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A Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI), por meio da Diretoria de Planejamento (DUP), realizou na manhã de ontem, a Oficina de Integração das Redes de Atenção à Saúde (RAS) como estratégia para promover a descentralização dos serviços de saúde, gerar capilaridade e proporcionar um atendimento de qualidade e com segurança para toda a população do Estado.

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A implementação das Redes de Atenção à Saúde (RAS), representa um avanço fundamental na organização do Sistema Único de Saúde (SUS). As RAS consistem em um conjunto de ações e serviços ordenados e coordenados de forma a atender as necessidades de saúde da população em todos os seus níveis de complexidade, garantindo assim a integralidade do cuidado. Edvone Benevides, assessora técnica da diretoria de planejamento da Sesapi e coordenadora das RAS, explica a importância de avançar nesse trabalho de integração entre as redes de atenção a saúde' RAS.

“Queremos organizar essas redes em conformidade com o planejamento regional integrado PRI , os instrumentos de gestão e os compromisos de governo, dessa forma, além de conseguirmos direcionar os usuários de forma mais rápida , qualificada para os serviços e procedimentos que eles necessitam na Rede de Saúde, também entendendo as especificidades e dinâmica das várias regiões do estado, identificando em que pontos podemos fortalecer para melhorar os serviços já existentes e até mesmo ampliar com novos serviços que aqueles locais necessitem”, explica a coordenadora.

As Redes de Atenção à Saúde, na condição de produtos das ações de políticas que fortalecem e cumprem as diretrizes do SUS, configuram um arranjo que busca garantir a universalidade do atendimento em saúde, ou seja, ampliar o acesso em tempo oportuno e de forma integral aos serviços de saúde. O Piauí conta com as seguintes redes de atenção: Rede Cegonha, Rede Crônicas, Rede Psicossocial, Rede da Pessoa com Deficiência e Rede Urgências e Emergências.


“Teremos o cuidado centralizado na pessoa, com economia de escala e escorpo, uma maior atenção ao cuidado assistência a sobre a necessidade do paciente ser assistido em todos os níveis de complexidades, um sistema de regulação mais celere e efetivo, assistência ambulatorial e especializada bem direcionada entre outras melhorias que cada vez mais vão ajudar a evoluir a assistência, prestada pelo estado, a saúde da nossa população”, explica Edvone Benevides.

Ela destaca ainda que os trabalhos seguem para um planejamento de ações que buscam a evolução dessa integração durante toda a gestão do governo.

“Um sistema de saúde complexo requer esforço coletivo de forma integrada com planejamento, acompanhamento, monitoramento e avaliação contínua. Sendo assim, trabalhar esse processo de integração entre as áreas de saúde é essencial, já trabalhamos o planejamento de metas para o ano de 2023 e agora vamos focar nas metas e objetivos para os quatro anos de governo, tendo assim uma evolução constante dos nossos serviços”, destaca a coordenadora.

Sesapi

Um estudo realizado pela LMU (Universidade Ludwig Maximilian de Munique), na Alemanha, constatou que morcegos que vivem em áreas mais exploradas pelo homem têm uma prevalência maior de vírus da família coronavírus, aumentando, também, sua possibilidade de transmissão. A descoberta foi publicada no periódico Science Advance.

O coronavírus causador da Covid-19 é apenas um tipo conhecido deles – também há outros que provocam resfriado comum ou até mesmo o Mers-CoV, da síndrome respiratória do Oriente Médio.

Para verificar a afirmação, os pesquisadores cruzaram dados estatísticos de infecções pela família viral de mais de 26 mil morcegos de mais de 300 espécies diferentes, com os dados de cobertura e uso de terras, por meio de meta-análise.

Os estudos mostraram que as espécies que viviam em ambientes com tais modificações estavam mais propensas à infecção pelos vírus do que aquelas que vivem em ambientes com menos intervenções.

Isso se dá pelo estresse sofridos pelos animais, que teriam sua imunidade afetada, estando mais propensos às infecções.

“A modificação da terra muitas vezes significa uma perda de recursos importantes para os animais selvagens. No caso dos morcegos, podem ser locais de forrageamento ou abrigos adequados para hibernação”, diz Vera Warmuth, autora principal do estudo.

Entre os usos de terra que mais influenciam a saúde imunológica destes animais, destacam-se a agricultura, desmatamento e produção de energia, incluindo mineração, impactando os habitats, como florestas, cavernas e minas.

“Nossas descobertas mostram claramente que os animais em ecossistemas perturbados são infectados com mais frequência. Quanto mais fortemente uma área é influenciada por humanos, maior a probabilidade de os morcegos que vivem nessa área serem infectados por coronavírus”, completa.

Os morcegos são conhecidos por serem importantes reservatórios de vírus e os principais hospedeiros animais dos coronavírus.

R7

Estudos conduzidos no FoRC (Centro de Pesquisa em Alimentos) da USP (Universidade de São Paulo) já mostravam que o suco de laranja pode trazer diversos benefícios à saúde, como melhorar a imunidade, reduzir a pressão arterial, regular a produção de insulina e promover mudanças no perfil de gorduras no sangue.

sucolaranja

Mais recentemente, os pesquisadores observaram que essa bebida também proporciona uma mudança positiva no perfil da microbiota intestinal, o que não só ajuda a explicar os demais benefícios como pode trazer outros diretamente relacionados à microbiota, acelerando o processo de digestão e dando disposição para tarefas do dia a dia.

A pesquisa, divulgada na revista Obesities, foi feita com 23 pacientes do Hospital Dante Pazzanese, parceiro no projeto. Os voluntários apresentavam quadros de obesidade, resistência insulínica e pré-diabetes. Receberam diariamente, em dois períodos distintos, um copo de 400 ml (mililitros) de suco de laranja natural.

“Selecionamos pacientes com esse perfil porque são eles que geralmente têm os quadros que mais afetam negativamente a microbiota, levando a uma condição chamada de disbiose — situação em que há um número superior de microrganismos patogênicos no intestino, em comparação aos que são considerados benéficos à saúde. É uma descoberta importante, pois a modificação do perfil da microbiota é um processo que geralmente leva muito tempo. Em apenas 15 dias de consumo, o suco foi capaz de proporcionar resultados positivos nos pacientes obesos”, afirma Eric Tobaruela, pesquisador do FoRC — um Cepid (Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão) da Fapesp sediado na FCF-USP (Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo).

O trabalho foi coordenado por Franco Lajolo e Neuza Hassimotto, ambos professores do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da FCF-USP e membros do FoRC. Os resultados foram obtidos por meio de análises das fezes e do sangue dos pacientes. Segundo Tobaruela, primeiro autor do artigo, quanto maior o grau da obesidade, maiores são as alterações no perfil da microbiota intestinal. No entanto, o estudo mostrou que, quanto mais obeso era o paciente, maior foi o benefício proporcionado pelo suco.

“Além dos efeitos diretos decorrentes do consumo do suco de laranja, no longo prazo deve haver alteração da microbiota para um perfil mais saudável, o que facilita a produção de ácidos graxos de cadeia curta, que têm sua produção associada a diversos benefícios à saúde do intestino. Em curto prazo já foi possível observar que houve redução de biomarcadores de inflamação e uma melhora na resposta do sistema imune, que podem estar relacionadas às mudanças da microbiota intestinal”, comenta Tobaruela.

No entanto, se o paciente deixar de tomar o suco, os benefícios podem desaparecer. “Os benefícios podem ser transitórios, porque um perfil de microbiota formado ao longo da vida tende a se restabelecer após o término de uma exposição, voltando a ser como era antes”, destaca o pesquisador.

A microbiota está relacionada com os efeitos benéficos de compostos bioativos do suco da laranja, pois apresenta um papel importante na absorção desses compostos. “Esse é um dos motivos pelos quais as pessoas podem se beneficiar de formas diferentes a partir da ingestão de um mesmo alimento”, explica Tobaruela. “Observamos que a capacidade de modulação da microbiota variou de paciente para paciente. Essa constatação é importante para que, no futuro, tenhamos uma nutrição cada vez mais personalizada e, consequentemente, mais assertiva”, detalha.

Compostos bioativos

Nos experimentos, os pacientes consumiram sucos de duas variedades de laranja, a pera e a moro, fornecidos pela Fundecitrus, parceira do grupo de pesquisa. Durante 15 dias, eles receberam o suco de apenas uma variedade de laranja. Depois, ficaram 40 dias sem ingerir nenhum suco, para que o consumo do primeiro suco não afetasse a visualização da resposta do segundo. Em seguida, passaram a receber o suco de outra variedade de laranja por mais 15 dias. “Ambas foram extremamente eficazes, mas os benefícios da moro foram um pouco mais acentuados”, relata Tobaruela.

Segundo o pesquisador, os efeitos podem estar associados à presença da hesperidina e da narirutina, duas flavanonas — compostos bioativos encontrados em frutas cítricas — abundantes nas laranjas. Eles são metabolizados pela microbiota intestinal, e os compostos produzidos são então absorvidos pelo organismo. “Junto com a vitamina C, esses são os compostos gerados pelas bactérias que compõem nossa microbiota e são os responsáveis pelos efeitos benéficos do suco de laranja.”

As laranjas pera e moro são ricas em vitamina C e têm vários outros compostos bioativos. No entanto, só a laranja moro contém antocianinas, pigmentos naturais também presentes na uva, no morango e em outras frutas vermelhas e associados a outros benefícios, como redução do estresse oxidativo e dos danos que esse estresse causa ao DNA. “Pode ser que as antocianinas tenham propiciado essa diferença no resultado entre os dois sucos, mas ainda não sabemos.”

Para assegurar que os resultados fossem provenientes do consumo de suco de laranja, os pacientes receberam a orientação de não consumir, durante todo o período do estudo, outros alimentos com compostos bioativos, como frutas cítricas, café e chá, nem medicamentos que pudessem alterar o perfil da microbiota, como prebióticos, probióticos e antibióticos.

*Com informações do FoRC, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão da Fapesp

Agência Fapesp

Foto: Freepik