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dentesO estresse sempre esteve presente na vida da publicitária Mariana Vieira, de 35 anos. Por mais de uma década, desde que terminou os estudos, ela trabalhava muito e isso nunca foi um problema, mas um dente quebrado fez com que ela refletisse sobre isso.

"Recentemente, eu fui ao dentista porque um dente meu lascou. Achei que fosse apenas fazer uma restauração e ir embora".

A constatação feita pelo dentista foi além da necessidade de uma restauração. "Ele disse que eu tinha um desgaste avançado nos dentes e que esse tinha sido o motivo de ter quebrado um deles; disse que eu estava com bruxismo e precisava tratar."

O bruxismo se caracteriza por ranger os dentes (acordado ou enquanto dorme) e é um dos distúrbios temporomandibulares, que podem afetar articulações, ligamentos, tendões ou músculos que ligam o crânio à mandíbula.

Mariana foi orientada a fazer uma placa de acrílico para evitar que o desgaste fosse maior. Entretanto, foi alertada de que a causa não era odontológica e poderia ser emocional.

"O dentista perguntou como era a minha rotina. Falei que o trabalho é estressante, dificilmente consigo relaxar. [...] Entendi que minha sobrecarga estava causando isso."

A psicóloga e professora Liliana Seger, autora do livro Psicologia & Odontologia - Uma abordagem integradora, estuda o tema desde 1998. Na visão dela, pessoas ansiosas ou estressadas estão mais sujeitas a desenvolver problemas de ATM (articulação temporomandibular).

"Quando você fica ansioso, automaticamente trava o seu maxilar e tensiona. Isso faz com que você tenha um perfil muito específico para disfunção de ATM."

Se não tratadas, essas disfunções podem provocar perda dos dentes e dores intensas, não apenas nos dentes.

"Tem paciente que o bruxismo é tão forte que quebra restaurações, perde dentes, faz a coroa, quebrar, chega a fraturar a raiz. Até implante pode ser danificado", observa a cirurgiã-dentista Sandra Regina Naccarato Ribeiro, especialista em bruxismo.

Sandra acrescenta que a perda óssea provocada nesses casos tende a desencadear hipersensibilidade, já que qualquer estímulo vai chegar ao nervo com a perda da proteção da raiz do dente.

A dentista explica que o bruxismo noturno é o mais difícil de ser controlado, pois a placa de acrílico apenas avita o atrito, mas não alivia a tensão muscular.

"A placa tem um papel importante, principalmente para não ter um desgaste dentário, mas não evita o hábito [de ranger]. Para paciente que tem dor, talvez a placa nem funcione."

O acompanhamento com profissionais como psicólogos e psiquiatras é fundamental para tratar a maior parte dos casos de bruxismo. "O psicólogo vai fazer com que a pessoa aprenda a lidar com esses gatilhos [de estrese e ansiedade]", afirma Liliana.

A psicóloga ressalta que o tratamento "é breve". "A pessoa vai aprender lidar com as situações de modo que ela não somatize mais."

O uso de medicamentos ansiolíticos, além de não ser indicado em longo prazo, não vai fazer com que o bruxismo vá embora, pondera a psicóloga.

Nos últimos anos, tem-se usado toxina botulínica — cujo principal nome comercial é o Botox — como forma de aliviar a tensão muscular e, consequentemente, o bruxismo.

A cirurgiã-dentista diz que no curto prazo a toxina tem efeitos positivos no curto prazo, mas por ser uma terapia relativamente nova, não se sabe sobre eventuais benefícios ou malefícios no longo prazo.

As injeções precisam ser refeitas entre quatro e seis meses, ao custo aproximado de R$ 1.000 cada sessão, e também não representam cura.

A cirurgiã-dentista ressalta que tratar a ansiedade e e o estresse, reeducar hábitos diurnos e usar uma placa ou um aparelho na hora de dormir são medidas que tendem a reduzir significativamente o bruxismo.

Como identificar
O Manual Merck de Tratamento e Diagnóstico lista alguns dos sintomas dos distúrbios temporomandibulares:

• Cefaleias
• Dor nos músculos da mandíbula ao mastigar alimentos
• Um clique ou travamento da mandíbula
• Dor próximo à articulação
• Dor ou rigidez no pescoço que se irradia para os braços
• Tontura
• Dores de ouvido ou congestão nos ouvidos
• Problemas para dormir
• Dificuldade em abrir a boca amplamente

 

R7

Foto: Freepik

remdpressaoA maioria dos pacientes diagnosticados com pressão alta são orientados por seus médicos a tomar a medicação pela manhã. No entanto, um novo estudo indica que os medicamentos para hipertensão funcionam melhor quando tomado antes de dormir. De acordo com a pesquisa, publicada no periódico European Heart Journal, pessoas que ingerem o remédio no período da noite apresentam menor risco de sofre acidente vascular cerebral (49%), ataque cardíaco (44%), insuficiência cardíaca (42%) ou precisar de cirurgia ponte de safena (40%).

“O mesmo medicamento anti-hipertensivo, a mesma molécula, na mesma dose, ingerida em dois momentos diferentes, tem farmacocinética e farmacodinâmica totalmente distintas e, portanto, se comportam como se fossem duas medicações completamente diferentes”, explicou Ramón Hermida, da Universidade de Vigo, na Espanha, a The Guardian.

Isso significa que esse efeito discordante está relacionado ao relógio interno do corpo, já que os processos realizados pelo organismo podem variar de acordo com o horário e, portanto, a medicação atuaria de maneira distinta dependendo do período em que é ingerida.

Essa diferença também pode ser explicada pelo sistema hormonal que regula a pressão arterial: ele atinge o pico de atividade durante o sono. Dessa forma, os medicamentos que interagem com esse sistema apresentam efeito maior quando ingeridos imediatamente antes de dormir.
Por que tomar de manhã?


Segundo especialistas, a medicação costuma ser recomendada para o período da manhã por dois motivos principais: o primeiro seria porque é mais fácil para as pessoas se lembrarem de tomar seus remédios pela manhã; já o segundo está relacionado ao fato de que os anti-hipertensivos costumam ter efeito diurético, ou seja, aumentam a vontade de fazer xixi.

“As pessoas provavelmente não querem tomar uma pílula que as faça levantar e fazer xixi no meio da noite”, comentou John A. Osborne, diretor de cardiologia da State of the Heart Cardiology, nos Estados Unidos, à CNN.

Ele destacou, no entanto, que para aqueles que receberem a recomendação médica para alterar o horário da medicação, não precisam ser preocupar com a vontade de ir ao banheiro no meio da noite. “Depois de algumas semanas, isso se torna progressivamente menos problemático, especialmente porque você está ciente dos benefícios”, disse.


Melhor desempenho à noite
A nova descoberta foi feita depois que os pesquisadores analisaram os dados de 19.084 pessoas na Espanha. A equipe dividiu os participantes em dois grupos: aqueles que ingeriam o medicamento à noite e os que tomavam pela manhã. Eles foram acompanhados durante uma média de seis anos, e a pressão arterial era monitorada pelo menos uma vez por ano. Ao final do estudo, os cientistas registraram 1.752 eventos cardiovasculares.

Após descartar outros fatores de riscos para essas doenças, a equipe chegou a conclusão de que tomar a medicação no período noturno pode proteger os pacientes de riscos de problemas cardiovasculares, reduzindo o risco em até 66%. “Esse efeito tão profundo nos eventos cardiovasculares é surpreendente”, comentou Stephen MacMahon, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, a The Guardian.

Para alguns especialistas, esse resultado deve alterar a maneira como os médicos prescrevem os medicamentos para hipertensão. “Acredito que veremos os médicos mudarem seu posicionamento em breve. A hipertensão é um fator de risco importante para doenças cardiovasculares, muito maior que o colesterol e tudo o que nos permite tratá-la de maneira mais eficaz é relevante”, concluiu Barbara Roberts, da Brown University, nos Estados Unidos, à CNN.

 

Veja

Foto: Thinkstock/VEJA/VEJA

demenciaNa semana passada, um amplo estudo publicado no “Annals of Internal Medicine” indicou que abordagens não farmacológicas, como massagem ou terapia do toque, podem ser mais eficientes que medicamentos para reduzir comportamentos de agitação e agressividade de pacientes com demência. Tratamentos alternativos já são usados no manejo dos sintomas neuropsiquiátricos; entretanto, apesar dos riscos dos efeitos colaterais, a prescrição de antidepressivos e antipsicóticos é amplamente disseminada.

Pesquisadores da Universidade de Toronto (Canadá) revisaram 163 estudos, que abrangiam mais de 23 mil pacientes, comparando intervenções para tratar agressão e agitação em adultos com demência. Os resultados mais favoráveis apontavam para abordagens que utilizavam massagem, toque terapêutico, musicoterapia e recreação para estimulação cognitiva, em comparação com a medicação convencional.


Essa discussão não é recente. Em outro trabalho, especialistas de diversas instituições de pesquisa, incluindo a Universidade de Michigan e a Johns Hopkins, em Baltimore – ambas nos EUA – haviam chegado ao consenso de que a chamada “abordagem não farmacológica”, ou seja, sem medicamentos, deveria ser a primeira opção. O foco no paciente determinaria as atividades compatíveis com suas necessidades.

Além disso, é fundamental adaptar o ambiente de maneira que se torne o mais acolhedor possível, o que inclui o treinamento de cuidadores. Um exemplo: o fim do dia pode ser um período difícil para pacientes com Alzheimer. Um em cada cinco apresenta um comportamento de agitação e desorientação, causado pelas sombras e diminuição da luz, mas essa angústia pode ser minimizada com uma iluminação que leve em conta essas necessidades. Pode ser mais trabalhoso, mas investigar os “gatilhos” que provocam esse tipo de comportamento pode resultar em adaptações que trarão um bem-estar maior para o doente. Não se trata de abolir completamente os medicamentos, mas considerar alternativas que não resultem apenas na contenção química de um ser humano.

 

G1 Bem Estar

Foto: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=82550610

Desde o fim de agosto e início de setembro, diversas manchas de óleo têm aparecido em praias do Nordeste. Já são 200 pontos atingidos, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Em Pernambuco, manchas voltaram a aparecer em praias que já tinham passado por uma limpeza.


Especialistas afirmam que este é o pior desastre da história para os corais brasileiros. Cientistas dizem que levará até anos até que os danos possam ser bem avaliados.

Mas quais os riscos para a nossa saúde e para quem está em contato direto com o óleo? A maioria dos voluntários não usa luvas para conter as manchas. Muitos não estão usando nem calçados adequados.

De acordo com a dermatologista Márcia Purceli, uma das consequências é relacionada à pele. "Existe o risco dessas pessoas apresentarem a dermatite de contato do tipo irritativa. Ou seja, essas substâncias que são encontradas nesse tipo de óleo, no petróleo cru, elas podem, em contato com a pele, desenvolver a dermatite irritativa".

Os sintomas da dermatite são: coceira, vermelhidão e descamação. Eles podem aparecer em até 24 horas após o contato. "O sintoma nem sempre é imediato. Pode ser na hora ou um dia depois", explica a dermatologista. As regiões mais acometidas são as mãos, dedos e rosto.
Quero ajudar. Como devo me proteger?


Se a pessoa está em alguma praia contaminada e quer ajudar nos mutirões de limpeza, antes de entrar em contato com o óleo, ela deve tomar alguns cuidados. "É preciso usar a galocha para proteger a pele dos pés e as luvas de borracha", orienta Purceli.

Os perigos da inalação

Os sintomas vão além da pele. O médico toxicologista Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica da Universidade de São Paulo (USP), explica que inalar os elementos que estão no ar pela evaporação desse óleo também é perigoso.

“Pode causar tosse, irritação e asma, além da pneumotite química, que é a inflamação dos pulmões e a principal consequência da inalação desse óleo”.

O petróleo é uma mistura de centenas de substâncias de decomposição. São bactérias, fungos, além de hidrocarbonetos. Quando o petróleo fica no mar, submetido ao calor, ele vai evaporar e as pessoas vão inalar as substâncias.

Wong dá uma orientação importante: “idosos, crianças, grávidas, pessoas com baixa imunidade e com doenças crônicas devem evitar ao máximo o contato com o óleo”.

E quem teve contato com o óleo?


Se houver contato com o óleo, o recomendado é lavar rápido com bastante água e sabão neutro. Para os olhos, a indicação é o uso de soro fisiológico. Caso perceba os sintomas da dermatite, a pessoa precisa usar uma pomada de corticoide. "O ideal é passar primeiro em um médico, mas a pessoa pode usar por até sete dias a pomada. Deve-se passar só na região onde está o vermelhidão, a coceira", completa a dermatologista.

 

G1