Pessoas que sofrem de insônia podem ter até 17% mais chances de desenvolver diabetes tipo 2 do que aquelas com sono regular, concluíram cientistas de um centro de pesquisa sueco, em um artigo publicado nesta segunda-feira (8) no periódico científico Diabetologia, da da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes.
Os pesquisadores do Karolinska Institutet, em Estocolmo, Suécia, fizeram uma revisão (meta-análise) de 1.360 artigos científicos relevantes sobre a doença.
Outros fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2 já são conhecidos, como obesidade, por exemplo. No entanto, esta é a primeira vez que um estudo científico inclui a insônia.
Foram identificados ainda fatores de risco como depressão, tabagismo, sobrepeso na infância, alterações em níveis da enzima hepática alanina aminotransferase e dos níveis plasmáticos dos aminoácidos isoleucina, valina e leucina, entre outros.
O artigo aponta ainda que pessoas com IMC (índice de massa corpórea) normal têm 7% mais propensão a desenvolver diabetes tipo 2 se tiverem insônia. Quando se fala em indivíduos acima do peso, sobe para 17%, a depender também d e outros fatores de risco associados.
"Os resultados devem informar as políticas de saúde pública para a prevenção primária do diabetes tipo 2. As estratégias de prevenção devem ser construídas a partir de múltiplas perspectivas, como redução das taxas e níveis de obesidade e tabagismo e melhoria da saúde mental, qualidade do sono, nível educacional e peso ao nascer", concluíram os pesquisadores.
A relação exata entre a insônia e o diabetes tipo 2 não foi analisada pelo estudo.
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