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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou nesta terça-feira (15) que o Brasil tem dois casos positivos da variante Deltacron, uma combinação de mutações da Delta e da Ômicron. Os casos, segundo o ministro, foram detectados no Amapá e no Pará.

"Essa é uma variante de importância que requer monitoramento", destacou Queiroga. Por outro lado, o ministro minimizou os possíveis impactos da nova variante no Brasil ao afirmar que a identificação dos casos “é fruto do fortalecimento da capacidade genômica no Brasil”. “Vivemos em um ambiente pandêmico, surgem variantes do vírus, algumas variantes são de importância, outras são de preocupação. Tudo o que acontece nos países nós observamos”, completou. Queiroga afirmou, ainda, que o Brasil vive uma desaceleração de novos casos e que há cidades brasileiras em que a situação epidêmica está sob controle.

Mesmo com a situação epidemiológica mais favorável, o ministro frisou a necessidade de manter a vigilância e a capacidade de resposta do sistema de saúde. Por parte da população, a orientação é clara: “Se eu tiver que indicar uma medida, é a aplicação da dose de reforço. É importante. Então, se você não tomou, procure uma unidade de saúde”, alertou Queiroga.

R7 e TVrecord

O câncer do colo de útero pode ser uma doença silenciosa no início, mas ocupa a quarta posição no ranking de tumores que mais matam mulheres no Brasil, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). Além disso, com exceção do câncer de pele, é o terceiro mais comum entre as mulheres.

utero

A alta incidência está associada ao HPV, vírus sexualmente transmissível responsável pela infecção que causa o câncer na região, que infecta pelo menos 80% das mulheres com vida sexual ativa, de acordo com o Inca. O ginecologista Alexandre Pupo, do Hospital Sírio Libanês e do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, explica que, apesar de ser o principal responsável pela doença, nem todos os tipos de HPV são considerados oncogênicos, isto é, com potencial para causar o câncer.

“Como qualquer vírus, ele inclui seu material genético na célula e utiliza os aparelhos internos da célula para produzir novos vírus. Alguns desses HPVs – existem mais de 200 tipos diferentes – acabam alterando a forma como as células lêem o DNA e essa alteração pode transformá-la em uma célula de câncer que passa a se replicar de maneira desordenada”, explica o médico.

Pupo destaca que o simples fato de ter o vírus no corpo não quer dizer que a mulher possa desenvolver o câncer. Para isso, é necessário, além de que esse HPV seja do tipo oncogênico, que a infecção seja recorrente e persista ao longo de anos. Além disso, se identificada em estágio inicial por meio de exames preventivos como o Papanicolau, a infecção pode ser tratada antes que se transforme em um tumor.

“Com o tempo, esse HPV causa uma pequena alteração celular, muitas vezes identificada pelo Papanicolau, que é uma lesão não visível a olho nu. Em um primeiro momento, não é necessário fazer nada, apenas acompanhá-la e esse quadro pode se reverter sozinho. Se isso não acontecer em um prazo de um a dois anos, é possível cauterizar ou de alguma forma fazer uma destruição dessas células”, explica o ginecologista.

No entanto, se nada for feito para tratar essa lesão ou mesmo se ela passar despercebida pelos exames preventivos, ela pode evoluir ainda para dois estágios antes de se transformar em um tumor maligno com potencial para invadir outras células.

“O [terceiro estágio] já é considerado um carcinoma e é obrigatoriamente cirúrgico. O médico deve remover o fragmento do colo do útero que está doente e examinar no laboratório para confirmar se não há outro lugar em que a célula já não esteja invadindo”, explica Pupo. Sintomas e tratamento

Os principais sintomas do câncer de colo do útero são sangramento durante e após a relação sexual, e corrimento com odor fétido e de aspecto sanguinolento. No entanto, antes dessas manifestações, as pequenas lesões causadas pelo HPV são possíveis de identificar por meio do exame de Papanicolau.

Caso o diagnóstico seja feito de forma tardia e a lesão já tenha se transformado em um câncer, o tratamento vai depender da evolução do tumor e do tamanho em que ele se encontra. Além da remoção da parte adoecida do colo – ou mesmo de todo o útero – por meio da cirurgia, também pode ser necessário que a paciente passe por tratamentos quimioterápicos.

“Há os estadiamentos do câncer, que vai de um a quatro. No estágio três, ele está indo para o sistema linfático, no quarto ele já está acometendo órgãos ao redor, como a bexiga, o reto e os ligamentos que seguram o útero no lugar. Conforme o câncer cresce nessa região e se espalha, ele se torna não operável, a cirurgia é menos eficaz do que usar o tratamento com quimio e radioterapia”, ressalta Pupo. Prevenção

A principal forma de prevenir este tipo de câncer é a vacina contra o HPV, disponível pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para meninas de 9 a 14 anos, e meninos na faixa etária entre 11 e 14 anos. O imunizante protege contra os tipos 16 e 18 do HPV, responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero, segundo o Inca.

“Quem é vacinado tem o risco praticamente próximo de zero em relação ao desenvolvimento de câncer do colo do útero. Então a vacinação é fundamental e é uma campanha mundial, porque se todo mundo se vacinar é possível erradicar este tipo câncer”, afirma o ginecologista.

O Inca destaca que o tabagismo e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais também podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer. Além disso, o uso de preservativo durante as relações sexuais também é importante para frear a circular e a contaminação pelo HPV.

Somado a isto, o Ministério da Saúde recomenda a realização dos exames ginecológicos preventivos, como o Papanicolau, para mulheres a partir dos 25 anos de idade.

“Abaixo dessa idade é um período ainda muito precoce para que o HPV cause alguma alteração que leve ao câncer. Temos casos esporádicos de pacientes que evoluem para uma lesão cancerígena antes dos 25 anos, como mulheres imunossuprimidas, seja por transplantes, seja por tratamentos quimioterápicos, seja por HIV, por exemplo, então é importante iniciar o acompanhamento mais cedo nesses casos”, explica Pupo. Para este grupo citado pelo médico, a vacina também é recomendada até os 45 anos.

R7

Foto: Freepik

 

O medicamento risdiplam, para tratamento de Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo I, está incorporado a partir desta segunda-feira (14) ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A portaria da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, determinando a inclusão do medicamento, está publicada no Diário Oficial da União de hoje.

Segundo Ministério da Saúde, a AME é uma doença genética que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína considerada essencial para a sobrevivência dos neurônios motores. Sem ela, os neurônios morrem e as pessoas vão perdendo controle e força musculares, ficando incapacitados de se moverem, engolirem ou mesmo respirarem. O quadro é degenerativo e não tem cura.

A Atrofia Muscular Espinhal possui quatro subtipos, distintos conforme a idade de início dos sintomas. O tipo 1 é o mais grave da doença. A sua incidência é de um caso para cada seis a 11 mil nascidos vivos.

Agência Brasil

Por algum tempo, a hipótese de que uma gravidez pudesse aumentar os riscos de um novo quadro de câncer de mama para aquelas mulheres que já haviam passado pela doença deixou médicos apreensivos e afastou as pacientes da maternidade. Na contramão dessa ideia, estudos recentes têm mostrado que uma gestação, na verdade, pode aumentar a sobrevida para essas mulheres.

gravidez

Uma pesquisa apoiada pelo Ministério da Saúde da Itália e pela Associação Italiana para Pesquisa do Câncer, publicada no periódico científico Journal of Clinical Oncology, revelou que, em comparação com as pacientes com câncer de mama que não engravidaram, as que passaram por uma gestação tiveram menos risco de reaparecimento da doença, o que, consequentemente, aumentou o tempo de sobrevida para elas.

O ginecologista Maurício Chehin, coordenador científico e de oncofertilidade do Grupo Huntington, explica que a hipótese anterior considerava que os hormônios femininos aumentados pela gravidez potencializariam o risco de uma recidiva, ou seja, do reaparecimento da doença. Para ele, o resultado do estudo é surpreendente e não está associado apenas a questões hormonais.

“Na gravidez não existem apenas hormônios como estrogênio e progesterona, mas também outras moléculas e substâncias, algumas delas hormonais e outras não, que talvez desempenhem um papel protetor para a mama. Então, muito provavelmente, é esse conjunto da gravidez como um todo, e não um hormônio ou outro isolado, que acaba por fazer uma proteção e não um aumento de risco, como se achava anteriormente”, avalia o especialista. Gravidez após tratamento oncológico

Passar por um tratamento quimioterápico, independentemente do tipo de câncer, pode impactar a capacidade reprodutiva da mulher, segundo o ginecologista. Isso acontece porque a quimioterapia afeta diretamente os ovários e o estoque de óvulos, o que reduz a fertilidade. Chehin explica que cada quimioterapia tem um grau de toxicidade diferente para o ovário, que varia conforme o tratamento e a dose administrada na paciente.

“Para quem não fez congelamento de óvulo, a fertilidade pós-câncer vai depender primeiro de qual é a idade que a mulher tinha no momento do diagnóstico, qual era a reserva ovariana dela e qual era o estoque de óvulos que ela tinha. Isso faz muita diferença, porque sabemos que uma mulher com idade próxima aos 40 anos, fisiologicamente, já tem fertilidade reduzida”, explica o médico. Não existe um tempo-padrão de espera para engravidar após o fim do tratamento com quimioterapia, de acordo com o especialista. Para que isso seja determinado, a avaliação deve ser feita de forma individualizada e levar em consideração fatores como prognóstico do tipo de câncer, as taxas de recidiva e qual o tipo de tratamento foi feito.

“O medo do oncologista é sempre de existir uma recidiva do câncer durante a gravidez, porque, caso isso aconteça, os quimioterápicos em geral são contraindicados, porque eles vão atacar o feto. Com a radioterapia é a mesma coisa. Então tem pacientes que podem engravidar em um ou dois anos, enquanto tem outras que vão ter que esperar de cinco a oito anos, isso é muito variável”, ressalta Chehin.

Além do tratamento, o tipo de câncer e em qual região ele está localizado são fatores que podem diminuir as chances de uma gestação acontecer. Somado a isso, as sequelas provenientes da doença ou da forma como ela se desenvolveu no organismo podem impactar o percurso da gravidez.

“Existe câncer de tudo quanto é tipo e gravidade, então, por exemplo, uma mulher que teve um câncer no rim e ficou com um quadro de insuficiência renal, isso vai ser uma complicação na gravidez. É tudo muito específico, mas depende de o câncer ou o tratamento terem deixado alguma sequela. Caso não exista sequela em termos de saúde e comorbidades, a gravidez acontece sem grandes intercorrências”, explica o médico.

Nesse sentido, o ginecologista alerta para a importância da conscientização sobre gravidez e fertilidade para as mulheres que enfrentam tratamentos oncológicos.

“Alguém tem que falar para uma mulher em idade reprodutiva que enfrenta um câncer que o tratamento com quimioterapia e radioterapia pode deixá-la infértil no futuro. Isso é muito importante, porque quando ela sabe disso, pode tomar a decisão se vai fazer algum método de fertilidade ou não. Mas ela pode decidir sobre isso. Porque hoje o que vemos são aquelas mulheres que não fizeram nada porque não foram orientadas que isso era um problema”, ressalta.

R7

 Foto: Freepik