A Covid-19 pode fazer o cérebro encolher, reduzir a massa cinzenta nas regiões que controlam a emoção e a memória e danificar áreas que comandam o olfato, segundo estudo da Universidade de Oxford.
Os cientistas disseram que os efeitos se verificaram até em pessoas que não foram hospitalizadas com Covid, e é preciso mais investigação para descobrir se o impacto pode ser parcialmente revertido ou se persistiria a longo prazo.
"Há fortes evidências de anormalidades relacionadas ao cérebro na Covid-19", afirmaram os pesquisadores em seu estudo, divulgado na última segunda-feira (7).
Mesmo em casos leves, os participantes da pesquisa mostraram "uma piora da função executiva" responsável pelo foco e organização e, em média, o tamanho do cérebro encolheu entre 0,2% e 2%.
O estudo revisado por pares, publicado na revista Nature, investigou alterações cerebrais em 785 participantes com idade entre 51 e 81 anos cujo cérebro foi examinado duas vezes, incluindo 401 pessoas que pegaram Covid entre os dois exames. O segundo exame foi feito, em média, 141 dias após o primeiro. A pesquisa foi realizada quando a variante Alpha era dominante no Reino Unido, e é improvável que inclua pessoas infectadas com a variante Delta.
O estudo mostrou que algumas pessoas que tiveram Covid sofriam de "confusão mental", o que incluía comprometimento da atenção, concentração, velocidade de processamento de informações e memória.
A redução da imunidade contra o Sars-CoV-2 registrada 75 dias após a segunda dose das vacinas CoronaVac e AstraZeneca pode ser revertida significativamente com o reforço da Pfizer/Biontech, de acordo com estudo conduzido na EPM-Unifesp (Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo).
A pesquisa mostrou que a terceira dose da Pfizer aumenta em até 25 vezes o nível de anticorpos medido depois das duas aplicações de CoronaVac e em até sete vezes o alcançado após a imunização completa com a AstraZeneca. Os resultados foram publicados no Journal of Infection. Apoiado pela Fapesp por meio de dois projetos (17/20106-9 e 20/08943-5), o estudo foi realizado com uma coorte não randomizada de 48 profissionais de saúde de hospitais e instituições regionais. Eles têm idade média de 30 anos, para os vacinados com CoronaVac, e 40 anos, para os que receberam a AstraZeneca.
“Temos visto que a adesão à dose de reforço da vacina contra a Covid-19 não está tão alta quanto poderia ser. Nosso estudo, no entanto, mostra a importância de a população tomar a terceira dose, porque há um aumento significativo da resposta imunológica e celular, indicando maiores níveis de proteção”, diz à Agência Fapesp Alexandre Keiji Tashima, professor do Departamento de Bioquímica da EPM-Unifesp e autor correspondente do artigo.
Até o dia 1º de março, o Brasil contava com 30,6% da população imunizada com a dose de reforço contra a Covid-19 (cerca de 65,073 milhões de pessoas). Com a vacinação completa (duas doses ou dose única) eram 73% dos brasileiros (155,071 milhões de pessoas), segundo dados do Our World in Data, da Universidade de Oxford, no Reino Unido. “Com a pandemia, montamos um grupo de pesquisadores na Unifesp para trabalhar em estudos envolvendo a Covid-19. O objetivo é fazer uma caracterização bioquímica completa dos anticorpos”, afirma Tashima, que é orientador do doutorado de Jackelinne Yuka Hayashi, primeira autora do artigo. O trabalho contou ainda com a participação de quatro pesquisadores da Euroimmun Brasil, empresa especializada em soluções para diagnóstico laboratorial.
Os resultados do grupo corroboram estudos já publicados por cientistas de Hong Kong e de universidades americanas.
Além disso, outras pesquisas haviam mostrado a eficácia da dose de reforço. Uma delas, publicada no início de fevereiro na Nature Medicine, mostrou que a aplicação da terceira dose da vacina da Pfizer seis meses após a imunização com duas da CoronaVac confere uma eficácia de 92,7% contra a doença. Já contra casos graves do Sars-CoV-2, a proteção sobe para 97,3%. Foram analisados dados de cerca de 14 milhões de brasileiros.
Avaliações
Os participantes da pesquisa do grupo da Unifesp tiveram amostras de sangue colhidas em cinco momentos: antes da vacinação; 28 dias após a primeira dose; 14 dias depois da segunda, 75 dias após a segunda dose e 14 dias depois do reforço da terceira. Foram realizados testes clínicos para IgG (que determina a presença e quantidade de anticorpos no organismo), com avaliação de anticorpos neutralizantes, capazes de impedir a infecção, e das respostas celulares.
No grupo imunizado com a CoronaVac e reforço da Pfizer, os valores médios de IgG aumentaram de 19,8 BAU/ml (unidades de anticorpos ligantes por mililitro de sangue), após a primeira dose, para 429 BAU/ml, com a segunda. Valores iguais ou acima de 35,2 BAU/ml são considerados positivos.
Essa proteção diminuiu significativamente nas dez semanas seguintes, caindo para 115,7 BAU/ml. Após o reforço, no entanto, a concentração de IgG voltou a subir, crescendo 25 vezes e atingindo 2.843 BAU/ml. Em relação aos níveis de anticorpos neutralizantes, houve aumento de 23,5%, no intervalo da segunda dose, para 99,3%, depois do reforço.
Entre os imunizados com a vacina da AstraZeneca e a terceira dose da Pfizer, as respostas medianas de IgG aumentaram de 86,8 BAU/ml para 648,9 BAU/ml durante as duas primeiras aplicações. Depois, caíram para 390,9 BAU/ml. Mas, com a dose de reforço, subiram sete vezes — para 2.799,2 BAU/ml. Já os níveis de anticorpos neutralizantes cresceram de 63,2% para 98,9%.
“É possível ver que mesmo com a redução da imunidade no período pós segunda dose ainda há uma resposta celular relevante contra os antígenos do coronavírus. No entanto, o interessante é que, após a terceira dose, os dois grupos tiveram aumento significativo tanto da resposta celular como da humoral [de anticorpos]. Isso foi algo que nos impressionou, indicando uma boa resposta nos dois grupos”, explica Tashima.
Uma das limitações do estudo foi o fato de não ter sido possível comparar os resultados com dados da população em geral ou de grupos específicos, como idosos.
Alguns voluntários que participaram do estudo foram contaminados pela variante Ômicron após o reforço da vacinação. Os pesquisadores estão agora em nova etapa de coleta de sangue dessas pessoas para analisar eventuais impactos da variante, que no início de janeiro respondeu por 97% dos casos de Covid-19 no Brasil.
A confirmação é do coordenador regional da 10ª Gerência Regiona de Saúde, com sede em Floriano-PI, o ex-vereador Maurício Bezerra.
A entrevista sobre a chegada da nova remessa foi concedida nesta manhã. O município está com o processo de vacinação que envolve uma nova faixa etária de idade. Veja a entrevista com o coordenador Maurício.
O Dia das Mulheres é comemorado todo dia 8 de março, e neste ano o R7 selecionou sete dicas fundamentais para que todas mantenham a saúde em dia. É importante que cada mulher se conheça um pouco mais a cada dia, saiba se ouvir e tenha o apoio dos homens que fazem parte da vida delas.
Prevenção
O ginecologista é o primeiro médico que a mulher busca, é ele quem cuida das questões hormonais, conversa sobre sexualidade, encaminha para outros especialistas, se necessário, e acompanha a rotina de prevenção e cuidado.
De maneira geral, exames como o Papanicolau devem ser feitos todo ano, a partir do começo da vida sexual. A mamografia também é anual, mas para mulheres acima de 40 anos. Vale lembrar que o histórico familiar e as necessidades de cada uma podem mudar essa periodicidade e a idade a começar.
Por isso, ao menos uma vez ao ano é importante visitar o ginecologista e conversar sobre exames e outras ações preventivas.
“Algumas doenças, como o câncer de mama, por exemplo, não temos como prevenir, mas, se a mulher faz seus exames de rotina, pode detectar o tumor em um estágio inicial e com isso ter muito mais chance de cura. O acompanhamento médico é essencial”, explica a ginecologista Maria dos Anjos Neves Sampaio, do laboratório Salomão Zoppi.
Manter-se ativa fisicamente
A prática diária de atividade física é fundamental. De acordo com Altamiro Ribeiro Dias Junior, do Hospital Santa Paula, o ideal é a mulher se exercitar de 50 minutos a uma hora por dia, sendo pelo menos 20 minutos de atividade aeróbica, como bicicleta, corrida, natação, esteira, entre outros, e também dedicar um tempo à musculação.
“A atividade física é tão importante quanto o trabalho. Às vezes a gente valoriza tanto o trabalho e deixa de se cuidar”, destaca o ginecologista. Para evitar que a fadiga do dia a dia atrapalhe, ele recomenda praticar as atividades físicas pela manhã
Dieta balanceada e sono regular
Cuidar do sono e da alimentação regular contribui para o bom funcionamento do corpo e da mente.
Dormir bem significa muito mais do que descansar, é também manter equilibrada a produção de várias substâncias essenciais para o nosso organismo. O sono de qualidade e uma alimentação balanceada ajudam no combate à obesidade, por exemplo. E há cada vez mais estudos que mostram que a obesidade é fator de risco para diversas doenças, como as cardiovasculares ou o diabetes. “Sempre recomendo à mulher que procure um endocrinologista e um nutricionista para ter uma rotina de alimentação adequada e saudável”, lembra o médico.
Atenção à sexualidade
Encarar a sexualidade sem preconceito e com respeito, a si e aos outros, contribui para a saúde feminina. Informar-se cada vez mais, principalmente sobre as ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), é muito importante.
As mulheres precisam de segurança na sexualidade, aceitação e conhecer mais a sua sexualidade, sem julgamentos.
Manter boa saúde mental
“A gente esquece da saúde mental, ninguém gosta de falar disso. É um tema às vezes jogado embaixo do tapete”, diz Maria dos Anjos. A ginecologista explica que a saúde mental é tão importante quanto a física e que o equilíbrio é que traz saúde integral.
A pandemia trouxe ainda mais ansiedade, depressão e outros quadros de transtornos mentais. Falar abertamente sobre o tema, sem preconceito, e buscar ajuda com psicoterapia, médicos, quando necessário, é fundamental.
Menopausa
As fases do pré-climatério e do climatério devem ser acompanhadas de perto pelo médico. A ideia de que a vitalidade feminina termina quando começa a menopausa é ultrapassada. Hoje, há vários recursos para prevenir ou desacelerar os efeitos da transformação hormonal pela qual a mulher passa quando chega à menopausa. Um check-up completo é recomendado, para ver a necessidade e possibilidade de reposição hormonal.
Cuidado com a saúde auditiva
“Ninguém fala em saúde auditiva. A gente só pensa nisso no idoso, mas a saúde da mulher também passa por cuidar da audição”, explica a ginecologista. A perda da capacidade auditiva é gradual, mas em um dado momento a pessoa começa até a se desconectar do mundo. Claro que homens também devem buscar checar a saúde dos ouvidos, mas a queda do hormônio estrogênio é uma importante causa de perda auditiva, e por esse motivo as mulheres precisam dar atenção especial a isso.
Mais um ponto para acompanhar na fase pré-menopausa