A variante Ômicron do coronavírus corresponde a 99,7% das amostras sequenciadas pela Rede Genômica Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), segundo relatório publicado nesta sexta-feira (11) referente ao período de 11 de fevereiro a 3 de março.
Em janeiro, a cepa dava conta de 95,9% das amostras e 39,4% em dezembro. A mutação se tornou dominante no país em pouco mais de um mês, após os primeiros casos serem identificados no final de novembro. Segundo a Fiocruz, a Ômicron é classificada em mais de 40 linhagens, sendo que apenas três foram identificadas no Brasil: BA.1 (13.072 genomas), BA.1.1 (2.193 genomas) e BA.2 (21 genomas).
A cepa foi responsável por recordes consecutivos de novos casos de Covid-19 diagnosticados por dia no Brasil este ano. Em fevereiro, em apenas um dia, quase 300 mil novas infecções foram registradas pelo Ministério da Saúde, o que caracterizou uma nova onda no país.
Secom O secretário de Saúde de Floriano, James Rodrigues, recebeu nesta quinta-feira, 11, representantes da Subcomissão de Saúde da OAB Floriano que é presidida pela advogada Dra. Ana Alice Andrade. O presidente da OAB Floriano, Dr. Pablo Alves esteve presente no encontro.
Na reunião, os advogados colocaram que a comissão pode ajudar a Secretaria de Saúde na melhoria da prestação de serviços, bem como na fiscalização de ações e programas desenvolvidos. “Nossa visita nesse primeiro momento é para entender o contexto real de funcionamento da SMS e quais os principais gargalos. Não estamos aqui para cobrar, mas para unir esforços”, explica a Dra. Ana Alice Andrade.
O presidente da OAB Floriano, Pablo Alves, também enfatizou a importância da saúde pública no contexto atual de pandemia e destacou que o sistema municipal de saúde teve grandes avanços nos últimos anos. “Muita coisa melhorou e precisamos manter esse padrão de qualidade, por isso, essa reunião é importante”, disse.
James Rodrigues agradeceu a visita e se colocou à disposição para fortalecer a saúde pública municipal. “Nós já temos uma parceria importante com o Ministério Público e agora com a vinda da subcomissão de saúde, tenho certeza que teremos grandes projetos para desenvolver no fortalecimento da SUS”, ressalta.
A Covid-19 pode afetar a fertilidade masculina. É o que aponta um estudo conduzido por pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e da Rede Mater Dei, de Belo Horizonte, com pacientes que morreram vítimas da doença.
A pesquisa mostrou que 100% deles tiveram os testículos comprometidos e que o vírus ainda tinha a capacidade de infectar mesmo após bastante tempo de contaminação. "Um dos pacientes morreu 26 dias após o início dos sintomas e havia vírus infectante no testículo, o que não era esperado", diz o urologista e especialista em fertilidade masculinha Marcelo Horta Furtado, um dos coordenadores do estudo. Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e da Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, também colaboraram com o trabalho.
A pesquisa foi submetida a uma revista científica internacional em fase de pré-print, quando ainda não foi revisada por outros cientistas, mas já recebeu comentários de pesquisadores de diversos países. Um estudo conduzido pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, encontrou resultados semelhantes em macacos.
Os pesquisadores mineiros estudaram, com autorização das famílias, os testículos de onze homens com idade entre 40 e 88 anos que tiveram a forma gravíssima da Covid-19. Todos ficaram internados em CTIs e faleceram em 2021. Foram retirados os dois testículos de cada paciente. Agora, eles querem saber se o vírus pode comprometer a fertilidade também de pacientes que tiveram a forma leve ou moderada da doença. Os estudos estão sendo feitos com dois grupos de homens que tiveram a doença — em um houve apenas isolamento domiciliar e no outro os pacientes foram internados em hospital.
No primeiro grupo as amostras de sêmen são colhidas entre 15 e 30 dias após os sintomas, três e seis meses depois. No segundo, a coleta é feita seis meses depois da alta. "Há indícios de que esse comprometimento possa ser transitório", diz Furtado. A pesquisa deve mostrar o grau de comprometimento e quanto tempo os efeitos duram. Os resultados devem ser conhecidos em até dois anos e serão importantes para casos de inseminação artificial, fertilização in vitro e tratamento de infertilidade.
O estudo partiu da constatação de que diversos vírus se alojam nos testículos e de artigos que mostravam que o Sars-Cov 1, vírus da mesma linhagem do novo coronavírus que causou uma epidemia na Ásia em 2006, também comprometia a fertilidade dos homens.
8° Boletim Epidemiológico, sobre os casos de dengue no estado do Piauí, registrou o primeiro óbito pela doença em 2022 no estado. O indivíduo que teve a morte confirmada em decorrência da dengue é da capital Teresina.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) já vem trabalhando ações para combater a proliferação do mosquito. O registro de morte pela doença acende um alerta ainda maior, tanto para os gestores municipais como a população, sobre a necessidade de fortaler as medidas de prevenção e enfretamento da doença.
O boletim aponta ainda que em referência ao mesmo período do ano passado, o estado apresentou em sua 8° semana epidemiológica um aumento de 236,9 % de possíveis casos de dengue.
O supervisor de Entomologia da Sesapi, Ocimar Alencar, chama a atenção para a situação e a necessidade da população fortalecer os cuidados para evitar água parada e impedir que o vetor da doença prolifere.“Ano passado nós não registramos nenhuma morte em decorrência da dengue aqui no Piauí, com o registro do primeiro óbito neste ano de 2022, estamos voltando a reforçar os cuidados que as pessoas devem ter em casa, uma vez que nossas pesquisas apontam que a grande maioria dos criadouros de mosquito são encontrados em ambientes domiciliares”, ressalta o supervisor.
O documento aponta ainda que Curimatá; São Pedro do Piauí; Avelino Lopes; Agricolândia e Antônio Almeida são os cinco municípios com o maior nível de incidência do estado. Em 2021 até a 8° semana epidemiológica 190 municípios piauienses não notificaram casos suspeitos de dengue, já em 2022 durante o mesmo período a quantidade de municípios que não notificaram casos suspeitos reduziu para 176.
O secretario de Estado da Saúde, Florentino Neto, destaca que as equipes da Sesapi estão vigilantes e mantendo contato com os municípios, para que juntos a Sesapi possa auxiliar o enfrentamento a dengue no estado.
“Nossas equipes seguem vigilantes e acompanhando a situação de todo o estado, mantemos contato diretamente com os municípios que identificamos ter uma necessidade maior de atenção e traçamos estratégias de prevenção e enfrentamento a dengue”, lembra o gestor.
O Boletim ainda apresenta os números referentes a Febre Chikungunya o estado apresentou um aumento de 86,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O estado não apresenta óbitos pela doença desde 2018.