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Em uma rápida busca na internet é possível encontrar uma grande variedade de cosméticos que anunciam conter colágeno na fórmula. Ainda assim, pelo fato de essa proteína ser frequentemente associada à saúde da pele e dos cabelos, muitas pessoas buscam a suplementação dela para retardar a ação do envelhecimento nessas áreas.

A nutricionista Ana Luisa Duque Vieira, da Pineapple medicina integrada, afirma que, apesar de não haver contraindicações, a suplementação deve ser realizada quando houver necessidade e com acompanhamento especializado.

A especialista explica que o colágeno, produzido naturalmente pelo corpo, é uma proteína abundante no organismo e pode ser dividida em mais de 27 tipos, sendo os mais comuns o tipo 1, relacionado à pele, ao cabelo e às unhas; o tipo 2, que tem relação com as articulações; e o tipo 3, atrelado à cicatrização.

“Para retardar a perda de colágeno, é necessário diminuir a exposição aos raios ultravioleta, ter uma alimentação saudável e balanceada, fazer exercícios físicos regularmente, evitar o consumo de álcool e drogas, diminuir o estresse e aumentar a ingestão de vitaminas C, E e betacaroteno”, afirma. Além dos benefícios já conhecidos que traz para manter o aspecto saudável da pele, essa proteína é importante para o fortalecimento dos dentes, o bom funcionamento do intestino e a cicatrização e o reparo de lesões e articulações.

Isso porque, segundo a nutricionista, o colágeno é essencial em todos os tecidos do organismo, tendo papel importante na sua estrutura e funcionalidade. “O colágeno atua na melhora de quadros de articulações e ossos, prevenção do envelhecimento, melhora na autoestima e saúde”, destaca.

Ana Luisa explica que a suplementação pode ser necessária para pessoas que praticam exercícios físicos de alto impacto, para aquelas que sofrem com má absorção intestinal ou intestino hiperpermeável, ou para auxiliar na manutenção da elasticidade e hidratação da pele.

“Ou apenas como mais uma fonte proteica, por ter boa digestão, baixo potencial alergênico, boa solubilidade e sabor neutro. A suplementação geralmente é segura, sem eventos adversos relatados. Mas é importante ressaltar que apenas um especialista deve prescrever a suplementação adequada para cada paciente, analisando sua saúde e suas necessidades fisiológicas específicas”, diz a nutricionista.

Para aqueles que querem aumentar o consumo de colágeno durante as refeições, e não depender apenas do que é produzido pelo corpo, vale apostar em alimentos como carnes vermelhas e brancas, ovos, castanhas, nozes e amêndoas; leguminosas como feijão, lentilha e ervilha; caldo de osso e vegetais verde-escuros.

“Além de consumir alimentos com colágeno, o ideal é estabelecer uma alimentação balanceada, rica em diversos nutrientes, como a vitamina C, que contribui para a síntese de proteínas, que depois serão transformadas em colágeno”, explica a nutricionista.

R7

O consumo de álcool é muito alertado por médicos e especialistas por ser capaz de alterar os organismos do corpo, podendo gerar diversos prejuízos à saúde. No entanto, o consumo excessivo, principalmente em doses diárias, pode ser mais perigoso do que se parece.

alcool

Segundo um estudo publicado na última sexta-feira (4), pelo periódico Nature, apenas uma pequena dose consumida diariamente é suficiente para afetar o cérebro, diminuindo seu tamanho e, consequentemente, o seu desenvolvimento. Além da análise, de acordo com especialistas envolvidos, a situação pode piorar conforme o aumento do consumo, que em muitos casos, nem é percebido pelos consumidores, o que pode levar a consequências mais graves do que se imagina.

Para chegar no resultado, foram utilizados apenas latas de cerveja e uma taça de vinho. Neste casa, uma dose única equivale uma unidade de álcool, que diante da resposta, surpreendeu pela capacidade de atingir a dimensão do cérebro humano.

Durante a análise, foram observadas as atividades cerebrais por meio de imagens capturadas de mais de 36 mil adultos e idosos. O impressionante é que durante o processo, as pessoas relataram a variação de doses por dia, que em sua maioria, foi do consumo baixo, de duas, ao alto, sendo mais de quatro. O mais interessante foi perceber alterações na micro e macroestrutura do cérebro das pessoas que bebiam mais de três doses diárias, reduzindo a massa branca e cinzenta do órgão, além de gerar o envelhecimento precoce. Em alguns casos, os que ingeriram mais de quatro destilados apresentaram o cérebro envelhecido em mais de 10 anos.

No entanto, apesar dos diagnósticos, o estudo possui algumas limitações pela faixa etária, nacionalidade dos participantes (feito por europeus) e o relato de apenas um ano antes. Porém, mesmo que não tenha considerado o diagnóstico de dependência ou abuso alcoólico dos envolvidos, o resultado prévio foi muito importante por mostrar que, mesmo com um período tão curto e doses baixas, o álcool vai muito além da alteração do consciente.

R7

Foto: divulgação

 

O Ministério da Saúde estuda rebaixar a Covid-19 ao status de endemia no Brasil, o que significaria, em tese, que a doença está controlada e a população pode conviver com novos casos de maneira pontual, sem que as medidas não farmacológicas de proteção, como o uso de máscara e o distanciamento social, sejam necessárias de forma recorrente.

Tanto a dengue quanto a gripe causada pelo vírus influenza são consideradas doenças endêmicas, por exemplo, porque existe uma previsibilidade de quando os surtos podem ocorrer e o sistema de saúde está preparado para receber uma demanda maior de casos em determinada época do ano. A OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou a pandemia de Covid-19 em março de 2020 e, desde então, não deu sinais de rebaixamento da classificação da doença, o que significa que o mundo ainda está em alerta de emergência para a gravidade do Sars-CoV-2.

Recentemente, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a pandemia “está longe de acabar”. Vale lembrar que ainda em fevereiro deste ano o Brasil sentiu os efeitos da nova onda de Covid-19 causada pela variante Ômicron, que chegou a infectar quase 300 mil pessoas por dia. É consenso entre especialistas ouvidos pelo R7 que ainda é muito cedo para uma reclassificação do status da doença. Para Mônica Levi, diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), o momento continua sendo de vulnerabilidade. “Ainda tem que ter uma atenção especial da saúde pública para o controle da Covid antes de considerar que é uma doença endêmica e controlada no país. Temos locais com baixa circulação [do vírus], melhora da situação epidemiológica, mas há locais onde [a enfermidade] não está sob controle. Então acho muito precoce e equivocado chamar a Covid de doença endêmica nesse momento”, afirma Mônica.

Além disso, a especialista destaca que, mesmo que o Carnaval tenha sido cancelado, o feriado movimentou um grande número de pessoas que se aglomeraram em praias e festas clandestinas, o que pode ter como consequência um novo aumento do número de casos da doença.

“Quando tivermos um período longo e prolongado de diminuição do número de novos casos, internações e mortes, aí poderemos falar que estamos controlando a Covid e considerá-la uma doença endêmica, mas ainda estamos em uma pandemia”, diz.

Nesse sentido, o cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise Covid-19, ressalta que a forma imprevisível como o coronavírus circula afasta ainda mais as possibilidades de considerar a doença uma endemia neste momento.

“Hoje não conseguimos ver quando é o começo de uma onda, qual é mais ou menos o tamanho que ela vai ter e quais são os picos em cada região do país. Olhando ano a ano, percebemos que a gripe começa e tem uma queda na mesma época, mas, quando olhamos a Covid, ainda é algo totalmente imprevisível. Fevereiro fechou com 22.195 óbitos certificados, o que corresponde a um ano da gripe”, explica.

Outro ponto destacado por Schrarstzhaupt é a desigualdade na vacinação anti-Covid no país. No estado do Amazonas, por exemplo, menos de 60% da população está vacinada com as duas doses, enquanto em São Paulo o percentual de pessoas com o esquema vacinal completo é maior que 80%.

“As pessoas têm uma noção de que em uma endemia está tudo bem. Mas a dengue vem todo ano e mata muita gente. Então a endemia não é sinônimo de não violência, mas de previsibilidade”, explica.

R7

A falta de noites bem dormidas pode gerar ganho de peso, aumento da vontade de comer e diminuição da sensação de saciedade. Segundo alerta do Instituto do Sono, por ocasião do Dia Mundial da Obesidade, celebrado hoje (4), os impactos negativos no organismo decorrentes da falta de sono ocorrem em pessoas de todas as idades, principalmente pela desregulamentação metabólica.

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“Tem se comprovado nos últimos anos, cada vez mais, tanto em crianças ou adolescentes quanto em adultos, que dormir pouco tem suas consequências. E uma delas é o ganho de peso”, destaca a especialista em Medicina do Sono e pesquisadora do Instituto do Sono, Érika Treptow.

“Um dos motivos [para o ganho de peso] é que a gente desregula o organismo. Algumas substâncias começam a ser produzidas de maneira que não é o normal. Por exemplo, há uma substância chamada grelina, que está associada à vontade de comer, e ela aumenta bastante [com a falta de sono]. Apenas uma noite que a gente dorme pouco já é o suficiente para aumentar essa substância”, afirma.

Além da elevação da grelina, a falta de sono pode reduzir a produção da leptina, que é o hormônio associado à saciedade, ressalta a pesquisadora. Estudo publicado em 2022 na revista científica JAMA Internal Medicine, mostrou que o aumento de 90 minutos de sono por noite foi capaz de reduzir em 270 Kcal a ingestão calórica diária, o que, a longo prazo, pode resultar em perda de peso significativa.

Segundo a pesquisadora, o sono insuficiente também encurta o jejum que ocorre quando o corpo está adormecido. “Quem acaba dormindo menos tem tempo maior, oportunidade maior, número maior de horas em que pode se alimentar. O dormir menos também dá muito cansaço, então a pessoa tem dificuldade maior de realizar exercícios, por exemplo”.

Mas não é somente a falta de sono que acaba por gerar ganho de peso. O contrário também pode ocorrer. De acordo com Treptow, o excesso de gordura pode atrapalhar o sono. “Quando a gente ganha muito peso, principalmente dependendo do local onde esse peso se acumula, há tendência ao ronco, à apneia do sono e a um sono de pior qualidade”.

Para melhorar o sono, a especialista recomenda, principalmente, a regularidade dos horários de dormir. “Nosso organismo funciona conforme um ritmo e esse ritmo é ditado, principalmente, pelo nosso horário de dormir, de levantar, pelo horário das nossas refeições e pela luminosidade que a gente recebe durante o dia”.

“Todas as células do organismo funcionam conforme esse ritmo. A partir do momento em que eu durmo a cada dia num horário diferente, essa saída do ritmo provoca maior chance de doenças”, ressalta.

Érika Treptow orienta as pessoas a não se alimentarem, ingerirem bebidas alcoólicas ou estimulantes em horário próximo ao de dormir. O indicado é realizar uma refeição leve no período noturno. “As pessoas não devem também levar os problemas para a cama. Uma dica que a gente dá é ter um diário de preocupações, onde a pessoa anota tudo aquilo com que está preocupada, é como se esvaziasse a cabeça e conseguisse ir pra cama dormir”.

De acordo com a pesquisadora, outra dica importante é sair da cama, caso a pessoa acorde no meio da noite e não consiga mais dormir. “Tome um copo d'água, vá ao banheiro e depois você volta a dormir. Porque ficar fritando na cama, como algumas pessoas dizem, também reduz a chance de trazer qualidade boa do sono”.

Um ambiente adequado também é recomendado. O quarto deve ter pouca luminosidade, pouco barulho, uma temperatura boa. “Isso, agora no verão, a gente vê como prejudica para adormecer”.

Agência Brasil

Foto: Ginecomastia.org/Direitos Reservados