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dorgargantaToda dor de garganta é amidalite? Não. Amidalite é inflamação ou infecção na região das amídalas. Faringite é a inflamação ou infecção na faringe e laringite é a inflamação ou infecção na laringe. Todas podem gerar febre, tosse e dor local. Já a laringite também pode provocar rouquidão. A faringe conecta o nariz e a boca, e a laringe, a boca ao esôfago, de acordo com definição do Ministério da Saúde.


Por que a gripe dá dor de garganta? A gripe é um quadro viral que atinge as vias aéreas superiores, transmitida por gotículas salivares ou secreções de pessoa para pessoa. Manifesta-se com febre, espirros, tosse, congestão nasal e dor muscular. A dor de garganta pode ocorrer pelo gotejamento nasal que gera irritação da garganta e, consequentemente, tosse e dor, ou porque o vírus também pode acometer essa região, no caso de amidalite ou faringite viral.


Quando uma dor de garganta pode ser considerada recorrente? Não há um número pré-estabelecido na literatura médica em relação a faringites de repetição. Em relação às amidalites, são considerados recorrentes 7 episódios de infecção em um ano ou 5 episódios em 2 anos consecutivos ou ainda 3 episódios de infecções em 3 anos consecutivos. Normalmente, é recorrente em pessoas suscetíveis, como crianças e adolescentes, expostos à fumaça do cigarro, com alergias ou baixa imunidade.


Qual a diferença da dor de garganta causada por vírus e por bactéria? Ambos os quadros podem apresentar febre, dor de garganta, tosse e dor no corpo. Quadros virais tendem a ser mais brandos, com menos dor e febre mais baixa. Quadros bacterianos tendem a ser mais severos, com dores mais intensas e febre mais alta.


Existe dor de garganta causada por fungo? Tomar água de filtro sujo pode provocar doença na garganta? Sim. É a chamada candidíase oral ou monilíase oral. Manifesta-se como placas brancas destacáveis em mucosa jugal (bochecha), na faringe ou na base da língua. Ela é causada por fungos que já habitam a flora bucal e que invadem esses tecidos no momento em que a pessoa tem alguma alteração imunológica, por exemplo, descompensação do diabetes, HIV, pessoas transplantadas ou que estão realizando tratamento oncológico com quimioterápicos. Portanto, o contato com filtros sujos tem pouca influência, já que o que vai ditar a doença é a imunidade da pessoa.


A dor de garganta está ligada à baixa resistência? Sim, pode estar. Pessoas que estão dormindo pouco, alimentando-se mal, tenha doenças como diabetes mal controlado, HIV e tumores, podem ter oscilação na imunidade e se tornarem mais susceptíveis a quadros infecciosos.


O que fazer se estiver ligada à baixa imunidade? Adequar o que está interferindo na imunidade. Dormir e acordar em horário correto, ingerir bastante líquido, alimentar-se de forma saudável, tratar as alergias respiratórias, se for o caso, além de procurar doenças que possam estar alterando a imunidade como diabetes e tumores.


Por que tem gente que tem dor de garganta ao dormir de cabelo molhado? A friagem corporal pode oscilar a imunidade e gerar aumento da chance de um quadro infeccioso viral. Esse quadro pode levar à tosse, espirros, coriza e dor de garganta.


Quais são as principais causas da dor de garganta? Infecções virais e bacterianas. Outras causas são alergias, refluxo e câncer.


Como prevenir que a dor de garganta volte? Ter um estilo de vida saudável. Beber bastante água, dormir e acordar em horário correto, manter locais arejados, evitar contato com pessoas doentes e lavar bem as mãos.


Como é o tratamento para quem tem dor de garganta recorrente? Além de todas as recomendações anteriores, é possível introduzir medicamentos imunoestimulantes e, nos casos das amidalites de repetição, é possível indicar cirurgia de remoção das amídalas.


Por que há casos em que a pessoa acabou de tomar antibiótico para infecção bacteriana e em poucos dias tem dor de garanta novamente? Ou a pessoa está desenvolvendo um quadro viral ou o antibiótico pode não ter sido efetivo para eliminar todas as bactérias. Neste caso, o paciente necessita de um antibiótico com maior espectro de ação. Há ainda uma outra hipótese: a de resistência bacteriana, ou seja, o antibiótico não foi suficiente para exterminar as bactérias, pois elas criaram mecanismos de defesa - nesses casos, devem ser utilizados antimicrobianos que combatam a resistência bacteriana.

 

R7

Foto: Pixabay

cordaoMuito se especula sobre o congelamento de cordão umbilical para usar as células-tronco em problemas futuros. Mas, afinal, vale realmente a pena congelá-lo e guardá-lo?

Segundo o hematologista Vanderson Rocha, coordenador médico da Unidade de Transplante de medula óssea do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e a bióloga Maristela Orellana, supervisora do laboratório de terapia celular do hemocentro da USP de Ribeirão Preto (USP-RP), a resposta é não.
Os especialistas explicam que as células-tronco encontradas no sangue do cordão umbilical estão presentes, também, na medula óssea e, assim, se houver necessidade do uso de tais células, elas podem ser extraídas de lá.

"As células-tronco congeladas não poderiam ser utilizadas pela própria pessoa pois, se ela precisar realizar um transplante de medula óssea, o procedimento deve ser realizado com células saudáveis. Transplantar as células-tronco em si mesmo significaria, então, colocar células que já estavam doentes no próprio corpo", afirma Maristela.

"O uso desse sangue, atualmente, só é destinado a transplantes de medula óssea durante o tratamento para leucemias", explica o hematologista.
Maristela complementa que, recentemente, foi aprovado o uso das células tronco do cordão umbilical para o tratamento de anemia falciforme, doença hereditária que provoca a alteração do formato dos glóbulos vermelhos, tornando-os parecidos com uma foice e, como a membrana dessas células é alterada, elas se tornam mais fáceis de serem rompidas, provocando anemia.

Critérios para congelamento são rigorosos

Embora o congelamento do cordão umbilical não valha a pena para uso próprio, sua doação é viável, ajudando no tratamento de outras pessoas, afirmam os especialistas. Mas, para isso, há uma preparação específica.

Para ser doado, o cordão umbilical deve vir de uma pessoa saudável, ou seja, o sangue desse cordão deve ser rico em células, não conter bactérias, e o doador não pode ter leucemia, doenças genéticas, anemia falciforme ou doenças genéticas do metabolismo. Devido a esses fatores, Rocha afirma que a cada 100 cordões umbilicais doados, 25 podem ser congelados por atenderem a todos os critérios.
Maristela afirma que a doação das células só pode ser realizada em uma das 12 maternidades autorizadas para o colhimento correto do cordão umbilical. O procedimento ocorre pela rede pública de saúde e os cordões são armazenados em bancos públicos, onde são congelados a 180°C negativos e tem a duração de até 30 anos.

Para esse sangue ser utilizado, é preciso que o cordão doado e o paciente a recebê-lo tenham uma compatibilidade genética de 70%. O receptor pode ser de qualquer idade e, dependendo da altura e do peso, pode precisar de transplante de medula óssea proveniente de dois cordões, devido à quantidade de células necessárias.

A doação de medula óssea oriunda de cordão umbilical entre irmãos também é possível. Entretanto, segundo a bióloga, a chance de compatibilidade é de 25%, sendo uma opção a ser tentada "na sorte".
Após a verificação de compatibilidade, a medula óssea é extraída do sangue do cordão, passando por um processo de aférese —procedimento que faz uma "centrifugação" no sangue doado, separando as células que serão injetadas no sangue do paciente.

Bancos públicos e privados apresentam diferenças

Rocha afirma que o armazenamento desses cordões é diferente entre bancos públicos e privados. De acordo com o médico, enquanto os bancos públicos seguem padrões internacionais de armazenamento, os bancos privados não possuem a creditação necessária.
Segundo Maristela, por ter padrões de armazenamento diferente, esses cordões não passam para armazenamento público, não podendo ser aproveitados. Em bancos privados, a doação desses cordões só pode ser realizada entre parentes da pessoa com o cordão congelado.

Bancos privados cobram anuidade para manter o cordão umbilical congelado. Caso os pais desistam de manter o cordão do filho congelado, ele será descartado, segundo a bióloga.

 

R7

Visual Hunt

Engordar entre o Natal e o Ano Novo não é inevitável — embora exija algum esforço.

Um estudo feito pela Universidade de Birmingham em parceria com a Universidade de Loughborough, ambas no Reino Unido, indicou que prestar atenção a algumas dicas simples para não exagerar ao beber e comer pode evitar que as pessoas ganhem peso no fim do ano — mesmo frequentando dezenas de eventos com comida em abundância.

Os voluntários do estudo que conseguiram escapar do ganho de peso receberam uma lista de dez dicas para controle de peso e outra com quanta atividade física é necessária para queimar certos pratos e bebidas muito populares no Natal.

Por exemplo, seria preciso cerca de 25 minutos andando de bicicleta para queimar as calorias de uma fatia de 100g de tender (132 kcal).

As dicas que eles receberam foram tiradas de um artigo publicado em 2008 no International Journal of Obesity 32.

As regras
As dicas passadas para os voluntários do estudo são medidas simples, nada parecidas com as dietas mirabolantes que costumam circular por aí nessa época do ano:

1. Tente manter sua rotina alimentar → Mantenha os mesmos horários de alimentação que tem em sua rotina normal, ou ao menos tente manter os horários o mais próximo possível disso.

2. Evite alimentos gordurosos → Prefira as carnes magras (como o peru), fuja dos molhos de saladas mais gordurosos, evite os patês prontos

3. Caminhe → Você pode usar um aplicativo no celular que conte os seus passos ao longo do dia, e vá aumentando o número de passos progressivamente. Pequenas mudanças na rotina, pelo menos durante o período de festas, podem ajudar: subir a escada em vez de pegar o elevador, fazer a pé pequenos percursos, etc.

4. Escolha petiscos saudáveis → Se você gosta de petiscar, compre ou prepare opções saudáveis, como frutas, iogurtes de baixas calorias etc.

5. Leia o rótulo → Cuidado com a propaganda, principalmente em produtos light e diet (nem sempre eles têm menos calorias). Estar ciente de quanto açúcar, sódio e gordura vai nos alimentos industrializados ajuda a tornar a alimentação mais saudável.
6. Cuidado com as porções → Não encha o prato de comida (a não ser que a comida seja legumes e verduras). E pense duas vezes antes de repetir, principalmente se você costuma comer rápido: dê um tempo para seu cérebro perceber que você está saciado.

7. Fique de pé → Evite ficar muito tempo sem se levantar. Para cada hora sentado, levante por dez minutos. Essa é uma dica útil de ter na cabeça durante viagens, que são muito comuns no fim do ano. Em voos, ande no corredor. Se estiver viajando de carro, faça paradas em estabelecimentos ao longo da estrada para esticar as pernas.

8. Pense no que vai beber → Prefira água ou refrescos sem açúcar. Até mesmo suco de fruta tem o açúcar natural da planta, então limite a quantidade a um copo de suco por dia. O álcool também é bem calórico, então tente compensar evitando repetir a refeição nos dias em que for beber mais.

9. Foque na comida → Aproveite o feriado para diminuir o ritmo. Não coma na frente da TV ou fazendo outras atividades; coma na mesa se possível. Curta sua refeição.

10. Não esqueça a regra dos 5 → Coma ao menos cinco porções de fruta, legumes ou verduras por dia (400g no total).

Como foi feito o estudo
O estudo, chamado "Winter Weight Watch Study" (Estudo de Observação de Peso no Inverno, em inglês) envolveu 272 voluntários, que foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um grupo de controle e um grupo de intervenção.

Os voluntários no grupo de intervenção foram orientados a se pesar todo dia, ou, no mínimo duas vezes por semana.

Eles receberam dez dicas (acima) sobre como evitar ganho de peso, uma lista de atividades físicas com quantas calorias elas queimam, e o que essas calorias correspondem em alimentos comuns no fim do ano.
O grupo de controle recebeu apenas um panfleto com informações breves sobre ter um estilo de vida saudável, sem nenhuma dica alimentar.

O resultados mostraram que, na média, os participantes do grupo de controle ganharam peso durante a época do Natal, mas os do grupo de intervenção mantiveram o peso.

O estudo, publicado nesta segunda (10), no periódico científico britânico The BMJ (antigo British Medical Journal). A pesquisa foi conduzida entre 2016 e 2018, com os pacientes sendo medidos e pesados em novembro e dezembro de 2016 e 2017, e novamente em janeiro e fevereiro dos anos seguintes.

"Os feriados de fim de ano coincidem com folgas coletivas em muitos países, oferecendo oportunidade para consumo excessivo de comida e comportamento sedentário por um tempo prolongado", afirma a nutricionista Frances Mason, pesquisadora da Universidade de Birmingham e uma das autoras do estudo.

"Só no dia de Natal as pessoas chegam a consumir 6 mil calorias - três vezes o recomendado", diz ela, em um comunicado da universidade sobre a pesquisa.

"Intervenções leves como as feitas no estudo Winter Weight Watch poderiam ser levadas em consideração por quem faz políticas públicas para evitar ganho de peso da população em épocas mais sensíveis, como as férias", afirma Mason.

A professora Amanda Daley, co-autora do estudo, afirma que o peso adquirido durante as festas não costuma ser acompanhado por perda de peso no início do ano.

"Embora sejam ganhos pequenos, ao longo de dez anos podem significar um aumento considerável no peso", explica.

 

BBC

 

licopenoVocê conhece o licopeno? Ele é um antioxidante vermelho como os enfeites de Natal. Além de combinar com esta época do ano, ajuda a prevenir câncer e ainda faz bem para o coração. O cardiologista e consultor Roberto Kalil e a nutricionista Roberta Lara mostraram no Bem Estar desta terça-feira (11) os benefícios dos alimentos vermelhos para a saúde.

O tomate, por exemplo, possui bastante licopeno, mas para ter todos os benefícios é melhor consumir cru, assado ou no molho? Os molhos de tomate apresentam maior biodisponibilidade de licopeno por causa do aquecimento que rompe a parede celular e libera mais o oxidante.

E para matar a vontade de doce? A solução é geleia caseira, que pode ser feita de melancia, fruta rica em licopeno. Dá para misturar com iogurte, queijo ou colocar direto na torrada.

Polifenois, Licopeno e Carotenoides
Dentro dos polifenois temos dois importantes antioxidantes nas frutas natalinas, o resveratrol, que está presente nas uvas vermelha e roxa - quanto mais escura a casca, mais antioxidante - e a antocianina, presente na amora, ameixa e cereja.

Os carotenoides são substâncias responsáveis pela cor natural das frutas e vegetais (amarela, laranja e vermelha). Os mais comuns são o licopeno, luteína, betacaroteno, alfa-caroteno, alfa-criptoxantina e zeaxantina.

Nós não temos capacidade de produzir essas substâncias. Por isso, precisamos consumir. Sugere-se de 5 a 6 mg/dia de carotenoides total, equivalente a 4 a 6 porções de frutas e vegetais por dia.

O licopeno é o responsável pela pigmentação vermelha. Por ser uma substância lipossolúvel tem maior absorção quando consumido junto com gordura. Está presente em alimentos de cores avermelhadas como tomate, melancia e pitanga.
Licopeno e o coração
O licopeno, por ser um antioxidante, promove a redução do estresse oxidativo, combatendo os radicais-livres e o processo inflamatório. Só por isso, já melhora a qualidade do envelhecimento celular. Mas ele tem outras funções comprovadas que estão ligadas diretamente com o sistema cardiovascular.

Para acontecer um infarto, as artérias são obstruídas por placas de gordura formadas pela oxidação do colesterol LDL. O licopeno consegue evitar essa oxidação, ou seja, previne a formação das placas e também o infarto.

A redução da inflamação também melhora a qualidade dos vasos sanguíneos.

Vale ressaltar que esses benefícios só são possíveis quando a pessoa tem uma alimentação equilibrada e hábitos saudáveis.
Licopeno e o câncer de próstata
A relação do licopeno na prevenção do câncer de próstata foi feita após a revisão de mais de 650 artigos. A explicação é que a junção do licopeno à outras substâncias presentes no organismo o torna um agente quimiopreventivo, que previne a ação cancerígena. Além disso, autores observaram que o consumo diário de uma porção de tomates ou seus derivados eleva a resistência de determinadas células contra quebras de DNA, ou seja, ficam mais resistentes às mutações que poderiam levar ao câncer.

 

G1

Foto: Augusto Carlos/TV Globo