vacioutubroA Pfizer informou na terça-feira (15) que os participantes de um estudo com a vacina experimental contra coronavírus da empresa estavam apresentando efeitos colaterais principalmente leves e moderados quando administrados com o possível imunizante ou com um placebo em um ensaio clínico de estágio final.

A empresa disse em uma apresentação para investidores que os efeitos colaterais incluem fadiga, dor de cabeça, calafrios e dores musculares. Alguns participantes do ensaio também desenvolveram febre - incluindo algumas febres altas. Os dados são ocultos, o que significa que a Pfizer não sabe quais pacientes receberam a vacina ou o placebo.

Kathrin Jansen, chefe de pesquisa e desenvolvimento de vacinas da Pfizer, enfatizou que o comitê independente de monitoramento de dados "tem acesso a dados não ocultos para que eles nos notifiquem se tiverem alguma preocupação com a segurança, e não o fizeram até o momento".

A empresa inscreveu mais de 29 mil pessoas em seu ensaio clínico com até 44 mil voluntários para testar a vacina experimental contra a Covid-19 que está desenvolvendo com a parceira alemã BioNTech.

Mais de 12 mil participantes do estudo receberam uma segunda dose da vacina, disseram executivos da Pfizer em uma teleconferência com investidores.

Os comentários ocorreram depois que os testes de vacina contra a covid-19 da rival AstraZeneca foram suspensos em todo o mundo em 6 de setembro, após um grave efeito colateral ter sido relatado em um voluntário no Reino Unido.

Os testes da AstraZeneca foram retomados no Reino Unido e no Brasil na segunda-feira (14), depois do sinal verde dos reguladores britânicos e brasileiros, mas continuam paralisados nos Estados Unidos.

A Pfizer espera ter resultados sobre se a vacina funciona em outubro.

 

Reuters

Foto: EFE /HOTLI SIMANJUNTAK/Archivo

Um aviso para os que não podem passar sem uma soneca depois do almoço, e também para aqueles que invejam a siesta espanhola do meio da tarde: no fim do mês passado, a Sociedade Europeia de Cardiologia, que reúne profissionais de 150 países, alertou para o risco de cochilos que durem mais de uma hora. Apesar de ser um hábito generalizado no mundo todo, principalmente em lugares onde o calor chega a ser insuportável depois do meio-dia, a atividade, ou melhor, a inatividade tem contraindicações. Segundo o médico Zhe Pan, da Universidade Guangzhou, na China, “é senso comum que tirar uma soneca melhora o desempenho e neutraliza os efeitos negativos das horas de sono perdidas à noite, mas nosso estudo vai de encontro a essas opiniões arraigadas”.


O trabalho foi apresentado no congresso da entidade, realizado entre 29 de agosto e 1 de setembro, e se dedicou a analisar mais de 20 estudos, com 313.651 participantes – do total, perto de 40% tinham o costume de cochilar. O objetivo era estabelecer evidências entre o hábito e doenças cardiovasculares e morte precoce. A conclusão foi de que sonecas com duração superior a 60 minutos estavam associadas a um aumento de 30% no risco de morte precoce e 34% de doenças cardiovasculares em comparação com os que não dormiam. Quando eram somadas as horas do sono noturno, o risco só aumentava para aqueles que descansavam mais de seis horas por noite.

De um modo geral, sonecas de qualquer duração estavam ligadas ao aumento de 19% nas chances de morte precoce, com um achado mais relevante entre as mulheres: neste caso, o percentual subia para 22%. Já os cochilos breves, de menos de uma hora, não tinham conexão com o surgimento de doença cardiovascular. Ainda de acordo com o doutor Pan, poderiam inclusive beneficiar quem dorme mal à noite. Embora as causas das consequências negativas para o corpo ainda não tenham sido esclarecidas, há estudos que sugerem sua relação com altos níveis de inflamação no organismo – um perigo para a saúde do coração e para a longevidade.

 

Bemestar/G1

sinovacUma vacina contra a Covid-19 desenvolvida na China pode estar pronta para aplicação em larga escala a partir de novembro, afirmou um alto funcionário do governo à imprensa estatal, enquanto se intensifica a corrida mundial para alcançar a fase final de testes clínicos.

Os cientistas chineses estão muito otimistas com os avanços — as empresas Sinovac Biotech e Sinopharm inclusive exibiram durante este mês as vacinas candidatas em um evento comercial em Pequim.


Representantes das empresas afirmaram à AFP que esperam a aprovação das vacinas após os testes da fase 3, até o fim do ano.

Na segunda-feira (14) à noite, o principal especialista em biossegurança do Centro Chinês para o Controle de Doenças afirmou ao canal estatal CCTV que uma vacina estaria disponível ao público em geral "por volta de novembro ou dezembro".

Wu Guizhen não explicou sobre qual vacina fazia referência, apenas que "de acordo com os resultados clínicos da fase 3, o atual progresso é muito rápido".
O especialista afirmou que foi vacinado em abril e que sentiu-se bem durante os últimos meses, sem especificar a vacina inoculada em seu corpo.

Atualmente há nove vacinas candidatas que estão sendo testadas em humanos em fase avançadas, mas recentemente algumas enfrentaram obstáculos: o grupo farmacêutico AstraZeneca e a Universidade de Oxford interromperam circunstancialmente os testes clínicos na semana passada, depois que uma voluntária apresentou um efeito colateral.

Algumas vacinas candidatas chinesas foram oferecidas a trabalhadores essenciais no âmbito de um programa de emergência.

Um porta-voz da empresa Sinovac indicou à AFP no início do mês que dezenas de milhares de pessoas foram vacinadas de maneira voluntária, incluindo 90% de seus funcionários e parentes, neste caso entre 2.000 e 3.000 pessoas.

Em junho, o Exército chinês aprovou uma vacina para o uso em seus soldados, que foi desenvolvida por sua unidade de pesquisas e uma empresa de biotecnologia.

 

Por France Presse

Foto: Tingshu Wang/Reuters

A porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Harris, disse hoje (15) que a decisão da AstraZeneca de interromper os testes globais de sua vacina experimental contra o coronavírus, após reação adversa séria em um dos participantes do estudo, mostrou que a empresa estava priorizando a segurança.

“Isso é o que queremos ver com os testes, é um teste bem conduzido. A segurança é sempre crítica, é crucial e eles olharam para isso de maneira apropriada”, disse Margaret Harris a jornalistas em Genebra.

Questionada sobre o uso de vacinas experimentais para covid-19 na China e na Rússia, ela afirmou que “a OMS gostaria que as vacinas se confrontassem para que possamos ter informações claras e ver esses resultados uns contra os outros.”

 

Agência Brasil