A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) iniciou, nesta quinta-feira (30), uma oficina de alinhamento com os facilitadores do Projeto de Fortalecimento da Gestão Estadual do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). O evento termina nesta sexta-feira (31) e está sendo realizado na Escola de Gestão e Controle do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI).
Na abertura do encontro, o secretário de saúde, Antonio Luiz, enfatizou a importância do planejamento das ações para o cumprimento das metas e aperfeiçoar os serviços prestados à população. “Nosso objetivo é reduzir cada vez mais o risco emergente. Precisamos planejar para que as coisas aconteçam cada vez mais de forma regular”, disse o gestor.
A oficina foi mediada pela enfermeira Rosa Marques, docente de medicina e consultora do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Entre os assuntos discutidos, a profissional destacou a construção dos instrumentos de gestão do SUS para o próximo quadriênio 2024-2027, como o alinhamento de todas as ações à Lei de Diretrizes Orçamentárias do estado. “O objetivo é facilitar o trabalho das equipes, integrá-las e contribuir para o trabalho de construção desses instrumentos. Esse processo de trabalho é da Sesapi e a presença do consultor é apenas para facilitar o trabalho. A ideia e objetivo principal é aprimorar, melhorar e qualificar os instrumentos de gestão do SUS”, explicou a consultora.
Superintendente de gestão da administrativa da Sesapi, Jefferson Campelo ressaltou que as discussões durante os dois dias de oficina serão fundamentais para melhorar os serviços prestados pelo SUS no estado. “O planejamento é importante porque aglutina, integra e traz resultados. Por isso, todos devem estar imbuídos e se espelhar nesse projeto”, reforçou.
O Proadi-SUS é uma aliança entre seis hospitais de referência no Brasil e o Ministério da Saúde. Criado em 2009, seu propósito é apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu um alerta nesta quinta-feira (30) sobre a circulação de unidades de um lote falsificado do Lemtrada (alentuzumabe), medicamento intravenoso usado no tratamento de esclerose múltipla.
O órgão fiscalizador também afirma que determinou a apreensão e a proibição de distribuição, comercialização e uso das unidades apontadas como falsas. Trata-se do lote 7BK1221, cuja detentora do registro, a farmacêutica Sanofi Medley, disse não reconhecer a autenticidade.
"Além de o lote não pertencer à fabricante, a embalagem secundária não se encontra em português", acrescenta a Anvisa.
Na imagem divulgada pela agência, a embalagem do medicamento aparece em alfabeto cirílico.
Serviços de saúde que notem unidades do Lemtrada não devem utilizá-los e precisam comunicar a Anvisa, "preferencialmente via Notivisa".
"Em caso de dúvidas sobre a procedência do produto, recomenda-se entrar em contato com a Sanofi, pelo telefone 08007030014 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.", finaliza o órgão.
No Dia Mundial do Transtorno Bipolar, comemorado nesta quinta-feira (30), o psicólogo, psicoterapeuta e professor do Idomed (Instituto de Educação Médica), Denis Coelho recomenda que a pessoa com suspeita do distúrbio procure ajuda profissional especializada em saúde mental, com psiquiatras, psicólogos ou mesmo um atendimento multiprofissional.
"Os profissionais habilitados vão saber se realmente a pessoa está com transtorno bipolar. Digo isso porque muitas pessoas procuram diagnóstico informal, em fontes como o Google, e isso pode ser perigoso, fazendo com que ela fique cada vez mais ansiosa e alerta em relação ao seu problema", disse ele.
No Dia Mundial do Transtorno Bipolar, comemorado nesta quinta-feira (30), o psicólogo, psicoterapeuta e professor do Idomed (Instituto de Educação Médica), Denis Coelho recomenda que a pessoa com suspeita do distúrbio procure ajuda profissional especializada em saúde mental, com psiquiatras, psicólogos ou mesmo um atendimento multiprofissional.
"Os profissionais habilitados vão saber se realmente a pessoa está com transtorno bipolar. Digo isso porque muitas pessoas procuram diagnóstico informal, em fontes como o Google, e isso pode ser perigoso, fazendo com que ela fique cada vez mais ansiosa e alerta em relação ao seu problema", disse ele.
"Eu sempre digo para os meus pacientes que o tratamento tem aspectos biológico, mental, social e espiritual. Biológico, porque envolve cuidar do seu corpo de forma integral, com exercícios físicos e boa alimentação; mental, sempre com bons pensamentos e tentando ter bons sentimentos; social, buscando manter bons relacionamentos, que não sejam abusivos ou tóxicos; e espiritual, no sentido de a pessoa acreditar em algo que possa, realmente, levá-la a sair de uma situação ‘xis’ para uma condição melhor."
O especialista destacou que esses elementos vão interferir positivamente no tratamento, na medida em que diminuem a sensação de estresse e ansiedade e alterações de humor, aumentando a sensação de prazer. Diagnóstico
Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico de transtorno bipolar costuma ser difícil e pode demorar, em média, dez anos para ser estabelecido devido a "tratamentos equivocados, ausência de comunicação entre os profissionais envolvidos, desconhecimento sobre como a doença se manifesta, tanto por ser pouco conhecida quanto pela confusão dos seus sintomas com os de outros tipos de depressão, além de preconceito e autoestigmatização."
O ministério indica que o histórico do indivíduo pode contribuir para o diagnóstico conclusivo, já que alterações de humor anteriores, episódios atuais ou passados de depressão, histórico familiar de perturbação do humor ou suicídio e ausência de resposta ao tratamento com antidepressivos sinalizam transtorno bipolar.
Comportamentos repetitivos e exagerados acendem o alerta para o transtorno bipolar.
"Quando o indivíduo começa a perceber que a sua vida não está ocorrendo da forma mais saudável como ele gostaria de estar. Ou seja, quando está tendo prejuízo na funcionalidade da vida, na forma de produzir, de se relacionar com os amigos, com a família. Quando o próprio sujeito é a primeira pessoa a sentir que algo não está funcionando bem", afirmou o psicólogo.
Coelho esclareceu que as variações extremas, como manias, exaltação, comportamentos de compulsão, estão entre os sintomas desse tipo de transtorno: "a pessoa ficar horas, ou mesmo dias, acordado; fazer compras compulsivas; ter compulsão por alimentação ou por prática sexual. Qualquer hábito ou comportamento que venha caracterizar exagero ou compulsão."
Outro polo é a depressão, quando a pessoa tem queda de humor, de produtividade.
"Quando esses estados estão em desequilíbrio e mostram momentos de pico exagerados, sejam de euforia ou depressão, constituem forte sinal de que a pessoa deve buscar ajuda, ou seja, quando esses polos são muito díspares, as diferenças são muito claras e ocorrem em períodos sucessivos. Geralmente é assim. O paciente vive experiência de euforia muito forte e depois vem a queda, com depressão." Sem cura
O Ministério da Saúde destaca que transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado. A adesão ao tratamento pode trazer importantes resultados, entre os quais redução das chances de recorrência de crises; controle da evolução do transtorno; diminuição das chances de suicídio; redução da intensidade de eventuais episódios; e promoção de uma vida mais saudável.
Denis Coelho chamou a atenção também para a necessidade de a sociedade entender que o transtorno bipolar é uma condição médica real, que requer tratamento para ajudar no controle dos sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Pesquisadores do Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia, constataram, em um estudo preliminar, que o cheiro do suor alheio pode reduzir os sintomas de ansiedade social. Os resultados foram apresentados no Congresso Europeu de Psiquiatria, em Paris.
“Nosso estado de espírito nos leva a produzir moléculas (ou quimio-sinais) no suor que comunicam nossa estado emocional e produzem respostas correspondentes nos receptores. Os resultados de nossa pesquisa preliminar mostram que a combinação desses sinais químicos com terapia de atenção plena parecem produzir melhores resultados no tratamento da ansiedade social, que podem ser alcançados apenas pela terapia de mindfulness”, afirma a autora principal, Elisa Vigna.
A análise, que contou com a participação de 48 mulheres entre 15 e 35 anos, todas com ansiedade social (quadro em que os pacientes se preocupam excessivamente em participar de situações sociais, interferindo em sua interação e causando prejuízo à sua vida e às suas relações), e que eram submetidas a um tratamento terapêutico de atenção plena.
Durante a pesquisa, as voluntárias foram divididas em três grupos, com 16 pessoas cada e, ao longo de dois dias, foram submetidas à terapia de atenção plena, em conjunto com a exposição a diferentes odores cada, obtidos a partir de amostras de suor de pessoas que viram diferentes tipos de videoclipes, que provocavam emoções diferentes, como medo ou felicidade, além de um grupo de controle, que foi exposto ao ar puro.
De acordo com as descobertas, as mulheres que foram expostas ao suor de pessoas que assistiram aos vídeos, tanto engraçados, como assustadores, tiveram melhores respostas à terapia de atenção plena quando comparadas àquelas que não foram submetidas ao odor. “Ficamos um pouco surpresos ao descobrir que o estado emocional da pessoa que produz o suor não diferiu nos resultados do tratamento. Portanto, pode haver algo sobre sinais químicos humanos, geralmente no suor, o que afeta a resposta ao tratamento. Pode ser que simplesmente estar exposto à presença de outra pessoa tenha esse efeito, mas precisamos confirmar isso”, alega Elisa.
Foi constatado, ainda, que as pessoas submetidas à sessão de tratamento de mindfulness junto da exposição a odores corporais tiveram uma redução de cerca de 39%. Em comparação, o grupo que recebeu apenas a sessão terapêutica, sem os odores, apresentou uma redução de 17% nos níveis de ansiedade.
Agora, os pesquisadores esperam que, se conseguirem identificar e isolar as moléculas que estão causando os efeitos benéficos observados no estudo, conseguirão incorporá-las ao uso terapêutico.