O Centro de Referência Gripal, de Floriano, passava ofertar mais um teste visando detectar o novo coronavírus – COVID-19.  O novo serviço foi anunciado pelo Dr.  James Rodrigues, secretário da Saúde, que afirmou que a cidade vem tendo uma média de 40 casos de COVID por dia.

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James Rodrigues pede atenção que as essas continuem se cuidado. O novo sistema, que é um novo tipo de exame, é uma parceria com o Lacen com a Secretaria Municipal de Saúde.

O Dr. Justino Moreira, diretor tecido do Hospital Tibério Nunes, é quem explicado melhor sobre novo processo.

Da redação

Um estudo coordenado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e divulgado na plataforma medRxiv traz novas evidências de que o vírus SARS-CoV-2 é capaz de infectar e de se replicar no interior de linfócitos, podendo levar essas células de defesa à morte e comprometer ao menos temporariamente o sistema imunológico.

Segundo os autores, o novo coronavírus atua por um mecanismo semelhante ao do HIV, causador da Aids. Os dois afetam um tipo de linfócito conhecido como T CD4, que é responsável por coordenar a chamada resposta imune adaptativa – auxiliando tanto os linfócitos B a produzirem anticorpos como os linfócitos T CD8 – responsáveis por reconhecer e matar células infectadas – a se proliferarem. Essa coordenação se dá por meio da liberação de moléculas sinalizadoras conhecidas como citocinas.
“Nossos resultados sugerem que, em alguns pacientes, o novo coronavírus pode causar um quadro de imunodeficiência aguda não apenas porque mata parte dos linfócitos T CD4, mas também porque prejudica a função dessas células. Isso faz com que os linfócitos T CD8 se proliferem menos e os linfócitos B produzam anticorpos com menor afinidade e duração. Seria um efeito semelhante ao do HIV, só que agudo”, explica à Agência FAPESP Alessandro Farias, chefe do Departamento de Genética, Evolução, Microbiologia e Imunologia do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, que coordenou a investigação ao lado do professor Marcelo Mori.

As conclusões do artigo, ainda em processo de revisão por pares, estão baseadas principalmente em experimentos com culturas primárias de linfócitos (isolados do sangue de voluntários não infectados e de pacientes com COVID-19) conduzidos no Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (Leve) do IB-Unicamp, com apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

Na primeira etapa da pesquisa, os pesquisadores incubaram células de doadores saudáveis com o SARS-CoV-2 e acompanharam o que acontecia nas 24 horas seguintes por meio de diferentes técnicas, como hibridização in situ, microscopia eletrônica de transmissão e RT-PCR (a mesma usada para diagnosticar a infecção na fase aguda).

“Fizemos esse ensaio apenas com linfócitos T CD4 e T CD8 por serem os tipos mais diminuídos nos pacientes com COVID-19 grave. As análises confirmaram a presença do novo coronavírus no interior de aproximadamente 40% dos T CD4, sendo que 10% dessas células morreram ao final do período de observação. Os linfócitos T CD8 não foram afetados”, conta Farias.

Os pesquisadores observaram ainda que a carga viral mais do que dobrou entre as medições feitas duas e 24 horas após o início do teste – sinal de que o vírus estava se replicando nas células em cultura.

O passo seguinte foi analisar com as mesmas ferramentas os linfócitos T CD4 isolados de pacientes diagnosticados com COVID-19 em busca de sinais do SARS-CoV-2. Nas pessoas que apresentavam quadros moderados da doença foram encontrados poucos linfócitos infectados e eles estavam produzindo, como era esperado, a citocina interferon-gama (IFN-γ) – importante para a resposta antiviral. Já nos pacientes graves, além de haver um número muito maior de linfócitos com o vírus, as células estavam produzindo no lugar da IFN-γ a interleucina-10 (IL-10), uma citocina com ação anti-inflamatória. Ou seja, nesses doentes com COVID-19 severa, os linfócitos T CD4 estavam sinalizando para o sistema imune a necessidade de frear o combate ao vírus.

Segundo Farias, isso explicaria por que muitas pessoas nessa condição apresentam alterações na resposta imune adaptativa (aquela que é específica para cada patógeno), como linfopenia (redução na concentração geral de linfócitos no sangue), exaustão de células T e produção comprometida de anticorpos.

“A produção de IL-10 desliga o sistema imune e permite ao vírus permanecer mais tempo no organismo. Por enquanto ainda não é possível saber o que é causa e o que é consequência, ou seja, se esses pacientes evoluíram para a forma grave porque tinham mais linfócitos T CD4 infectados ou o contrário. Mas há uma clara associação entre esses dois fatores”, afirma Farias.

Abrindo passagem

Vários estudos já publicados apontam a molécula ACE2 (enzima conversora de angiotensina 2, na sigla em inglês) como a principal porta de entrada para o SARS-CoV-2 na superfície das células humanas. No entanto, os linfócitos T CD4 sabidamente expressam uma quantidade muito pequena dessa enzima na superfície de sua membrana plasmática, que é recoberta pela proteína que dá nome à célula: a CD4.

Para desvendar a estratégia usada pelo novo coronavírus para entrar nesses linfócitos – que normalmente são refratários à infecção por vírus e bactérias – o grupo da Unicamp realizou dois novos testes com as amostras de doadores saudáveis. No primeiro, antes de colocar o vírus, foram acrescentados na cultura celular anticorpos capazes de neutralizar a proteína CD4. No segundo experimento, foram colocados anticorpos contra a ACE2.

“Nossa hipótese era de que o SARS-CoV-2 conseguiria entrar na célula usando apenas a CD4, mas quando neutralizamos também a ACE2 a infecção foi totalmente bloqueada. Isso mostra que, mesmo em pequena quantidade, a ACE2 é necessária para a invasão do linfócito”, diz Farias.

Ensaios de interação entre moléculas in vitro revelaram que a proteína de espícula do SARS-CoV-2, aquela que forma a coroa presente na superfície viral, é capaz de se ligar à CD4 do linfócito.

“Acreditamos que o vírus apresenta uma artimanha para entrar nessa célula. Ele usa a proteína CD4 apenas para ficar perto da membrana celular e conseguir localizar a ACE2, que então lhe dá passagem para o meio intracelular”, explica o pesquisador.

Na terceira e última etapa da pesquisa, feita em parceria com o professor da Universidade de São Paulo (USP) Helder Nakaya, os pesquisadores usaram técnicas de bioinformática para reanalisar dados de um estudo publicado por cientistas chineses em maio, na revista Nature Medicine, no qual foi feito o sequenciamento de leucócitos isolados da secreção pulmonar de pacientes com COVID-19 grave por uma técnica conhecida como single-cell sequencing.

“O algoritmo desenvolvido pelo grupo de Nakaya permitiu identificar o genoma viral também nos linfócitos que estavam no pulmão dos pacientes, trazendo um novo nível de evidência e ainda mais confiabilidade para os achados”, afirma Farias.

A pesquisa contou também com a colaboração de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor). O apoio da FAPESP se deu por meio de diversos auxílios e bolsas (19/16116-4, 19/06372-3, 20/04583-4, 13/08293-7, 20/04579-7, 15/15626-8, 18/14933-2, 20/04746-0, 19/00098-7, 20/04919-2, 17/01184-9, 19/17007-4, 19/22398-2, 19/05155-9, 19/06459-1, 19/04726-2, 17/23920-9, 16/24163-4 e 16/23328-0).

No momento, o grupo tenta detalhar ainda mais os efeitos causados pela entrada do SARS-CoV-2 no linfócito T CD4. O objetivo é encontrar formas de intervir nesse processo, o que poderia em tese ajudar a combater a infecção.

“Já temos linfócitos isolados de mais de 350 pacientes que pretendemos usar nos experimentos em laboratório e também vamos fazer testes com camundongos geneticamente modificados para expressar a ACE2 humana. Uma das ideias é avaliar o efeito de moléculas capazes de inibir a interação entre a proteína de espícula do vírus e a CD4”, adianta o pesquisador.

 

Agência Fapesp

vacinregistA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma nota técnica para simplificar o procedimento de análise de dados e registro de vacinas contra a covid-19 no país. A nota, reduz exigências para admissão do protocolo dos novos produtos. A proposta, apresentada ontem (29), determina que após a inclusão das informações, a equipe irá analisar documentação em até 20 dias.

O procedimento, chamado de submissão contínua, diz que a análise dos dados referentes aos imunizantes acontecerá na medida em que forem gerados e apresentados à Anvisa os resultados das pesquisas, “visando uma posterior submissão de registro quando do preenchimento dos requerimentos regulatórios necessários”.

“A partir da adoção desse procedimento, não será preciso aguardar a disponibilização de todos os dados e documentos técnicos, bem como o preenchimento dos requerimentos regulatórios, para realizar a submissão do registro junto à Anvisa. Ou seja, conforme os dados forem gerados, estes deverão ser apresentados à Agência, de modo que o processo regulatório seja agilizado”, informou a Anvisa.

De acordo com a agência reguladora, a estratégia tem como objetivo acelerar a disponibilização à população brasileira de vacinas contra o novo coronavírus, desde que garantidas a qualidade, a segurança e a eficácia.

Segundo a nota técnica, o pedido de registro da possível vacina deve ser protocolado com uma justificativa e conter informações sobre o status regulatório mundial, histórico de interações prévias do requerente com a Anvisa e um cronograma de submissão da documentação técnica a ser avaliada.

A cada nova etapa deverá ser feito um aditamento com informações sobre a pesquisa. Caberá à Anvisa analisar a documentação em até 20 dias, “a depender da quantidade de dados submetida, contados a partir da data do protocolo.”

O procedimento será repetido a cada nova submissão de informações. O número de ciclos de aditamentos dependerá do número de pacotes a serem submetidos pela empresa interessada, não havendo limite imposto pela Anvisa para este número.

“Os produtos que tiverem sua análise iniciada pelo procedimento de submissão contínua poderão ter submetido seu pedido de registro formal após a conclusão do último aditamento protocolado e após avaliação pela empresa quanto à suficiência dos dados de qualidade, eficácia e segurança para o estabelecimento de uma relação de benefício-risco positiva e robusta, considerando a indicação terapêutica pleiteada e as discussões prévias com a Anvisa”, diz a nota técnica.

 

Agência Brasil

Foto: Itamar Crispim/Fiocruz

sonoO comportamento hormonal, a qualidade e a quantidade de sono variam de acordo com o período do ciclo menstrual em que a mulher está. Quer saber mais sobre isso? Então, não perca este artigo.

A variação da quantidade de hormônios femininos regula o ciclo menstrual e tem efeitos no sono. Antes da ovulação, há um aumento na síntese de estradiol, que tem sido relacionado ao aumento do sono REM.

Após a ovulação, a síntese de progesterona aumenta, provocando a sensação de sonolência que muitas mulheres sofrem neste período do ciclo.

O comportamento hormonal, a qualidade e a quantidade de sono variam de acordo com o período do ciclo menstrual em que a mulher está. Estudaremos separadamente cada parte do ciclo menstrual e sua relação com o sono a seguir.

Período pré-menstrual e sono
Nesta fase do ciclo menstrual, o sono é afetado pelas consequências do aumento da síntese de estradiol, que tem vários efeitos emocionais.

Ele interage com várias regiões do cérebro, como o bulbo, o hipotálamo, lobo pré-frontal e amígdala, e é responsável por muitos dos efeitos no universo emocional da mulher durante a fase pré-menstrual do ciclo.

Estes são os sintomas que podemos notar logo antes da menstruação, quando as taxas de estradiol estão altas:

Irritabilidade
Alterações de humor
Tristeza
Ansiedade
Isolamento social
Depressão
Insônia
Os distúrbios do sono que ocorrem nessa fase geralmente são atribuídos aos níveis aumentados de cortisol e adrenalina, que são os geradores de estresse.

O estresse afeta o sono de maneiras diferentes. Nesse período, a mulher pode ter dificuldade para adormecer, despertar a noite toda ou acordar cansada.

É conveniente, no período pré-menstrual, fazer atividades que contribuam para o gerenciamento do estresse, como ioga e meditação, que costumam melhorar a quantidade e a qualidade do sono.

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O ciclo menstrual e o sono
No período menstrual, os níveis de estradiol diminuem e os níveis de progesterona aumentam. A diminuição na taxa de estradiol normalmente normaliza o ritmo sono-vigília, embora no caso de doenças subjacentes como depressão e ansiedade, os distúrbios do sono possam persistir.

Nesse caso, eles são atribuíveis a distúrbios da esfera psicológica, e não aos níveis de estradiol.

A progesterona começa a ser sintetizada no momento da ovulação e é responsável por preparar o endométrio para acolher o futuro embrião e manter a gravidez, se ela ocorrer.

Nesse período, a progesterona provoca alterações hormonais que podem afetar o sono. Ela é responsável pela síntese de ácido gama-aminobutírico (GABA), que possui vários efeitos antagônicos aos do estradiol.
Durante o ciclo menstrual, a progesterona provoca alterações hormonais que podem influenciar o sono.
Ela modula a impaciência, as mudanças de humor, reduz a angústia e melhora o gerenciamento do estresse. Alguns autores consideram a progesterona um ansiolítico natural.

Diminui a ansiedade.
Alivia os sintomas da depressão.
Melhora o estado emocional.
Reduz o estresse.
Causa sonolência.


Juntos, esses efeitos explicam a melhora no ritmo sono-vigília e o aumento na quantidade e qualidade do sono após a menstruação, embora possa haver fatores que o alterem como consequência de dores de cabeça, desconforto gástrico e digestivo, etc.

De qualquer forma, devemos observar o ciclo menstrual e o sono para detectar as alterações que ocorrem a cada 28 dias.

Medidas para dormir melhor
Não consuma substâncias excitantes à tarde ou à noite, como chocolate, café, chá, álcool e tabaco.
Faça um jantar leve e aguarde pelo menos duas horas antes de ir para a cama.
Faça exercícios físicos leves, evitando as últimas horas do dia, pois o efeito oposto é alcançado.
Não tire cochilos longos que alterem o sono ou a vigília. No máximo 30 minutos.
Mantenha horários regulares para dormir e acordar. A regularidade também é importante nos horários das refeições.
Evite a exposição à luz intensa e as temperaturas extremas no quarto.
As tarefas que requerem atividade mental não devem ser realizadas no quarto, como o uso de um computador, tablet, celular, TV etc.
Antes de dormir, você pode ouvir música relaxante, tomar um banho quente ou meditar.