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antibioticoHá cerca de dez dias, o jornal americano “The New York Times” publicou reportagem a respeito de mais uma ameaça que ronda os idosos: o consumo excessivo de antibióticos. Além de estarem sendo prescritos sem necessidade, seus efeitos colaterais podem ser especialmente perigosos para os mais velhos. Isso acontece, por exemplo, com as fluoroquinolonas, que causam danos às articulações.

Nos Estados Unidos, pacientes acima dos 65 anos que não estão hospitalizados representam o grupo etário que mais recebe antibióticos. Num artigo publicado no “Journal of the American Geriatrics Society”, pesquisadores mostraram que, em 2014, quase 52 milhões de receitas desses medicamentos foram destinadas a idosos – a proporção é de uma cada indivíduo. O levantamento não incluía hospitais e instituições de longa permanência, portanto os números são ainda maiores.

A Sociedade Norte-Americana para Doenças Infecciosas alerta também para o uso desnecessário de antibióticos em pacientes com um quadro denominado bacteriúria assintomática: exames detectam a presença de bactérias no sangue, mas não há sintomas de infecção. A orientação foi publicada na revista acadêmica “Clinical Infectious Diseases". O uso excessivo de antibióticos faz com que as bactérias se tornem resistentes, exigindo que os médicos lancem mão de drogas ainda mais potentes e tóxicas. Nos EUA, todo ano dois milhões de pessoas se tornam vítimas de infecções por superbactérias; 23 mil morrem. Não é só isso: a interação de antibióticos com outros tipos de medicamentos, como anticoagulantes, estatinas ou remédios para o coração e os rins, é potencialmente arriscada. Ainda de acordo com a reportagem do “The New York Times”, com frequência os médicos os prescrevem para resfriados, sinusites e bronquites que, em boa parte dos casos, têm origem viral.

Um outro dado levantado nos EUA tem seu espelho brasileiro. Lá, o FDA (Food and Drug Administration), órgão equivalente à Anvisa, estima que 80% dos adultos consomem suplementos vitamínicos, muitos acreditando que assim poderão se proteger da Doença de Alzheimer e de outros tipos de demências – às vezes sem qualquer supervisão médica. Essa é uma indústria que movimenta 40 bilhões de dólares por ano no país, vendendo cerca de 80 mil produtos. Em fevereiro, o FDA notificou 17 empresas, exigindo que parassem de apregoar que seus pós e pílulas poderiam prevenir ou curar enfermidades. A maioria desses suplementos era vendida através de sites e redes sociais, sem ter sido examinada pela entidade.

 

G1

Foto: By Henry Bellagnome from Troy

prostataUm tratamento inovador contra o câncer de próstata utiliza um recurso da natureza - a porfirina, "prima" da clorofila, de uma bactéria marinha - para matar o tumor. Com ação dirigida ao câncer, ainda evita efeitos colaterais severos, como a incontinência urinária e a impotência sexual.

Chamada de Terapia Fotodinâmica Vascular Dirigida (VTP), foi desenvolvida pelo pesquisador Avigdor Scherz, professor do Departamento de Botânica e Ciências Ambientais do Instituto Weizmann de Ciências, em Israel, junto ao professor Yoram Salomon, falecido em 2017.

Em visita ao Brasil, Scherz ministrou palestra na Congregação Israelita Paulista, em São Paulo, nesta segunda-feira (25) e conversou com o R7. Ele explicou que o aspecto mais inovador desse tratamento é a utilização de recursos da natureza para destruir o câncer.

"Utilizamos um composto que é retirado de bactérias fotossintéticas e sofre algumas modificações químicas. Ao ser iluminado no órgão doente por meio de fibras óticas finas conectadas a um laser, ele libera radicais livres que são usados na natureza para destruir órgãos inteiros que se tornam tóxicos. Assim, a técnica é a primeira, no meu entendimento, a utilizar os recursos da natureza para destruir o câncer", afirmou.

Outro diferencial do tratamento é que é dirigido ao tumor, não lesando o esfíncter urinário nem os nervos relacionados à ereção.

"As taxas de incontinência e de impotência sexual são drasticamente menores nesse tratamento. Isso ocorre devido às características únicas da técnica, na qual a biologia da próstata e a biologia do tumor mantêm o efeito confinado à próstata sem chegar ao ureter e aos feixes do nervo", explicou.

Taxa de cura é de 80%

O composto a que Scherz se refere é o Tookad. O medicamento é feito a partir de bactérias marinhas que vivem na escuridão, em grandes profundidades do oceano. Elas fornecem porfirinas, da família da clorofila, que, ao serem ativadas pela luz, obstruem a microcirculação sanguínea das células tumorais, levando-as à morte.

No tratamento, o paciente recebe essa substância via endovenosa. Em seguida, fibras óticas são introduzidas na próstata, que fica localizada no períneo, entre o ânus e os testículos. O luz do laser, emitido por meio das fibras óticas, ativa o medicamento, que já está na corrente sanguínea.

O procedimemento dura em torno de 90 minutos. De acordo com o urologista Paulo Palma, professor-titular de Urologia da Unicamp, que integra a equipe dos testes clínicos com o Tookad no Brasil, uma aplicação costuma ser suficiente para combater o tumor.

"A cura é alcançada com uma única aplicação em 80% dos casos. Nos 20% onde a doença persiste, é possível fazer uma segunda aplicação com a mesma taxa de sucesso, ou seja, 80%", explica.

Técnica poderá se estender a câncer de pâncreas

Palma explica que o tratamento tem a intenção da cura definitiva, assim como a "cirurgia radical". "Contudo o seguimento é necessário devido ao risco de recorrência, pois esses tumores podem ser multicêntricos", diz.

De acordo com o médico, a terapia não funciona em metástases porque existe a necessidade de colocar a fibra ótica dentro do tumor, o que não é possível com micrometástases.

Existem pesquisas em andamento nos Estados Unidos para o uso da técnica contra o câncer de pâncreas, rins e ossos. De acordo com Palma, os testes iniciais são promissores. "Esse tratamento não funciona somente contra o câncer da próstata. É que o tratamento para o câncer de próstata foi o primero a ser aprovado", explica.

Segundo Scherz, a destruição do tumor por meio do tratamento inicia uma forte imunidade antitumoral. "Essa resposta pode ser melhorada pela combinação com outros tratamentos e, assim, fornecer ferramentas para o tratamento de doenças sistêmicas. Essa combinação é agora testada para vários tipos de câncer em estudos pré-clínicos e clínicos", afirma.

Os ensaios clínicos da técnica começaram em 2009 e cerca de 700 pacientes se submeteram ao tratamento, informa Scherz. A técnica já foi aprovada em 27 países da comunidade europeia, além do México e de Israel. "O tratamento foi submetido recentemente à aprovação no Brasil", afirma.

Palma afirma que a previsão é que a técnica esteja disponível no país até 2020.

Na Europa, o tratamento custa em média 30 mil euros (R$ 120 em média). “Não é muito caro se pensar que só será feito uma vez. Não precisará repetir”.

 

R7

anticoncmascUm grupo de homens que testou por um mês uma nova pílula anticoncepcional masculina, que apresentou resultados positivos e não mostrou efeitos colaterais graves ou a diminuição da atividade sexual, informou nesta segunda-feira(25) a Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos.

O resultado dos testes realizados com este novo medicamento oral, chamado 11-beta-MNTDC, foi divulgado durante a reunião anual da Sociedade de Endocrinologia, em Nova Orleans.


O 11-beta-MNTDC é uma testosterona modificada, que tem ações combinadas de um hormônio masculino (andrógeno) e um progesterona, de acordo com Christina Wang, principal pesquisadora e uma das diretoras do Centro de Ciência Clínica do Instituto de Pesquisa Biomédica de Los Angeles (LA BioMed).

"Nossos resultados indicam que a pílula, que combina duas atividades hormonais em uma, diminuirá a produção de esperma e preservará a libido", afirmou Wang.

O estudo foi feito com 40 homens saudáveis no LA BioMed e na Universidade de Washington.


Dez participantes receberam uma cápsula de placebo diariamente com alimentos durante 28 dias e os outros 30 tomaram a 11-beta-MNTDC em diferentes doses: para 14 deles foi a de 200 miligramas, e para 16 a de 400. Entre os homens que tomaram a 11-beta-MNTDC, a testosterona diminuiu em nível médio equiparável à deficiência de andrógenos, sem efeitos colaterais graves.

Alguns participantes perceberam efeitos colaterais leves, como fadiga, acne e dor de cabeça. Já cinco informaram sobre uma tênue diminuição no desejo sexual e outros dois descreveram disfunção erétil leve, mas a atividade sexual não diminuiu.


Na comparação com os níveis de quem tomou o placebo, os de dois hormônios usados para a produção de esperma diminuíram consideravelmente. Além disso, os efeitos da pílula foram revertidos após a suspensão do tratamento, segundo os pesquisadores.

Conforme explicou Wang, os 28 dias do tratamento são um intervalo muito curto para observar a supressão ótima de esperma. Ela planeja agora estudos em períodos mais longos, e depois, se a pílula mostrar efetividade, em casais sexualmente ativos.

"O anticoncepcional masculino hormonal seguro e reversível deve estar disponível em dez anos", disse Wang.

A mesma equipe de pesquisa também está experimentando outro anticoncepcional oral, um "composto-irmão" conhecido como DMAU. O objetivo é encontrar a fórmula "com menos efeitos colaterais e mais efetividade", de acordo com Stephanie Page, professora de medicina da Universidade de Washington.

 

EFE

Foto: EFE/EPA

Dados da pesquisa entomológica do Aedes aegypti apontam que aumentou o número de municípios que estão com alta infestação do vetor. São 108 cidades no Piauí que estão em alerta e têm risco para ocorrência de surto das doenças relacionadas ao mosquito, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, referente aos meses de fevereiro e março deste ano.

 

O boletim também aponta a diminuição na redução dos casos de arboviroses em relação ao ano passado. Em 2018 foram notificados 575 casos de dengue em 34 municípios, já esse ano foram 378 casos em 42 municípios, representando uma redução de 34,4%. Já Chikungunya reduziu 76,5%, foram 170 casos em seis cidades em 2018 e este ano foram 40 casos em 10 cidades.

 

Os municípios devem manter a vigilância, pois dados da pesquisa apontam que 25 municípios do Piauí estão com Índice de Infestação Predial (IIP) acima de 4%, ou seja, alta infestação com risco para ocorrência de surto de arboviroses. Em estado de alerta, IIP de 1% a 3,9%, estão 83 municípios e 109 estão com o IIP satisfatório, menos de 1% de infestação.

 

Os dados da pesquisa entomológica são coletados pelos agentes de endemias nas residências, que verificam se há focos do mosquito no local. Após esse trabalho de campo, as secretarias municipais de saúde alimentam o sistema de informações LIRAa/ LIA do Ministério da Saúde.

 

Além disso, o sistema aponta que sete municípios não realizaram ou não informaram ao sistema os dados da pesquisa entomológica. “Esses dados servem para que tomemos medidas mais efetivas em regiões com maior risco, precisamos desses dados para nortear nosso trabalho. Se um município não notifica sua realidade, ele acaba prejudicando sua população”, alerta Antônio Manoel, supervisor de arboviroses.

 

Municípios com situação de maior risco

 

Alagoinha do Piauí, Alvorada do Gurguéia, Avelino Lopes, Belém do Piauí, Campo Grande do Piauí, Cocal de Telha, Demerval Lobão, Fartura do Piauí, Flores do Piauí, Francisco Santos, Guadalupe, João Costa, Júlio Borges, Landri Sales, Marcolândia, Matias Olímpio, Miguel Alves, Monsenhor Hipólito, Morro Cabeça no Tempo, Pajeú do Piauí, Pio IX, Pedro II, Regeneração, Santana do Piauí e Simões.

 

Confira o boletim

 

Sesapi