O vereador Miguel Vieira, um dos parlamentares da bancada governista em Floriano, passou por um processo cirúrgico no olho direito.
O procedimento foi feito nessa tarde de segunda-feira, 18, pelo ofaltomologista Walter Bucar, em Floriano.
Não há informações se o mesmo terá que se afastar das obrigações como professor ou mesmo como parlamentar municipal, sabe-se apenas que o mesmo deve ter repouso.
ATUALIZADA ás 11:16h
O vereador Miguel acaba de se comunicar com o PN e disse que estão sendo feitos alguns procedimentos cirúrgico no olho direito e que nesse primeiro momento, tudo ocorreu bem. Disse mais, que possivelmente, que como o médico determinou um repouso de 15 dias, deve retornar as suas obrigações em abril.
O coordenador nacional do Enani, Gilberto Kac, do Instituto de Nutrição José de Castro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), disse que o estudo tem três metas. A primeira é mapear deficiências de micronutrientes (vitaminas e minerais) entre as crianças com menos de cinco anos, em termos de alimentação e nutrição.
“Esse é o primeiro aspecto inédito do estudo. A gente vai medir sangue de crianças entre seis e 59 meses e vamos dosar uma série de marcadores que jamais foram estudados no Brasil com essa magnitude”, disse.
Alimentação
As crianças menores de seis meses serão estudadas também, mas não terão o sangue coletado. O estudo conseguirá mapear o estado nutricional bioquímico de crianças entre seis meses e 59 meses. “Esse é o grande objetivo, talvez o principal”, afirmou Kac.
O trabalho vai medir também a alimentação das crianças abaixo de 5 anos de idade. Para isso, será usada uma técnica chamada “recordatório de 24 horas”, que verifica o que a criança comeu nas últimas 24 horas.
Foi desenvolvido um aplicativo específico para esse estudo. A pesquisa toda é feita em um tablet. Há um questionário geral sobre uma série de assuntos, que englobam desde questões socioeconômicas até a história reprodutiva e desenvolvimento infantil.
Aleitamento
Juntamente com a dieta das últimas 24 horas, será mapeado o perfil sobre o aleitamento materno no Brasil. Kac disse que os dados existentes até agora no país serão atualizados.
As equipes vão recolher dados nacionais sobre aleitamento materno exclusivo e complementar, consumo de ultraprocessados, doação de leite materno e bancos de leite, amamentação cruzada (quando uma mãe amamenta o filho de outra mulher). “Esse é o segundo grande objetivo”, afirmou.
O terceiro objetivo é o mapeamento do estado nutricional antropométrico (conjunto de técnicas utilizadas para medir o corpo humano ou suas partes) que, no caso, inclui medir o peso e a altura das crianças e das mães.
Isso permite avaliar o estado nutricional infantil, de modo a confirmar se a desnutrição continua diminuindo no Brasil e informar como está o sobrepeso e a obesidade nas crianças menores de 5 anos. “Tem crescido muito esse excesso de peso e a obesidade, que é um grau mais elevado”, disse o coordenador.
Encaminhamento
Serão investigados ainda a insegurança alimentar, habilidade culinária doméstica e alimentação saudável. “É um estudo bastante complexo e completo, que a gente está planejando há um ano e meio”, disse Kac.
A coleta de dados para o Enani será feita por 342 equipes no país, sob a coordenação da Sociedade para o Desenvolvimento da Pesquisa Científica (Science), integrada por coordenadores aposentados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A coleta de sangue será coordenada pelo laboratório Diagnósticos Brasil, com capilaridade nacional. São parceiros da UFRJ no censo a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os resultados serão divulgados no próximo ano, mas, segundo Kac, as famílias poderão ter acesso às conclusões do estudo referentes ao exame de sangue e ao estado nutricional de antropometria pelo correio ou pela internet. De acordo com o coordenador do estudo, se houver algum problema relevante, a criança será encaminhada a uma unidade básica de saúde.
‘Muitos acham que a gripe é bobagem, mas ela mata em média 900 pessoas por ano no país", afirma a pediatra Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
No ano passado, foram 1.381 mortes, sendo 55% de pessoas acima de 60 anos, faixa etária dentro do grupo com direito à vacina da gripe pelo SUS.
"O vírus influenza é imprevisível, por essa razão, insistimos na vacinação anual como forma de prevenção. Não há como saber qual será sua intensidade na temporada", explica a médica.
No Amazonas, a campanha de vacinação contra a gripe foi antecipada em cerca de um mês, tendo início nesta segunda-feira (18), devido a um surto do vírus H1N1. Até o momento houve 586 casos de gripe, sendo 26 mortes por H1N1, segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas.
"Não há motivo para pânico nem correria", afirmou o governador Wilson Lima, por meio de nota. "Há vacina em quantidade suficiente para pessoas que fazem parte do grupo de risco. Agora, o fato de a vacina chegar, não significa que a gente tenha que deixar de lado os cuidados. Então, lavem as mãos, usem álcool em gel, evitem lugares onde há grandes aglomerações que, assim, a gente vai conseguir efetivamente combater o H1N1”.
O Ministério da Saúde anunciou na última sexta-feira (15) que 1 milhão de vacinas, já desta campanha, serão enviadas ao Amazonas. As clínicas privadas ainda não dispõem das vacinas desta temporada, de acordo com Isabella.
PublicidadeFechar anúncio Diferentemente do sarampo, que também provoca surto no Amazonas, o vírus influenza nada tem a ver com a imigração de venezuelanos. "A região Norte tem a sazonalidade da gripe mais precoce em relação às outras regiões. Esta é a época do infuenza no Amazonas, por causa da condição climática. É a estação de chuvas, que corresponde ao inverno. Mas o que surpreende é o maior número de mortes do que costuma ocorrer", afirma.
Embora a circulação do vírus na região nesta época seja esperada, a causa do surto é desconhecida. "Não dá para saber. O que se sabe é que preciso estar preparado, com a vacina", orienta. Ela explica que não há risco de disseminação do vírus para as demais regiões já que se trata de uma circulação prevista.
Segundo a médica, existe uma discussão sobre qual seria o mês ideal para início da campanha de vacinação no país, que ocorre em abril. O ideal, segundo a especialista, é que, quando o vírus começasse a circular, todos já estivessem imunizados com a vacina.
"A OMS define em setembro qual serão as cepas utilizadas na vacina no hemisfério Sul. A vacina será direcionada aos vírus que irão circular. Mas, para fazer uma vacina, é preciso pelo menos seis meses", afirma.
Produzida pelo Instituto Butantan, a vacina imuniza contra três tipos de vírus predominantes no Brasil: influenza A (H1N1e H3N2) e um tipo de influenza B. Isabella destaca que o H1N1 se mantém importante no país, dividindo a prevalência com o H3N2. "Cerca de 76% das mortes por gripe são de pessoas dentro do grupo de risco, como idosos, gestantes, diabéticos e cardíacos. Ou seja, os outros 24% são pessoas sem risco para gripe. Na maioria das vezes, a gripe é assintomática, mas 10% vão adoecer", diz.
As doenças reumáticas, que atingem principamente as articulações, afetam mais de 12 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde.
Hoje, o caminho para controlar o avanço em quem já tem a doença e garantir a qualidade de vida está relacionado às drogas modificadoras do curso da doença (DMCD), de acordo com o reumatologista José Roberto Provenza, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Esse foi um dos temas abordados durante a Jornada Rio-São Paulo de Reumatologia realizado de 14 a 16 de março em São Paulo. “Existem as drogas que combatem os sintomas das doenças, que são os analgésicos, os anti-inflamatórios e os corticoides, e as drogas que mudam o curso da doença, capazes de interferir antes que ocorra o processo inflamatório”, explica.
Para o reumatologista, esta é principal inovação na área. Além da importância do tratamento multidisciplinar, que envolve fisioterapeutas, nutricionistas e psiquiatras, uma vez que, gerando dor crônica, as doenças reumáticas acabando levando à depressão, segundo Provenza.
“A intensidade da dor, a limitação que ela causa no dia-a-dia, interferindo na vida social, o bloqueio na mobilidade das articulações e a deformação de pés e mãos, tudo isso acaba desencadeando a depressão. Não é a depressão que leva à dor crônica, mas sim a dor crônica que leva à depressão”, afirma. As drogas modificadoras do curso da doença (DMCD) inibem a atuação das citocinas, envolvidas no processo inflamatório, impedindo a progressão da doença.
Artrose é a doença reumática mais frequente
Ele ressalta que existem 120 doenças na reumatologia que afetam o aparelho locomotor. A mais comum é a artrose, uma degeneração das cartilagens relacionada ao envelhecimento. “Há um aumento das doenças reumáticas, mas isso está relacionado a um aumento da longevidade da população e um melhor diagnóstico das doenças”, afirma.
As principais doenças reumáticas são a artrite idiopática juvenil e febre reumática na infância e adolescência, a artrite reumatoide entre mulheres de 35 a 45 anos, a artrose a partir dos 60 anos, tanto em homens quanto em mulheres, e a gota, em homens, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia. Nos Estados Unidos, a gota afeta 4% dos homens, ainda de acordo com o órgão.
Lúpus, osteoporose, tendinites, bursites e fibromialgia também são consideradas doenças reumáticas.
Embora tenha havido uma melhora no diagnóstico, o grande desafio das doenças reumáticas ainda é o diagnóstico precoce, de acordo com Provenza. “Quando uma pessoa tem dor articular, não é a prática que ela procure um reumatologista. O atraso no diagnóstico pode prejudicar o tratamento. Dores articulares por um longo período, ou seja, mais do que oito semanas, devem ser investigadas por um reumatologista”, orienta.