A Secretaria Municipal de Saúde, através, do Centro de Zoonoses de Floriano, iniciará mais uma campanha de vacinação antirrábica. A ação deseja imunizar 85% a 90% da população canina e felina do município, de um total de 19.500 animais.
Embora não haja casos registrados de “Raiva”, em Floriano, a prevenção é indicada, para manter o alto índice de controle.
Thalles Roberto, coordenador do Zoonoses, afirma que a vacinação é um gesto de amor aos animais, que precisam de cuidados especiais. Dia 25 de maio será o dia “D” de vacinação na zona urbana de Floriano.
Na última campanha realizada no município, 76% do público alvo foi imunizado. Este ano, porém, a secretaria deseja imunizar um maior número.
Os cuidados com a conservação de medicamentos são essenciais para que se tenha a sua total eficácia. Esses cuidados costumam muitas vezes passar despercebidos em casa e, por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI), por meio da Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado (DIVISA) faz algumas observações que são importantes para que o consumidor não venha a ter problemas ocasionados pelo uso, conservação ou armazenamento indevido das medicações.
A primeira delas é sobre o prazo de validade, que é regra essencial para obter o resultado esperado do fármaco. Esse cuidado deve ser observado não só no momento da compra, mas também nas instruções da bula sobre a durabilidade do medicamento após ser aberto, caso contrário, se usado fora da data estabelecida, não há garantia de que o produto faça efeito. “Além de não fazer o efeito esperado quando utilizado fora do prazo de validade, o medicamento vencido pode ocasionar problemas a saúde” acrescentou a farmacêutica da DIVISA, Wanieire Veloso.
Outra observação importante é sobre as recomendações quanto à temperatura adequada pra conservar os medicamentos. Alguns antibióticos, por exemplo, devem ser mantidos na geladeira. “Tudo vai depender das orientações do farmacêutico no momento da dispensação do medicamento, por isso é tão importante que o consumidor receba a orientação desse profissional na aquisição do mesmo. O consumidor deve exigir as informações que só esse profissional tem a capacidade de fornecer no ato da compra”, explicou Wanieire Veloso.
O consumidor também deve ficar atento às instruções da bula quanto à exposição à luz, temperaturas altas ou calor excessivo. “Tudo isso é importante para garantir a qualidade das medicações. Até mesmo os comprimidos devem ser guardados de maneira adequada para que eles tenham a sua devida eficácia”, afirmou à farmacêutica.
A respeito dos comprimidos, é preciso tomar outros cuidados sobre estes medicamentos - não dividir comprimidos sem marcação (sulco), não abrir aqueles que são revestidos por cápsulas, não triturar os produtos e evitar consumi-los com sucos, chás ou leite, o que pode até impedir a absorção adequada do princípio ativo.
Os dados sobre prazo de validade, cuidados de conservação, armazenamento e outros são obtidos após a realização de rigorosos estudos realizados pelas empresas fabricantes, antes de solicitarem o registro do produto junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Um deles é o estudo de estabilidade, que serve para comprovar a consistência e a veracidade das informações colocadas nas embalagens e nas bulas dos medicamentos. Caso a empresa decida fazer modificações no produto ou no modo de fabricação, novos estudos devem ser realizados e apresentados à ANVISA.
Em caso de dúvidas, a recomendação é procurar um farmacêutico ou um profissional de saúde, além da Vigilância Sanitária do Estado no telefone 3216-3662 ou ainda o canal de atendimento da ANVISA, através do número 0800 642 9782.
No Brasil, o número impressionante de cerca de 100 mil mortes por ano causadas por AVC (acidente vascular cerebral) indica apenas parte do problema. Além disso, o derrame, como é conhecido popularmente, também é a primeira causa de incapacidade no país. As pessoas sabem que um estilo de vida saudável tem papel crucial para prevenir a doença, mas o que pode fazer diferença na recuperação de um paciente que sofreu AVC?
Esse era o assunto da palestra a que assisti na última quinta-feira no Rio, dada por Gerard Francisco, diretor médico do Memorial Hermann Rehabilitation Network e professor da Universidade do Texas. Nos Estados Unidos, a cada 40 segundos uma pessoa sofre derrame e uma morre a cada quatro minutos. O campo de atuação do doutor Francisco é o tratamento da espasticidade pós-AVC – traduzindo para nós, leigos, trata-se da rigidez que acomete os músculos neste quadro.
Cerca de 40% dos pacientes desenvolvem espasticidade e ele enfatiza que iniciar na hora certa a aplicação de toxina botulínica, o conhecido botox da dermatologia estética, previne uma série de complicações. “Uma de minhas preocupações é o momento adequado no qual devemos iniciar o tratamento. Estudos mostram que uma intervenção mais precoce pode reduzir danos”, afirma. Esta é uma sequela comum em quem sofre doença neurológica que provoque lesões de células do sistema nervoso responsáveis pelo controle dos movimentos voluntários. A toxina botulínica já é empregada há 30 anos. Aprovada pela Anvisa desde 1992, o procedimento faz parte do SUS e está incluído na cobertura dos planos de saúde.
O que o professor Francisco ressalta é a importância de a aplicação do botox ser feita num prazo que maximize seus benefícios. “A espasticidade dificulta a recuperação das funções. A rigidez dos músculos chega a um patamar que prejudica o trabalho do fisioterapeuta, que não consegue realizar os exercícios necessários. Depois de tratar a espasticidade, melhoram as chances de êxito para a fisioterapia, por isso é indispensável combinar a toxina com a estimulação e a reabilitação motora. Ao contrário do que pacientes e familiares às vezes pensam, essa rigidez não significa força, na verdade mascara a fraqueza”, explicou.
Ele citou casos como o da pessoa que fica com o punho tão cerrado que não consegue fazer a higiene da mão; ou aquela que não consegue baixar o cotovelo e fica impedida de vestir uma camisa. Em sua apresentação, lembrou que, depois de dez dias do AVC, é comum que a rigidez ocorra; no entanto, quando esta acontece quatro semanas depois do episódio, aumenta a probabilidade de ser severa. Sobre o momento certo de intervir, contou que a aplicação mais precoce de toxina que fez foi num indivíduo que havia sofrido derrame apenas três semanas e meia antes. “A espasticidade tem um pico depois do AVC e é importante a observação de sinais de rigidez para atuarmos prontamente inclusive no manejo da dor”, acrescentou.
O botox pode ser ministrado em qualquer músculo do corpo afetado pela rigidez e o medicamento começa a agir em 72 horas. A melhora surge, em média, em 15 dias e atinge seu pico em um mês – normalmente são feitas aplicações a cada três meses. O neurologista Flavio Henrique Rezende Costa, professor adjunto da UFRJ e neurologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, participou do evento e lembrou que o botox começou a ser utilizado, na década de 1970, para casos de estrabismo: “só depois a toxina botulínica passou a ser empregada para fins estéticos e na área da neurologia. Trata-se de uma substância que vem se renovando e costumo dizer que a versão 3.0 do botox é o uso nos casos de espasticidade e em distúrbios do movimento presentes em doenças neurológicas”.
Alimentos orgânicos estão causando os surtos da doença em São Paulo? Não. Não se sabe a causa dos surtos, que precisa ser investigada, segundo o infectologista Daniel Wagner Santos, da Sociedade Paulista de Infectologia. Mas ele ressalta que alimentos orgânicos não são mais propensos a se contaminar com o protozoário do que alimentos com agrotóxico. O agrotóxico não protege o alimento da toxoplasmose.
Os alimentos já podem chegar contaminados por toxoplasmose a um restaurante? A contaminação pode ocorrer desde a produção do alimento até ele chegar à mesa. A água usada pelo restaurante para fazer a higienização de verduras pode estar contaminada. O reservatório pode ter sido contaminado por fezes de gato. Outra possibilidade é a carne de porco ou de ovelha conter o protozoário. “Como esse surto acontece em diferentes regiões da cidade, não deve ser causado por fonte alimentar. Mais provável que seja a água”, afirma o infectologista. Hortas caseiras também merecem atenção quanto às fezes de gato.
Faz diferença comer uma pequena ou grande quantidade de comida contaminada? A doença irá se manifestar de forma mais ou menos grave de acordo com a quantidade de protozoário ingerido e do sistema imunológico de cada um, segundo o infectologista. Ele destaca que não há como saber se um alimento está ou não contaminado. Por essa razão é recomendado não comer carnes malpassadas nem verduras cruas, a não ser que elas tenham sido higienizadas com produto próprio.
Grávidas devem evitar contato com gatos, inclusive domésticos? De acordo com o infectologista, gestantes devem evitar contato com qualquer tipo de gato. Ele explica que mesmo gatos bem tratados podem ter toxoplasmose e não manifestar a doença. "Um mínimo material fecal contaminado é suficiente para transmitir a doença. Então, ao visitar uma casa com gatos, pode ter contato com a doença". A toxoplasmose é considerada uma doença grave para grávidas, pois é transmitida da mãe para o feto através da placenta causando retardo mental e cegueira.
Quem já teve toxoplasmose ficará com o protozoário no corpo para o resto da vida? Sim, mas isso não representa um problema, segundo Santos. Quem contraiu a doença uma vez cria anticorpos e fica imune a ela.
Cocô de pomba e cocô de rato transmitem a doença? Não. A doença só é transmitida pelas fezes do gato ou da gestante para o feto, de acordo com o infectologista. O cocô de pomba transmite outras doenças, como a criptococose. As fezes podem conter um fungo que, quando inalado, se instala nos pulmões e pode levar à morte. Já as fezes de rato podem transmitir a hantavirose, que leva a um comprometimento cardíaco. A leptospirose é causada pela urina do rato.
É permitido visitar uma pessoa com toxoplasmose? Sim. A doença não é transmitida de uma pessoa para outra, explica o médico. Os sintomas costumam durar cerca de dez dias e consistem em dor de cabeça, dor muscular, dor nos olhos, febre alta e gânglios no pescoço.