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examemamaQuatro em cada 10 mulheres na faixa etária recomendada pelo Ministério da Saúde - entre 50 e 69 anos - não fizeram mamografia, de acordo com a edição mais recente da Pesquisa Nacional em Saúde realizada pelo IBGE - os dados foram divulgados em 2015, mas se referem aos dois últimos anos anteriores.

Muitas mulheres deixam de realizar o exame por medo da dor, mas um equipamento que chegou ao Brasil há um ano, desenvolvido pela empresa Hologic, que é pioneira em tecnologias nessa área, reduz essa sensação em 90% das mulheres – os outros 10% já não sentiam dor, de acordo com pesquisa realizada pela radiologista Vivian Schivartche, especialista no diagnóstico de câncer de mama do CDB Premium, em São Paulo.


A explicação para a diminuição da dor é que o aparelho curvo possui um compressor curvo, por isso se adapta melhor ao formato dos seios. “Antes, todos os compressores eram retos, mas a mama não é uma estrutura reta, então incomodava”, explica a especialista. “Principalmente na parte da frente, que é menos espessa, precisava apertar mais, para espalhar bem o tecido celular”, completa.

Além disso, o dispositivo curvo é capaz de abranger todas as regiões da mama e a comprime por igual. E a radiologista lembra que pressão é o resultado da força dividida pela área onde ela é aplicada. “Se existe a mesma força, mas eu tenho uma área de contato maior, eu vou distribuir a pressão por igual, então ela diminui e a dor também”, esclarece. O equipamento ainda não está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde)

De acordo com o mastologista Vilmar Marques, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, outras fabricantes, como a Siemens, também têm um compressor levemente curvo que reduz a dor. Ele diz que a precisão diagnóstica é a mesma, independentemente do formato do compressor.

Vivian concorda, mas acrescenta que o compressor curvo, em comparação com o reto, possibilita uma visão melhor do tecido mamário.
Por que é necessário comprimir a mama?

A compressão da mama é necessária por duas razões: deixar o órgão parado - porque se houver movimento a imagem do exame fica borrada – e reduzir sua espessura para que o tecido celular se espalhe e não haja erros no diagnóstico. “Pode acontecer uma sobreposição [ de tecidos celulares] e parecer algo que não é, só porque uma imagem se somou à outra. É como se ficasse uma página de livro na frente da outra”, esclarece.

Se a mama fica menos espessa, a dose de radiação ionizante – raio-X - necessária para a realização do exame também é menor: para cada centímetro a menos, a dose de radiação utilizada cai pela metade, de acordo com Vivian. Essa é uma preocupação durante a realização de qualquer exame que utiliza raios-X para obter imagens, pois, a longo prazo, essa substância pode causar reações no organismo.

Mas a especialista ressalta que não existe risco de desenvolver tumor ao realizar a mamografia anual. “Um trabalho de 2015 estimou que o risco de se fazer mamografia anual a partir dos 40 anos até os 80 e ter câncer de mama pelo exame é 0,01 por um milhão, sendo que a chance de não fazer nada e qualquer mulher ter câncer de mama só pelo fato de ser mulher é de 6 por mil”, compara.

A mamografia para rastreamento do tumor é o único exame que comprovadamente diminui a mortalidade por câncer de mama, de acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer) – que reduz entre 35% e 40%, segundo pesquisas. O rastreamento é a realização do exame em pessoas que não apresentam sintomas da doença, apenas para identificar possíveis indícios. Já o diagnóstico precoce ocorre quando a pessoa já apresenta sinais.

Mamografia 3D

O Brasil foi o primeiro país da América Latina a utilizar a disponibilizar a mamografia em versão 3D, também chamada de tomossíntese. Seu diferencial é fazer várias imagens da mama em ângulos diferentes, com maior precisão e uma dose muito baixa de raios-X.

“A imagem reconstruída no computador permite visualizar fatias de um milímetro da mama, isso permite diminuir a quantidade de radiação e elimina a necessidade de fazer imagens extras para prevenir erros de diagnóstico”, explica Vivian.

O equipamento curvo pode ser usado em qualquer mamógrafo – seja 3D ou convencional. “Mas a chance de rastreamento na 3D aumenta em 30% por permitir encontrar tumores menores”, ressalta a especialista.

Sensação de dor não depende do tamanho da mama

Vivian afirma que o tamanho dos seios não interfere na intensidade da dor. “Depende muito da sensibilidade de cada uma. Existem pacientes que têm mamas grandes e não sentem dor nenhuma, já outras sentem muito incômodo”. De acordo com a especialista, são o diálogo e a informação que fazem a diferença.

“Explicar tudo o que vai acontecer, principalmente quando é o primeiro exame, deixa a mulher mais tranquila. O que eu percebo é que o desconhecido dá medo e a pessoa fica tensa”, observa.

 

R7

Foto: Gustavo Urpia/SECOM/Fotos Públicas

susO Senado aprovou nesta quarta-feira (16) o projeto de lei que fixa prazo de 30 dias para a realização de exames de diagnóstico de câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A matéria segue para sanção presidencial.

O texto estabelece um limite de até 30 dias para realização dos exames necessários nos casos em que tumores cancerígenos sejam a principal hipótese do médico. O prazo somente será aplicado quando houver solicitação fundamentada do médico responsável.
O dispositivo altera a lei atual, que estabelece o início do tratamento pelo SUS em no máximo 60 dias a partir do diagnóstico do câncer (Lei 12.732/12).

O relator da matéria na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), senador Nelsinho Trad (PSD-MS), ressaltou que o tempo de identificação da doença impacta no tratamento e na sobrevida do paciente.


“Casos mais avançados, mesmo que submetidos ao melhor e mais caro tratamento disponível, têm chance muito menor de cura ou de longa sobrevida, quando comparados aos casos detectados e tratados ainda no início. Em resumo, o momento da detecção do câncer impacta decisivamente a sua letalidade, ou seja, o percentual de pessoas acometidas que vêm a falecer por causa da doença”, disse Trad.

O senador citou que estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), durante o ano de 2018, indicam que ocorreram 300.140 novos casos de neoplasia maligna entre os homens e 282.450 entre as mulheres. Os últimos dados de mortalidade por câncer disponíveis são que 107.470 homens morreram por ano pela doença e 90.228 mulheres. Segundo Trad, são números realmente expressivos, que geram preocupação nas autoridades sanitárias.


“Sabe-se que o mais importante gargalo para a confirmação do diagnóstico de câncer está na realização dos exames complementares necessários, em especial dos exames anatomopatológicos, sem os quais não é possível dar início aos regimes terapêuticos estabelecidos”, disse o parlamentar.

 

Agência Brasil

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Uma vacina que pode impedir que o câncer de mama se desenvolva ou volte, assim como o de ovário, poderá estar disponível em 8 anos, segundo um estudo da Mayo Clinic, em Jacksonville, na Flórida, Estados Unidos.

A pesquisa está em fase inicial e levará ao menos três anos para que seja testada em um grande número de pacientes.
Segundo os pesquisadores, o imunizante é seguro. "Ele estimula o sistema imunológico [para combater o câncer] ”, afirmou Keith Knutson, um dos autores do estudo, à revista norte-americana Forbes.

Ela ainda explicou que a vacina não apresentou nenhum efeito adverso, a não ser irritação na área aplicada, semelhante ao que ocorre na vacina contra gripe.
O imunizante ainda deve passar por ensaios clínicos e aprovação do FDA (Food and Drug Administration), que regulamenta medicações nos Estados Unidos.

A Mayo Clinic divulgou que já têm duas vacinas, sendo uma contra o câncer de mama triplo negativo e outra contra o câncer de mama positivo HER2. Os pesquisadores revelaram que também estão trabalhando em um imunizante contra o carcinoma ductal in situ, câncer de mama não invasivo que leva a 300 mil novos casos por ano nos Estados Unidos, de acordo com a revista.

Segundo Knutson relatou à Forbes, os ensaios têm alto custo, chegando a custar US$ 20 milhões (cerca de R$ 83 milhões). Ensaios da fases mais avançadas custam o dobro disso.

Knutson também realiza pesquisas sobre outras vacinas contra o câncer focadas no conceito da imunoterapia e da terapia celular, que estimulam o sistema imunológico do organismo a combater o tumor. Sua equipe se dedica a descobrir como os tumores fogem do sistema de defesa do corpo.
"Se formos capazes de treinar o sistema imunológico para reconhecer células anormais ou células pré-cancerosas, talvez ele possa eliminá-las antes que elas se desenvolvem", afirmou Amy Degnim, cirurgiã da Clínica Mayo, para a revista.

 

R7

artroseUm tratamento utilizado frequentemente em pacientes que sofrem de osteoartrite, conhecida também como artrose ou artrite degenerativa, no quadril e no joelho, pode não ser tão eficiente quanto se imaginava.

Um estudo publicado nesta semana no Jornal da Sociedade Radiológica da América do Norte sugere que injeções de corticosteroides e analgésicos podem fazer mais mal do que bem.

Esse tipo de medicamento é injetado para reduzir a inflamação e aliviar a dor nos pacientes.

Mas as doses, afirma a pesquisa, têm potencial de acelerar a progressão da osteoartrite e resultar até mesmo, no longo prazo, na necessidade de cirurgia para substituir a articulação afetada.

"As injeções de SIGC [injeções intra-articulares de corticosteroides] são frequentemente realizadas para alívio da dor em pacientes com OA [osteoartrite] de joelho ou quadril. Relatórios e séries de casos recentes sugeriram que certas condições preexistentes (idade avançada, raça branca) podem aumentar o risco de um resultado conjunto negativo após a injeção do SIGC", conclui o estudo, coordenado pelo médico Ali Guermazi, professor de radiologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Boston.

A equipe de Guermazi revisou a literatura médica sobre o tema e estudou 459 pacientes no Boston Medical Center. Desse total, 8% tiveram complicações após as injeções.

Entre os problemas relatados estão perda de cartilagem, fraturas por estresse, deterioração óssea e destruição das articulações, em um período de dois a 15 meses após receberem o medicamento.

O professor ressaltou, em entrevista à NBC News, que as injeções podem até aliviar a dor imediatamente, mas podem ser prejudiciais a longo prazo.

Entretanto, o médico admite a necessidade de estudos complementares para identificar de forma mais detalhada o custo x benefício desse tratamento para cada paciente.

Médicos norte-americanos destacam a importância de os pacientes saberem dos riscos e vantagens das injeções de corticosteroides para que tomem a decisão se fazem ou não o tratamento.

A oesteoartrite é uma doença crônica associada com lesões na cartilagem e tecidos circundantes e caracteriza-se por dor, rigidez e perda de função. É frequente em pessoas mais velhas, mas em algumas pessoas já se desenvolve a partir dos 40 anos, principalmente em mulheres.

 

R7

Foto: Freepik