O Comitê de Operações Especiais da Secretaria de Estado da Saúde (COE/Sesapi) decidiu pela retomada das cirurgias e consultas eletivas a partir do dia 09 de setembro, nos estabelecimentos públicos e privados no âmbito do SUS no Piauí.


De início apenas 30% da capacidade de cirurgias será atendida e 50% de consultas e exames. O crescimento será gradativo no decorrer de cada quinzena e de acordo com a diminuição dos casos de Covid-19. As unidades de saúde têm obrigação de cumprir as medidas de prevenção ao coronavírus.


O atendimento não será através de livre demanda e necessita de prévio agendamento, sendo respeitada a fila de espera da regulação. “Vamos começar com 50% para consulta e exames e 30% da capacidade de cirurgias podendo ser ampliadas de 15 em 15 dias, para 50%, 75% e 100%. O atendimento segue a fila de espera, com aqueles que já estavam com suas consultas, exames e cirurgias agendas, desde a paralisação”, explica o superintendente de Gestão da Rede de Média e Alta Complexidade da Sesapi, Alderico Tavares.


Nas consultas eletivas os pacientes devem chegar com 15 minutos de antecedência e deixar o local assim que receber o atendimento. “Pedimos à população cautela nesta retomada, evitando levar acompanhantes para as consultas e só utilizando dos mesmos em casos necessários como crianças, idosos, portadores de necessidades especiais e pacientes com baixa capacidade de locomoção”, lembra o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.


A portaria, assinada pelo secretário Florentino Neto, também determina o não recebimento de visitas durante internações e período de recuperação, restringindo contato às pessoas estritamente necessárias.

 

Sesapi

Na coluna de terça, falei sobre o promissor mercado de drogas voltadas para a longevidade. No entanto, o 7º. Aging Research & Drug Discovery Meeting, que aconteceu na semana passada, não tratou apenas de substâncias e procedimentos para deter o envelhecimento. Um outro assunto em alta no evento foi o jejum para controlar a síndrome metabólica de pacientes com pressão alta, nível aumentado de glicose e colesterol, além de gordura abdominal. Para os que se arrepiam diante da hipótese de serem privados de comida, explico que esse é um jejum que dura 14 horas, mas deve ser incorporado à rotina, ou seja, é para ser praticado sete dias por semana.

O nome técnico em inglês é TRE (time restricted eating), que significa uma janela de restrição para se alimentar. De acordo com a cardiologista Pam Taub, professora da Universidade da Califórnia San Diego, essa é uma estratégia eficiente no arsenal de medidas para manter sob controle o diabetes. Ela apresentou um quadro com os números da doença no mundo: a China vem disparado na frente, com 110 milhões de casos, seguida por Índia (70 milhões), EUA (30 milhões) e Brasil (14 milhões). “É importante alinhar a ingestão de alimentos com o ciclo circadiano do corpo e comer num determinado período que compreende de oito a dez horas durante o dia. A mudança é fundamental para influir no metabolismo humano em nível celular, e leva à perda de peso e à saúde cardiometabólica”, afirmou.

O ciclo ou ritmo circadiano é o período de 24 horas no qual se baseia nosso relógio interno, o que inclui comer e dormir. O desequilíbrio desse quadro, como ser privado do sono, tem forte efeito sobre o organismo. Por isso mesmo, a pesquisadora foi enfática ao dizer que o período de restrição alimentar não significa pular café da manhã, mudar a dieta em termos de quantidade e frequência das refeições, e muito menos jejuar por dias seguidos. “Trata-se de uma intervenção comportamental. São dez horas de janela para se alimentar e 14 horas jejuando. Os pacientes que participaram de um programa com a duração de 12 semanas apresentaram redução de peso, gorduras aterogênicas, pressão arterial, colesterol e melhora qualidade de sono”, descreveu.

O estudo da médica começou em 2019 e deve se estender até 2023, com participantes entre 18 e 75 anos. Durante o programa, o grupo utiliza o aplicativo myCircadianClock, desenvolvido pelo Instituto Salk, para medir a ingestão de comida e bebida; e usa um monitor de pulso que acompanha o nível de atividade física e avalia o sono. E o que acontece quando deixamos de nos alimentar por 14 horas? Na falta de glicose, que é a principal fonte de energia do organismo, o corpo passa a produzir corpos cetônicos, como resultado da destruição das células de gordura – que aí passam a fornecer a energia necessária para as funções vitais. No entanto, como qualquer dieta, esta também demanda supervisão médica, inclusive para controlar o nível de corpos cetônicos no sangue. Em quantidades altas, são extremamente prejudiciais à saúde.

 

G1/Bem Estar

Cientistas britânicos desenvolveram um modelo de escala de quatro níveis para prever o risco de morte em pacientes hospitalizados com covid-19, afirmando que isso ajudará médicos a decidirem rapidamente como melhor tratar cada enfermo.

A ferramenta, detalhada em pesquisa publicada no jornal médico BMJ, na quarta-feira (9), auxilia médicos a colocarem os pacientes em um dos quatro grupos de risco da covid-19 - baixo, intermediário, alto ou muito alto risco de morte.


Com hospitais ao redor do mundo recebendo ondas de pacientes com covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, médicos disseram que precisam de ferramentas mais rápidas e precisas para identificar pacientes com maior risco de morte e ajudar a fornecer tratamento direcionado.

O novo modelo - denominado Índice de Mortalidade 4C (Consórcio Clínico de Caracterização de Coronavírus) - usa dados como idade, sexo, condições preexistentes, respiração e nível de oxigênio no sangue. Os resultados dos estudos mostram que ele consegue prever o risco com mais precisão do que outros 15 modelos comparáveis, segundo os pesquisadores, e que também foi mais útil em tomadas de decisões clínicas.

Usando os dados, a calculadora de risco dá pontuações entre 0 e 21 pontos, disse o professor de cirurgia e dados científicos da Universidade de Edimburgo Ewen Harrison, co-líder do estudo. Pacientes com pontuação de 15 ou mais têm risco de mortalidade de 62% em comparação com 1% daqueles que pontuam 3 ou menos.

Os pesquisadores disseram que os pacientes com um baixo Índice de Mortalidade 4C podem não precisar de internação em hospitais, enquanto aqueles em grupos de risco médio ou alto podem receber tratamento mais agressivo com rapidez, incluindo esteróides e internação em unidades de tratamento intensivo, se necessário.

 

reuters

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, em uma nota nesta quarta-feira (9), que está satisfeita em ver os desenvolvedores da vacina da Oxford e AstraZeneca se certificando de que os ensaios clínicos têm integridade científica. Os testes dessa vacina foram suspensos na terça-feira porque uma doença surgiu em um dos participantes, o que precisa ser investigado (veja mais abaixo).

Em nota, a OMS afirmou: "A segurança é o principal foco dos ensaios clínicos para se encontrar uma vacina. Quando um participante tem uma doença potencialmente inexplicada, que pode ou não estar ligada à vacina em teste, a prática rigorosa é investigar. Suspensões temporárias de ensaios clínicos de vacinas não são incomuns quando há uma avaliação".


A organização disse estar satisfeita "em ver os desenvolvedores da vacina se certificando que há integridade científica dos ensaios clínicos ao observar os protocolos padrões e as regras para desenvolvimento de vacinas".

Suspensão por uma doença inesperada
A suspensão dos ensaios clínicos é um procedimento padrão que acontece sempre que surge uma doença inexplicável em um dos participantes, afirmaram em nota a universidade e a empresa.

De acordo com a universidade, em grandes ensaios clínicos, uma doença pode acontecer por acaso, sem que haja uma relação com a vacina em teste, mas é preciso que haja uma análise independente para checar isso.

Segundo a AstraZeneca, o "procedimento padrão de revisão" dos estudos foi acionado e a vacinação foi pausada "voluntariamente para permitir a revisão dos dados de segurança por um comitê independente".

"Esta é uma ação rotineira que deve acontecer sempre que for identificada uma potencial reação adversa inesperada em um dos ensaios clínicos, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos estudos." — AstraZeneca
Aposta do Ministério da Saúde
A vacina da Oxford/AstraZeneca é a principal aposta do Ministério da Saúde para imunizar a população.

Ao todo, o Brasil prevê desembolsar R$ 1,9 bilhão com a vacina, sendo R$ 1,3 bilhão para pagamentos à farmacêutica, R$ 522,1 milhões para a produção das doses pela Fiocruz/Bio-Manguinhos e R$ 95,6 milhões para a absorção da tecnologia pela Fiocruz.

O ministro-interino da saúde, Eduardo Pazuello, chegou a dizer também nesta terça que planeja a campanha de vacinação contra a Covid-19 para janeiro de 2021.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por autorizar os testes no Brasil, disse ter sido avisada da suspensão. "A agência aguarda o envio de mais informações sobre os motivos da suspensão para analisar os dados e se pronunciar oficialmente", informou a Anvisa.

A Fundação Oswaldo Cruz disse que foi informada pelo laboratório britânico e que vai acompanhar os resultados das investigações para se manifestar oficialmente.

Reação adversa
O jornal "The New York Times" informou que o paciente teve mielite transversa, uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal e pode ser desencadeada por diferentes motivos. O jornal atribuiu o dado a uma pessoa próxima do caso e que falou sob condição de anonimato.

A informação foi a mesma obtida pela pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo, que concedeu entrevista para a GloboNews sobre o tema.

"Eu consegui falar com a Inglaterra assim que a informação saiu, mas nós sabemos que houve um caso de uma manifestação chamada mielite transversa, que é uma manifestação clínica - muitas vezes autoimune - atribuível a várias doenças. É uma manifestação neurológica que pode evoluir com perda temporária, parcial ou grande, afetando a medula humana e que isso pode estar ou não relacionado a vacina", disse Margaret.

Nove vacinas na última fase de testes
Além da candidata da Universidade de Oxford com a farmacêutica britânica AstraZeneca, mais oito vacinas estão na terceira e última fase de testes em humanos, a última antes da liberação.

G1