pode ativá-los. Há tumores que são hormônio-positivos, outros expressam uma proteína chamada HER2. E há tumores chamado de triplo negativo, que não expressam nem HER2 nem hormônios”, informa o Instituto.

Segundo Luciana, são essas informações que vão definir o tratamento adequado e proporcionar mais tempo e qualidade de vida a um paciente.

De acordo com o levantamento, 58% consideraram ter um nível razoável de conhecimento sobre o câncer. No entanto, Luciana questiona a qualidade dessas informações. “Em tempos de fake news, é fundamental procurar fontes confiáveis de notícias e evitar disseminar conteúdo de origem duvidosa, sem comprovação científica”, afirma.

Cerca de 40% queixaram-se de perda de qualidade de vida após descobrirem o câncer. A própria doença e o tratamento podem apresentar uma série de efeitos colaterais. Isso somado ao tratamento periódico para o resto da vida podem explicar, de acordo com Luciana, por que 78% das pacientes terem respondido que não trabalham.

No momento do diagnóstico, cerca de 80% dessas pacientes estavam trabalhando. Um quarto dessas mulheres está aposentada pelo INSS.

Regiane é uma delas. Atualmente, vai iniciar tratamento para combater metástases no fígado. Apesar de algumas limitações, como restrição a grandes esforços físicos e perda de mobilidade da perna esquerda, ela conta que vive normalmente – é mãe de três filhos.

“Não sei qual a razão da doença. Não tenho histórico familiar, nunca fumei nem bebi e sempre fui bem ativa. Hoje tenho uma vida ‘quase normal’. É possível conviver com o câncer. Dá para ser feliz. Faço valer cada dia que conquisto”, afirma.

 

R7

Foto: arquivo pessoal

Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia mostrou que, a realização de mamografias pelo Sitema Único de Saúde (SUS) em mulheres entre 50 e 69 anos — faixa etária prioritária —, no ano passado, foi a menor dos últimos cinco anos.

Os dados apontam que, entre os 11,5 milhões de exames na rede pública esperados para essa faixa etária, apenas 2,7 milhões foram realizados, o que representa 23% do total.

Já em relação a este ano, o Ministério da Saúde informa que, de janeiro a julho, foram feitas mais de 2 milhões de mamografias, sendo 1,3 milhão delas de mulheres entre 50 a 69 anos.

A mamografia é o exame realizado para a detecção de câncer de mama. Trata-se de um exame de raio-X na qual a mama é comprimida para que pequenos tumores, menores que 1 cm, e lesões em início possam ser identificadas. A recomendação da SBM é de que esse exame seja realizado a partir dos 40 anos, a cada dois anos, e, após os 50, anulamente.

Segundo Ruffo Freitas Jr., coordenador da pesquisa e presidente do Conselho Deliberativo da SBM, as regiões Norte e Centro-Oeste são as que apresentaram menor resultado. Ele afirmou, por meio de nota, que a baixa procura se deve à dificuldade para agendar e fazer a mamografia, à falta de técnicos para a realização do exame e equimentos danificados.

Contatado pelo R7, o Ministério da Saúde afirmou que o atendimento é regulado pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. "O atendimento aos pacientes do SUS deve ser regulado pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, tendo como objetivo garantir a adequada prestação de serviços à população, regulando o acesso do paciente conforme a sua necessidade, realizando a programação das ações e serviços de saúde e alocando os recursos de acordo com a quantidade necessária de produção nos diferentes municípios", informou por meio de nota.

Entre os locais com piores resultados estão o Amapá, com realização de 260 exames dos 24 mil esperados, o Distrito Federal, que realizou 5 mil exames da expectativa de 158,7 mil, e Rondônia, que realizou 5,7 mil dos 76,9 mil exames esperados.

Antônio Frasson, presidente da SBM afirmou, por meio de nota, que, se o estudo abrangisse mulheres desde os 40 anos, idade na qual é recomendada a realização anual do exame, o cenário seria ainda mais desesperador.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o câncer de mama afetará cerca de 85.600 mulheres este ano no Brasil, sendo o mais comum no país. Assim como o câncer de pulmão, o câncer de mama é o que apresentará maior número de novos casos: 2,1 milhões de novos casos devem ser diagnosticados neste ano.

 

R7