sinovacO presidente da farmacêutica chinesa Sinovac, Yin Weidong, garantiu nesta quinta-feira (24) que sua vacina contra o novo coronavírus, uma das mais avançadas do mundo, poderá começar a ser aplicada em massa na população já no início do ano que vem.

Durante visita da Agência Efe e outros meios de comunicação aos laboratórios e fábrica da empresa em Pequim, Yin afirmou que sua fábrica tem capacidade para produzir 300 milhões de doses anuais da vacina, chamada CoronaVac.

A empresa começou a construir uma fábrica específica em março para produzir essa vacina contra a covid-19, algo que já vem sendo feito há várias semanas.

Yin explicou que eles tentaram sete métodos diferentes de vacina, mas descobriram que "a via da vacina inativada era a melhor".

Ele garantiu que os testes realizados na fase 3 em maiores de 18 anos "não mostraram reações adversas especiais" e afirmou que sua vacina é capaz de "combater todas as cepas do coronavírus SARS-Cov-2 existentes no mundo".

O CoronaVac agora está sendo testado no Brasil, Turquia, Bangladesh e Indonésia: "É melhor fazer os testes no exterior, pois na China a pandemia está praticamente controlada e seria difícil comprovar sua eficácia aqui", acrescentou o presidente da Sinovac.

Yin indicou que também está sendo estudada a possibilidade de sua vacina ser fabricada em outros países.

A Sinovac anunciou no último dia 9 que os resultados dos testes da vacina CoronaVac nas fases 1 e 2 mostraram "boa segurança e imunogenicidade" em adultos saudáveis com mais de 60 anos de idade, assim como em pessoas entre 18 e 59 anos.

Os níveis de anticorpos em pessoas com mais de 60 anos, segundo a empresa, eram ligeiramente inferiores aos que os encontrados em testes com uma população mais jovem.

Garantir que a vacina possa ser aplicada em toda a população, incluindo crianças e adolescentes, é uma das chaves para evitar surtos do vírus em escolas e creches.

A vacina Sinovac, produzida na América Latina em cooperação com o Instituto Butantan, em São Paulo, está na última fase de testes em larga escala em adultos em países como Brasil, Indonésia e Turquia.

A CoronaVac tem 46 milhões de doses asseguradas no Brasil até dezembro e outras 16 milhões até o primeiro trimestre de 2012.

Cerca de 90% dos funcionários da Sinovac em todo o mundo e suas famílias receberam suas doses, de acordo com a empresa.

 

EFE

Foto: Roman Pilipey/EFE/EPA

vacnnecovidA Johnson & Johnson anunciou nesta quarta-feira (23) o lançamento global da terceira fase de testes da sua candidada à vacina contra a covid-19. Essa fase contará com 60 mil voluntários divididos em oito países, incluindo o Brasil.

No Brasil, 7 mil pessoas passarão pelo teste em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou no dia 18 de agosto a realização do estudo clínico da Ad26.COV2.S no Brasil, como é chamada a vacina. Segundo a agência, essa vacina é composta de um vetor recombinante, não replicante, de adenovírus, que é capaz de codificar a proteína Spike do Sars-CoV-2. Diferentemente dos demais imunizantes contra a doença, é necessária apenas uma dose.

A vacina está sendo desenvolvida pela divisão farmacêutica da Johnson & Johnson, a Janssen, e demonstrou segurança e imunogenicidade necessária na primeira e segunda fase do estudo, segundo a empresa.

A farmacêutica pretende produzir um bilhão de doses por ano e afirma que está aumentando sua capacidade de fabricação para atingir essa meta.

“A empresa está empenhada em trazer uma vacina acessível ao público sem fins lucrativos para uso de pandemia de emergência e antecipa que os primeiros lotes de uma vacina covid-19 estarão disponíveis para autorização de uso de emergência no início de 2021, se comprovado ser seguro e eficaz”, afirmou por meio de nota.

Os voluntários precisam ter mais de 18 anos e incluirá uma representação significativa de pessoas com mais de 60 anos com ou sem comorbidades. O estudo será do tipo duplo-cego, em que metade dos participantes recebem placebo.

Além do Brasil, participarão do estudo a Argentina, o Chile, a Colômbia, o México, o Peru, a África do Sul e os Estados Unidos.
A empresa diz querer alcançar populações que foram desproporcionalmente impactadas pela pandemia. “Nos Estados Unidos isso inclui uma representação significativa de participantes negros, hispânicos e latinos, índios americanos e nativos do Alasca.”

 

R7

Foto: Dado Ruvic/Reuters

 

 

O boletim dessa terça-feira, 22, registrou mais 17 florianenses que receberam alta clínica e agora estão recuperados da Covid-19.

Também foram diagnosticados mais 41 casos da Covid-19. No Hospital Tibério Nunes, bairro Manguinha, 15 pacientes estão internados em leitos clínicos e 08 em UTI.

"Lembre-se: a pandemia não acabou! Continue mantendo o distanciamento social e use máscara sempre! florianocontraocoronavirus #responsabilidadedetodos", alerta a Saúde.

 boloe

ASCOM

No começo do mês, a Associação Europeia para o Estudo da Obesidade divulgou um trabalho que mostra que o consumo de acima de sete gramas de álcool por dia está associado ao aumento do risco de síndrome metabólica e obesidade. Para se ter uma ideia mais precisa do que essa medida significa, bebidas como uma taça pequena de vinho (100 ml), uma lata de cerveja (375 ml) ou uma dose de uísque (30 ml) têm dez gramas de álcool puro. No entanto, há variações sobre o que é um drinque padrão entre os países – enquanto no Reino Unido a referência é de oito gramas, nos EUA é de 14 e no Japão chega a 20! A Organização Mundial da Saúde crava sua medida em dez gramas e adverte que ninguém deve passar de dois drinques por dia, o que também é controverso, já que não há um patamar seguro para o consumo que se aplique a todos os indivíduos.


O risco, que vale para homens e mulheres, fica mais claro se pensarmos na quantidade de calorias contidas numa bebida: uma taça de vinho tem cerca de 100 calorias; uma latinha de cerveja, 150; uma caipirinha com vodca e açúcar, 300! O estudo foi realizado pelo médico Hye Jung Shin, de Seul, na Coreia do Sul, com base em dados de 27 milhões de pessoas, acima dos 20 anos, durante dois anos. Independentemente de outros fatores, como idade, falta de atividade física e tabagismo, a análise estabeleceu uma relação direta entre álcool e obesidade e o conjunto de condições que descrevem a síndrome metabólica: glicose, pressão e colesterol altos, além da gordura abdominal que chamamos de “pneu”. O quadro aumenta as chances de doenças coronariana, infartos e AVCs.

Comparados com os abstêmios, os homens que ingeriam entre sete e 14 gramas de álcool, de acordo com o padrão utilizado pelos pesquisadores, tinham 10% a mais de probabilidade de apresentar um quadro de obesidade ou síndrome metabólica. No caso do consumo alcoólico chegar a dois drinques diários, as chances subiam para um patamar de 22% para obesidade e de 25% para síndrome metabólica. Além de duas doses, o risco crescia, respectivamente, 34% e 42%. Entre as mulheres, o perigo aumentava para aquelas que tomavam mais de dois drinques por dia: 22% para obesidade e 18% para síndrome metabólica.

Pesquisa da escola de medicina da NYU (New York University), divulgada em 2019, mostrara que cerca de 10% dos indivíduos acima de 65 anos bebem pesadamente, se expondo a uma série de doenças. Beber sem moderação é ruim em todas as idades, mas as complicações são maiores na velhice. Em tempos de pandemia, quando já está provado que a obesidade tem papel relevante nas complicações por Covid-19, é bom pensar duas vezes antes de levantar o copo.

 

Bem Estar