A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou boletim nesta quarta-feira (9) sobre a pandemia e relatou um aumento de 7% no número de mortes no mundo em decorrência da infecção pelo novo coronavírus na última semana, período em que a quantidade de casos caiu 17%.
De acordo com o balanço de hoje, foram notificados quase 68 mil óbitos em decorrência da Covid-19. Com isso, o total desde março do ano passado chegou a 5,7 milhões. Além disso, a OMS apontou 19 milhões de novos casos nos últimos sete dias, o que eleva o montante geral para 392 milhões. Contudo, a organização admite que o contágio no planeta é muito maior, devido a subnotificação.
As regiões do Mediterrâneo Oriental, que abrange o Oriente Médio, e das Américas foram as que tiveram o maior aumento na quantidade de casos, cada uma com 36%.
O sudeste da Ásia, por sua vez, apresentou a maior alta nas mortes, de 67%. A Europa e as Américas se mantiveram estáveis, enquanto a África teve queda de 14%.
O maior número absoluto de vítimas foi registrado nos Estados Unidos, que apresentou queda de 15% na comparação com a semana anterior. Depois, aparecem como mais afetados a Índia, a Rússia, o Brasil e o México.
Segundo a análise epidemiológica da OMS, todas as variantes do novo coronavírus conhecidas antes da Ômicron tiveram forte baixa. A cepa mais recente já representa 96,7% do total de sequências genéticas realizadas no mês passado.
Uma em cada dez crianças brasileiras de até 5 anos está acima do peso. O excesso de peso também foi registrado em mais da metade das mães com filhos nessa faixa etária: 58,5%. Os dados são do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-2019).
Encomendada pelo Ministério da Saúde, a pesquisa avaliou 14.558 crianças e 12.155 mães biológicas em 12.524 domicílios brasileiros, em 123 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal, entre fevereiro de 2019 e março de 2020.
Segundo os pesquisadores, o excesso de peso prejudica o crescimento e o desenvolvimento infantil e pode gerar doenças crônicas graves ao longo da vida, como problemas cardiovasculares, diabetes, hipertensão e até câncer.
“Chamamos de excesso de peso a combinação de sobrepeso e obesidade. Entre as crianças brasileiras menores de cinco anos, 7% apresentam sobrepeso e 3%, obesidade. Entre as mães biológicas de filhos nessa faixa etária, o sobrepeso aparece em 32,2% dos casos e a obesidade em 26,3%”, explicou, em nota, o coordenador do Enani-2019, Gilberto Kac, professor titular do Instituto de Nutrição Josué de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (INJC/UFRJ).
O Enani-2019 mostra, também, que quase um quinto das crianças brasileiras de até cinco anos (18,6%) estão em uma faixa de risco de sobrepeso.
“São crianças que precisam ser monitoradas de perto, porque a curva do ganho de peso para a idade já está superior ao recomendado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesse estágio, ainda é possível intervir e melhorar o estado de saúde, evitando consequências de curto, médio e longo prazo”, acrescentou Kac.
O coordenador do Enani-2019 ressaltou que os resultados trazem evidências científicas atualizadas para a definição de políticas públicas de saúde.
“Até então, os dados mais recentes sobre o estado nutricional antropométrico de mães e filhos de até 5 anos eram de 2006. De lá para cá, o cenário mudou bastante. A prevalência de excesso de peso em crianças nessa faixa etária aumentou de 6,6%, em 2006, para 10%, em 2019. Entre as mães, o aumento foi de 43% para 58,6% no mesmo período”, afirmou. Estatura
Um dado chamou atenção dos pesquisadores do Enani-2019: 7% das crianças brasileiras de até 5 anos apresentam baixa estatura para a idade.
“A baixa altura para a idade mostra que essas crianças sofreram restrições que prejudicaram o seu crescimento e o seu desenvolvimento. Esse quadro pode ser decorrente de infecções recorrentes e está relacionado ao baixo consumo de nutrientes, possivelmente associado à insegurança alimentar. A prevalência do indicador diminui conforme a faixa etária das crianças aumenta, o que sugere que a situação vem se agravando nos últimos anos”, explicou Kac.
De acordo com o estudo, a prevalência de baixa altura para a idade é de 9% entre bebês de até 11 meses e de 10,2% entre os de 12 a 23 meses. A frequência do problema é menor em crianças que nasceram até 2016: 6,5% na faixa etária de 2 a 3 anos, 5,8% entre 3 e 4 anos e 3,4% entre 4 e 5 anos. Enani-2019
O Enani-2019 foi encomendado pelo Ministério da Saúde e coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O projeto tem parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e a Universidade Federal Fluminense (UFF), sob financiamento da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Segundo a UFRJ, é a primeira pesquisa com representatividade nacional a avaliar, simultaneamente, em crianças menores de cinco anos, práticas de aleitamento materno, alimentação complementar e consumo alimentar individual, estado nutricional antropométrico e deficiências de micronutrientes, incluindo as deficiências de ferro e vitamina A.
Um dos medicamentos mais comuns de serem consumidos por quem sente dor está associado a um risco maior de infarto e derrame. Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, concluíram que o uso regular de paracetamol pode ser ruim para indivíduos que têm hipertensão, doença que aumenta o risco de eventos cardiovasculares.
Em um artigo publicado nesta segunda-feira (7) na revista científica Circulation, da Associação Americana do Coração, os cientistas analisaram grupos que utilizam o paracetamol para o tratamento de dores crônicas. Eles estudaram 110 pacientes com histórico de pressão alta que haviam recebido prescrição médica para uso de 1 g de paracetamol quatro vezes ao dia, o que os autores descrevem como uma quantidade rotineiramente prescrita a pacientes com dor crônica.
Uma parte tomou o paracetamol e a outra recebeu placebo (substância sem efeito no organismo), sem que cada um soubesse o que estava ingerindo. Todos foram acompanhados ao longo de duas semanas.
Ao final, os pesquisadores perceberam que o grupo que havia tomado paracetamol teve um aumento significativo da pressão arterial quando comparado ao restante, que tomou placebo. O paracetamol costuma ser receitado como alternativa aos anti-inflamatórios não esteroides, que são conhecidos por aumentar a pressão arterial e o risco de doenças cardíacas, salientam os autores.
Todavia, as chances destes eventos foram observadas na mesma proporção com o paracetamol – risco 20% maior de ter um infarto ou derrame.
Um dos autores do trabalho ressalta que a descoberta pode levar a novas abordagens e até revisões dos tratamentos de longo prazo de pacientes que sofrem de hipertensão.
"Médicos e pacientes juntos devem considerar os riscos versus os benefícios da prescrição de paracetamol a longo prazo, especialmente em pacientes com risco de doença cardiovascular", diz em comunicado James Dear, presidente de farmacologia clínica da Universidade de Edimburgo.
Para o pesquisador principal deste estudo, o professor David Webb, presidente de Terapêutica e Farmacologia Clínica da Universidade de Edimburgo, é necessário que os médicos iniciem tratamentos mais longos com paracetamol em doses baixas.
"Dado os aumentos substanciais da pressão arterial observados em alguns de nossos pacientes, pode haver um benefício para os médicos ficarem de olho na pressão arterial em pessoas com pressão alta que iniciam recentemente o paracetamol para dor crônica."
Todavia, outro autor do estudo, Iain MacIntyre, tranquiliza pacientes que fazem uso esporádico do paracetamol.
“Não se trata do uso a curto prazo de paracetamol para dores de cabeça ou febre, o que é, obviamente, bom – mas indica um risco recém-descoberto para pessoas que tomam regularmente a longo prazo, geralmente para dor crônica."
Cabe ressaltar que altas doses de paracetamol também têm efeito tóxico para o fígado. Apesar de ser um medicamento vendido sem receita no Brasil, a orientação aos pacientes é para seguirem as instruções da bula e, em caso de dúvidas, procurar um médico ou farmacêutico.
À medida que a variante Ômicron se espalha, mais sintomas provocados por ela são conhecidos. Médicos no Japão notaram um aumento de pacientes idosos que precisam hospitalizados nos últimos meses. De acordo com jornais locais, em Tóquio, mais da metade dos pacientes internados têm 60 anos ou mais. Em muitos casos, eles são hospitalizados após uma piora repentina provocada por pneumonia aguda após infecção pela variante.
A possível explicação para quadros mais graves está na falta de doses de reforço da vacina contra a covid-19.
Em entrevista ao The Daily Express, o diretor do hospital de emergência Fujimino, no Japão, Akira Kano, já se passaram seis meses desde que os idosos receberam a segunda dose.
“Os pacientes idosos receberam vacinas duas vezes, mas isso foi há algum tempo, e estão sendo acometidos de pneumonia aguda”, alertou.
“Dizem que os sintomas da Ômicron são ‘atenuados’, mas isso está longe de ser verdade com base no que vi”, completou o médico. Reforço na vacinação
Esse quadro tem sido observado no momento em que o o Japão inicia o lançamento da campanha de vacinação em massa para as doses de reforço em todo o país, como parte da estratégia de conter novos surtos.
Nesta segunda-feira, 7, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, prometeu dobrar o número de vacinas de reforço da covid-19 sendo entregues diariamente em todo o país. A medida veio após críticas ao seu governo enfrenta pelo atraso no lançamento da campanha. Sintomas comuns da Ômicron
Uma análise dos relatórios de saúde no Reino Unido gerou uma lista de sintomas causados frequentemente pela variante Ômicron. Os mais comuns são dores de cabeça, coriza, espirros e de dor de garganta, que aparecem no topo da lista.
Por outro lado, perda do olfato e do paladar, que era muito relata no início da pandemia, se tornou muito menos comum.
Veja a lista com os 19 principais sintomas da Ômicron.
Dor de cabeça; Coriza; Fadiga; Espirros; Dor de garganta; Tosse; Voz rouca; Calafrios; Febre; Tontura; Confusão mental; Olfato alterado; Dor nos olhos; Dores musculares incomuns; Perda de apetite; Perda de cheiro; Dor no peito; Glândulas inchadas; Desânimo.