alimentosA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta quarta-feira (7) a nova norma sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados. A medida melhora a clareza e a legibilidade das informações nutricionais presentes no rótulo dos alimentos e visa auxiliar o consumidor a realizar escolhas alimentares mais conscientes. 


“O objetivo dessa norma não é impor nenhuma escolha. É possibilitar a compreensão, respeitando a liberdade de escolha de todas as pessoas que vivem no nosso território”, ressalta a diretora relatora Alessandra Bastos, da Diretoria Colegiada da Anvisa.


“Com a nova regra, os consumidores terão mais facilidade para comparar os alimentos e decidir o que consumir. Além disso, pretende-se reduzir situações que geram engano quanto à composição nutricional”, destaca Thalita Lima, gerente geral de Alimentos da Agência.   

A norma estabelece mudanças na tabela de informação nutricional e nas alegações nutricionais, e adota a rotulagem nutricional frontal.

 

Veja as mudanças nos rótulos dos alimentos
Rotulagem nutricional frontal 

É um símbolo informativo na parte da frente do produto. A ideia é esclarecer o consumidor, de forma clara e simples, sobre o alto conteúdo de nutrientes que têm relevância para a saúde.  

Para tal, foi desenvolvido um design de lupa para identificar o alto teor de três nutrientes: açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio. O símbolo deverá ser aplicado na frente do produto, na parte superior, por ser uma área facilmente capturada pelo nosso olhar.
Tabela de informação nutricional

 Já conhecida pelos consumidores brasileiros, a tabela nutricional passará por mudanças, como letras pretas e fundo branco. O objetivo é afastar a possibilidade de uso de contrates que atrapalhem na legibilidade das informações.   

Passará a ser obrigatória a identificação de açúcares totais e adicionais, a declaração do valor energético e nutricional por 100 g ou 100 ml, para ajudar na comparação de produtos, e o número de porções por embalagem.  

Além disso, a tabela deverá ficar, em regra, próxima da lista de ingredientes e em superfície contínua, não sendo aceitas quebras. Ela não poderá ser apresentada em áreas encobertas, locais deformados ou regiões de difícil visualização. A exceção fica para os produtos pequenos (área de rotulagem inferior a 100 cm²), em que a tabela poderá ser apresentada em áreas encobertas, desde que acessíveis.    

Alegações 

Foram propostas ainda alterações nas regras atuais para a declaração das alegações nutricionais, com o objetivo de evitar contradições com a rotulagem nutricional frontal.    

Prazos   

É importante esclarecer que a nova regra será publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União (D.O.U.), por meio de uma Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) e de uma Instrução Normativa (IN). A norma entrará em vigor 24 meses após a sua publicação.

Os produtos que se encontrarem no mercado na data da entrada da norma em vigor terão, ainda, um prazo de adequação de 12 meses.

No entanto, os produtos que forem destinados exclusivamente ao processamento industrial ou aos serviços de alimentação deverão estar adequados já a partir da entrada em vigor do regulamento, de forma a garantir que os fabricantes tenham acesso às informações nutricionais das matérias-primas e ingredientes alimentares utilizados em seus produtos.

Os alimentos fabricados por empresas de pequeno porte, como agricultores familiares e microempreendedores, também possuem um prazo de adequação, mas de 24 meses após a entrada em vigor, totalizando 48 meses no total. Para as bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis, a adequação não pode exceder 36 meses após a entrada em vigor da resolução.

Ressalta-se que os produtos fabricados até o final do prazo de adequação poderão ser comercializados até o fim do seu prazo de validade.

Como os regulamentos se aplicam a praticamente todos os alimentos embalados, os prazos acima são necessários e adequados para as empresas de alimentos realizarem os ajustes em seus produtos, bem como para o setor público organizar ações orientativas e educativas, além de estruturar a fiscalização.  

R7

Foto: Pilar Olivares/Reuters

Uma vacina experimental chinesa contra a Covid-19, desenvolvida pelo Instituto de Biologia Médica e supervisionada pela Academia Chinesa de Ciências Médicas, mostrou resultados positivos em testes clínicos no estágio inicial, de acordo com informações divulgadas pelos autores da pesquisa nesta terça-feira (6).
Segundo os dados preliminares em pré-print (artigo científico sem revisão de outros cientistas), a aplicação da vacina não apontou reações adversas graves e apresentou um bom índice de segurança. Nesta etapa inicial, o imunizante foi dado a 191 participantes saudáveis com idades entre 18 e 59 anos.

Algumas reações adversas foram relatadas, no entanto. As mais comuns foram dor amena, fadiga leve e vermelhidão, coceira e inchaço no local da injeção. A candidata também induziu a uma reação imunológica considerável.
"Todos os dados obtidos neste teste apoiam a segurança e a imunogenicidade desta vacina não-ativada no que diz respeito a estudos de sua eficiência no futuro", disse o artigo.
A China tem ao menos quatro vacinas experimentais em testes em humanos. No Brasil, o governo de São Paulo está apostando em uma delas, a Coronavac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Em 23 de setembro, o governador do estado, João Doria (PSDB), afirmou que 94,7% dos mais de 50 mil voluntários que participam dos teste na China não apresentaram efeitos adversos.

"Esses resultados comprovam que a Coronavac tem um excelente perfil de segurança e comprova também a manifestação feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), indicando a Coronavac como uma das 8 mais promissoras vacinas em desenvolvimento no seu estágio final em todo o mundo", disse Doria.

 

G1

Com informções da agência Reuters

outubrosaO número de mamografias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) caiu entre janeiro e julho deste ano, em comparação com os anos anteriores. O número de mamografias realizadas até julho de 2020 foi de 1,1 milhão, contra 2,1 milhões nos mesmos períodos de 2018 e 2019.

De acordo com o Ministério da Saúde, a pandemia de covid-19 foi o fator principal para a diminuição da procura por esse serviço, ainda que as unidades de saúde tenham mantido o atendimento e a oferta de tratamento às pacientes.

Durante o lançamento da campanha Outubro Rosa, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que ficou claro a diminuição dos atendimentos, não só de câncer, mas de todas as doenças. “Esse represamento de atendimentos e a nova ação que temos que fazer para dar vazão às demandas futuras chama-se segunda onda. Não é o repique da pandemia, é exatamente as doenças e tratamentos que foram interrompidos ou não foram começados. Esse é o desafio do SUS”, destacou.

Apesar dos problemas trazidos pela pandemia, o Ministério da Saúde destaca que em 75,54% dos atendimentos realizados neste ano, o tempo de até 60 dias entre o diagnóstico e o tratamento em todos os estágios do câncer de mama no SUS foi respeitado, conforme preconiza a Lei nº 12.732, de 2012. Em 2019, esse índice ficou em 57,32%.

Com o slogan Cuidado com as Mamas, Carinho com seu Corpo”, a campanha do Outubro Rosa de 2020 busca conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. No âmbito do SUS, o controle passa pelo diagnóstico precoce na Atenção Primária à Saúde e pelo rastreio mamográfico.

A recomendação é que mulheres sem sintomas ou sinais de doença com idade entre 50 a 69 anos façam a mamografia a cada dois anos. Ao ser atendida na Unidade Básica de Saúde, independentemente do motivo da procura, toda mulher nessa faixa etária deve ser abordada para a realização do exame.

De acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, o Brasil terá em 2020 mais de 66,2 mil novos casos de câncer de mama, que podem evoluir de diferentes formas. Por isso, a campanha alerta que para que as mulheres fiquem atentas ao próprio corpo.

“As usuárias devem ser empoderadas para que elas possam perceber as alterações no próprio corpo, uma vez que a autonomia do cidadão também passa pelo autocuidado. Nossas mulheres devem ser orientadas a examinar as mamas por ocasião da sua avaliação mensal, após o término da menstruação e uma vez ao ano na consulta com o ginecologista”, explicou o diretor do Departamento de Ações Estratégicas, Antônio Braga.

 

Agência Brasil

Foto: Marcelo Casal JR/Agência Brasil

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu na sexta-feira (2) o primeiro pacote de dados referente à CoronaVac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, que tem parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.

A revisão é possível devido à "submissão contínua", novo procedimento implementado pela Anvisa e específico para vacinas contra a covid-19, que permite que os documentos seja verificados à medida que se tornam disponíveis.


Um dia antes, na quinta-feira (1º), a agência havia recebido pedido da vacina de Oxford, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e pela empresa farmacêutica sueca AstraZeneca. No Brasil, tem testes coordenados pela Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo) e será produzida pelo laboratório Bio-Manguinhos, ligado à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro.

A divulgação dos resultados preliminares dos testes da fase 3 da vacina CoronaVac está prevista para outubro, segundo anunciado pelo governador João Doria em entrevista coletiva à imprensa. Ele também afirmou que 5 milhões de doses da vacina devem chegar ao país também em outubro.

Já o Butantan informou que as doses serão encaminhadas para o Ministério da Saúde, que será responsável pela distribuição no país após a aprovação da Anvisa. Os resultados dos testes necessários para esse pedido da aprovação devem ficar prontos até o final do ano, segundo o Butantan.

Os testes estão sendo realizados pelo instituto Butantan desde 20 de julho. O estudo prevê 13 mil voluntários distribuídos entre São Paulo, Brasília, Rio de Janeira, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.

Os participantes recebem a segunda dose 14 dias após a primeira, então algumas pessoas já receberam e estão sendo analisadas.

O imunizante utiliza a tecnologia de vírus desativado (morto). Assim, o vírus é incapaz de infectar, mas pode produzir uma resposta imunológica. Essa tecnologia, já conhecida pelo meio científico, é considerada simples e de fácil produção.

Segundo divulgado pela Sinovac, as reações adversas foram leves e se manifestaram em apenas 5% dos voluntários nas fases 1 e 2, mas a resposta imunológica foi mais fraca em idoso do que em adultos mais jovens.

 

R7